Domingo, 27 de Fevereiro de 2011

Carta aberta ao MInistro Mariano Gago (6) por Júlio Marques Mota

 

Mais, a agregação não tem qualquer sentido. Os critérios utilizados são critérios de contagem e são globalmente relativos à capacidade que tem uma instituição em produzir uma grande quantidade de bons textos originais e de bons investigadores. A sua agregação é semanticamente coerente quanto aos indicadores 1, 2.1., 2.2., 3.1. e 3.2. dos critérios da classificação de Xangai acima referidos. Mas o critério 4, o dos resultados académicos relativamente à dimensão é de natureza totalmente diferente. Se os três primeiros critérios, com os seus cinco indicadores, representam a produção, o nosso “PIB” nas páginas acima, o último critério representa a “produtividade”, no mesmo exemplo, e o bom senso e a análise económica elementar diz-nos, senhor Ministro, que fazer uma soma ponderada do PIB e da produtividade conduz a um índice vazio de sentido. Isto basta-me, senhor Ministro, sem sequer ser necessário ir à substância de cada critério[1].

Sobre esta questão retome-se o relatório do Senado francês sobre ratings no ensino superior (Senado (França), 2008, p. 67 e s.) e que nesta parte segui de muito perto:

 

Os limites das classificações das universidades são inerentes à sua própria lógica, consistindo em medir a qualidade por indicadores que são quantitativos. A crítica das classificações internacionais incide sobre a legitimidade da medida e sobre a pertinência do método utilizado. Quanto à legitimidade, cada classificação tem os seus próprios limites: assentando sobre um número limitado de indicadores, uma classificação determinada só dá, naturalmente, um número limitado de objectivos.

Uma primeira questão é a de saber se os indicadores escolhidos estão claramente identificados com os que a sociedade considera prioritários. Deste ponto de vista, as classificações privilegiam os indicadores relativos à investigação e não ao ensino. Ora, em que medida é que será de facto interessante para os estudantes e futuros estudantes saber quem são os investigadores mais citados e aqueles que obtêm o prémio Nobel? Centrarmo-nos sobre estes indicadores não será desviar as universidades da sua missão de ensinar, em especial nos primeiros anos de estudos?

Uma outra questão é a de saber se os indicadores escolhidos têm em conta o valor acrescentado das instituições: não dependem eles mais das características dos estudantes, isto é, do seu nível académico à entrada e das suas origens geográficas e sociais? Ou pura e simplesmente não reflectem eles mais a dimensão das instituições do que a sua “produtividade”?

 

 

No caso da classificação de Xangai todas estas críticas assentam que nem uma luva. Se se deixar esta classificação sobre a qual páginas e páginas podiam ser escritas sobre o tema e se se passar para classificações nacionais, imbuídas do mesmo espírito, como a classificação USNWR, chega-se à mesma leitura negativa quanto às classificações. Os indicadores referentes a esta classificação são os seguintes: a avaliação pelos pares com o peso de 25%; a capacidade em manter os estudantes de um ano para outro com o peso de 20%; os meios utilizados, ou seja, a dimensão das turmas, o salário médio pago aos seus professores, o nível de diploma dos seus professores, com o peso de 20%; a selectividade à entrada que pesa 15%; os recursos financeiros com o peso de 10%; os donativos dos antigos alunos de 5%; e o valor acrescentado da universidade em função das características dos estudantes, isto é, a diferença entre a taxa previsional dos estudantes e a taxa efectiva de sucesso escolar, que tem um peso de 5%.

Para falar desta classificação, dê-se a palavra a um especialista americano deste assunto, Ronald Ehrenberg (2003, p. 14 e s.):

 

Dizer que o tipo de dados que o USNWR colige não é o verdadeiro problema dos ratings não significa que esse tipo de dados seja necessariamente o único tipo de dados, ou mesmo a melhor bateria de dados, em que se deverá basear a avaliação das instituições do ensino superior.

