Das minhas leituras de Frantz Fanon, de quem o meu grande amigo alferes Almeida que morreu crivado de balas dizia ser o meu ídolo e a minha bíblia de anticolonialista subversivo, fui retirando alguns princípios com os quais concordava.
Não há colonialismo sem racismo.
O modelo de colonialismo imposto pelos europeus baseava-se em acções político-económicas cujo objectivo era a dominação total.
A dominação total baseava-se na exploração capitalista e na escravatura: senhor, servo, mão-de-obra barata.
A dominação total obrigava à estratégia da imposição da superioridade branca sobre as outras raças. As doutrinas racistas criaram o princípio de que os brancos, por serem superiores, possuíam uma missão civilizada no mundo.
O Racismo simboliza, desta forma, a relação fundamental entre o colonizado e o colonizador.
A ideia de todo o colonialismo europeu até ao século XX era a seguinte: O civilizado era o que tinha direitos de cidadania. Era o que possuía cultura, religião, organização. Os outros eram os bárbaros, os incivilizados. A missão dos primeiros era submeter, governar e civilizar os segundos. De um lado pessoas com cultura, religião e organização, do outro selvagens, brutos, sem história nem religião. Os selvagens classificavam-se de dóceis, humildes, bons, quando não ofereciam resistência à assimilação com os civilizados, ou seja os senhores, os patrões, os colonos. Se resistissem a esta assimilação eram considerados rebeldes e anti-sociais. O negro não é definido como pessoa, com a sua identidade e cultura próprias, mas é igual a todos os outros negros. É apenas dócil ou rebelde, fiel ou infiel, pacífico ou agressivo. Desta forma era despersonalizada ou abolida a identidade do colonizado. Este racismo, dito científico, não só legitimou a superioridade da raça branca, mas também a violência e o extermínio daqueles que se opunham.
Racismo, uma aberração humana, não só figadal inimiga da nossa essência ética mas também poderoso anti-corpo da inteligência.
Deixo aqui algumas fotos do meu mais belo encontro na guerra da Guiné,
as crianças, sobretudo aquelas que eu consegui salvar, no meio de uma elevada mortalidade.
Perante estas maravilhas da nossa natureza como é possível ser-se racista?
Que melhor companhia?
A história do Adão doutor já foi apresentada aqui no estrolabio
Um amigo de todos os dias, cujo nome se perdeu nos tempos
O Adão Doutor e a mãe
A meus pés o “Jaquim Sargento” meu grande amigo e meu admirador incondicional. Chorou convulsivamente quando me vim embora.
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