Segunda 20 de Junho - Nesta semana a Cinemateca Nacional (em colaboração com a República da Coreia) apresenta o ciclo Hong Sang-Soo e o Cinema Contemporâneo da República da Coreia, começando pela exibição (inédita) do seu filme mais recente Ha Ha Ha (2010), vencedor do prémio Un Certain Regard 2010 em Cannes. Para o realizador : “… um filme é bom se convoca novas sensações e se modifica a minha maneira de pensar. É por isso que a forma é tão importante. Partilhamos todos os mesmos materiais, mas a forma que usamos conduz a sensações diferentes ou a novos questionamentos, a novos desejos.” Interpretado por Kim Sang-kyung, Kim Kang-woo, Moon So-ri e Kim Gyu-ri, em Ha Ha Ha Hong Sang-soo convoca personagens que lhe são muito próximas – um realizador e um crítico de cinema que relatam as suas aventuras amorosas – e prossegue as suas habituais experimentações com a narrativa, pois monta alternadamente duas histórias que, como perceberemos, se desenrolam em simultâneo, e em espaços muito próximos.
No Espaço Alkantara, às 19h, o belga Pieter Ampe e o português Guilherme Garrido apresentam a sua primeira colaboração no campo da dança Still Difficult Duet. Mais do que uma coreografia harmoniosa, a peça parece ser um constante exercício de equilíbrio entre dois egos e dois corpos hipercinéticos.
Na Arte Pública com que o programa Próximo Futuro pretende marcar os espaços da Fundação Gulbenkian ressalta um trabalho de Márcio Mendanha de Queiroz, que assina como Kboco, e que o público conhece através de um desenho que ilustrava o workshop sobre a Felicidade, numa edição anterior. As suas obras em tela e papel são explicitamente geométricas e arabescas, com uma paleta de cores entre o sertão goiano e as cores quentes que habitualmente se associam a África. Para esta edição, criou expressamente uma peça na qual, a par da sua técnica de grafite, introduz uma subtil ironia através da arquitectura.
Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 17h, por iniciativa de O som do Mundo da Fala Portuguesa, há um Recital de Canto e Piano. (entrada livre)
Em seguida, na mesma Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 19h, numa iniciativa de Música no Museu, a conhecida pianista Fernanda Chaves Canaud, pela primeira vez em Portugal, apresentará o seu programa de Clássicos Brasileiros onde inclui obras de Barrozo Neto, Francisco Mignone, Claudio Santoro, Guerra-Peixe, Edino Kriger, H. Villa Lobos, Chiquinha Gonzaga, Radamés Gnattali, Carlos Cruz, Almiro Zarur, Ernesto Nazareth e da própria Fernanda Canaud. (entrada livre)
Terça 21 de Junho - Ainda na Arte Pública do Próximo Futuro, transitaram da edição anterior os chapéus-de-sol concebidos pela arquitecta Inês Lobo, dispersos pelo jardim, a que se acrescentam este ano obras de quatro artistas convidados – Rachel Korman, Bárbara Assis Pacheco, Isaías Correa e Délio Jasse – a criarem desenhos específicos para estes suportes invulgares.
Dentro do Festival Silêncio 2011 – Lisboa Capital da Palavra realiza-se no Cinema São Jorge, às 19h30, a projecção do documentário Mais um dia de Noite de António José de Almeida sobre Luiz Pacheco com o testemunho do próprio e o daqueles que com ele conviveram ou ainda convivem de perto.
Mais tarde, às 22h, os brasileiros Nilson Muniz e Márcio-André apresentam dois espectáculos que têm em comum o universo da palavra. Performer, actor, cantor, compositor e bailarino, Nilson Muniz apresenta a performance COISA PRAdiZER, uma colectânea de pequenos textos que exploram a multiplicidade poética através do universo imagético da palavra. Márcio-André , escritor e artista sonoro/visual, explora nas suas performances as possibilidades do texto através do processamento electrónico da fala e da projecção de palavras, extrapolando as fronteiras entre a poesia, a música experimental e a instalação.
Na Sala Principal do Maria Matos TM, às 21h30, Pieter Ampe e Guilherme Garrido criam Still Standing You, dois anos após Still Difficult Duet. Com uma grande intensidade física, analisam os aspectos contraditórios da sua relação: são amigos, rivais, inimigos ou amantes? Sem qualquer tipo de pudor e com uma grande dose de ironia, exploram todas as facetas da sua relação, “com uma opulência que faz lembrar a energia inesgotável, porém volátil, de rapazes adolescentes”.
