Terça-feira, 31 de Maio de 2011

Sempre Galiza! – Lois Pereiro: poeta galego-punk ou vice-versa

publica-se às 3ªs e 6ªs

coordenação Pedro Godinho


 

Iniciámos a publicação de textos relativos aos autores que têm vindo a ser anualmente distinguidos no Dia das Letras Galegas: Rosalia de Castro (1963), Daniel Castelão (1964), Eduardo Pondal (1965).

 

Interrompemos, momentaneamente, aquela sequência para dar lugar ao distinguido este 17 de Maio de 2011: Lois Pereiro.

 

 

 

Luis Ángel Sánchez Pereiro, mais conhecido como Lois Pereiro, escritor e poeta galego, nasceu a 16 de Fevereiro de 1958, em Monforte de Lemos (Galiza), e faleceu, com 38 anos e doente, a 24 de Maio de 1996, na Corunha (Galiza).

 

Foi escolhido pela RAG para o Dia das Letras Galegas deste ano de 2011.

 

 

 

José Martinho Montero Santalha, presidente da Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP), contou-nos como o poeta Lois Pereiro é mencionado num poema de Ricardo Carvalho Calero, em agradecimento aos dez poetas “de amor e desamor” pelo exemplar e dedicatória que lhe ofereceram.

 

Em vida publicou duas obras; Poemas 1981/1991 (1992) e Poesía última de amor e enfermidade (1995), tendo, após a sua morte, sido publicada Poemas para unha Loia (1997), que recolhe obras da época madrilena, publicadas na revista “Loia”.

 

Diz o seu irmão, Xosé Manuel Pereiro, que ao escrever os seus primeiros poemas declarou que nunca escreveria em castelhano.

 

 

 

Como não conhecia este poeta, de lírica punk dirão alguns e talvez não o enjeitasse o próprio, procurei na rede e aqui deixo dois dos poemas encontrados na Biblioteca Virtual Galega:

 

 

 

En doce versos falsos 


1

A miúdo botas negras e o seu xesto
(abandonadas do corpo que as esixe)

2

na postura dun acto de violencia
(sen a expresión real do asasinato)

3

pousadas coma un signo
(de furia e de nostalxia)

4

na noite lostregada
(esvaíndose da morte sen imaxe)

5

esluída no refuxio
(doutra visión que medra)

6

da procesión de euforia
(sabendo que hai un drama elaborado)

7

na creación volcánica dun soño
(coma orixe do desespero agudo)

8

na idea procreada
(dun par de botas negras)

9

que non entraría en min
(pola porta dun mundo que me invade)

10

sen o pruído curioso
(que agora me traspasa)

11

cravado sen molestias nos meus ollos
(tan cegos coma o teu útero estéril)

12

que van durmir o soño que non sinto.

 

 

  

 

Poemas póstumos (1992-94)

 

Curiosidade

 

 Saber que está un á morte

e o corpo é unha paisaxe de batalla:

unha carnicería no cerebro.


¿Permitirías ti, amor deserto,
que nesta fevre penitente abrise
a derradeira porta e a pechase
detrás miña, sonámbulo e impasible,
ou porías o pé
entre ela e o destino?

 

novembro, 92



  

 

 

 

As armas da paixão - um vídeo documental sobre a vida e a obra de Lois Pereiro

 

publicado por Pedro Godinho às 11:00
link | favorito

.Páginas

Página inicial
Editorial

.Carta aberta de Júlio Marques Mota aos líderes parlamentares

Carta aberta

.Dia de Lisboa - 24 horas inteiramente dedicadas à cidade de Lisboa

Dia de Lisboa

.Contacte-nos

estrolabio(at)gmail.com

.últ. comentários

Transcrevi este artigo n'A Viagem dos Argonautas, ...
Sou natural duma aldeia muito perto de sta Maria d...
tudo treta...nem cristovao,nem europeu nenhum desc...
Boa tarde Marcos CruzQuantos números foram editado...
Conheci hackers profissionais além da imaginação h...
Conheci hackers profissionais além da imaginação h...
Esses grupos de CYBER GURUS ajudaram minha família...
Esses grupos de CYBER GURUS ajudaram minha família...
Eles são um conjunto sofisticado e irrestrito de h...
Esse grupo de gurus cibernéticos ajudou minha famí...

.Livros


sugestão: revista arqa #84/85

.arquivos

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

.links