Sexta-feira, 1 de Julho de 2011

1 - UMA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA E PRESIDENCIAL: CHILE - por Raúl Iturra

 

Hino Nacional do Chile

 

.
Independência do Chile

É conhecido e mais do que sabido, que o Chile era uma colónia da coroa de Espanha. Como país colonial, o título do Mandatário era o de Governador. Não era eleito pelo povo, era designado pelo Rei ou Rainha, como no caso do Chile, com uma cabeça coroada feminina Isabel II, apenas uma pequena que jogava a ser Rainha. O seu Pai, Fernando VII, da família Borbón, tinha sido retirado do governo e levado em prisão régia a Baiona, pelo Imperador desses tempos, Napoleão Bonaparte.

 

Fernando VII foi rei de Espanha em 17 de Março de 1808 aquando da abdicação forçada do pai, Carlos IV de Borbón. Príncipe das Astúrias, procurou o apoio de Napoleão para preservar os seus direitos ao trono, que calculava estarem ameaçados por Godoy. Mergulhou a Espanha na anarquia e guerra civil pois, se em Março de 1808 a rebelião de Aranjuez fez dele rei, as tropas de Napoleão, comandadas por Murat, ocuparam Madrid e o Imperador mandou que a família real fosse para Bayonne, obteve a abdicação de Carlos IV, obrigou Fernando
a assinar a sua própria abdicação e prendeu-o no confortável castelo de Valençay até Dezembro de 1813.

 

Quando caiu Napoleão, os Bourbons voltaram ao poder em França e em Espanha. Fernando VII, autoritário e teimoso, concedeu, contrariado, uma constituição liberal. Em segredo, convocou uma Santa Aliança dos monarcas europeus para expulsar os liberais da Assembleia das Cortes.

 

Durante a sua ausência do poder, as colónias baixo o poder da coroa de Espanha, tinham-se emancipado e o Monarca as quis recuperar, mas fracassou na sua tentativa e tornou pobre de terras e servos, a governar apenas o seu Estado em 1822.

 

Entre eles, os chilenos, que passou a ser República a 18 de Setembro de 1810,, com congresso bicameral e um Director Supremo, o libertador do Chile, Bernardo O’Higgins que, por paradoxa, era filho do representante do monarca espanhol, Ambrósio O´Higgins, Vice-rei com sede em Lima, como narro mais em baixo. Mas, antes, o Governador do Chile Mateo de Toro e Zambrano, Conde da Conquista, convocou uma reunião ou Cabido dos notáveis da colónia e disse: não há Rei, não tenho poder para governar e entregou o bastão do poder aos criollos e espanhóis da colónia. Foi eleito Presidente de esta inesperada República, para entregar o poder em 1811 ao aristocrata chileno, José Miguel Carrera, que governara o país até o dia em que os espanhóis tornaram as suas antigas terras e reconquistaram o seu poder. Mas, o sabor de República e de Independência ficou no paladar dos espanhóis que ai moravam e nos criollos, que significa descendentes de espanhóis nascido no Chile, o sabor das ideias e palavras República e Independência que era o que Chile queria Por esses azares do destino, apresentou-se para servir à Pátria o filho do vice-rei, foi aceite, nomeado brigadeiro, entrou no exército dos libertadores e a Independência começou. Foram anos de luta. O corpo libertador marchou em massa para a primeira República libertada da Espanha, Argentina, e entre O´Higgins e  o Director da República, José de San Martín, formou-se um impressionante exército para atacar ao da reconquista, comandados por Mariano Osório, baixo o Governo de Marcó del Pont  que fugiu a correr quando reparou que a recuperação das colónias estava perdida.


Francisco Casimiro Marcó del Pont Ángel Díaz y Méndez (Vigo, Espanha, 1777Luján, Argentina, 1819) foi um militar espanhol e governador da Coroa Espanhola no Chile. É uma das figuras fundamentais da independência do Chile, já que foi o último espanhol a presidir o governo colonial do Chile com o título de Governador entre 1815 e 1817, quando foi deposto pelas forças patriotas que entraram em Santiago logo após a Batalha de Chacabuco. A Batalha de Chacabuco foi uma batalha decisiva da independência do Chile, na qual combateram o exército dos andes e o exército espanhol. Ocorreu em 12 de fevereiro de 1817 na fazenda de Chacabuco, redondezas de Santiago. San Martín dividiu seu exército em duas partes. A primeira, sob o comando do general O'Higgins, deveria enfrentar directamente as forças reais, enquanto a segunda, comandada pelo general Soler, deveria mover-se pelo flanco esquerdo. Infelizmente as forças de Soler sofreram vários atrasos ao longo do dia, deixando Bernardo O'Higgins sozinho na fronte tomando as atitudes decisivas. O'Higgins ordenou que um general avançasse e atacasse a linha da infantaria real, que acabou por render-se, permitindo o avanço da cavalaria patriótica. As forças reais correram em direcção a uma fazenda, enquanto isso San Martín avançava com suas forças pelo flanco. Sua chegada transformou a retirada dos realistas numa completa derrota. Tiveram colaboração e apoio de todas as pessoas que ansiavam a independência. Fonte: (em espanhol) Documento de Bartolomé Mitre detalhando a batalha 

 

(Continua)

publicado por Carlos Loures às 14:00
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