Terça-feira, 10 de Maio de 2011

A France Télécom, exemplo do modelo social ainda hoje de referência, exemplo do modelo neo-liberal, por excelência. II PARTE

continuação daqui

 

 

 

A France Télécom, exemplo do modelo social ainda hoje de referência, exemplo do modelo neo-liberal, por excelência. II PARTE

Título específico do capítulo  ou seja desta segunda parte

 

Nesta  viagem,  agora a saír do  hall  de entrada,um  primeiro cartaz bem visível para os visitantes de estrolábio, uma assinatura, a de  Remy L.  Ei-lo.
 
Remy L: estou farto, é demais

Mathieu Magnaudeix

 

Rémy L., empregado de  France- Télécom-Orange  de 57 anos de idade  que se suicidou  na terça-feira de manhã em  frente do seu antigo lugar de trabalho em Mérignac (Gironde), deixou um vestígio do seu calvário . Em Setembro de 2009, enquanto que a empresa era um grande tema nos  meios de comunicação social por  causa de uma série de suicídios, este quadro técnico, de France -Télécom,  pai de quatro crianças, tinha enviado uma carta de  seis páginas assinadas  à direcção do grupo France-Télécom-Orange.  Mediapart obteve  este documento, colocado, disponível  desde quarta-feira no  nosso sítio Frenchleaks verificou-se  a sua  autenticidade.

 

Nesta  “carta aberta” ao  seu “empregador e ao seu accionista principal” (o Estado), Rémy L. elabora uma longa acusação contra a situação criada  às pessoas como ele, os funcionários de mais de 50, anos mal-amados  pelas reestruturações contínuas  e pelas “mobilidade(S) impostas”.  Na altura,  na qualidade de quadro em missão, mas sem afectação precisa, Rémy L. encadeia  as missões de que vê nenhuma  utilidade  “Estava então num estado de desespero total, confirma um colega. As missões que lhe confiavam  não tinham nada a ver com as suas competências e com o que gostava de fazer, a prevenção em matéria de segurança e de condições de trabalho.” O seu sindicato, o CFDT, tinha intervindo várias vezes para assinalar o seu caso à direcção. Sem resultado.

 

Solicitada esta quarta-feira por Mediapart, a direcção do grupo confirma que recebeu esta carta pelos correios a 18 de Setembro de 2009. Alguns dias antes , uma jovem empregada de France  Télécom tinha-se suicidado atirando-se da janela do seu escritório em Paris“ A carta  era dirigido ao presidente do Comité Nacional de Higiene e Segurança, o director das relações sociais Laurent Zylberberg”, confirma um porta-voz. De acordo com a France- Telecom-Orange, a carta foi transmitida seguidamente a Brigitte Dumont, na Direcção de Recursos Humanos, então encarregada de  seguir os casos mais delicados, cujo nome escrito à mão  consta com efeito da carta. “Um  sinal de alarme se acendeu  e Brigitte Dumont transmitiu esta carta a vários  responsáveis locais”, afirma o porta-voz. Depois,  Rémy L. permaneceu, no entanto, sem missão definida durante um ano.

 

Foi apenas em  Outubro de 2010 que a nova direcção (Stéphane Richard, nomeada  em Março de 2010) confiou a  Rémy L. um posto que lhe convinha: “de prevenção”, responsável pelas condições de trabalho; o sucessor de Didier Lombard tinha decidido reforçar o enquadramento em recursos humanos sobre o terreno.

 

“Mas desde o início do ano, que se sentia cada vez mais  desiludido neste  posto”, conta um colega. “Tinha escrito um email no  mês de Fevereiro a respeito de uma situação pessoal, e tinha incluído este email como garante  das condições de trabalho na  France Telecom, onde havia coisas que se passavam que deveriam  ter  sido  abolidas desde o novo contrato social, explicava esta quarta-feira sobre BFMTV a responsável regional do CFDT, Françoise Borde . Este mail foi enviado à direcção no mês de Fevereiro e não houve resposta.”

 

O CHSCT vai abrir na quinta-feira um inquérito sobre o suicídio de Rémy L. A carta de Setembro de 2009 será uma das peças “importantes”, confirma a direcção da França Telecom, que já iniciou investigações internas. Foi igualmente aberto um inquérito judicial.

 

O tom deste correio, redigido num período sombrio, é imediatamente premonitório. “Continuam todos, empregador, Estado accionista e instância de decisão, sindicatos, assalariados, a ignorar as verdadeiras causas profundas: daqui a dez anos estaremos ainda a   tratar  deste mesmo assunto…. enfim  não… uma certa categoria do pessoal terá desaparecido por ter partido para a  reforma ou por se ter  suicidado: e o problema será assim resolvido, finalmente!”

