1
Não perceberás neste canto
de espera anunciada
senão a pedra áspera
do espanto
nem te chegará o som
da palavra reveladora
do que quer que seja
mas tão-só a humilde
sombra que projecta
a palavra e a devolve
à aguda aspereza do mundo.
2
Talvez te aflore, densa,
a memória da árvore
da qual se olhava o mundo,
donde se olhava tudo
e tudo era como nada:
jogo não inocente, luz
entre os ramos
por onde se filtrava o ar.
Soprava um leve vento,
o secreto rumor do mar.
(in A Sophia. Homenagem a Sophia de Mello Breyner Andresen, Lisboa, Caminho, 2007)
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