Sábado, 14 de Maio de 2011

A nossa encantadora Natureza 25 – Gaivota de Audouin (Larus audouinii) - Andreia Dias

 

 

 

 

Esta simpática gaivota, foi considerada até há pouco tempo, a gaivota mais rara da Europa.

 

O sentimento perante um animal, muda a partir do momento em que o temos na mão… tive a sorte de colaborar na colocação de localizadores GPS em 60 gaivotas de Audouin, num projecto desenvolvido pela SEO/BirdLife, a Universidade de Barcelona e com apoio do Ministério do Ambiente Espanhol. Os investigadores pretendem estudar o comportamento das gaivotas durante a reprodução e conhecer a interacção com diferentes tipos de pesca bem como outras actividades humanas que possam representar uma ameaça para a espécie. Além disso, serão efectuados estudos de isótopos estáveis, que permitirão estudar a ecologia alimentar das aves marcadas.

Os animais foram capturados com armadilhas, colocaram-se GPS nas costas que recolhem dados durante cerca de 10 dias, altura em que se procede à recaptura dos animais para se removerem os aparelhos e recolherem os dados acumulados. Na altura da captura, são registadas biometrias (peso, altura do bico…), colocadas anilhas e recolhido sangue para análises.

Esta gaivota ostenta um característico bico vermelho cor de sangue e olhos escuros, contrastando com uma plumagem clara.

 

 

 

 

 

 

 

 

Distribui-se pela bacia do Mediterrâneo e em Portugal, pensa-se que iniciou as primeiras tentativas de nidificação no Algarve, entre 1998 e 2000. Provavelmente a colónia de nidificação portuguesa será uma expansão das colónias do Delta do Ebro.

 

A nível mundial, a população aumentou nos últimos 10 anos. É considerada “Quase-Ameaçada” a nível global.

Viaja usualmente ao longo da costa e prefere baías abrigadas. Encontra-se muitas vezes na foz de um curso de água. Alimenta-se em mares tranquilos e afastados da costa.

Alimenta-se de peixes, invertebrados, pequenas aves e alguns vegetais. Ocasionalmente come os excedentes atirados ao mar por barcos de pesca (by-catch).

O casal é monogâmico e ambos os progenitores cuidam das crias até que estas sejam independentes. São territoriais na zona de nidificação e instalam o ninho no chão.

 

 

 

As principais ameaças incluem a alteração, destruição e perturbação dos habitats de nidificação e a predação. Pode ainda ser alvo de pilhagem de ovos para colecção (por ser uma espécie rara) e pode ter problemas com artes de pesca.

 

Curiosidades: em Portugal estima-se a presença de cerca de 50 – 250 indivíduos. Durante a nidificação os casais descansam juntos. Fora desta época encontram-se em bandos.

 


publicado por atributosestrolabio às 18:00
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3 comentários:
De Luis Moreira a 14 de Maio de 2011
Andreia, um amigo do FB já anda a tratar de uns pequenotes de melro que lhe nasceram na varanda. As pessoas quando conhecem os animais dedicam-se a eles. Fazes textos lindos e muito úteis! beijocas
De Andreia Dias a 15 de Maio de 2011
Obrigada, Luís!
Espero que o "pai" adoptivo dos melritos tenha sorte!
Beijinhos.
De Luis Moreira a 15 de Maio de 2011
Andreia, publicou outra foto dos pequenotes e estão já cobertos de penugem.

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