Luis MoreiraFoi assim que o saudoso Cândido dos Reis apelidou a equipa das quinas. Eu sou dos que consideram sempre que a selecção nacional é a minha equipa, mesmo que lá joguem meia equipa dos Dragões e a outra meia de naturalizados. É que não gosto nem de uns nem de outros, mas vestindo a camisola, passam a ser dos meus.
No europeu disputado na Holanda e na Bélgica, o meu filho que na altura estudava na Holanda, disse-me que entre os milhares de assistentes aos jogos,ouvia homens e mulheres de todas as nacionalidades, a considerarem a nossa equipa como a de melhor futebol, apaixonados pela qualidade do futebol que Portugal praticava! O rapaz estava cheio de orgulho! Quando percebiam que ele era Português cumprimentavam-no, gostavam de saber quem eram os jogadores, jogavam onde,havia escolas de futebol?
Infelizmente essa beleza perdeu-se ou ,com esperança, está a perder-se.Bem sei que o nível dos jogadores dita essa beleza, O Figo e o Rui Costa, o Pauleta e o João Pinto, o Deco, o Ricardo Carvalho...
Como diz na sua carta, o Carlos Godinho lembra isso mesmo, há muito trabalho de base a fazer, as academias, impedir que os nossos jovens sejam preteridos por carradas de jogadores de qualidade duvidosa, tudo isso tem que continuar a ser feito, mas na medida em que a nossa forma de jogar se mantenha,não temos que correr atrás da bola como os Ingleses nem jogar para trás e para os lados como os Brasileiros, temos que jogar como sabemos, sem "mergulhos" para a piscina, e sem a "preguiça" de jogar vinte minutos e acabou.
Perder essa forma de jogar desgosta-me, é a nossa qualidade, não vale a pena colocar a equipa a defender e depois tentar marcar um golo, porque nós sempre precisaremos de dez tentativas para marcar um golo...
Como dizia o José Maria Pedroto: "Ai, os Ingleses correm muito? Óptimo! Podem fazê-lo desde que não tenham a bola!"