Papel amarrotado desse chá que tomaste
na tarde de qual dia, ou o copo de vidro
depressa transformado na total transparência,
não é que inexistente, mas de mínima espessura
sobre o cais deste porto onde ninguém aporta,
não o papel rasgado, não o desfeito em fogo,
incolor, inodoro, antraz ignoto, anuro,
coisa que sim, que é, mas já não o que foi,
vazia intensidade, inútil excrescência
da vida tilitante
- eis o que tenho agora
quando o dia amanhece e cai no saco roto
da débil complacência com que já não me vejo.
Este poema incluiu Memória Indescritível, 2000. Ao Pedro Tamen e à Gótica, responsável pela edição em 2001 do Retábulo das Matérias, os cumprimentos e o obrigado de VerbArte.
. Ligações
. A Mesa pola Normalización Lingüística
. Biblioteca do IES Xoán Montes
. encyclo
. cnrtl dictionnaires modernes
. Le Monde
. sullarte
. Jornal de Letras, Artes e Ideias
. Ricardo Carvalho Calero - Página web comemorações do centenário
. Portal de cultura contemporânea africana
. rae
. treccani
. unesco
. Resistir
. BLOGUES
. Aventar
. DÁ FALA
. hoje há conquilhas, amanhã não sabemos
. ProfBlog
. Sararau