Domingo, 29 de Maio de 2011

Agenda cultural de 30 de Maio a 5 de Junho de 2011 por Rui Oliveira

 

 

 

   Segunda  30 de Maio  - Como é usual às Segundas, destacamos um filme que a crítica generalizadamente valoriza, embora neste caso a reacção imediata do público tenha deixado a sala dividida. Trata-se da estreia na Quinta-feira passada do filme vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes 2011 A Árvore da Vida / The Tree of Life, do realizador norte-americano Terrence Malik, um quase septuagenário que apenas fez  cinco longas metragens espaçadas no tempo (a última The New World 2005, após The Thin Red Line 1998). A interpretação principal foi entregue a Brad Pitt, Sean Penn e Jessica Chastain e filme “… aborda a origem do universo e como a tragédia de um ser humano pode ser tão diminuta quando vista a uma escala global  (Público)”.

 

 

 

   Após as experiências dos anos anteriores (com o clarinete e o piano), o São Luiz Teatro Municipal

 e a Orquestra Metropolitana assumem um novo desafio promovendo nesta temporada o Festival para um Instrumento: A Herança de Paganini que dá relevo ao violino. Durante seis dias, a Sala Principal e o Jardim de Inverno do São Luiz TM evocará um dos mais influentes intérpretes de todos os tempos, Niccolò Paganini e dará espaço para novos talentos no Concurso Jóvens Violinistas 2011

   Assim, às 18h30, iniciam-se os recitais dos finalistas ouvindo-se :
    João Andrade  em  obras de Ludwig van Beethoven e Eugène Ysaÿe
    David Ascensão  em  obras de Johann Sebastian Bach e Ernest Chausson   

 

   No Instituto Franco-Português, às 19h, termina o ciclo “Paris no Cinema” com o filme Andalucia (2007) de Alain Gomis, com Yacine Samir Guesmi, Delphine Zingg, Djibril Djolof, entre outros. Recebeu o Prémio de interpretação masculina no Festival Internacional do Filme Francófono de Namur.  (entrada livre)

 

   Aldina Duarte apresenta na  FNAC Chiado, às 18h30, Contos de Fados, o seu quarto álbum. Feito de onze letras originais escritas a partir de obras literárias, portuguesas e estrangeiras, de diversos estilos, todas cantadas nas melodias do fado tradicional, Aldina Duarte faz-se acompanhar pelos músicos Carlos Manuel Proença, na viola, e José Manuel Neto, na guitarra portuguesa.

 

 

 

   Terça  31 de Maio  - Em tempos em que é necessário treinar o NÃO, ou, como sabiamente a Cinemateca anuncia como lema da sua programação de Maio “… vamos mostrar, em palavras e em atitudes, o poder da nega”, saberá bem ver na sua Sala Félix Ribeiro, às 19h, Chantrapas (2010) de Otar Iosseliani com Dato Tarielashvili, Tamuna Karumidze, Fanny Gonin, em primeira exibição na Cinemateca.  “Chantrapas” é uma palavra vinda da aristocracia russa do século XIX que falava francês – “Chantera / Cantará” e “Chantera pas / Não cantará”, diziam os mestres italianos às crianças que frequentavam aulas de canto. E diz Otar Iosseliani : “Mais tarde, Chantrapas tornou-se uma palavra comum: os “chantrapas” eram aqueles que “não prestavam para nada”, os excluídos. Um pouco como a minha personagem principal, que é censurada na União Soviética, e menos bem recebida do que estava à espera no Ocidente”.

