Sílvio Castro Um Novo Coração
Capítulo 47
QUASE EPÍLOGO
A constante penumbra da Casa de Saúde, que me parece sempre sem janelas, me encobre na noite sempre interminável. Eu me debruço sobre a minha imagem que percorre a penumbra; a vejo embaciada, fora de foco, e então me contorço, me contorço na procura de minha imagem, quase afogado na impossibilidade molhada de captar o meu rosto, de encontrar um ponto de apoio para voltar às coisas. Mais me contorço, mais me perco, afundando num oco espaço que vejo tanto como a vida, quanto como a morte. Morrer não é difícil, difícil é retornar à tona da vida ansiada, quase perdida na penumbra.
Pouco a pouco me faço menos contorcionista, lentamente vejo algo a mais dentro da penumbra, e abraço então as pessoas amadas.
De repente vejo luzes na penumbra que se dilui. Anna Rosa passa serena e bela diante de mim e vai abrindo janelas, as muitas janelas da Casa de Saúde.
. Ligações
. A Mesa pola Normalización Lingüística
. Biblioteca do IES Xoán Montes
. encyclo
. cnrtl dictionnaires modernes
. Le Monde
. sullarte
. Jornal de Letras, Artes e Ideias
. Ricardo Carvalho Calero - Página web comemorações do centenário
. Portal de cultura contemporânea africana
. rae
. treccani
. unesco
. Resistir
. BLOGUES
. Aventar
. DÁ FALA
. hoje há conquilhas, amanhã não sabemos
. ProfBlog
. Sararau