Luís Moreira
Vai fazendo o seu próprio caminho, a ideia da autonomia para a escola pública. Contra quase todos! Desde logo de quem não é necessário na escola mas vive dela. Os burocratas do Ministério da Educação e dos Sindicatos.Nunca ninguem os ouviu falar de autonomia, porque isso está contra o seu poder que usam e abusam. Mas há cada vez mais pessoas a lutar pela autonomia. Leiam esta carta de Rui Silvares que tudo indica ser um professor:
"....Talvez seja tempo de exigir que seja dada verdadeira e total autonomia às escolas portuguesas.O ministério deverá garantir o funcionamento do sistema, deixando para os conselhos de escola a responsabilidade de decidir sobre questões práticas em termos curriculares e de funcionamento das aulas.No final de cada ano lectivo e nos anos terminais dos ciclos de ensino básico e secundário, é desejável que o ministério organize e imponha exames nacionais com o objectivo de nivelar resultados.Nessas ocasiões, cada escola terá uma prova da qualidade do sistema que criou e será obrigada a assumir o sucesso ou insucesso do trabalho das suas estruturas particulares."
"...O Ministério da Educação e as suas tentaculares direcções regionais são absoletos, estão ultrapassados, não funcionam convenientemente e fazem mais mal que bem ao sistema do ensino português,"
O autor só se esqueceu dos sindicatos que têm co-governado a educação em Portugal e têm tanta culpa como o Ministério, sem um não vivem os outros e, é por isso, que nunca ninguem os ouviu falar em autonomia da escola.Mas o que tem que ser acaba por vingar, só é pena que pelo caminho fiquem os despojos da vaidade, da arrogância, da preguiça e da ignorância.
Há muitos anos que me bato pela autonomia das escolas, já aturei muito preguiçoso à espera que passem os anos para subir na carreira, muito ignorante que diz que não pode haver avaliação nas escolas e, também, gente bem intencionada que tem como horizonte de vida as quatro paredes de uma sala de aula.