Sábado, 21 de Maio de 2011

49 Belcanto - Alfredo Kraus - por Carla Romualdo e Carlos Loures

Alfredo Kraus, um dos grandes tenores do século XX, nasceu em Las Palmas de Gran Canaria,  em 1927, e morreu em Madrid, em 1999. Influenciado pelo seu irmão, Francisco Kraus, barítono, começou cedo os seus estudos musicais e estreou-se em palco como intérprete de zarzuela, esse género lírico-dramático espanhol, em que alternam partes instrumentais, vocais e dança, e que deve ao seu nome ao Palacio de la Zarzuela, onde se encenaram as primeiras representações do género.

 

 

A estreia operática dá-se em 1956, no Cairo, no papel do Duque, do Rigoletto. Dois anos depois, Kraus interpretou o Alfredo, de La Traviata, em Lisboa, no Teatro Nacional S. Carlos, contracenando com Maria Callas.


Grande intérprete do bel canto, Kraus celebrizou-se ao longo da sua carreira em papéis como o de Werther, da ópera homónima de Massenet,  o Fausto, de Gounod, Arturo, de I Puritani, de Bellini, ou o Nemorini, de L’Elisir d’ Amore, de Donizetti.


Exemplo de longevidade na carreira, graças a uma notável técnica e a uma cuidadosa gestão do repertório, Alfredo Kraus cantou regularmente até aos setenta anos. Reconhecido pela sua integridade, profissionalismo, e respeito pelos colegas e pelo seu ofício, Kraus tornou-se um dos mais celebrados tenores do século XX, conquistando a admiração de várias gerações de amantes da ópera.  Em 1991 recebeu o prémio Príncipe das Astúrias, em conjunto com outros compatriotas famosas do canto lírico, como Placido Domingo e Monserrat Caballé.


Na sua longa carreira, Kraus nunca deixou de interpretar a zarzuela, género que apreciava particularmente. Uma das árias mais conhecidas do seu repertório de zarzuela, é La Dolorosa, de José Serrano, um dos mais famosos autores deste género, com mais de 50 títulos. Estreada em Valência, em 1930, La Dolorosa descreve os costumes aragoneses de inícios do século XX.  Numa excelente interpretação de Alfredo Kraus, vamos ouvir La Roca Fría del Calvario, ária de Rafael, o protagonista, um pintor atormentado por um desgosto amoroso, que se refugia num convento aragonês. 

 



publicado por CRomualdo às 22:00

editado por Carlos Loures em 20/05/2011 às 14:24
link | favorito

.Páginas

Página inicial
Editorial

.Carta aberta de Júlio Marques Mota aos líderes parlamentares

Carta aberta

.Dia de Lisboa - 24 horas inteiramente dedicadas à cidade de Lisboa

Dia de Lisboa

.Contacte-nos

estrolabio(at)gmail.com

.últ. comentários

Transcrevi este artigo n'A Viagem dos Argonautas, ...
Sou natural duma aldeia muito perto de sta Maria d...
tudo treta...nem cristovao,nem europeu nenhum desc...
Boa tarde Marcos CruzQuantos números foram editado...
Conheci hackers profissionais além da imaginação h...
Conheci hackers profissionais além da imaginação h...
Esses grupos de CYBER GURUS ajudaram minha família...
Esses grupos de CYBER GURUS ajudaram minha família...
Eles são um conjunto sofisticado e irrestrito de h...
Esse grupo de gurus cibernéticos ajudou minha famí...

.Livros


sugestão: revista arqa #84/85

.arquivos

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

.links