 

 

 

   Na Biblioteca-Museu República e Resistência (à Cidade Universitária), às 18h30,

 há, no quadro da “Exposição do Cinema e da Censura em Portugal” ali patente, a apresentação do livro O Cinema sob o olhar de Salazar  de Luís Reis Torgal, historiador e professor no Instituto de História e Teoria das Ideias, da Faculdade de Letras de Coimbra. Esta obra tem co-autoria de Alberto Pena Rodriguez, Álvaro Garrido, António Pedro Pita, Cristina Barcoso, Fausto Cruchinho, Heloísa Paulo, Jorge Seabra, José Matos-Cruz, Paulo Filipe Monteiro, Paulo Jorge Granja e Luís Reis Torgal.  “Oliveira Salazar gostava de ir ao cinema  mas ignorava os filmes estrangeiros e via sobretudo os filmes portugueses dramáticos ou históricos e menos as comédias…” (testemunho, contido na obra, de António Lopes Ribeiro, «o realizador por excelência do Estado Novo»).

 

   Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, ás 18h, no ciclo “O Som do Mundo da Fala Portuguesa” há mais um Recital de Saxofone e Piano. (entrada livre)

 

   Às 18h30, no Jardim de Inverno do São Luiz TM os finalistas do Concurso Jóvens Violinistas 2011 tocarão :

    Tomás Costa - obras de Heinrich Wilhelm Ernst e Maurice Ravel
    Ivan Lopez - obras de Eugène Ysaÿe, Camille Saint-Saëns e Pablo de Sarasate

 

   No Cinema São Jorge, às 22h, a banda portuguesa  Sean Riley & The Slowriders  actuará seguramente com base no seu terceiro CD It’s Been a Long Night nessa data posto à venda. A banda, cujo segundo álbum Only Time will Tell foi dos melhores do ano segundo a Blitz, irá abrir o próximo Festival no Meco.

 

 

 

   O considerado  multifacetado músico norte-americano Sufjan Stevens  vêm a Portugal  ao Coliseu dos Recreios, às 21h, apresentar o seu novo álbum The Age of Adz editado em Outubro do ano passado.

 

 

 

   Quarta  1 de Junho  -  No Grande Auditório da Culturgest, às 21h30, apresenta-se (em estreia e dedicado a Mónica Lapa) o espectáculo de dança Lost Ride, concepção e direcção artística de Francisco Camacho, co-criação e interpretação de Sílvia Real, com música original de Sérgio Pelágio. Um crítico diz : “… as figuras criadas por Sílvia Real confrontam-se com o espaço físico e psíquico que as constrange… Lost Ride habita na tensão, na ilusão das dicotomias e sobre elas oferece a possibilidade de canibalismo...”.  Repete Quinta 2/6.

 

LOST RIDE - Francisco Camacho & Sílvia Real from EIRA on Vimeo.

 

   No Foyer do Teatro Nacional de São Carlos, às 18h, o Estúdio de Ópera I intitula-se Schubertíade e os seus participantes serão a soprano Vera Silva, a meio-soprano  Leila Moreso, o tenor  Bruno Almeida e o baixo-barítono  Bruno Pereira.

 

 

                         

 

   Têm início as Festas de Lisboa’11 que se prolongarão até ao final do mês de Junho e cuja programação extensa, de qualidade cultural muito variada, se pode consultar em  www.festasdelisboa.com .

Neste primeiro dia, no “céu” do Terreiro do Paço, às 21h30, a argentina Compañia Puja, criadora do Teatro das Alturas, apresenta  Do-Do Land, uma performance urbana inspirada nos mundos de Lewis Carroll, recriando o pais de Alice num espectáculo aéreo e visual projectado para grandes espaços. Bailarinos, acrobatas e actores aliam técnicas aéreas à música e à imagem.

Em seguida, os italianos Dadadang Percussion Group introduzem o segundo momento da noite onde  num movimento entre o Terreiro do Paço e o Rossio se cria um itinerário musical e performativo, desempenhado por um corpo de  percussionistas, em que a Rua Augusta se veste de palco para uma trajectória de luz e som.

O último momento do espectáculo tem lugar na Praça do Rossio e envolve todos os espectadores pois, num momento de participação colectiva, o espaço urbano será coberto por uma teia aérea  concebida pelo artista Donato Sartori que, como uma Máscara Urbana, irá cobrir o público que daí assistirá às sonoridades cosmopop dos franceses Les Balayeurs du Désert, criando diálogo entre os dois pólos desta experiência:  visual e sonoro.