 

“Esta situação é endémica devido ao facto de nada ser feeito  para lhe fazer face: o suicídio permanece como a SOLUÇÃO!”, escreve ainda em maiúsculas ao fim do seu correio.

 

Na terça-feira, logo que conhecido  o seu falecimento , responsáveis de vários sindicatos tinham muito rapidamente estabelecido uma relação entre este acto desesperado e espectacular  e as condições de trabalho de  Rémy L. Com esta carta, compreende-se melhor porquê. A sua carta, escrita de um tom vivo, esclarece e com a força de exemplos detalhados  os disfuncionamentos internos da empresa e o clima social que nela existe  e tenta explicar porque é que os assalariados de  France Télécom Orange se suicidam. A carta pode sem encarada como querendo ser um verdadeiro e desesperado  sinal de alarme.

“Colocado no lixo”

 

Este correio confirma primeiro que tudo o sofrimento que Rémy L. tinha tido nestes últimos anos em France-Télécom . Antigo “agente das linhas” tornado quadro, Rémy L. afirma ter sido vítima de “perseguição sofrida”  desde há uma dezena de anos (trabalhava então na região de Dordogne), depois “de ter estado no lixo”. «Tinha sido fragilizado por uma década de sofrimento, nomeadamente, os quatro ou cinco últimos anos tinham sido muito difíceis”, testemunha um assalariado de Bordéus..

 

Rémy L. é  um destes funcionários de mais de 50 anos a  quem “as mobilidades” foram impostas: estes funcionários eram  o alvo principal das reestruturações efectuadas sob a direcção de Didier Lombard, Presidente até em Março de 2010. Em conformidade com os objectivos da direcção, a hierarquia convidava-o regularmente a deixar  a empresa ou a querer a sua reclassificação noutros serviços .

 

 É “a população atingida  pelos suicídios”, analisa  Rémy L. “aí eu encontro muita frustração neste contexto:  quadros privados do seu poder: não são mais nada! Mas os que são abandonados e obrigados a  fazer face ao malogro diário, esses  estão muito mal! Estão preocupados com a qualidade da sua prestação, tornada impossível, sem via de saída!”“Estou aí, neste segmento ”, analisa Remy L, lúcido. “Rátio de gestão da situação nacional:  estou farto, é demais.” Quando escreve esta carta, Rémy L. não tem posto de trabalho  definido. “Pois é, estou em missão: esta  qual é?

 

Ninguém mo  diz, quais são as regras?”

 

Conta as suas tentativas de repartir, de recomeçar,   noutro lugar,  no grupo ou na função pública territorial, a ausência de resposta, o absurdo das situações: “solicito,, encontro, só há apenas dois, … o recrutamento é anulado por uma célula de pilotagem territorial do emprego! Porque não: mas tenho esta informação porque a  procurei  com insistência e não há  explicações dadas! (...) Abrem-se as portas e descobrem-se  toneladas de não ditos : o duche é duro! Ao lado de tudo isto solicita ir  para a função pública territorial: (...) uma avaliação das competências afirma que somos  super! (...) Solicitei  várias vezes sem nenhuma consequência  favorável  e descubro fortuitamente aquando de uma confrontação com as instâncias de decisão do Conselho geral que a minha candidatura no entanto  até aí vista como muito interessante, não foi transmitida por decisão de FT.”

 

Uma situação kafkaquiana  que um grande número de empregados do grupo tem  vivido.

 

Mas nesta carta, Rémy L. (alguém “muito simpa”, “não suportava a injustiça”, de acordo com o dizer dos  seus  colegas) não fala apenas de si próprio . Tenta pelo contrário analisar muito analiticamente  as causas da crise social e o que empurra alguns dos seus colegas para o suicídio.

 

Elimina  as explicações que são demasiado simplistas do  seu ponto de vista  como “a gestão pelo terror”. Em contrapartida, com a ajuda de exemplos regionais (Périgueux, Agen, Bordéus, etc.) ou de situações que viveu, explica que “a gestão nunca não foi tida em conta como factor de sucesso”.“A base (...) nunca é escutada , não é reconhecida! não é apoiada!”, diz. “Forma-se à pressa, a todo a pressão, e  de maneira inadaptada: ninguém se incomoda. Depois, enviam-nos para o trabalho,  sem avaliação  quente, sem acompanhamento e sem avaliação a frio. Assim, isto ou vai ou racha (cela marche ou celá casse) : não há nenjhuma  protecção, não há nenhum apoio: é uma máquina a  fabricar desequilibrados, e, depois, basta agitar ligeiramente.”

