Quarta-feira, 6 de Julho de 2011

Pedro Mota Soares - pobreza no programa de emergência nacional - por Carlos Mesquita

 

(Publicado em oclarinet)

 

O governo tem um ministro da Caridade. Desloca-se numa motoreta franciscana e fez discurso no parlamento. Não foi bem um discurso, foi mais uma choradeira pegada sobre os pobrezinhos, do género de fazer secar o saco lacrimal ao antigo Movimento
Nacional Feminino.


Pedro Mota Soares (o ministro), um dos autores do novo código laboral, que levou muitos para a pobreza, defendeu um programa assistencialista para os desprotegidos – a arcaica caridade, e o plafonamento dos descontos para a segurança social. Mandou a
Solidariedade e a sustentabilidade da Segurança Social às urtigas.


Já se sabia que este governo, como Cavaco Silva, apreciam o apoio misericordioso aos necessitados. A mim, que sou suficientemente velho para ter vivido na época de Salazar e Caetano, lembra-me o tempo em que o povo andava de mão estendida a pedir uma côdea para não morrer à fome.

Lembro colegas da escola primária em Belas, anos 60, que andavam sempre de cabelo (rapado na escola) fora de moda, e conhecidos pela “seita do pé descalço”. Traziam mais uma marca identificadora que não enganava, uma corrente ao pescoço com uma medalha numerada. Esse número dava para irem ao posto da UCAL (ao lado da praça) buscar uma dose diária de leite.

Vai voltar o estigma da  pobreza, a ajuda aos humildes, a ternura dos beneméritos, as festas agradecidas dos protegidos para satisfação dos “voluntários” e das instituições – claro as instituições – que são uma vergonha que ainda existam no século XXI, nesta Europa abastada.

O negócio já foi sacar fundos europeus, já foi o ramo ambiental. Agora o que vai dar, que já está a dar, são as IPSS, as Misericórdias – a clientela vai aumentar graças ao governo e os apoios ao negócio também.

 

publicado por Carlos Loures às 12:00

editado por João Machado em 04/07/2011 às 23:07
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1 comentário:
De Carlos Mesquita a 6 de Julho de 2011
Publicidade institucional:

Sobre as privações alimentares, ler o artigo no "oclarinet" (de antes de ontem). "José Graziano (director -geral da FAO) atento a casos de fome na Europa".
Graziano foi o responsável do programa do governo de Lula da Silva, "Fome Zero", que passou a alimentar 24 milhões de pessoas.

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