Às 21h30, no Claustro do Mosteiro dos Jerónimos, o espectáculo das Festas de Lisboa’11 Alma Latina leva-nos numa viagem pelo mundo da música lírico-popular de cariz latino, com destaque para a Canção Napolitana, os Tangos de Carlos Gardel e de Piazzolla e homenageando artistas nacionais como Tomaz Alcaide, Alexandre Rey Colaço, Amélia Muge, Tinoco ou Xutos & Pontapés. Tem como suporte o ensemble Alma Latina e conta com a participação especial da fadista Mafalda Arnauth, em dueto com Rui de Luna, e da actriz Sofia Aparício a dar voz aos poetas portugueses.
Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 18h, por iniciativa de O som do Mundo da Fala Portuguesa, há um Recital de Canto e Piano. (entrada livre)
Quarta 22 de Junho - Na Sala Polivalente do Centro de Arte Moderna
(CAM) da F.C.Gulbenkian, às 21h30, ocorre O Corpo é o Mídia da Dança + Outras Partes, um espectáculo de dança do Grupo Lakka incluído no programa Próximo Futuro. Esclarece o programa :“ Vanilton Lakka, coreógrafo e intérprete brasileiro,… traz os contextos sociais e tecnológicos presentes nas cidades do princípio deste século para o universo da sua dança, que, subtil, … física e plástica, é original na forma como se estende a outros suportes, nomeadamente aos novos media, sem que com isso “arrefeça” o espectáculo ou as coreografias percam dinâmicas humanas.” Repete na Quinta 23/6 às 19h.
Na Sala de Ensaio do CCB, estreia às 21h a peça Sangue jovem de Peter Asmussen, encenada por Beatriz Batarda (na foto) e com interpretação de Elisa Lisboa, Lídia Franco, Teresa Faria e Romeu Costa. Peter Asmussen “lança um olhar dissecante sobre a vida de três sexagenárias, amigas de infância, que perante a inevitabilidade do envelhecimento, da doença e da solidão, procuram uma identidade na qual se reconheçam”. Permanece até Domingo 25/6.
Às 18h, no Foyer do Teatro Nacional de São Carlos, há mais um espectáculo do ciclo Estúdio de Ópera IV “Em torno de Pauline Viardot” sob a direcção musical de João Paulo Santos (piano) e com a participação de Carmen Matos soprano, Ana Franco soprano, Leila Moreso meio-soprano, Carlos Cardoso tenor e Tiago Matos barítono, em canções diversas. (entrada livre) Nota: Pauline Viardot-Garcia (1821-1910) foi uma célebre meio-soprano francesa (de origem espanhola), irmã da cantora Maria Malibran, mas também compositora e pedagoga.
No Cinema São Jorge, às 19h30, no Festival Silêncio 2011 –
Lisboa Capital da Palavra, realiza-se a projecção do documentário Tomai lá do O’Neill de Fernando Lopes que, nas palavras do realizador “se trata … não de uma biografia … mas, sobretudo, das vivências criativas, sentimentais e afectivas de um poeta, um dos maiores do nosso século XX, com quem tive o privilégio de conviver”.
Às 22h, na Sala 1 do Cinema São Jorge, a actuação de Linton Kwesi Johnson é um dos momentos mais aguardados do Festival Silêncio 2011. Conhecido como o pai da Dub Poetry – embora ele prefira definir-se como um poeta reggae –, distinguiu-se nos anos 80 pelos seus textos anti-Thatcher e de denúncia da violência policial. No Festival Silêncio irá fazer um Poetry Reading (uma leitura de poesia) e, em seguida, subirão ao palco um grupo de slammer's seus convidados que irão declamar poemas de intervenção. São eles Walid El Sayed, Paola d'Agostino, Afonso Mata, Raquel Lima, Bob da Rage Sense e Sir Scratch.