 

   Também muitas iniciativas no campo das artes visuais integram as Festas de Lisboa’11. Haverá uma 2ª Edição de A Maior Exposição Fotográfica do Mundo através do uso de múltiplos espaços emblemáticos da cidade de Lisboa como galerias de apresentação de fotografias (ver guia das Festas). Igualmente a iniciativa António Santo d’Arte pretende apelar a centenas de artistas para que ilustrem uma exposição sobre Santo António.  Ainda, com pretexto no Sermão de Santo António aos Peixes, se solicita ao design dos wallprinters que cubram a fachada duma ermida em Belém.

 

   Às 18h30, no Jardim de Inverno do São Luiz TM os finalistas do Concurso Jóvens Violinistas 2011 tocarão :

    Ana Pereira - obras de Eugène Ysaÿe e Franz Schubert
    André Gaio Pereira - obras de Claude Debussy e Henri Wieniawski

 

 

 

   Quinta 2 de Junho  - Na Fundação Calouste Gulbenkian (no Grande Auditório, às 21h), o Coro Gulbenkian e a Orquestra dirigidos por Bertrand de Billy, com o apoio dos cantores Adina Aaron soprano, Adrineh Simonian meio-soprano, Charles Reid tenor e Boaz Daniel barítono interpretarão de Ludwig van Beethoven  − Abertura Fidelio, op.72 / Ah! Perfido!, op.65 (cena e ária para soprano e orquestra) / Sinfonia nº9, op.125.  Repete Sexta 3/5 às 19h.  Dado não haver registo de Bertrand de Billy, ouça-se o de Nikolaus Harnoncourt :

 

 

   Às 18h30, no Jardim de Inverno do São Luiz TM os finalistas do Concurso Jóvens Violinistas 2011 tocarão :

    Otto Pereira - obras de Parashkev Hadjiev, George Enescu e Manuel de Falla 
    Luísa Seco - obras de Sergei Prokofiev e Eugène Ysaÿe

 

   Na Sala Principal do São Luiz TM, às 21h, sob a direcção musical de Cesário Costa, Solistas da Metropolitana  com o actor António Fonseca  interpretam  A História do Soldado de Igor Stravinsky, na versão de concerto a partir do espectáculo de 2010 (direcção cénica João Pedro Vaz). Relembra o programa : “… o compositor (Stravinsky) queria uma ópera itinerante … a partitura para sete instrumentos tem, por isso, forte dimensão cénica … à volta da história dum soldado que regressa a casa com o velho violino.”

 

   Na Sociedade Portuguesa de Autores (Lisboa), às 18h30, o Trio de Madeiras de Jovens Solistas da Metropolitana (Carlos Tomás clarinete, Eva Mendonça flauta e Catherine Stockwell fagote) tocarão de Sérgio Azevedo  Suite Campestre para Sopros, “Pelos campos fora”, de César Guerra Peixe  Trio n.º 2 para Sopros e de Robert Muczynski  Fragmentos. Em seguida o Quarteto de Cordas (Carlota Pimenta violino, Maria Bykova violino, Paul Wakabayashi viola e João Paes violoncelo) executará de Felix Mendelssohn  Quarteto de Cordas n.º 1, Op. 12. (entrada livre)


   Nos espaços da Igreja e do Museu de São Roque é apresentado, às 21h30,

 Vieira em São Roque / visita dramatizada onde, a partir de excertos de sermões do Padre António Vieira, devidamente seleccionados, o encenador Francisco Brás, propõe-se apresentar a obra e o pensamento deste padre jesuíta. Duas figuras do povo, uma índia tupi e a rainha Cristina Alexandra da Suécia, contracenam com Vieira, dando-nos a conhecer as diferentes facetas desta figura incontornável da cultura portuguesa e ocidental. A dramatização termina com o Padre António Vieira a proferir o sermão de Santo António aos peixes, no púlpito da Igreja de São Roque.

