Quarta-feira, 23 de Março de 2011

Elisabeth Taylor (1932-2011) – por Carlos Loures

 Elisabeth Taylor morreu esta manhã num hospital de Los Angeles. Tinha 79 anos. O lugar-comum que se usa quando desaparece alguém que prezamos, de que com a morte dessa pessoa, nós morremos também um pouco, faz algum sentido ser usado com Elizabeth Taylor. Desde a linda adolescente de Lassie Regressa a Casa (1943) e A Coragem de Lassie (1946), à bela mulher de Gata em Telhado de Zinco Quente (1958) e de Cleópatra (1963) ou á actriz consumada de Quem tem medo de Virginia Woolf? (1960) e de O Número do Amor (1961), nunca deixei de ver o seus filmes, nem sempre bons, embora as suas interpretações sempre os salvassem de ser muito maus. Sem ela, o mundo do cinema não é o mesmo

 

A sua vida privada, os seus oito casamentos, sobretudo os casamentos e divórcios com Richard Burton – outro excepcional actor, a cura de desintoxicação do álcool e drogas – sempre revelaram ser ela uma lutadora que não se rendia com facilidade. E uma corajosa defensora de causas - a solidariedade para com as vítimas da SIDA desde a morte em 1985 do amigo Rock Hudson e a sua presença no funeral de um Michael Jackson em Julho de 2009, sendo uma das poucas celebridades presentes no funeral de uma estrela caída em desgraça, acusado de pedofilia, demonstram que era uma pessoa em que as convicções estavam acima das convenções.

 

Foi operada cerca de 30 vezes (sem ser por razões estéticas, incluindo a a um tumor no cérebro). Sofria de osteoporose e deslocava-se em cadeira de rodas. Pensa-se que sofria de doença Alzheimer, embora o tenha desmentido categoricamente numa entrevista na televisão. Estava há dois meses internada com problemas cardíacos. Esta manhã, uma insuficiência cardíaca pôs termo à sua caminhada.

 

Acabo como comecei, com outro lugar comum – o mundo, sobretudo o mundo do  cinema, está mais pobre.

 

E deixo-vos com uma cena de Quem tem medo de Virginia Woolf?, que lhe valeu um dos dois Óscares da sua bem preenchida carreira.

 

 

 

 

publicado por Carlos Loures às 22:00
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1 comentário:
De João Machado a 23 de Março de 2011
É verdade Carlos. Morremos um pouco e estamos mais pobres. Que grande actriz, que linda mulher, que pena que o tempo passe!

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