Fernando Correia da Silva, escritor, nasceu em Lisboa no ano de 1931. Frequentou o curso Ciências Económicas e Financeiras e, ainda estudante, foi apoiante do general Norton de Matos nas eleições presidenciais de 1949. Militante do MUD Juvenil, foi preso pela polícia política. Foi amigo de outros escritores, tais como António José Saraiva, Mário Henrique Leiria, Alexandre O’Neill, Orlando Costa (seu padrinho de casamento) e muitos outros. Conviveu com políticos como Agostinho Neto, Marcelino dos Santos, Vasco Cabral.
Em 1954, perseguido pela PIDE foi para o Brasil como exilado político. Ali colaborou na Folha de São Paulo, tendo sido um dos fundadores do jornal antifascista Portugal Democrático. Com Jorge de Sena, Casais Monteiro, Sidónio Muralha, Fernando Lemos e escritores e artistas brasileiros como Maria Bonomi, Guilherme Figueiredo e Cecília Meireles, fundou em S. Paulo a GIROFLÉ, editora infantil. Em 1964 após o golpe militar no Brasil empregou-se numa indústria em Fortaleza do Ceará. Durante dois anos, viveu o Nordeste, onde a ostentação e a miséria viviam paredes meias.. Regressou a Portugal em 1974.
Tem uma obra essencialmente constituída por romances. Referimos os mais importantes: Mata-Cães (1986),, Lord Canibal (1989) Querença, (1996), Maresia, (1998) e Lianor (2000). Querença, o mais autobiográfico dos seus romances, foi passado ao cinema em 2004, com realização de Edgar Feldman. Desde 1998, Fernando Correia da Silva coordena Vidas Lusófonas, um site na Internet que já quase atingiu os 20 milhões de visitas.