Estrolabio

Meu Caro Carlos Loures,


Relativamente ao texto que ontem publicaste - "Olivença - cobardia? pragmatismo?", venho dizer-te o seguinte.

Primeiro: é inaceitável falares de Espanha e não de estado espanhol.Uma cedência imprópria dum Democrata!

Segundo: a devolução de Gibraltar só deve ser feita à Andaluzia, enquanto Estado Soberano. Sobre esta matéria já escrevi um extenso documento que, há anos, enviei ao Partido Andalucista.Não tive resposta.

Terceiro: Haverá dois anos, além de utilizar a Assembleia-Geral do Grupo dos Amigos de Olivença(GAO), onde verti sobre a matéria,enviei à sua Direcção um a carta de algumas vinte páginas em que, entre outras coisas, lá fui dizendo que a questão de Olivença exige uma agressividade contra o estado espanhol, por designio, insistir na acusação de que é um ocupante ilegitimo de vários territórios da Hispânia onde oprimem algumas Nacionalidades.

Não tive resultados palpáveis pois foi-me dito que o GAO, ao abrigar muitas sensibilidades, não pode fazer opções políticas e, a minha posição,que não teve contestação, também, não teve qualquer seguimento.

Quarto: um dos aspectos que pretendi ser necessario vincar foi, e é, aquele que obriga a dar ampla publicidade ao facto de os castelhanos que nos roubaram o pequeno território de Olivença, em compensação - imperdoável para Castela - ter-mos-lhe tirado, no Sul do Continente Americano, um área territorila maior que a do Portugal europeu.

Quinto: Não gostei de ver-me mencionado como alguem que defende uma Independência duns e esquece a dum território que é português e está invadido. Nunca o esqueci e, como acima esclareço, já fiz o que não vi fazer a mais ninguém.


Se no meu texto sobre a Galiza não fiz referência a Olivença dever-me-ia ser perguntada a razão e não tirar-se a conclusão duma falta cometida.

Um abraço do

Carlos Leça da Veiga