 

   Às 18h, na Sede da Metropolitana o concerto Quinta Perfeita traz  Ravena Mendonça violino, Catarina Gonçalves violoncelo e Ricardo Vicente piano para tocarem  de Antonin Dvorák  Trio N.º 4, Op. 90, B. 166, Dumky (Um pensamento fugaz) e, em seguida, Carolina Patricio flauta, Catarina Passos flauta e Paulo Pacheco piano para interpretar de  Jean-Michel Damase  Trio para Flauta, Oboé e Piano. O concerto é repetido na Sexta-Feira, 3/6 ,às 19h, no Liceu Camões (Lisboa). (entrada livre)

 

   No Ondajazz, às 22h30, o palco abre-se para a apresentação  do Duo Peranzzentta Senise fruto da colaboração entre Mauro Senise e Gilson Peranzzentta. Músico com uma actividade de 35 anos, Senise participou em numerosos grupos (Cama de Gato, Quinteto Pixinguinha,Rio Jazz Orquestra, Trio erudito com Rosana Lanzelotte e David Chew ), sendo relembrado o seu espectáculo durante 3 dias no Lincoln Center (Nova Iorque) “The Music by Pixinguinha”.

 

 

 

   Na Galeria ZDB, às 22h, o espectáculo é duplo. Actua primeiro Daniel Levin a Solo, um músico que, na esteira de Eric Friedlander, Daniel Pezzotti, Hank Roberts e David Darling, tem tornado o violoncelo uma força proeminente na composição jazzística. Após Organic Modernism (2011) com o seu notável quarteto (Wooley trompete, Moran vibrafone e Bitebc contrabaixo), acaba de editar Inner Landscape (2011) onde intervem a solo e que será a base do seu concerto em Portugal.

 

 

 

   Em seguida, intervêm Manuel Mota & Margarida Garcia , guitarristas da música experimental  nacional,  autores do CD The Well (2004).

 

   O CCB retoma (no seu 4º ano) a temporada de verão do Jazz às 5ªs, abrindo na Cafeteria Quadrante (às 22h) com o quinteto norueguês Motif, composto por Axel Dörner trompete, Atle Nymo saxofone/clarinete baixo, Håvard Wiik piano, Ole Morten Vågan contrabaixo e Håkon Mjåset Johansen bateria. (entrada livre)

 

 

 

   O “Baile"  regressa a Lisboa no MusicBox, às 0h00, sendo Luke Vibert o cabeça de cartaz. O seu álbum mais recente sob o nome Wagon Christ, Toomorrow, foi lançado em Março e é falado entre a crítica internacional como um dos discos do ano; aí se demonstra porque é “o rei da música exótica e ‘pedrada’, dos samples vocais ridículos, do ritmo balançante e do ‘groove’ psicadélico”. A juntarem-se a Luke Vibert vão estar Twofold e Macacos do Chinês, em formato DJ Set e em estreia absoluta num “Baile”.

 

   No Cinema São Jorge, às 22h, Fernando Maurício inaugura a presença fadista nas  Festas de Lisboa’11 num documentário de Diogo Varela Silva sobre a sua vida e obra.

 

   No Instituto Franco-Português, das 19h-21h, o “Bar das Ciências” é À procura dos aromas do vinho : uma experiência sensorial complexa  com Gilles de Revel, professor da Universidade de Bordéus e do Instituto das Ciências da Vinha e do Vinho (ISVV) - Faculdade de Enologia. Tema: “… a capacidade para extrair a informação olfactiva do vinho, que é uma matriz complexa,  depende muito da nossa sensibilidade  e também da nossa peritagem.  A homogeneidade do discurso dos provadores em torno de um copo de vinho é portanto forçosamente difícil….

