O pai de Sam Spade, o escritor que maior credibilidade deu ao género policial
Em 10 de Janeiro de 1961 morria Dashiel Hammett, o escritor norte-americano que conferiu ao romance policial o estatuto de literatura «séria».Foi com ele que nasceram heróis anti-heróicos como Sam Spade – desencantado, céptico, sem ilusões sobre as pessoas, mas de uma inquebrantável integridade. O Falcão de Malta. O modelo de detective sagaz, de raciocínio infalível, de que o Poirot de Agatha Christie, para não falar no Sherlock Holmes de Conan Doyle, com os seus ajudantes de mentalidade trôpega (para melhor fazer brilhar a inteligência do mestre, deu lugar a um ser solitário, que não acredita nos homens, mas crê na humanidade. Um novo paradigma que floresceria em personagens como Pepe Carvalho de Manuel Vázquez Montalbán. Não esqueçamos que, pela mesma época, Raymond Chandler (1888-1959) aparecia com o seu Philip Marlowe (também interpretado no cinema por Bogart).
Dashiel Hammett e Raymond Chandler criaram um género novo dentro do policial – o «romance negro» e, sobretudo, contribuíram para que a literatura poliicial não pudesse continuar a ser considerada um «género menor».
Dashiel Hammett nasceu em 1894 no Saint Mary's Conty, Maryland e morreu em 1961 na cidade de Nova Iorque. Durante o período maccartista da «Caça às Bruxas», em 1951, não querendo denunciar nenhum dos seus amigos, acusados de serem militantes comunistas, foi preso. Na véspera da prisão disse - «um homem deve manter a sua palavra».
Em 1941, o seu «Falcão de Malta» seria passado para o cinema, sob a direcção de John Houston – Humphrey Bogart interpretou de tal forma a figura de Sam Spade que o mítico detective passou a ser evocado com o seu rosto – diz-se que Bogart, se portou muito mal durante a «Caça às Bruxas» mantendo a liberdade à custa da denúncia de amigos – traiu a integridade de Sam Spade.
Josephine Hammett, a filha de Dashiel explica por que motivo o seu pai depois de 1934 não voltou a publicar nenhuma obra significativa – não deixou de escrever, mas deixou de concluir o que começava a escrever.
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