publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
Iniciámos a publicação de textos relativos aos autores que têm vindo a ser anualmente distinguidos no Dia das Letras Galegas: Rosalia de Castro (1963), Daniel Castelão (1964), Eduardo Pondal (1965).
Interrompemos, momentaneamente, aquela sequência para dar lugar ao distinguido este 17 de Maio de 2011: Lois Pereiro.
Luis Ángel Sánchez Pereiro, mais conhecido como Lois Pereiro, escritor e poeta galego, nasceu a 16 de Fevereiro de 1958, em Monforte de Lemos (Galiza), e faleceu, com 38 anos e doente, a 24 de Maio de 1996, na Corunha (Galiza).
Foi escolhido pela RAG para o Dia das Letras Galegas deste ano de 2011.
José Martinho Montero Santalha, presidente da Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP), contou-nos como o poeta Lois Pereiro é mencionado num poema de Ricardo Carvalho Calero, em agradecimento aos dez poetas “de amor e desamor” pelo exemplar e dedicatória que lhe ofereceram.
Em vida publicou duas obras; Poemas 1981/1991 (1992) e Poesía última de amor e enfermidade (1995), tendo, após a sua morte, sido publicada Poemas para unha Loia (1997), que recolhe obras da época madrilena, publicadas na revista “Loia”.
Diz o seu irmão, Xosé Manuel Pereiro, que ao escrever os seus primeiros poemas declarou que nunca escreveria em castelhano.
Como não conhecia este poeta, de lírica punk dirão alguns e talvez não o enjeitasse o próprio, procurei na rede e aqui deixo dois dos poemas encontrados na Biblioteca Virtual Galega:
En doce versos falsos
1 | A miúdo botas negras e o seu xesto |
2 | na postura dun acto de violencia |
3 | pousadas coma un signo |
4 | na noite lostregada |
5 | esluída no refuxio |
6 | da procesión de euforia |
7 | na creación volcánica dun soño |
8 | na idea procreada |
9 | que non entraría en min |
10 | sen o pruído curioso |
11 | cravado sen molestias nos meus ollos |
12 | que van durmir o soño que non sinto. |
Poemas póstumos (1992-94)
Curiosidade
Saber que está un á morte
e o corpo é unha paisaxe de batalla:
unha carnicería no cerebro.
¿Permitirías ti, amor deserto,
que nesta fevre penitente abrise
a derradeira porta e a pechase
detrás miña, sonámbulo e impasible,
ou porías o pé
entre ela e o destino?
novembro, 92 |
As armas da paixão - um vídeo documental sobre a vida e a obra de Lois Pereiro
. Ligações
. A Mesa pola Normalización Lingüística
. Biblioteca do IES Xoán Montes
. encyclo
. cnrtl dictionnaires modernes
. Le Monde
. sullarte
. Jornal de Letras, Artes e Ideias
. Ricardo Carvalho Calero - Página web comemorações do centenário
. Portal de cultura contemporânea africana
. rae
. treccani
. unesco
. Resistir
. BLOGUES
. Aventar
. DÁ FALA
. hoje há conquilhas, amanhã não sabemos
. ProfBlog
. Sararau