Muitos destes dados respeitam aos recursos que a instituição tem disponíveis para estudantes com boa formação escolar, medidas da qualidade do primeiro ano de entrada no curso, e da reputação da instituição, o que, presumivelmente, se encontra altamente correlacionado com a qualidade dos novos estudantes e com a riqueza da instituição. Só uma categoria de dados, a comparação entre as taxas efectivas e as taxas previsionais de graduações, está absolutamente relacionada com o valor acrescentado que uma instituição transmite aos seus estudantes, sendo que esta variável tem apenas um peso de 5% na fórmula de avaliação. Infelizmente, pode sempre tentar-se cavilosamente pôr isso em causa pegando na metodologia utilizada nestas comparações e argumentar que uma metodologia diferente poderia conduzir a resultados diferentes. Por isso, a utilização de medidas do valor acrescentado neste tipo de fórmulas de ratings será sempre passível de discussão.

Não é por acaso que nas primeiras 20 universidades nacionais do ranking do USNWR 2004 nenhuma era uma instituição pública. Ao longo das últimas décadas, a exiguidade do financiamento do ensino superior público levou a que as universidades públicas ficassem crescentemente para trás em relação às privadas no que respeita a gastos por estudante e a salários médios nas suas faculdades. A consequência da metodologia de rankings do USNWR é que as universidades públicas de alta qualidade, como Berkeley, Michigan, Carolina do Norte e Wisconsin, surgem crescentemente como menos atractivas para estudar — o enfoque no nível de recursos disponíveis, mais do que na natureza dos curricula dos cursos e na forma como são ministrados, sobrestima seguramente as mudanças registadas.

Da mesma forma, o peso enorme que a selectividade dos estudantes tem nos ratings e a pressão para que todas as instituições se tornem “mais selectivas” pode afastar o ensino superior público de uma das suas mais fundamentais finalidades históricas, que é a de assegurar o acesso a todos os estudantes qualificados. Em nenhuma parte da metodologia dos rankings (excepto na comparação entre as taxas efectivas e previsionais de graduações) há alguma referência ao rendimento familiar dos estudantes das diferentes instituições de ensino, aos níveis de formação escolar dos pais dos estudantes ou à proporção de estudantes que têm o inglês como segunda língua. As instituições que recrutam estudantes oriundos de populações minoritárias e desfavorecidas — estudantes que tendem a ter notas mais baixas nos exames de admissão — e que fazem um trabalho extraordinário em formar estes estudantes até à graduação universitária deveriam ser mais altamente valorizados do que a actual metodologia do USNWR permite.

 

Senhor Ministro, tudo parece ser claro quanto à política de ensino superior que não pode nem deve ser baseada na concorrência entre uns e outros. Os efeitos perversos dos rankings estão claramente expostos, julgo eu, no excerto que reproduzo de seguida e que resulta de uma carta aberta assinada, em 2007, por 65 presidentes de universidades americanas, também eles senhor Ministro:

 

Estamos a escrever para suscitar o vosso empenhamento (e o empenhamento da vossa instituição) numa nova abordagem dos rankings dos politécnicos e das universidades elaborados pelo USNWR.

Estamos convencidos que estes rankings são enganadores e não servem convenientemente os interesses de prospecção dos estudantes para escolherem um politécnico ou uma universidade que satisfaça bem os seus requisitos de formação a seguir ao ensino secundário. Entre outras coisas, estamos convencidos disso porque tais rankings:

  • sugerem um falso rigor e uma falsa autoridade, que os dados que usam não consentem;
  • obscurecem importantes diferenças entre as missões educacionais, ao alinhar as instituições numa escala única;
  • nada dizem, ou dizem muito pouco, sobre se os estudantes estão realmente a aprender alguma coisa em determinados politécnicos ou universidades;
  • incentivam gastos desnecessários e truques baixos em instituições que queiram melhorar os seus rankings;
  • ignoram a importância do facto de um estudante fazer com que a formação se efective e sobrestimam a importância do prestígio de uma universidade nesse processo;
  • e fazem degradar aos olhos dos estudantes o valor educacional do processo de escolha das instituições de ensino superior.

