1
Conhecem só as letras mortas,
os lugares-comuns, a voz solta
sem peso, sem ardor latente
de transgressão da fala.
Não pressentem o engano, a fácil
imagem, falsa e doce
ilusão que investe, prepotente,
a indefesa credulidade que se cala.
2
Ai dos fracos de espírito, adoradores
do consumo como ideologia.
Deles será a terra prometida
crescendo à sombra dos telefilmes,
dos centros comerciais onde a vida
não se mede com inteligência.
Deles será o paraíso às avessas,
a desumana ordem que tudo banaliza,
Ai dos fracos de espírito, privados
cruelmente do poder da consciência.
(Do seu livro Errâncias, Lisboa, 1998)
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