Sexta-feira, 5 de Novembro de 2010

Passos Coelho e Sócrates já saíram da JSD mas a JSD não sai deles.

Carlos Mesquita

Na terça-feira escrevi um artigo (*) com o título “ A campanha eleitoral está a custar-nos um dinheirão”. Os juros da dívida atingiram agora o recorde de 6,72%. Há razões que explicam esse aumento dos juros; algumas comuns aos países em dificuldades na Zona Euro.

Há complicações que vêm da União; Angela Merkel quer rever o Tratado de Lisboa para impor sanções políticas aos países indisciplinados no plano orçamental, e o presidente do BCE recusa qualquer hipótese de reestruturação das dívidas, mas temos também os problemas caseiros.

São esses que nos distinguem por exemplo da Espanha, que tendo indicadores de crise mais elevados paga juros substancialmente mais baixos. A diferença não é apenas explicada pela capacidade de eles conseguirem mais facilmente crescimento económico. Nesta fase, para os mercados conta essencialmente a capacidade de executar o Orçamento de Estado (cujo conteúdo é secundário, porque aceite pelos investidores) e aí os sinais dos líderes políticos têm sido desastrosos, só geram desconfiança.

Apesar de Sócrates dizer que o problema dos juros não é apenas português, e do PSD vir com o disparate de justificar o aumento actual de juros com a execução orçamental de 2010; a causa fundamental é a falta de credibilidade da liderança política, do governo e da oposição.

As variações das taxas de juro correspondem a actos concretos da política nacional, andou-se a brincar aos orçamentos nos últimos três meses, os juros subiram e desceram ao ritmo das tricas e crispações, dos acordos e desacordos, das bocas. É significativo que com o início das negociações os juros tenham descido e com o rompimento tenham voltado a subir. A pior parte neste sobe e desce, foi o espectáculo deprimente do debate do Orçamento no Parlamento, e as declarações políticas seguintes. É claro que com este espectro partidário e os líderes actuais não vão existir condições que transmitam confiança.

Ninguém acredita que vai ser possível executar o Orçamento com o maior partido da oposição a anunciar que lá para Abril/Maio vai lançar uma crise politica. Quem vai aplicar o orçamento se os que o assinaram estão apenas interessados em tirar dividendos partidários e eleitoralistas. Vamos pagar um dinheirão por esta campanha eleitoral e muito provavelmente para ser eleito mais um imaturo da JSD.



(*) O artigo referido está em
semanariotransmontano.com
(opinião).
publicado por Carlos Loures às 11:00
link | favorito
1 comentário:
De Luis Moreira a 5 de Novembro de 2010
Toda a razão. Esta gente das Jotas, não está à altura do momento, ainda não perceberam que não mandam nada.A credibilidade e a confiança dos mercados (seja lá o que isso for) são o factor chave.

Comentar post

.Páginas

Página inicial
Editorial

.Carta aberta de Júlio Marques Mota aos líderes parlamentares

Carta aberta

.Dia de Lisboa - 24 horas inteiramente dedicadas à cidade de Lisboa

Dia de Lisboa

.Contacte-nos

estrolabio(at)gmail.com

.últ. comentários

Transcrevi este artigo n'A Viagem dos Argonautas, ...
Sou natural duma aldeia muito perto de sta Maria d...
tudo treta...nem cristovao,nem europeu nenhum desc...
Boa tarde Marcos CruzQuantos números foram editado...
Conheci hackers profissionais além da imaginação h...
Conheci hackers profissionais além da imaginação h...
Esses grupos de CYBER GURUS ajudaram minha família...
Esses grupos de CYBER GURUS ajudaram minha família...
Eles são um conjunto sofisticado e irrestrito de h...
Esse grupo de gurus cibernéticos ajudou minha famí...

.Livros


sugestão: revista arqa #84/85

.arquivos

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

.links