 

 

 

   Sexta 3 de Junho  - No Grande Auditório do CCB, às 21h, a Orquestra de Câmara Portuguesa (residente no CCB) sob a direcção musical de Heinrich Schiff (e também violoncelista) tocará de E. Elgar a Serenata para cordas, op.20,  de C. Saint-Saëns o Concerto para violoncelo nº 1, op.33  e de L. van Beethoven a Sinfonia nº 4, op.60.

 

Nota: Só havendo de H.Schiff a gravação da 5ª Sinfonia (e não da 4ª) mostramo-la; também não existindo do Concerto para violoncelo de Saint-Saens, compensamos com a orquestra de Carlo Maria Giulini acompanhando Mstislav Rostropovich.  

 

 

   Ainda dentro do FIMFA Lx11 (Festival de Marionetas e Formas Animadas), estreia

 às 21h30 na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II Flauta Mágica, uma produção da Thalias Kompagnons (Nuremberg, Alemanha) sobre a conhecida ópera de Mozart. O cenário revela uma mesa de manipulação, onde se movem as marionetas inspiradas nas pinturas e marionetas de Paul Klee, numa parafernália de cenários, dispositivos cenográficos e transformações. A acção horizontal das marionetas de luva é projectada através de câmaras de vídeo para um ecrã gigante localizado acima do palco, que muda de uma forma muito imaginativa. O reputado contratenor, Daniel Gloger, empresta às marionetas a sua versátil voz, acompanhado por uma orquestra com oito músicos. Repete Sábado 4/6.  

 

   Na Sala Principal do São Luiz TM, às 21h, realiza-se, com a participação da Orquestra Metropolitana, o Concerto final do Concurso Jóvens Violinistas 2011 com a presença dos quatro finalistas do Concurso. (entrada livre)

 

   Às 19h, no El Corte Inglés, o Quarteto de Cordas de Solistas da Metropolitana (referido atrás) tocará de Felix Mendelssohn  Quarteto de Cordas n.º 1, Op. 12 e o Trio de Madeiras (Susana Oliveira oboé, Marta Xavier clarinete e Daniel Mota fagote) tocará de Henry Barraud  Trio para Oboé Clarinete e Fagote, de Jacques Ibert  Cinco Peças em Trio e de Miguel Oliveira  Cinco Miniaturas. O concerto será comentado por Alexandre Delgado. (entrada livre)

 

   No Instituto Franco-Português, às 19h, o coro de vozes masculinas Maîtrise de Garçons de Colmar, sob a direcção de Arlette Steyer, entoará canções de  Pierre Calmelet,  R. Murray Schafer,  Ernest Dines, Vytautas Miskinis,  Roger Calmel, Victor Flusser,  Alberto Grau,  Charles Lecoq,  Jean-Baptiste Lully  e Jacques Chailley.  

 

 

 

   Na Casa dos Açores (em Lisboa), às 21h30, os Solistas da Metropolitana  Ana Mendes flauta, Ana Castanhito harpa e Ricardo Mateus viola interpretarão de Nino Rota  Sonata para Flauta e Harpa, de Arnold Bax  Trio elegíaco e de  Claude Debussy  Sonata para Flauta, Viola e Harpa. (entrada livre)

 

   Às 24h, no Palácio Belmonte (Páteo Dom Fradique, 14, ao Castelo) os Soundwalk apresentam Ulysses’s Syndrome. Obra sonora de 24 horas, reunindo um grande leque de fragmentos marítimos realizado no Outono de 2009, entre Itaca e Tróia, ( passando pela Baia de Nápoles, Palermo, Stromboli, as Ilhas Eolias, Cartago), foi  gravada ao vivo, a bordo de um três mastros, equipado de antenas de longo alcance e de scanners  pilotado pelo capitão do som Stephan Crasneanscki, e seus companheiros Simone Merli,  Kamran Sadeghi e Dug Winnigham sem esquecer o realizador Jim Helton, que assina o filme.

 

ULYSSES SYNDROME from Jim Helton on Vimeo.