No Teatro Camões, é exibido, na preparação do Dia de Moçambique (25/6), o documentário de Margarida Cardoso KUXA KANEMA: O Nascimento do Cinema, onde se diz : «A primeira acção cultural do governo Moçambicano logo após a independência, em 1975, foi a criação do Instituto Nacional de Cinema (INC)… Kuxa Kanema quer dizer o nascimento do cinema e o seu objectivo era filmar a imagem do povo e devolvê-la ao povo. Mas hoje a República Popular de Moçambique passou a ser, simplesmente, a República de Moçambique ... É através destas imagens e das palavras das pessoas que as filmaram que seguimos o percurso de um ideal de país, que se desmorona, pouco a pouco, com o ideal de “um cinema para o povo” e com os sonhos das pessoas que um dia acreditaram que Moçambique seria um país diferente.»
No Ondajazz, às 22h30, a cantora portuguesa Susana Travassos e o pianista brasileiro Vitor Gonçalves juntam-se para um concerto luso-brasileiro de voz e piano. No repertório, interpretam canções de grandes compositores como Dori Caymmi, Tom Jobim, Dominguinhos, Pixinguinha, Sueli Costa e fazem referência a Fernando Pessoa em dois belos poemas musicados.
Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 21h, por iniciativa de Tango na Rua, haverá um concerto de Milongas no Palácio.
Às 21h, o Coliseu de Lisboa vai receber a visita de uma das mais míticas bandas norte-americanas, os Cheap Trick, com quase 40 anos de carreira e 16 álbuns de originais (I Want You to Want Me, Flame, Surrender ou Dream Police), mantendo a banda de Illinois quase desde início a mesma formação : Robin Zander (vocalista e guitarra), Rick Nielsen (guitarra), Tom Petersson (baixo eléctrico) e Bun E. Carlos (bateria, percussão).
Quinta 23 de Junho - No Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, às 19h, haverá um Concerto Workshop ENOA (European Network of Opera Academies) com a colaboração da Orquestra Gulbenkian onde se abordarão árias das óperas La Bohème de Puccini, Faust de Gounod e Carmen de Bizet. Este Workshop de Direcção Orquestral e Acompanhamento Solístico para jovens maestros e cantores (cujo concurso foi público)
Arranca a Cinemateca Próximo Futuro cujo objectivo singular é apresentar filmes que “possam constituir narrativas visíveis sobre os países, as pessoas, as paisagens, os criadores oriundos dos continentes que são foco do futro próximo : América Latina e Caraíbas, África e Europa”. Assim, no Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Gulbenkian, às 22h, exibem-se Apnée (2010) e When China met Africa (2010).
Apnée de Mahassine El Hachadi (Marrocos), uma curta-metragem vencedora do último Festival de Cinema de Marraquexe (2010), é uma obra demonstrativa da qualidade e inventividade do actual cinema marroquino e da sua nova geração de cineastas. É também um filme que mostra as diferenças fulcrais entre a geração mais velha, ainda oriunda de uma certa ruralidade marroquina e a juventude urbana e moderna das cidades.
When China met Africa, de Marc and Nick Francis (Reino Unido) descreve uma reunião histórica em Pequim, reunindo 50 chefes de Estados africanos, que ecoa na Zâmbia, onde a vida das três personagens se desenrola, aparentemente, longe das questões que ocupam os chefes de Estado. Através de um retrato intimista destas personagens, fica o registo de um poder com vocação global em ascensão e as contradições do mesmo, anunciando um futuro radicalmente diferente, não apenas para África, mas também para o mundo.
Neste dia do Festival Silêncio2011- Lisboa Capital da Palavra, às 18h, no Cinema São Jorge (Sala 3) no Word Cut Docs o documentário Autografia: Um Filme sobre Mário Cesariny de Miguel Gonçalves Mendes pretende retratar não o poeta e pintor Mário Cesariny mas sim a sua vida, o seu percurso e a sua individualidade. “Como espaço de acção privilegiou-se o seu quarto, por ser este actualmente a base da sua criação e da sua intimidade”, explica o realizador, presente na sessão.
Às 20h30, no mesmo Cinema São Jorge (Sala 3) Louder Than a Bomb (2010, EUA) de Greg Jacobs e Jon Siskel conta a história de quatro equipas de Poetry Slam de Chicago que se preparam para competir no maior evento mundial de Poetry Slam juvenil.
Às 22h, na Sala 1 do Cinema São Jorge, Palavras do Fado reunirá em palco fadistas da mais recente geração − Cuca Roseta, Raquel Tavares, António Zambujo e Ricardo Ribeiro − que irão interpretar poemas de grandes poetas portugueses misturando vozes clássicas como as de Camões ou Garrett com as de poetas mais modernos como Pedro Tamen ou Fernando Pinto do Amaral.