 

Depois, critica duramente “os grandes diplomados que (...) (têm) esquecida a gestão de recursos humanos: não correm o risco de pensar porque isso é   terra desconhecida para eles próprios!”.

 

Tendo exercido  alguns anos antes  funções ligadas à prevenção, Rémy L. insiste  com precisão sobre o mal-estar dos técnicos entrados há já  várias décadas  nos PTT, entregues a eles-mesmos  no grande lago  das reestruturações, sobretudo no último período, sob a presidência de Didier Lombard: “A população que se sente mal é principalmente a que saiu da técnica, analisa. (...) Encontra-se posta em comparação com outros cujos cursos não sofreram nenhuma  ruptura tão recentemente. A sua culpabilidade é evidente e ela não tem nada a dizer: esta sai da  formação… apropriada,  de eficácia medida… não, ela  é simplesmente culpada de querer a mudança! (...) Tendo realizando campanhas de dupla escuta sobre plataformas  de acolhimento cliente, a minha constatação é a de que existe pessoas em situação de  forte risco: elas vêem que não estão  à altura dos colegas colocados em comparação, elas não esperam mais nenhum apoio, não esperam mais nada. Têm consciência que nenhuma posição de apoio dos  seus responsáveis é possível. são entregues como pasto  aos clientes.”

 

Finalmente, Rémy L. elabora estabelece   um veredicto  implacável:

 

“Em conclusão e como causa profunda (dos suicídios, nota da redacção de Mediapart):

 

Indigência na gestão dos recursos humanos desde que se trata de decidir sobre o que é humano, por falta de compreensão e de respeito humano, por medo das acções a lançar   ou das responsabilidades a tomar! Os quadros superiores  (...)  compreenderam  que mais vale viver o dia a dia, comer do bolo enquanto houver prato à frente! Os restantes, são uns pobre diabos que só servem para lhes atrapalhar a carreira. Vive-se, recebe-se as remunerações  e esquece-se a cobardia havida na gestão dos recursos humanos! Cobardia, indigência, ausência de responsabilidade na gestão.»

 

Um ano e meio depois de ter escrito estas linhas em forma de alerta , Rémy L. pôs fim aos seus dias diante do local onde há três anos ainda aí trabalhava . Na quarta-feira, os seus colegas fortemente comovidos  renderam-lhe uma homenagem em  Mérignac e em Bordéus.

 

Mathieu Magnaudeix, Rémy L., le suicidé de France Télécom: «Je suis de trop», Mediapart, 27 de Abril de 2011.

 

Comentário de Luis Moreira

 

Antes de gerir empresas também passei por funções de executante. Corria o ano de 1975, as empresas de celulose nacionais foram nacionalizadas e, eu era então, adjunto do director financeiro de uma empresa participada.Na reestruturação então levada a cabo foram despedidos muitos trabalhadores. Na altura propuseram-me ficar na empresa a ganhar o vencimento mas não me asseguravam a função.

 

A tentação, naqueles tempos turbulentos era grande para aceitar, mas tive o bom senso de ir pedir opinião, ao Dr Vitor Wengourvios de quem ouvira falar por andar, como eu, à volta do MES. Deu-me um dos melhores conselhos que alguma vez recebi. Disse-me, ele, "olhe, você recebe o vencimento mas por pouco tempo, porque logo que possível, eles põem-lhe uma vassoura nas mãos e mandam-no limpar a casa de banho, você não aceita e vai para a rua por recusa íligitima de ordem porque não tem função, tem que fazer o que lhe mandam. Mesmo que vá para tribunal, só daqui a dez anos é que tem a decisão. Receba e indemnização e venha-se embora". Lembro-me bem dele me dizer: "dinheiro na mão, e então assine, antes não!"

 

Como se vê já há 35 anos era assim, como é descrito no texto, que se tratavam os trabalhadores.

publicado por Luis Moreira às 20:00
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3 comentários:
De Luis Moreira a 10 de Maio de 2011
Antes de gerir empresas também passei por funções de executante. Corria o ano de 1975, as empresas de celulose nacionais foram nacionalizadas e, eu era então, adjunto do director financeiro de uma empresa participada.Na reestruturação então levada a cabo foram despedidos muitos trabalhadores. Na altura propuseram-me ficar na empresa a ganhar o vencimento mas não me asseguravam a função.



A tentação, naqueles tempos turbulentos era grande para aceitar, mas tive o bom senso de ir pedir opinião, ao Dr Vitor Wengourvios de quem ouvira falar por andar, como eu, à volta do MES. Deu-me um dos melhores conselhos que alguma vez recebi. Disse-me, ele, "olhe, você recebe o vencimento mas por pouco tempo, porque logo que possível, eles põem-lhe uma vassoura nas mãos e mandam-no limpar a casa de banho, você não aceita e vai para a rua por recusa íligitima de ordem porque não tem função, tem que fazer o que lhe mandam. Mesmo que vá para tribunal, só daqui a dez anos é que tem a decisão. Receba e indemnização e venha-se embora". Lembro-me bem dele me dizer: "dinheiro na mão, e então assine, antes não!"



