Quarta-feira, 13 de Outubro de 2010

O saber das crianças e a psicanálise da sua sexualidade –6: por Raúl Iturra.

Amamentar, um seio bom, como diz Melanie Klein, uma acção, dizia, e uma necessidade, entre um precisar e um obter. Entre um sentimento e um objectivo procurado. Segunda via, ainda que faça parte da burocracia, faz de bom seio quando a primeira via não está: o pai e a mãe. É a síntese do que devia ter sido feito logo e nunca mais é conseguido. Parece-me que a segunda via é o agir dos adultos não mães, na vida de uma criança: são os substitutos. As crianças têm, queiram ou não, saibam ou não, uma segunda via nos seus sentimentos. Uma criança mora no sítio social dos que estão em baixo, subordinados, submetidos à autoridade dos adultos que a lei positiva define como os seus tutores, autoridades que ensinam, os seus docentes, ou os curadores dos seus bens, no tempo em que o mais novo ainda não está capacitado pela lei para ter autoridade para gerir os seus bens, caso os tenha ou não.



Como manda o Código Civil que nos governa e o Direito Canónico, que o substitui, como está definido noutro meu texto. Leis que contextualizam o ensino ritual na catequese, aprendizagem utilizada nos degraus de passagem de uma forma de estar na vida a outra, instrução de ritos de passagem , aprendidos também, para outros objectivos mais materiais, nas aulas de Educação Cívica. A criança aprende quem deve respeitar, os adultos, especialmente os seus parentes consanguíneos ou por afinidade. De todos eles, os mais preciosos: o pai e a mãe. Com uma advertência especial na cronologia da vida: no decorrer do tempo, a criança passa a adorar a mãe, enquanto o pai é sempre temido. Esse temor está incutido no imaginário ocidental, ideias que desenham a divindade com cara de homem, enquanto a mãe, é sempre representada com cara de anjo e a olhar para o céu. Seja verdade ou não na realidade. Até há pouco tempo, a lei era ministrado pelo género masculino, enquanto a mulher ou era definida como doméstica ou desempenhava trabalhos menores. Excepto se a hierarquia fosse muito alta e herdada, como rainhas e reis, reminiscências do tempo feudal, que ainda existem sabendo-se manter em democracia, controladas, ela ou ele, por um Parlamento. É apenas no tempo de Golda Meir , Primeiro-Ministro de Israel, de Indirah Ghandi na Índia e Benazir Bhutto no Paquistão, Margaret Thatcher na Grã-bretanha, Mary Robinson e Mary Mac Aleese, Presidentas de República de Eire ou Irlanda, entre 1990-1997, a primeira, e de 1997-2004, reeleita por mais um período de sete, a segunda, que em vários países surgem mulheres Presidentes ou Primeiros-ministros, como Violeta Chamorro de Nicarágua, e Michelle Bachelet, no Chile de hoje. Até Golda Meier, nenhuma mulher tinha tido um cargo hierárquico por eleição livre. Parece disfuncional falar tanto de mulheres no poder, mas o disfuncional tem sido o facto de se considerar a mulher uma entidade incapaz de governar um grupo social, exceptuando a época feudal, época na qual as mulheres eram Rainhas com poder absoluto, até à altura das Revoluções do Século XVII na Grã-bretanha e a do Século XVIII na França.

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Notas:
Ritos de passagem são celebrações que marcam mudanças de status de uma pessoa no seio da sua comunidade. Os ritos de passagem podem ter carácter religioso, por exemplo. Cada religião tem os seus ritos, que podem, ou não, ser parecidos com os de outras religiões. O termo foi popularizado pelo antropólogo alemão Arnold van Gennep nacionalizado francês, história de vida em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arnold_Van_Gennep, no início do século vinte. Outras teorias foram desenvolvidas por Mary Douglas e Victor Turner na década de 1960. Os ritos de passagem são realizados de diversas formas, dependendo da situação celebrada; desde rituais místicos ou religiosos até assinatura de papéis (ou ainda os dois juntos) em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ritos_de_passagem e no texto em formato de papel que tenho comigo: van Gennep, Arnold, (1909, Editora de Émile Nourry) reeditado em 1960 por Mouton & Co e Maison des Sciences de l´Homme: Les rites de passage, Étude Systématique de Rites, reeditado em 1981 por Éditions A. et Jean Picard, Paris, cópia que uso. O texto não está em linha, mas está comentado em várias entradas da Página Web: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Arnold+van+Gennep+Les+rites+de+passage&meta= Van Gennep é denominado o Pai da Etnografia Francesa e o seu saber é não apenas respeitado, bem como tem orientado os trabalhos dos Antropólogos Franceses desde os dias das suas aulas d’Histoire Comparée des Civilizations et d’Ethnographie na Universidade de Neuchâtel, Paris.