Às 22h30, na Music Box, o Clube da Palavra irá apresentar uma noite especial em que a palavra em português – dita, cantada, lida, desenhada, improvisada – é o mote para um projecto que junta em palco intérpretes de várias áreas de expressão artística.Teremos o espectáculo Writing Mirrors, em que a partir de imagens projectadas num espelho/ecrã, três jovens escritores (Pedro Vieira, Paulo Ferreira e Cláudia Clemente) lêem textos de sua autoria. Participam os escritores.Poderemos contar ainda com a presença de Chullage, referencia do hip hop nacional, Thomas Bakk, escritor e dramaturgo brasileiro, e ainda Luís Gabriel Lopes, músico e compositor brasileiro. As intervenções são ilustradas por António Jorge Gonçalves (desenho digital em tempo real).
Na Cafeteria Quadrante do CCB, às 22h, Jazz às 5ªs traz o Red Trio composto por Rodrigo Pinheiro (piano), Hernâni Fausto (contrabaixo) e Gabriel Ferrandini (bateria) que, embora apresente a formação mais convencional do jazz, considera “afastar-se deste paradigma colocando no mesmo plano de importância sonora todos os instrumentos que o constituem”.
Na Igreja do Sacramento (à calçada da Glória), às 19h, o guitarrista Ricardo Rocha dará um concerto (de entrada livre). É um dos mais importantes instrumentistas (Prémio Carlos Paredes, Prémio Revelação Ribeiro da Fonte e Prémio Amália Rodrigues) e compositores (“Voluptuaria”, “Tributo à Guitarra Portuguesa”, “Sementes de Fado” e por último “Luminismo”) de toda a história da guitarra portuguesa.
No Ondajazz, às 22h30, o Quarteto Randy Ingram/Bjorn Solli é o encontro de dois grandes músicos e compositores da cena actual de Nova York, o norte-americano Randy Ingram (piano) e o norueguês Bjørn Solli (guitarra), aqui acompanhados por Nelson Cascais (contrabaixo) e João Lencastre (bateria).
No Campo Pequeno, às 21h, os norte-americanos Avenged Sevenfold actuam ao vivo em apresentação do último álbum, Nightmare (2010). Considerados uma das mais promissoras bandas de metal do início do século XXI, após alguns anos mudaram o seu estilo musical no álbum City Of Evil, hoje considerado um dos melhores álbuns do século.
Sexta 24 de Junho - Para aqueles que já sentem a carência de eventos da música clássica na cidade, começa hoje o Festival de Sintra 2011 com uma conferência do musicólogo Rui Vieira Nery no Centro Cultural Olga Cadaval (auditório Jorge Sampaio) às 21h30. O tema, que será o do Festival, é Liszt e Mahler: os construtores da “música do futuro”.
Na Sala Principal do São Luiz Teatro Municipal, às 21h, num Recital de Poesia e Piano, Bernardo Sassetti (piano) e Beatriz Batarda (narração) dão alma e voz a A Menina do Mar, um dos contos mais conhecidos de Sophia de Mello Breyner Andresen.
No Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Gulbenkian, às 22h, exibe-se no quadro da Cinemateca Próximo Futuro o filme de Werner Herzog Fitzcarraldo (1982), protagonizado por Klaus Kinski, uma odisseia do interior da Amazónia no século XIX, “contada como uma aventura demencial mas nem por isso menos humana”.
No Teatro Camões, às 21h, a Companhia Nacional de Canto e Dança de Moçambique apresenta Gold com coreografia de Rui Lopes Graça e música original de João Lucas. Esclarecem os autores : “Esta peça nasceu da intenção de confrontar uma obra referencial da história da música ocidental, as Variações Goldberg (daí o nome Gold) de J. S. Bach, nos registos gravados por Glenn Gould em 1955 e 1982 – só por si um testemunho ímpar sobre o poder de apropriação de uma obra e a sua maturação ao longo de uma prodigiosa vida artística - com a cultura musical popular de Moçambique por via de intérpretes de excelência reunidos na sua única companhia profissional”. Repete a 25/6.
