Publicamos um fragmento do extenso poema Que despierte el leñador, do grande poeta chileno Pablo Neruda, Prémio Nobel da Literatura. É um poema integrado na colectânea Canto General, obra épica sobre o continente americano - nos seus 231 poemas, num total de quinze mil versos, traça uma história das Américas e invoca os libertadores, os criadores das novas nações e os seus ideais em face da profunda injustiça social e da repressão política que, em meados do século passado, manchava a beleza do Novo Mundo. Os Estados Unidos, não são esquecidos e em . Que despierte el leñador, dedicado a Walt Whitman, uma das partes em que se divide a obra, Neruda invoca as raízes puras da grande nação, a generosidade dos ideais dos próceres da sua independência, comparados com a política agressiva e imperialista seguida pelos governos de Washington:
Eres hermosa y ancha Norte América.
Vienes de humilde cuna como una lavandera,
junto a tus ríos, blanca.
Edificada en lo desconocido,
es tu paz de panal lo dulce tuyo.
Amamos tu hombre con las manos rojas
de barro de Oregón, tu niño negro
que te trajo la música nacida
en su comarca de marfil:
amamos tu ciudad, tu substancia,
tu luz, tus mecanismos, la energía
del Oeste, la pacífica
miel, de colmenar y aldea,
el gigante muchacho en el tractor,
la avena que heredaste
de Jefferson, la rueda rumorosa
que mide tu terrestre oceanía,
el humo de una fábrica y el beso
número mil de una colonia nueva:
tu sangre labradora es la que amamos:
tu mano popular llena de aceite.
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