Quando viajamos num avião para longe, 12 h ou mais de viagem, quando chegamos a sensação é mesmo que estamos fora de casa. O ambiente é diferente, as casas são diferentes, as ruas, as pessoas, os carros...
Mas quando se chega ao Brasil isso não acontece, parece que só atravessamos a rua, as pessoas são iguais ao vizinho de cima que conheço há 30 anos, a língua é a mesma, as casas são iguais, as ruas, o ambiente.
No entanto, quando se sobrevoa o Brasil, vindo do sul da Argentina nós percebemos que estamos numa terra muito diferente, é uma terra jovem, um continente, com planícies a perder de vista, sem elevações, com imensos rios que se juntam em quantidades de agua impensáveis na Europa, florestas até onde a vista alcança. No Canada também é assim, uma terra jovem, a sensação é a mesma, mas na China, então aí não são só as pessoas e o ambiente que são diferentes, trata-se mesmo de uma civilização diferente da nossa, ocidental.
Se do alto do Cristo- rei, no Rio, fecharmos os olhos e "retirarmos" todos aqueles prédios e avenidas e "ficarmos" só com as elevações e as baías, o mar e as praias, percebemos que a natureza é ainda o elemento chave que tudo condiciona.
Na viagem do Rio para Petrópolis, terra onde viveu a família real portuguesa, atravessamos floresta que não deixa passar a luz, com árvores, flores e frutos únicos, de uma dimensão e côr que arrancam emoções que vão da estupefacção ao prazer.
O mesmo se diga na Amazónia, nas Quedas de Iguazú, que separa o Brasil da Argentina, o sítio mais bonito que vi em toda a minha vida, é exuberante, luxuriante, selvagem... milhões de borboletas "pintam" o ar de todas as cores (amarelo, azul, castanho...) e param na nossa mão por momentos, porque ainda não têm medo, livres como um passarinho da avenida Guerra Junqueiro que vem ao nosso prato roubar a comida ( na natureza nunca tinha visto o "passarito" não ter medo do homem...)
Nas ruas do Rio, percebe-se o medo, com as casas protegidas por grades de ferro que impedem os trânseuntes de se abeirarem das portas das residências; as pessoas saem de casa vestindo o menos possível (alpergatas, calções e t-shirt ) julgava eu que era do calor...e, esta, não é nada a cidade marvilhosa, os hoteis são muitos, os restaurantes também, mas não há vida cultural, não se vêm museus nem cinemas, e muito menos teatros, o que não quer dizer que não os haja...
Mas o Brasil é, realmente, muito português, o que não dá razão nenhuma aos que atribuem aos portugueses o atraso do Brasil. Basta olhar para as antigas colónias dos outros países europeus (Inglaterra, Holanda, Belgica...) .
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