Às 22h30, no Ondajazz, em Avalanche o pianista cubano Victor Zamora toca com Carlos Barretto contrabaixo, João Moreira trompete e José Salgueiro bateria. Victor Zamora é pianista intérprete e também compositor e é nessas composições que regressam as suas raízes cubanas que se misturam com todos os seus encontros jazz.
No Espaço Nimas, às 21h30, em O Espectáculo d'Ontem a harpa electrónica de Eduardo Raón vai juntar-se à voz de Joaquim de Brito para um concerto onde a sua cumplicidade abarca desde a música erudita contemporânea, à World, passando pelo rock e pela música improvisada.
No TMN ao Vivo (antigo Armazém F no Cais do Sodré), às 22h, na Balkan Brass Battle, as duas mais famosas orquestras de metais ciganas, a Fanfare Ciocarlia da Roménia e a Boban & Marko Markovic Orchestra da Sérvia, tomam o palco para ver quem consegue soprar mais alto e mais forte.
Neste dia do Festival Silêncio2011, às 19h, no Cinema São Jorge (Sala 3) no Word Cut Docs o documentário Duvidávida de António José de Almeida versa a vida de David Mourão-Ferreira.
Às 22h, na Sala 1 do Cinema São Jorge, Adolfo Luxúria Canibal apresenta-nos "Estilhaços de Mário Cesariny" na companhia de António Rafael (piano e programações), Henrique Fernandes (contrabaixo) e Jorge Coelho (guitarra).
Às 23h, no Musicbox, Suicidame é um espectáculo (inédito em Portugal) criado para o Festival Silêncio pelo escritor espanhol Alberto Torres Blandina (autor de Coisas Que Nunca Aconteceriam em Tóquio, Editora Quetzal). Trata-se de uma competição de escrita em directo entre três escritores, João Leal, José Mário Silva e Patrícia Portela, que irão criar três personagens que buscam o suicídio perfeito. O público irá decidir o vencedor desta espécie de reality show em que a morte é o prémio.
À 1h, no mesmo Musicbox, Grand Pianoramax feat Mike Ladd é a história daquele projecto experimental de teclado/tambores (vencedor do prémio Piano Solo do prestigiado Montreux Jazz Festival) concebido por Leo Tardin na sua relação com Mike Ladd (personagem histórica do hip-hop norteamericano). Ambos trazem ao Festival Silêncio uma proposta que passa pela comunhão dos dois trabalhos num só espectáculo, único e irrepetível.
No Castelo de S. Jorge, às 22h, Mafalda Arnauth homenageia as mulheres (as Fadas) que influenciaram o seu percurso enquanto artista, escolhendo cantar algumas dessas vozes cruciais no seu crescimento como fadista − Amália Rodrigues, Hermínia Silva, Fernanda Baptista, Celeste Rodrigues e Beatriz da Conceição, com a participação do Lisboa Fado Ensemble, dentro das Festas de Lisboa’11.
Ainda nas Festas de Lisboa’11, o Out Jazz é no Jardim do Príncipe Real, às 18h, com Frankie Chavez (heterónimo artístico de Francisco Chaves), possuidor dum processo de gravação totalmente livre, que tem como base as viagens e a interacção com outras culturas e formas de estar.
Às 19h haverá Jazz na Praça Paiva Couceiro com o agrupamento Triocotomia.
Sábado 25 de Junho - No Palácio Nacional de Queluz e dentro do Festival Sintra 2011, Leslie Howard, intérprete australiano de música de câmara mas também compositor, pianista de concerto, maestro e professor, dá dois concertos.
O recital 1 Quatro Obras-Primas de Liszt, às 18h, tem como programa : Grande Solo de Concerto, S.176 ; Variações sobre o motivo de J. S. Bach «Weinen, Klagen, Sorgen, Zagen», S.180 ; Sarabanda e Chaconne sobre temas da ópera «Almira» de Händel, S.181 e Scherzo e Marcha, S.177.
O recital 2 Liszt, o Franciscano Poeta, às 21h30, terá : Harmonias poéticas e religiosas, S.173, nºs 1 a 10 ; Duas Lendas, S.175 ; 1. São Francisco de Assis: A Pregação aos Pássaros e 2. São Francisco de Paula caminhando sobre as ondas.
Exibem-se às 22h, no Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Gulbenkian, os filmes que Próximo Futuro encomendou a 3 realizadores de continentes diferentes.
