A zona euro poderia igualmente juntar dinheiros através da emissão de subscrições de obrigações da UE, para ‘financiar a retoma económica, em vez de executar medidas de austeridade’”
SPIEGEL ONLINE, 03.07.2011
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Investir em vez de poupar: ex-políticos de topo postulam"New Deal" para a zona euro
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Os seniores da Europa querem a revolução: vários antigos chefes de estado e de governo, segundo informações do SPIEGEL, querem acabar com a crise da União Monetária mediante um “New Deal”. Em vez de poupar, a zona euro deveria efectuar investimentos maciços – e comprar obrigações de estados falidos.
Texto em alemão:
http://www.spiegel.de/wirtschaft/soziales/0,1518,771996,00.html
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„Feliz aquele que cedo se apercebe do falso raciocínio
existente entre os seus desejos e as suas forças!”
Johann Wolfgang von Goethe (Obra: Os Anos de
Aprendizagem de Wilhelm Meister IV, 2)
Quando li a palavra “New Deal”, no primeiro momento fiquei como electrizado, pensando que finalmente alguém tinha compreendido qual era a saída para a crise de sentido, social, económica e ecológica. Todavia, no segundo momento fiquei decepcionado.
Ora vejamos: a reivindicação acima referida dos “elder statesmen” europeus – entre eles também o antigo Presidente da República Jorge Sampaio – de um “New Deal”, passa mais uma vez, por um triz, ao lado de um objectivo correctamente formulado. Não funciona.
Assim, se a ideia fosse posta em prática, o até aqui imparável declínio da zona euro e da UE no seu todo, ainda seria mais acelerado.
Para dizer a verdade, trata-se de novo daqueles “pequenos, cómodos e tão humanos erros de pensamento pelos quais, no melhor dos casos, só paga um e, no pior, todo o globo” (cf. Prof. Dr. Dietrich Dörner, catedrático alemão de psicologia e investigador de complexidade em: “The Logic Of Failure: Recognizing And Avoiding Error In Complex Situations”).
Com efeito, como os leitores dos meus textos sabem, um “New Deal” que se insere correctamente nas leis da natureza e é capaz de gerar novo crescimento orgânico, deve visar desígnios extrovertidos e sóciocêntricos e não mais os velhos e caducos objectivos egocêntricos que nos levaram ao atoleiro (cf. “New_Deal_esboço_estratégico.pdf” e “DurãoBarroso_Carta_New Deal.pdf”). De facto, primeiro precisamos de um novo objectivo virado para fora – lema: o que é que Portugal e a UE no seu todo podem fazer para um correspondente grupo-alvo no mundo? – e só depois o New Deal interno – o qual então seria a consequência automática e desejável daquela estratégia diversa seguida.
O aspecto positivo: se a actual reivindicação dos “elder statesmen” for aceite e posta em prática, a derradeira “hora da verdade” e com ela a necessidade imperiosa de um novo começo num outro paradigma, chegariam mais depressa do que hoje ainda é o caso. O aspecto negativo: as consequências negativas e dramáticas relacionadas com esta escolha de fazermos o caminho até ao fim amargo.
A outra via é mais segura, menos arriscada e, sobretudo, sustentável.
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