Por cá volta o assunto dos crucifixos nas escolas. Escola estatal laica , alunos professando diversas religiões, não há lugar para o crucifixo na parede na sala de aula. Mas o lenço muçulmano na cabeça já é tido como aceitável embora dando uma indicação de caracter religioso.
Agora são os próprios muçulmanos que apelam à proibição do uso da burka.
Eu, já tenho visto mulheres com o lenço muçulmano a cobri-lhes os cabelos e, francamente, não me choca nada. Outro tanto não se passa com a burka que também já vi um par de vezes. Acho que é feio e intolerável que se trate assim um ser homano.
Mas será que o lenço muçulmano é um sinal religioso e quem o usa dá esse sinal, tal qual quem usa o crucifixo? Não sei se ainda é assim. Antigamente as avós ofereciam aos filhos e aos netos um crucifixo para pendurar ao pescoço era a melhor forma de os proteger do diabo e das tentações, mas agora não sei se tanto o crucifixo como o véu ainda são símbolos religiosos.
Quem ainda não viu o "pintarolas" de óculos "rain-ban", camisa aberta até ao umbigo a mostrar o bronze e o "fio" onde se pendura o crucifixo? Aquilo não é símbolo religioso coisa nenhuma, é vaidade, deriva da mente "bronca" do proprietário. E aqueles que no inverno, com camisolas de gola alta e o "fio" a sai-lhes pelo "garganete" a mostrar o ouro feito crucifixo?
E com o lenço será também assim, há quem o use por razões religiosas ( e aí, se é assim, numa sala de aulas , pelas mesmas razões do crucifixo na parede, deve ser retirado ) e há quem o use por razões distintivas de nacionalidade em terra estranha. A democracia é suficientemente generosa para permitir o que na terra deles é proíbido, mas não o deve ser ao ponto de anular a nossa própria cultura e a nossa forma de viver.
Agora, e como (quase) sempre acontece as ideias amadurecem e o bom senso volta, são os próprios muçulmanos a viver na cultura ocidental que consideram a "burka" um hábito desumano a que as mulheres estão sujeitas.
Mas a verdade é que eu já vi no Parque das Nações uma pobre mulher "envergonhada" dos pés à cabeça, num lindo dia de sol, com o barbudo marido vestido de linho branco (estava calor) a brincar com os dois filhos.
Deixei de ter dúvidas! Não devemos transigir com hábitos que transgridem os nossos e que, para mais, não acrescentam nada à dignidade do ser humano.
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