(Continuação)
Koba o agitador
Estávamos ainda em 1905. Em Abril realizou-se em Londres o III - Congresso do Partido Social Democrata, que foi convocado pelos bolcheviques (ala maioritária). Embora os mencheviques (minoria) o tivessem denunciado como ilegal, o congresso fez-se, constituindo um passo em frente na decisão de Lenine de formar um partido revolucionário.Koba aderiu à facção bolchevique. Em Dezembro, munido de um passaporte falso, viajou para Tammefors, na Finlândia para assistir a uma conferência do partido na qual ficou decidido o levantamento armado e o boicote às eleições da Duma (parlamento), Foi uma viagem decisiva na qual, Estaline encontrou pela primeira vez Lenine. Quase vinte anos mais tarde dirá sobre este encontro: «Eu ansiava por ver a “águia real” do nosso partido, o grande homem; e grande não apenas na política, mas também fisicamente, porque na minha imaginação, eu via Lenine como um majestoso e imponente gigante. Qual não foi, pois a minha decepção quando se me deparou um homem normal, de estatura inferior à média e em nada, literalmente em nada, diferente dos outros homens (…) Só mais tarde compreendi que a simplicidade e a modéstia de Lenine, a sua luta por passar despercebido, era uma das características mais destacadas como novo líder das novas massas, das massas simples e representativas da humanidade na sua essência.»
Estaline e Lenine no VIII Congresso
Em 1906, participou em Estocolmo no IV Congresso do partido. Escreveu artigos sobre o anarquismo, a questão agrária, a luta de classes e a revolução. Em 1907, assistiu ao V Congresso em Londres. Após um espectacular assalto a um banco no centro de Tiflis, viu-se forçado a refugiar-se em Baku, onde iria desenvolver a sua actividade clandestina. Estava com quase trinta anos.
Pensa-se que terá sido em 1908 que nasceu o seu filho Yakob. Em Março desse ano foi preso e encarcerado na prisão de Bailov. Em Dezembro foi desterrado para Vologda e depois, em Janeiro de 1909, para a cidade de Solvychegodsk. Porém, conseguiu evadir-se, refugiando-se primeiro em Baku e depois em Tiflis.
Durante este período, escreveu artigos sobre a crise que o Partido atravessava, criticando duramente a direcção bolchevique instalada no exílio. Declarou-se a favor de uma mudança estratégica – o Partido enveredar pela luta legal no interior do país. Em 1910 actuava em Baku como representante do Comité Central. Foi novamente preso, sendo deportado para Solvychegodsk. Em 1911 viajou clandestinamente para Sampetesburgo, sendo preso e desterrado. Desta vez para Vologda.
Foram tempos difíceis.
(Continua)

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