Não é fácil citar um comentário de um político Israelita quando nos referimos a Golda Meier: Golda Meir foi eleita Primeiro-ministro de Israel (Prime Minister of Israel) em 17 de Março de 1969, após ter exercido os cargos de Ministro do Trabalho e de Ministro de Assuntos Estrangeiros. Foi descrita como a Dama de Ferro "Iron Lady" da política de Israel (Israeli politics) muitos anos antes de o epíteto ser associado com a Primeira Ministro da Grã-bretanha, Margaret Thatcher.[2] David Ben-Gurion costumava denomina-la "o melhor homem no governo."[3] Meir foi a primeira mulher que exerceu o cargo de Primeiro-ministro de Israel. Foi a terceira mulher do mundo no cargo de Primeiro-ministro, no entanto, foi a primeira mulher votada para o cargo, sem nenhuma intervenção familiar precedente.[4] Mulheres Primeiros-ministros antes de Golda Meir foram Sirimavo Bandaranaike do antigo Ceilão (hoje Sri Lanka), filha de um primeiro-ministro e mãe do terceiro Presidente da República de Sri Lanka. Indira Gandhi da India. Meir foi sempre caracterizada como "de forte força de vontade, falar direito, a Avó de cabelos brancos do povo judeu."[3] Governou Israel entre 1969 e 1974. Não foi reeleita por causa de um tumor cancerígeno, que a levou ao seu Jardim do Éden em 1978. Foi sepultada no Cemitério dos Grandes, no Monte Herlz, onde estão sepultados os corpos dos que têm prestado serviços insignes ao seu país. Local onde cerca de 100 pessoas foram sepultadas, por terem sabido servir a Pátria e a sua família, a começar pelo organizador do Movimento Zionista, Theodor Herzl, morto na Áustria em 1904 por ter fundado o movimento Zionista que, mais tarde, permitiu a criação do Estado de Israel. Retirado do meu saber pessoal e das seguintes fontes na net: http://en.wikipedia.org/wiki/Golda_Meir, http://www.jewishsf.com/content/2-0-/module/displaystory/story_id/11255/edition_id/216/format/html/displaystory.html



Garcia Estébanez, Emilio, 1992: ¿Es cristiano ser mujer? La condición servil de la mujer según la Biblia y la Iglesia, Siglo XXI Editores, Madrid. Diz: La mujer es un misterio insondable. Un misterio de grandeza por su capacidad de don, entrega, anhelo de perfección, aprecio y conservación de la vida.

Tu dignidad

Digno es lo que tiene valor en sí mismo y por sí mismo. La persona por el simple hecho de ser persona es un ente amable, es decir, a una persona se le respeta, se le aprecia, se le ama, en cuanto es persona; solo por ser persona. Así, tu mujer, por ser persona posees una dignidad única que ha de ser respetada siempre.

¿Cómo eres mujer?

La mujer tiene la misma dignidad del hombre, más tiene características específicas que hacen de la mujer, mujer. Citemos algunos de estas:

En lo general afirma que la mujer es bondadosa, perseverante, con deseos de ser sostenida y acompañada, con deseos de seguridad y de evitar riesgos, su máximo es amar y sentirse amada…Texto completo en: http://www.alientodiario.com/2008/03/08/misterio-de-ser-mujer/
publicado por Carlos Loures às 15:00
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