Como se vê já há 35 anos era assim, como é descrito no texto, que se tratavam os trabalhadores.
De Luis Moreira a 10 de Maio de 2011
Caro Luís

Gostei do comentário, muito até. Porém, refere-se a muitos, muitos anos atrás. Tínhamos acabado de sair do fascismo, a consciência de classe era pouca, demos corpo a uma revolução, certo, a do 25 de Abril, faltava-nos dar-lhe a alma. Levou anos, muitos anos, os anos que passaram por cima de ti e de todos nós, a consegui-lo. Fizemo-lo. Portanto nada do texto de hoje, hoje devia ser considerado possível. Mas que vemos nós com a Troika, com o Governo de José Sócrates, ou do outro que se lhe vai seguir? Exactamente o desfazer de tudo o que foi construído, da alma que nós lhe demos, do barro que lhe amassamos para a essa alma dar corpo .O que nos dói a alma é que pouco a pouco, por socialistas levados ou por sociais democratas também enganados, tanto faz porque são iguais, a pretexto da crise e na subserviência aos mesmos capitais que te forçaram a mudar de vida, eis-nos que agora estão a mudar os imaginários de futuro condignoa alcançar, seja dos nossos filhos, seja dos nossos netos. E com o nosso silêncio, com o nosso voto?
Continua a acompanhar a série sobre France Télécom e dir-me-ás quem paga os ganhos bolsistas do nosso Presidente Cavaco, dir-me-ás quem paga a “honra” bem cara dos múltiplos Armandos Vara, dir-me-ás, meu amigo Luís, quem paga o pacote de 4 milhões de euros que a Administração do BCP se concedeu a si-própria, dir-me-ás quem paga tudo isso? A Troika estipulou-o e o governo assinou-o. Dir-me-ás então amanhã, com o novo texto sobre France Télécom.
Daqui e do teu comentário ao texto de hoje, o que me parece também dever ressaltar do texto sobre France Télécom, é afinal que a moderna gestão, tão apregoada por Sócrates, tão defendida por Pacheco Pereira, a nossa modernização, tão acerrimamente defendida em Lisboa como numa outra capital qualquer da União Europeia ou em Pequim também, as nossas reformas, serão a criação de condições para precariedade absoluta expressas no documento da Troika citado, expressas também no texto sobre France Télécom tratado. Porém, se todos nós a elas nos opusermos, como o fizeram os professores, virão os Pachecos Pereiras dos diversos quadrantes dizer que somos todos reaccionários, porque somos contra as reformas. Mas de que Democracia se fala então quando as reformas que a caracterizam são contra aqueles a quem se destinam?
Aqui te deixo, aqui deixo a todos os visitantes de estrolábio uma citação de Polanyi, em La Grande Transformation:
A falar de forma mais rigorosa o liberalismo económico é o princípio director de uma sociedade na qual a indústria está assente sobre a instituição de um mercado auto-regulador. É verdade que uma vez este sistema realizado, tem-se menos necessidade de intervenção de um certo tipo. Todavia, isto não quer dizer, muito longe disso, que o sistema de mercado e a intervenção sejam termos que se excluem mutuamente. Porque tanto quanto esse sistema não está a funcionar, os defensores da ordem liberal devem reclamar - e não hesitarão em o fazer - que o Estado intervenha para o conseguir, e uma vez conseguido, para o manter. Os defensores da economia liberal podem pois, sem serem nada inconsequentes, pedir ao estado que utilize a força da lei. Podem mesmo apelar ´`a força violenta”. Este é papel da Troika, este é papel do governo português e a sequência, se o consentiremos, é a lógica do modelo de France Télécom. Esta é a minha tese, esta é a idea central da série de textos sobre France Télécom.

Mas meu amigo, nestes tempos de muito mau tempo no canal, diz-me, uma medida, uma só medida estruturante que tenha sido feita a favor dos trabalhadores, que de socialista possa ser considerada. Diz-me, então.

Coimbra,
De Luis Moreira a 10 de Maio de 2011
Pois, meu caro Prof Júlio Mota, a questão é que estamos a voltar ao antigamente, devagar, devagarinho, todas as conquistas dos últimos 37 anos estão a ser-nos roubadas. Por uma ampla maioria de socialistas e sociais - democratas.Que se dizem, mas não passam de neo-liberais, todos eles!

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