publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
Porque é menos freqüente. Também é certo que para muitos galego-falantes tampouco soava, nem soa, mui natural o galego Ilg-Rag mas a sua presença social ajuda a naturalizá-lo.
Um paleofalante médio de mais de cinqüenta anos poderá sentir pouco natural:
Um falante reintegracionista a respeito de um falante do galego Ilg-Rag destaca-se sobretudo polo ponto 3) já que nom se impõe os limites que coloca a estratégia autonomista nesta área. Qualquer castelhanismo desnecessário é substituído por umha palavra genuína do nosso sistema lingüístico: obrigado/a (gracias), portagem (peaje), candeeiro (Lámpara), Aniversário (cumpleaños) ou sexta-feira (viernes).
Sabe, com certeza, e é depositária de muitas formas que nom chegárom até o seus filhos e filhas e, sobretudo, aos seus netos e netas. Neste sentido está a haver umha perda de riqueza e o reintegracionismo quer incidir aí.
Por razons sociais, a cada nova geraçom de galegos a qualidade da língua decresce. Entendemos por qualidade o seu caráter genuíno e nom misturado com o castelhano. Neste sentido, os nossos avós da idade média usavam um galego genuíno já que daquela o castelhano ainda nom penetrara com firmeza na sociedade galega.
A introduçom do galego no ensino, nos média ou na literatura feita na Galiza provocou que as gerações mais novas conhecessem formas que estavam em desuso e alguns deles que as utilizassem. Dá-se assim um paradoxo. As gerações mais velhas usam castelhanismos que as mais novas usam em menor medida mas, ao mesmo tempo as gerações mais novas desconhecem formas genuínas que se perdêrom na transmissom intergeneracional.
No terreno da pronúncia, por sua vez, à medida que a idade do falante aumenta, a qualidade da fonética melhora. Enfim, umha conversa com os nossos avós será sempre um enorme reforço do nosso registo de língua.
O que preocupa a maioria dos reintegracionistas é o futuro do galego e nom o do castelhano. Seja como for, no ano 2100, quando a imensa maioria das pessoas que estamos a ler estes textos nom existamos mais, o castelhano muito provavelmente continuará a ocupar um lugar destacável na sociedade galega. O mesmo nom se pode afirmar da nossa língua.
A questom portanto seria como poder garantir que a sociedade galega poda desfrutar, na maior intensidade possível, da língua própria da Galiza. A soluçom podemos encontrá-la espelhando-nos em Porto Rico, Quebeque ou Flandres e passa por:
Para uma digressom histórica das relaçons entre o espanhol e o inglês em Porto Rico veja-se The singularly strange story of English in Puerto Rico
Em todas as línguas do mundo, desde o momento em que existe um estándar de língua e este é implementado na administraçom, no ensino, nos média… a língua tende a unificar-se. Pode-se mesmo afirmar que umha mostra de que a língua está a funcionar como tal é a reduçom de variedades e a expansom das formas promovidas polo estándar.
Atualmente existem na Galiza várias formas para denominar a doninha, o vidoeiro ou o morango mas essa variabilidade nom torna a nossa língua melhor. Essa variabilidade até é pouco funcional em termos comunicativos entre pessoas de diferentes espaços geográficos. Em Portugal ou em Castela, onde as línguas nacionais estám bem assentes, o cidadao médio conhece apenas umha forma para estas realidades, aquela que emana das instituiçons.
Umha divisom está formada por um dividendo e um divisor como em 8:2 = 4, onde 8 é o dividendo e 2 é o divisor. Isto levanta umha questom no caso galego, quem é o divisor? Se revisamos a história do galeguismo, assistimos a umha linha hegemónica em que o português era um referente de reintegraçom e que se traduziu num processo de descastelhanizaçom da língua reintroduzindo palavras e termos gramaticais que se perderam ou caíram em desuso.
Quando após a morte do ditador Franco aparece a hipótese de introduzir a língua na administraçom e no ensino, a pré-xunta encomenda a elaboraçom de umha norma. Era o ano 1980 e a comissom estará dirigida polo professor Carvalho Calero. Sobre a mesa havia duas propostas prévias, a elaborada pola ASPG e a elaborada polo Instituto da Língua Galega, cada umha delas com filosofias diferentes. Na comissom havia pessoas representativas de ambas as tendências.
Estas normas estavam chamadas a ser o quilómetro zero de umha estratégia luso-brasileira para a nossa língua. Infelizmente, no ano 1983, o decreto Filgueira Valverde num governo de Alianza Popular, promoveu umhas outras normas com um espírito diferente. Foram elaboradas polo Instituto da Língua Galega sobre a base do galego popular e a estrangeirizaçom do português. Som as conhecidas como Nomiga.
E até hoje.
“A medida que unha discusión online en galego sobre calquera tema avanza, a probabilidade de que se mencione o reintegracionismo/isolacionismo achégase a 1″
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