Quinta-feira, 30 de Junho de 2011

Terreiro da Lusofonia - Apresentação - por Carlos Loures

Vamos voltar a apresentar no nosso blogue o Terreiro da Lusofonia. Começaremos amanhã, 1 de Julho, às 11 horas. A seguir incluímos uma introdução que explica os objectivos que pretendemos alcançar. Pedimos aos nossos colaboradores e leitores a melhor atenção e que pensem como podem colaborar com este objectivo de difusão da cultura portuguesa, nos países lusófonos e não só.

  

 

Camões, Zeca e Uxia - um tandem alucinante

 

Como sabemos, a língua portuguesa é falada em nove países, oito independentes e um não - precisamente aquele que foi o berço do idioma – a Galiza, integrada no estado espanhol. Nestes nove territórios, fala-se o português ou, se quisermos ser rigorosos, o galego-português. Há entre os que defendem que se ponha cobro à aculturação castelhana na Galiza, quem afirme mesmo que o idioma se devia chamar galego e não português. Haveria razões históricas para adoptar essa designação, mas não seria, a meu ver, justo.

 

Foi em Portugal que o idioma se preservou, porque preservada a independência política. Sem as lutas que os portugueses travaram pela sua independência, não haveria galego, nem português, nem galego-português – falaríamos castelhano e, na melhor das hipóteses, haveria investigadores que registariam a remota existência de um idioma na faixa Oeste da Península… Esta posição que alguns galegos assumem é extremista e peca por ingratidão – sim, a Galiza é o berço da língua comum – a mãe, a nai, do galego-português, mas foi em Portugal que ele cresceu, e devido à existência de Portugal e à forma como sempre recusámos ser assimilados, que o idioma se firmou e se espalhou pelo mundo. Hoje somos mais de 200 milhões de falantes. De galego-português, digo eu.

 

Porém, como conclui um estudo encomendado pelo Governo português. a influência da língua portuguesa no mundo não corresponde ao seu número de falantes. Encomendado pelo Ministério da Educação e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros ao reitor da Universidade Aberta, Professor Carlos Reis, o estudo constatou também a dispersão da política da língua e o fraco empenho dos sucessivos executivos portugueses na sua promoção -"Existe uma grande disparidade entre o universo falante de português e a efectiva influência internacional da língua portuguesa", afirmou o professor.

 

Vamos, a partir de Julho reeditar esta série, com música, poemas, pintura, cinema, teatro… em suma, as artes e as letras do universo lusófono. E, com esta informação, um «tandem alucinante», como o classifica Uxía Senlle – Verdes São os Campos, a composição de Zeca Afonso para um poema de Luís de Camões, na voz de Uxía, a grande cantora galega. Galiza e Portugal foi onde começou e se desenvolveu esta língua, a nossa língua, que será a grande protagonista desde terreiro onde traremos artistas de todo este vasto universo da lusofonia.

 

 

 

 

 

 

publicado por Carlos Loures às 11:00
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