«Foi o Mário Vieira de Carvalho que me fez chegar este texto, uma iniciativa de Mikis Theodorakis, texto este que não nos diz nada de novo em relação ao que, graças ao labor do Júlio Marques Mota, no «estrolabio» se tem dito há já muito tempo, nomeadamente dando a conhecer os textos dos «Economistas Aterrados». É por isso menos importante? Evidentemente que não, não só por ter sido um grande vulto da música contemporânea, M. Theodorakis, a ter tomado a iniciativa de se dirigir à consciência dos europeus, com muito maior audição do que um simples cidadão europeu, mas também por nunca serem demasiadas as chamadas de atenção para a verdadeira razão da crise com que os mercados financeiros e os políticos seus serventuários estão a destruir a democracia e a levar a Europa e o euro à ruína. Não são os trabalhadores os responsáveis, mas são os trabalhadores quem a crise vai pagar. Agora a Grécia, a Irlanda e Portugal, com as baterias já apontadas a Espanha; depois serão a Itália, a França, ..., por fim a Alemanha, talvez o país mais merecedor de vir a sofrer a crise pela cegueira com que está a conduzir-se.
Se a Europa no pós-guerra (e a América, claro) tivesse tido o comportamento que a Alemanha está agora a ter, como estaria hoje este país? Será que ainda existiria?
É evidente que sem os erros cometidos pelos políticos gregos (as duas famílias que a têm governado), pelos políticos irlandeses, pelos políticos portugueses desde Cavaco Silva 1.º Ministro, não teria sido tão fácil aos mercados financeiros, com a acção constante das agências de rating, e à banca levarem-nos a tal estado de penúria, o que nos leva a também ter de assumir a nossa quota de responsabilidade por não termos sido capazes de impedir a acção de tais políticos, pois fomos nós que os elegemos. Esquecemo-nos que a política é um exercício de cidadania que a todos responsabiliza.
E agora? Resta-nos tomar consciência de que o futuro de nós depende e partir para a acção, acção essa que tem de ser dos europeus, como no texto se defende, e não do povo trabalhador isolado, deste ou daquele país.»

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