Sábado, 6 de Novembro de 2010
Poema de Paulo Melo Lopes eFotografia de José MagalhãesNunca quis morrer num sábado ao sol. Digo: asas de vento (a memória da tua voz: encontramo-nos na foz, na rocha escondida); ea paz das palavras, deixa que te conte: sossegaacalma amorna abraça abranda. Digo: hávelocidades mais absolutas talvez queas do movimento interno das asas: asasdentro no corpo como bichos roendoa pele, roendo o sangue, berrando àsaída. Digo: não morrerei num sábado ao sol.E a certeza interna dos prazos menores davida esconde-se atrás da pedra dura rija fria: digo: soubesse eu das asas do ventocarinhoso sobre a pele sobre a pele sabendo da pele.Um mar passa longo, e dentro das vagas a memória desmaia. Digo: há portas talvez mais velozes pelo movimento interno das asas para o céu; e o movimento é este: ~~~~~~.
Belo poema, escrita límpida, imagens luminosas.
Belo átrio para o teu livro. Parabéns, Paulo.
De carla romualdo a 7 de Novembro de 2010
Belíssimo. E mais um feliz casamento das imagens do Zé com as palavras de outros.
Lindíssimo. Obrigado Paulo Melo Lopes
É uma imagem fantástica, sozinha conta uma história e escreve poesia sem letras.
Belíssimo!
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