 

   O Coliseu dos Recreios apresenta, às 21h30, o espectáculo  Mayra Andrade Convida onde a cantora cabo-verdeana mostra uma nova faceta da sua música, expressa no seu último trabalho Studio 105 e convida uma verdadeira constelação de estrelas nacionais: Bernardo Sassetti, Carlos do Carmo, Carlos Martins, Tereza Salgueiro e Tito Paris.

 

 

 

   Integrado nas Festas de Lisboa’11, toda a área do Castelo de S. Jorge será ocupada a partir das 12h30 pela Compagnia Sbandieratori e Musici di Città della Pieve (Companhia de Agitadores de Bandeiras e Músicos), formação que integra sbandieratori e músicos que combinam ritmo e acrobacias, criando atmosferas evocativas da época renascentista. (este espectáculo integra-se no quadro das manifestações organizadas pelas instituições italianas em Portugal, por ocasião das celebrações para o 150º aniversário da unificação de Itália).

   No mesmo Castelo de S. Jorge, às 22h, canta  Ana Moura com a participação do Lisboa Fado Ensemble, dentro das Festas de Lisboa’11. 

 

   A iniciativa Jazz na Praça leva à Praça Paiva Couceiro (Penha de França), a partir das 19h, o Nuno Ferreira Quarteto, grupo que é constituído, além do guitarrista, por Bernardo Moreira no contrabaixo, João Moreira no trompete e André Sousa Machado na bateria e que “ pratica um Jazz moderno, assente na interacção entre os seus elementos e no conhecimento e respeito pela vasta tradição deste género musical”.

 

 

 

   Sábado 4 de Junho  -  No Pequeno Auditório do CCB, às 21h30, estreia Três Homens Sós, com texto e encenação de André Murraças e interpretação de Suzana Borges, Anabela Brígida, Vítor d’Andrade e André Patrício. Inspirado em três argumentos de cinema das obras de Paul Schrader American Gigolo, Light Sleeper e The Walker, o espectáculo recupera as histórias das personagens dos filmes mantendo o tema dos “lonely men”. “Três histórias da condição humana no vasto cenário da cidade. A cidade racista, homofóbica, plástica, sedenta, violenta, falsa, hipócrita e decadente. Mas também um lugar onde é possível encontrar o amor, apesar de tudo...” (diz o programa). Permanece até Quarta 8/6.

 

                            

 

   No Pequeno Auditório do CCB, a orquestra-escola de jazz Big Band Júnior (direcção musical e pedagógica de Claus Nymark) dá o seu terceiro concerto Summertime!

 

   Na Sala de Ensaio do CCB, o Teatro do Vestido apresenta (em estreia absoluta) às 15h30 Tropeçar, um projecto de teatro para a infância “que pretende ser mais sobre aquilo que as crianças nos dizem do que sobre aquilo que nós lhes dizemos a elas”. Um manifesto? Um conjunto de perguntas? Ou só uma deteminação?  (permanece até 9/6, a horas diversas)

 

   Na Sala Principal do São Luiz TM, às 21h, a Orquestra Metropolitana de Lisboa  sob a direcção musical de Gilles Apap  (que também tocará violino) interpretará de Arvo Pärt  Fratres (Solo), de Wolfgang Amadeus Mozart  Concerto n.º 3 para Violino em Sol maior e de  Felix Mendelssohn  Sinfonia n.º 4 em Lá, op. 90, Italiana.

 

    Às 16h00, no Palácio Nacional da Ajuda, alguns  Jovens Solistas da Metropolitana  Clara Saleiro flauta, Teresa Madeira violoncelo e Alexei Eremine piano interpretarão de Johann Nepomuk Hummel   Adagio, Variações e Rondo sobre um tema Russo, Op. 78 e de  Carl Maria von Weber   Trio, op. 63.  Outros Solistas (Madalena Rodrigues violino, Nuno Cardoso violoncelo e Jennifer Granlund piano) tocarão de Claude Debussy   Trio para Violino, Violoncelo e Piano nº1. (entrada livre)

 

