O FC PORTO GANHOU A LIGA EUROPA
Com muito orgulho escrevi no meu blogue pessoal sobre a vitória do FC Porto na Liga Europa e também sobre a magnífica equipa do SP Braga.
Para não estragar a festa (a minha) não me quis debruçar nesse escrito sobre os aspectos que me surpreenderam e dos quais não gostei.
Aconteceu no fim do jogo.
Já o árbitro tinha apitado para o fim do encontro e todos os elementos afectos ao FC Porto festejavam, quando acabou por acontecer o, para mim, impensável.
Os jogadores do SP Braga subiram as escadas para, um a um, receberem a medalha de finalista vencido. Apesar de tudo com um sorriso nos lábios, os jogadores do Braga lá foram receber a medalha, inchados com a sua presença numa final europeia. Todos eles vestidos com o seu equipamento amarelo de que se sentiam naturalmente orgulhosos.
Depois foi a vez dos elementos da equipa portista, encabeçados pelo seu presidente. Um a um lá subiram a escadaria em direcção ao sr Platini, para que ele lhes entregasse a medalha de finalista vencedor e ao último elemento e capitão de equipa, também a tão cobiçada taça.
As câmaras das televisões seguiam cada um dos elementos da comitiva azul e branca. Bem queria eu que fosse azul e branca, mas quase todos os jogadores traziam uns panos às cores a tapar o equipamento. Não percebi muito bem o que era até que segundos depois alguém exclamou a meu lado
- trazem as bandeiras dos países nas costas.
Assim era na verdade, embora um dos panos representasse um clube de futebol, o Peñarol.
Bandeiras de várias cores, grandes, tapavam o equipamento portista envolvendo os jogadores.
Pelo ecrã da minha televisão, e das de todo o mundo que viu a final da Liga Europa em futebol, passaram várias bandeiras Sul-americanas, uma bandeira Polaca, uma Africana (nas costas de um jogador da selecção Nacional Portuguesa estava a bandeira de Cabo Verde) e até uma bandeira da Região Autónoma da Madeira, para não voltar a falar da do clube de futebol sul-americano.
Do FC Porto, não vi nenhuma, assim como não vi uma que fosse de Portugal, apesar de um amigo, mais tarde e em conversa, me ter dito que lhe pareceu ter visto uma pequenina (???!!!) nas mãos de João Moutinho.
Uma bandeira de Portugal, muitas de vários países, uma de uma Região Autónoma Portuguesa, outra de um outro clube de futebol, e nenhuma do FC Porto nos cerca de vinte elementos da comitiva vencedora.
No dia seguinte, na chegada dos jogadores ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no carro aberto que se dirigiu para a Avenida dos Aliados e que por azar avariou mais de uma vez, só vislumbrei uma bandeira do Brasil, uma da Argentina, uma do Uruguai, outra da Colômbia, uma outra do Peñarol, várias do FC Porto, mas nenhuma Portuguesa, mas confesso que, agastado, não quis olhar bem.
(Parece que já na AV dos Aliados, apareceu uma do nosso País!!!!!)
Será normal isto? (e não me estou a referir a esta minha tristeza e a alguma frustração).
Se fosse um jogador Português a festejar um título ao serviço de um clube estrangeiro, não veríamos a não ser com alegria e orgulho que ele o fizesse com a bandeira de Portugal nas costas.
Cada jogador poderá e deverá ter direito a festejar como bem entender e, se assim o desejar, com a bandeira do seu País, não devendo, no entanto, apagar os símbolos do clube que está a representar.
Mas neste caso o que me importa não são esses, mas sim os que, sendo Portugueses, se esqueceram ao contrário dos outros, da bandeira do seu País bem assim como da do clube ao serviço do qual ganharam o título.
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