De Cerro Negro, um filme de João Salaviza (Portugal), um realizador que “tem feito um cinema actual, … sem constrições de formato, com a liberdade e engenho dum autor empenhado…”, diz o próprio realizador : “Anajara e Allison são um casal de emigrantes brasileiros em Lisboa. Duas solidões que se protegem mutuamente, ao mesmo tempo que lutam contra uma separação forçada… Hoje é dia de visita na prisão de Santarém”.
Hidden Life, de Vincent Moloi (África do Sul), explora o mundo secreto da ambiguidade moral. O porto de mar da Cidade do Cabo é um mundo impressionantemente complexo. É uma das mais movimentadas intersecções culturais do mundo onde os fluxos de pessoas transaccionam bens e ‘humanidade’.
Viento sur, de Paz Encina (Paraguai), é uma história sobre desaparecidos e sobre os métodos utilizados para esses desaparecimentos. Justino e Domingo são dois irmãos pescadores que vivem num ambiente de repressão local … Um modo de resgatar a memória, um modo invulgarmente poético, alguma memória.
Às 18h, na Sala 2 do Cinema São Jorge, em Art of Writing o carismático escritor norte-americano Colson Whitehead (The Intuitionist / A Intuição é Tudo, Planeta Editora) profere, a convite do Festival Silêncio, uma conferência na qual aborda com humor algumas das regras da arte de escrever.
Neste último dia do Festival Silêncio2011, às 19h, no Cinema São Jorge (Sala 3) no documentário Jorge de Sena Escritor Prodigioso, realizado por Joana Pontes, pela voz da sua mulher, Mécia de Sena, e na sua casa em Santa Bárbara, Califórnia, vai cruzar-se a sua vida de escritor, pai de família, professor e português exilado, com a obra que deixou, com as memórias do tempo em que viveu, memórias sociais, política, literária e familiar. A exibição deste documentário será antecedida por uma breve apresentação por parte da realizadora e do escritor e poeta Vasco Graça Moura.
Às 20h, no Cinema São Jorge (sala 2), Des Papous dans la Tête é um espectáculo radiofónico da France Culture em torno de jogos literários com apresentação de Françoise Treussard e a participação dos escritores franceses Hervé Le Tellier, Jean-Bernard Pouy, Lucas Fournier e a cantora Jehanne Carillon.(ouvir um exemplo em
http://www.franceculture.com/player?p=reecoute-4265349#reecoute-4265349 )
Às 22h, na Sala 1 do Cinema São Jorge, antes da Festa de Encerramento (às 23h30) do Festival Silêncio 2011 – Lisboa Capital da Palavra com a final do Poetry Slam Portugal, no espectáculo Moradas do Silêncio quatro grandes nomes da música portuguesa (Sérgio Godinho, JP Simões, João Peste, Rui Reininho) juntam-se para uma homenagem a Al Berto num espectáculo único e irrepetível. Cada artista é convidado a apresentar três temas inspirados na obra do poeta ou relacionados com o imaginário da sua escrita e cada intervenção será precedida por curtos interlúdios em que, sob texturas musicais de Noiserv, serão declamados poemas seleccionados pelo escritor Nuno Júdice.
No Grande Auditório do CCB, às 21h, Manel Cruz apresenta, com o seu quinteto, o projecto Foge Foge Bandido.
No Teatro São Luiz (no Jardim de Inverno) às 21h, d (1910), a Casa da América Latina e a Embaixada do Brasil homenageiam o músico, poeta e compositor Noel Rosa (que consagrou o samba como género fundamental da identidade musical do Brasil) no centenário do seu nascimento. Para isso, convidam o músico, compositor e ensaísta José Miguel Wisnik para uma conferência ilustrada musicalmente.
No Castelo de S. Jorge, às 22h, Ricardo Ribeiro, apontado como um talento da nova geração de fadistas, canta com a participação do Lisboa Fado Ensemble, dentro das Festas de Lisboa’11.