   No  Museu do Oriente, às 17h,  Jovens Solistas da Metropolitana  dos seus Agrupamentos da Academia Superior de Orquestra  ( Adão Pires contrabaixo, Bruna Domingues contrabaixo, Jorge Castro contrabaixo, Margarida Ferreira contrabaixo, Rui Ferreira clarinete, Sandro Andrade percussão e Jorge Castro contrabaixo)  interpretarão de Georg Philipp Telemann   Concerto em Ré maior, TWV 40:202 [arr. para 4 Contrabaixos de Carolyn  White Buckley], de Paul Hindemith   Musikalisches Blumengärtlein und Leÿptziger Allerleÿ (Jardim musical florido e histórias de Leipzig), duos para clarinete e contrabaixo, de Bernard Alt  Suite para Quatro Contrabaixos e de Morton Gould  Benny’s Gig, 8 duos para clarinete e contrabaixo. Rui Campos Leitão fará os comentários. (entrada livre)

 

   Também no Museu do Oriente, às 18h, no Auditório, haverá um Concerto de Gamelão de Java dado por um grupo do Departamento de Ciências Musicais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova orientado por Estelle Amy de la Bretèque. O repertório do concerto inclui peças dos sultanatos de Surakarta e de Yogyakarta. Actua, como convidado, o Grupo Yogistragong.  Esclareça-se que o gamelão é um instrumento colectivo tradicional da ilha de Java, Indonésia, composto por diferentes percussões (gongos, lamelofones, membranofones) e voz.  É usado para acompanhar o teatro de sombras, várias formas de dança, cerimónias rituais ou como forma musical de concerto.

 

   O Coro Maîtrise de Garçons de Colmar, sob a direcção de Arlette Steyer, actuará, às 19h, na Igreja de São Roque com um repertório integralmente diferente (do concerto no IFP)  de canções desde Pedro Escobar (1465 - 1535), Esteban Lopes Morago (1580 - 1630), Marc-Antoine Charpentier (1643 - 1704) a  Frantz Biebl (1906 - 2001), Eric Whitacre (1970 -  ) ou Bruno Miranda (1971 -  ).

 

   Ainda dentro do FIMFA Lx11, estreia às 21h30 na Sala Principal do Maria Matos TM  L’Imédiat, uma criação de Camille Boitel, com interpretação de Marine Broise, Aldo Thomas, Pascal le Corre, Camille Boitel, Jérémie Garry e Jacques-Benoît Dardant. Espectáculo sem palavras.  Descrevem os críticos : “Seis artistas-acrobatas tentam manter o equilíbrio no meio de uma confusão mirabolante e de uma delirante cascata de catástrofes.” ”… Camille Boitel oferece uma visão trágica da condição humana, num mundo em que tudo parece estar num estado de desastre iminente. Mas L’Immediat não deixa de ser também um elogio ao espírito inventivo e de perseverança do Homem, em confronto com os desastres que causamos e que sofremos.”  Repete Domingo às 18h e Segunda às 21h30.

 

Camille Boitel - L'Immediat from Teatro Maria Matos on Vimeo.

 

   No Ondajazz, às 22h30, volta a apresentar-se Orlanda Guilande recentemente chegada duma permanência londrina, cantora de origem africana mas que aborda o fado, o soul e o jazz.

 

   No Castelo de S. Jorge, às 22h, canta Raquel Tavares com a participação do Lisboa Fado Ensemble, dentro das Festas de Lisboa’11. 

 

  Ainda dentro do FIMFA Lx11, no Museu da Marioneta às 16h, o Teatro de Ferro apresenta Pandora com direcção e interpretação de Carla Veloso e Igor Gandra. Espectáculo sobre os múltiplos espectáculos que Pandora é ou podia ter sido − vamos abrir a caixa das possibilidades “quase não concretizadas” e das ideias que não veriam a luz do dia se a curiosidade não fosse também uma arte. Repete Domingo 5/6 às 21h30.

