Síntese do reintegracionismo contemporâneo (3)(continuação)
A partir dos anos 50
Mas e é preciso aguardarmos aos anos 50 para vermos renascer esta tradição esmagada, desta vez por mão do poeta Ernesto Guerra da Cal, exilado em Nova Iorque, a quem justamente podemos considerar o iniciador do reintegracionismo contemporâneo, com os seus seminais poemários Lua de Além-Mar e Rio de Sonho e Tempo (1959/1963). Guerra da Cal já antes participara “como galego” em reuniões preparatórias a respeito do Acordo ortográfico de 1945, no Rio de Janeiro, como testemunha Rodrigues Lapa: “Pensa ele [Guerra da Cal], e muito bem, que devíamos fazer uma reunião entre portugueses, brasileiros e galegos, para lançar as bases de uma reforma ortográfica” (1958); e também no Congresso Internacional de Estudos Portugueses e Brasileiros, na Bahia, em agosto de 1959; e no I Simpósio Lusobrasileiro sobre a Língua Portuguesa Contemporânea na Universidade de Coimbra em 1967.
(continua)