A quarta edição do COM’PAÇO vai contar com a participação de várias bandas filarmónicas, oriundas de diversos locais do nosso país, com o principal objectivo de constituírem a Banda do Com’Paço 2011. O programa irá apresentar concertos e actuações conjuntas das bandas participantes com repertórios que vão desde a música popular à música erudita, animando vários espaços públicos da capital a partir das 18h, nomeadamente o Jardim da Estrela, o Jardim de São Pedro de Alcântara e o Rossio (ver pormenor em http://www.festasdelisboa.com/?t=events&date=2011-06-25 ). O concerto de encerramento, a decorrer na Praça do Rossio às 21h30, terá a Banda (dirigida por Délio Gonçalves) a tocar trechos desde Everest (Jacob de Haan) ou Marinarella (arr. Wil van der Beek) até New York New York (arr. Vítor Fontão) ou Índios da Meia Praia (Zeca Afonso, arr. Lino Guerreiro).
No Ondajazz, às 22h30, toca o Nuno Costa Quinteto (João Moreira trompete, Nuno Costa guitarra, Óscar Graça piano, Bernardo Moreira contrabaixo e Rui Pereira bateria) que apresentará alguns dos seus mais recentes temas assim como outros presentes no seu disco de estreia "Reticências entre Parênteses", um disco intimamente ligado ao universo cinematográfico onde transparece uma forte componente visual.
Domingo 26 de Junho - No Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Gulbenkian, às 19h e incluído no programa Próximo Futuro, o músico congolês (a viver em Bruxelas) Baloji apresenta o seu projecto artístico, fruto dessa bipolaridade geográfica, que “cruza o hip-hop fluido com uma soul inflamada ou o high life, sempre tocado pelo omnipresente voodoo subsariano … Membro duma orgulhosa linhagem de músicos africanos …(com) uma sólida consciência política …(n)o entanto, numa actuação sua jamais se perde um forte sentido de festa e diversão”.
No Palácio Nacional de Queluz (dentro do Festival Sintra 2011), Leslie Howard, pianista australiano de música de câmara, dá mais dois concertos.
No recital 3 Liszt, o Viajante, às 18h, tocará : Anos de Peregrinação – Terceiro Ano: Itália, S.163 ; Romanceiro Espanhol, S.695c.
No recital 4 Liszt, o Nobre Virtuoso, às 21h30, interpretará : Quatre Valses oubliées, S.215 ; Doze Estudos de Execução Transcendental, S.139 – Partes I e II.
No Auditório do Museu do Oriente, às 19h, Shanti, uma das
novas artistas revelação em 2010 no Japão, apresenta Share my Air, o espectáculo que escolheu para a sua primeira tournée europeia e com o qual mostrará ao público ocidental a sua versatilidade como compositora e intérprete, através de um vasto repertório em que convivem os clássicos do soul, as canções japonesas e um pop mais intimista e pessoal, numa interpretação ao ritmo do jazz.
Às 22h, na Esplanada do Museu do Fado, canta Carla Pires que integrou o quinteto Amália e gravou os CDs “O Fado em concerto” e “Ilha do Meu Fado” (2005).
No Museu da Fundação Gulbenkian, o programa Sempre aos Domingos inclui, às 11h, uma visita orientada temática à Arte dos têxteis no Oriente e Ocidente, que visa conduzir o público numa viagem de quase cinco mil anos de História da Arte e da Cultura. (bilh.5€)
No Centro de Arte Moderna (CAM/FCG), o programa Domingos com arte propõe, às 12h, a visita “Factor Espaço: Arte, corpo e Arquitectura”, um percurso em torno das relações entre Arquitectura e Arte, entre corpo e espaço, promovendo o debate e a interacção a partir da experiência dos visitantes neste contacto com os muitos espaços de uma obra de Arte. (gratuito)
Inaugurada há pouco no Museu de São Roque no âmbito do Ciclo de Arte Contemporânea, a exposição Uunniivveerrssee.net, de André Sier, desenvolve-se em torno de conceitos cosmogónicos, procurando questionar a origem do Universo, temática que se enquadra com particular pertinência no Museu de São Roque pela natureza das suas colecções que, na sua origem, cumpriam, maioritariamente, funções cultuais. O artista projectou um conjunto de peças interactivas, que respondem e evoluem de acordo com acções espoletadas pelos visitantes do museu, entre as quais uma projecção interactiva na fachada do museu. Encerra a 31 de Julho.
Caros leitores, no final da próxima Agenda − a última integral que antecederá a pausa estival – lembrarei alguns eventos importantes (no meu ângulo cultural) dos meses próximos para que aconselharia estarem atentos.
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