 

   No Estoril Jazz 2011, o Trio Hal Galper, composto por Hal Galper ao piano, John Bishop no contrabaixo e Jeff Johnson na bateria, toca às 18h. “Músico assumidamente integrado na corrente mainstream do jazz moderno, acompanhador excepcional e solista de grande imaginação e criatividade, este pianista é um brilhante continuador da grande tradição do bebop e do hardbop” (segundo o programa). Integrou conjuntos como os de  Chet Baker, "Cannonball" Adderley, John Scofield, Slide Hampton, Lee Konitz, Stan Getz ou Phil Woods.

 

 

   Antes, das 16h-17h30, o pianista dará uma conferência sobre O que é o Jazz ? com a participação do músico português Zé Eduardo.  

 

 

 

   Domingo 5 de Junho  - No CCB (na Sala Luís de Freitas Branco), às 11h30, a 4ª sessão dos Concertos à Conversa /Música sem fronteiras chama-se Música de Câmara em boa companhia e oferece como programa :  1. Concertino para piano (Paulo Pacheco) e ensemble de câmara (Nuno Silva clarinete, Daniel Mota fagote, Tiago Matos trompa, Vítor Vieira violino I, Jorge Alves violino II e Juan Maggiorani viola) de Leoš Janácek ; 2. Suite para violoncelo solo (Marco Pereira violoncelo) de António Pinho Vargas ; 3. Canto de amor e de morte, op.140 de Fernando Lopes-Graça. Esta última obra, considerada por muitos a sua obra-prima, será interpretada por Paulo Pacheco piano e o Quarteto de Matosinhos (Vítor Vieira violino I, Jorge Alves violino II , Juan Maggiorani viola e Marco Pereira violoncelo).

 

   Dez anos após a primeira colaboração entre a artista irlandesa Orla Barry e o escultor português Rui Chafes estreou no início de Maio no Museu Colecção Berardo a exposição Five Rings, já considerada por alguns críticos “um dos momentos altos da temporada portuguesa”(C.M.). Diz o folheto acompanhante : “Five Rings apresenta-se como um percurso através de uma sequência de “palcos” que nos conduzem até um espaço de memória ficcional. … Para ela (Orla Barry), a arte é uma maneira de dar forma a uma imagem ou a uma visão da realidade. Escreve poemas em prosa, fragmentos de texto que consistem  em reflexões filosóficas, pensamentos, acontecimentos, factos biográficos, elementos de uma narrativa ficcional e associações de som. É esta paixão pelas palavras e pelas sensações que representa a verdadeira proximidade com Rui Chafes, artista que traduziu para português os Fragmentos de Novalis, que cita constantemente em escritos que acompanham toda a sua obra.”

 

  rui chafes     orla barry

 

   Na 5ª edição do Outjazz, neste mês de Junho no Anfiteatro Keil do Amaral (no Espaço Monsanto), ouviremos às 19h Groove 4 Tet da Dj Isilda Sanches, uma jornalista que encontrou o conforto das ondas hertzianas com o decorrer dos anos.

 

   O Estoril Jazz 2011 encerra com a actuação de  Joe Lovano, um dos mais conceituados saxofonistas da actualidade,  brilhante construtor de pontes entre as velhas correntes do sax e a modernidade.  Com o seu quarteto integrando  Salvatore Bonafede no piano, Peter Slavov no contrabaixo e Jeff Ballard na bateria, Lovano trará certamente parte do seu novo álbum (o seu 22º para a Blue Note Records) Bird Songs , considerado “uma perspectiva excitantemente aventurosa, totalmente moderna mas estritamente pessoal de uma das figuras mais influentes da história do jazz vista por uma das vozes mais importantes da música actual”, referimo-nos, claro, a Charlie Parker.

 

 

 

   Vai-se aproximando o verão, caros leitores, as principais temporadas artísticas estão a acabar e em breve entraremos na pausa estival … ameaçados embora pela “tempestade” política cuja borrasca irá infelizmente cair sobre todos nós !

 

 

 

 

 

 

publicado por ruideoliveira às 10:01
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