enviado por Julio Marques Mota
Introdução
Na sequência do texto anterior onde um dos maiores críticos mundiais dos instrumentos financeiros chamados CDS. Satyajit Das, nos fala da incompetência das autoridades europeias, aqui temos uma demonstração mais do clara, claríssima, dessa mesma incompetência, com um texto simples sobre CDS. A crise sob os seus aspectos financeiros rebenta com a falência do Lehman Brothers , é aí diremos que a bolha especulativa explode mas curiosamente a União Europeia foi incapaz, por incompetência, por maldade, de regular fosse o que fosse dos instrumentos que à crise nos levaram.
Os CDS, um dos elementos chaves desse processo, armas de destruição maciça como os classificou Warren Buffet, e que à falência o primeiro segurador mundial levaram, a AIG, assim continuaram a ser fortemente utilizados contra a dívida soberana na Europa , a descoberto e a não descoberto e agora…toda a gente tem medo do que eles possam revelar pelo que a palavra Default é proibida nas Instâncias Europeias para que não se vislumbre a incompetência de quem aos destinos da Europa preside e que dá pelo nome de Durão Barroso, futuro doutorado Honnoris causa de uma Universidade low-cost portuguesa.
E tudo isto a fazer lembrar uma tragédia, a de Default da dívida russa onde se inventaram estratagemas e onde se gastaram milhões para se questionar se um não pagamento era um não pagamento! Afinal, a definição jurídica do que pode ser um acontecimento de crédito! Daí que só se possa falar na Europa em reestruturação voluntária e informal, para que assim não haja nenhuma declaração passível de activar os CDS! É esta a transparência a que os nossos dirigentes nos estão a habituar!
Como se diz no texto de Satyajit Das, um terrível acontecimento é um drama , dois acidentes são uma negligência e esta, dizemos nós, pode ser ou não ser criminosa.A Europa está agora ela ao nível dos comportamentos que derivavam das bebedeiras de Boris Eltsine, apetece-me perguntar?
Um texto pois sobre CDS aqui vos deixo à vossa atenção.
Coimbra, 29 de Junho de 2011
Júlio Marques Mota
O quebra-cabeças grego semeia a confusão no mercado opaco dos CDS, estes seguros contra o risco de incumprimento
Acusados de ser a arma favorita dos especuladores , os CDS impuseram-se como um dos símbolos da crise grega: os CDS, ou Crédito Default Swaps, estes são produtos financeiros complexos que permitem proteger-se contra o risco de falência de um Estado. Agindo como contratos de seguro que garantem ao credor que será reembolsado ainda que o seu devedor entre em falência , os CDS são hoje uma carga de complicações para os meios financeiros.
Na altura em que os líderes europeus se encontram em Bruxelas, na quinta-feira 23 e Sexta-feira 24 de Junho, para tentar salvar in extremis a Grécia da falência, uma pergunta se coloca : as instituições financeiras que venderam os CDS vão ter que pagar? “Sempre se pode jogar com as palavras , mas a realidade, é que a Grécia não pode reembolsar as suas dívidas ", diz de modo decido um banqueiro da praça .
Em teoria, tudo leva a crer que o país não escapará a ser sujeito a “uma reestruturação”, assimilada pelas agências de notação a uma situação de incumprimento. O que, tecnicamente, deveria provocar a liquidação dos CDS . Na prática, o problema é claramente mais complicado. Como o notam os peritos, há incumprimento e incumprimento. Como se deve então interpretar uma participação voluntária dos credores privados no salvamento da Grécia? A resposta não é nada clara.
Para os líderes da zona euro, é necessário custe o que custar evitar que o mercado conclua que se -se deu, como se diz em gíria financeira, um “acontecimento de crédito ", que levaria de imediato a que se fizesse o pagamento dos famosos CDS. Tal procedimento encarnaria concretamente a falência de Atenas. “E ninguém tem realmente desejo que se recompense quem andou a jogar contra a Grécia ", acrescenta Jean-François Robin, estratega no banco Natixis. Destinados na origem a proteger um investidor contra uma situação de incumprimento , os CDS tornaram-se para certos agentes um meio eficaz para ganhar muito dinheiro.
O princípio? Quanto mais elevado é o risco de falência, mais o seguro é caro. A acreditar nas autoridades europeias, os especuladores teriam comprado maciçamente estes produtos para aumentar os receios, as apreensões. Actualmente, custa 2 milhões de euros por ano a um investidor se este deseja segurar uma carteira de 10 milhões de euros de dívida grega. Do nunca visto!
Os responsáveis da zona euro temem também que um desencadeamento dos CDS seja o veículo de um contágio da crise ao sector privado. Sobre este mercado escuro, impossível de saber precisamente quem são os compradores, os vendedores, e o montante dos seus compromissos.
Renovação de volatilidade
“Ninguém no mundo sabe quem detém os CDS, quem deveria pagar e o quê no caso de um acontecimento de crédito na Grécia ", alertou, na quarta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel. Aquando da crise financeira de 2008, estes contratos tinham desempenhado um papel determinante na falência do ex-número um mundial dos seguros, o americano AIG, grande emissor de CDS.
Mas certos actores do sector preocupam-se com o andar dos acontecimentos. “ Os CDS são utilizados como uma protecção ", sublinha Gary Jenkins, responsável do mercado das obrigações junto do corrector londrino Evolução Securities. Qual será a sua credibilidade se os bancos decidirem não pagar, apesar da incapacidade manifesta da Grécia em honrar as suas dívidas? Jenkins avisa contra um aumento de volatilidade nos mercados: “Os investidores em dívida soberana incapazes de se proteger poderiam exigir garantias suplementares, o que aumentaria o custo de empréstimo de certos Estados. “
No momento, a organização ISDA (Internacional Swaps and Derivatives Association), a organização profissional que supervisiona este mercado, parece ir no sentido das capitais europeias. Em meados de Junho, considerou que uma participação voluntária dos credores não constituiria um “acontecimento de crédito ". Mas, em última circunstância , a decisão de pagar ou não caberá ao seu Determination Committee, uma discreta comissão composta de uma dezena de bancos.
Marie de Verges e Marc Roche, Le casse-tête grec sème la confusion sur le marché opaque des CDS, ces assurances contre le risque de défaut, Le Monde
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