Embora consideremos que os politécnicos e as universidades podem querer colaborar em fornecer dados para publicações para fins de rankings, achamos que o fornecimento desses dados devia ser confinado aos dados que sejam coligidos de acordo com padrões profissionais claros e universalmente aceites (e não os padrões idiossincráticos de uma qualquer publicação única), bem como aos dados que seja obrigatório fornecer aos organismos públicos ou aos dados que a instituição universitária considere que (segundo as boas regras de transparência) devam ser disponibilizados por rotina a qualquer pessoa que os pretenda (Kälvemark, 2007, p.8).

 

Senhor Ministro, esta carta já vai longa, muito longa mesmo. Possivelmente nem uma linha lerá de todas estas que por respeito a todos aqueles que ensino ou ensinei, por respeito também a todos os meus colegas vítimas eles das mesmas políticas absurdas, sentindo difusa ou conscientemente os mesmos problemas que eu, com muito empenho escrevi. Não me doutorei, sou apenas professor auxiliar convidado, e na sua lógica serei portanto um dos mais puros losers do sistema. Não me doutorei, mas fui presidente do Conselho Pedagógico, fui vice-presidente do Conselho Directivo, fui incumbido na minha Faculdade para me deslocar a Lisboa, ao Ministério, para entregar as chaves respectivas ao Professor Marçal Grilo por não estarem, na época, garantidas as condições mínimas do seu funcionamento, e já lá vão muitos anos. Hoje, apenas porque não me doutorei, na sua lógica e no quadro legal que criou fiquei proibido de nesta casa votar em eleições agora previstas no enquadramento jurídico da Universidade de Coimbra. Isto exactamente porque, agora à luz do seu quadro legislativo, eu sou um loser. É pois portanto “natural” que nem uma linha queira ler das muitas que até aqui foram escritas. Neste pressuposto, mas sendo o senhor Ministro um homem de Ciência, tomo a liberdade de lhe sugerir a leitura dum texto que tem vindo a ser utilizado (Billaut et al., 2010, p. 22) e que na sequência do que se acabou de expor salienta:

 

No que foi provavelmente a primeira análise séria sobre a classificação de Xangai, van Raan escreveu que a “partir das considerações precedentes, concluímos que a classificação de Xangai não deve ser utilizada para fins de avaliação nem mesmo para fazer benchmarking” e que “o problema mais sério destas classificações é que são consideradas como ‘quase-avaliações’ das universidades consideradas. É absolutamente inaceitável”. As conclusões de van Raan eram principalmente fundamentadas sobre considerações bibliométricas, a propósito das quais os autores da classificação foram incapazes de responder de maneira convincente.

A nossa própria análise é principalmente fundamentada sobre a análise multicritério na teoria da decisão. Acrescentar este ponto de vista à análise bibliométrica de van Raan conduz inevitavelmente a uma conclusão ainda mais radical. Vimos que os critérios utilizados pelos autores da classificação estão ligados apenas de maneira muito ténue ao que estão supostamente a medir, que a avaliação destes critérios implica a utilização de numerosos parâmetros arbitrários e de múltiplas micro decisões que não estão documentadas. Além disso, observamos que o método de agregação utilizado é incrivelmente simplista e que conduz a situações paradoxais. Por último, observou-se que os autores da classificação deram mesmo muito pouca atenção a questões fundamentais ligadas à estruturação do problema. Não nos parece por conseguinte excessivos concluir que a classificação de Xangai é um puro exercício e que não tem absolutamente valor.

Na presente fase, poder-se-ia legitimamente esperar que propuséssemos outra classificação e que esta fosse então melhor. Não o faremos. Com efeito, não estamos convencidos que tal exercício seja realmente útil e explicamos porque nos pareceria preferível que nos consagrássemos a estabelecer uma classificação de programas ou de sistemas nacionais de ensino em vez da classificação das universidades.

 

O texto é claro, não necessita de comentários e nele se expressa uma certeza, a de que uma reforma não se faz contra aqueles que na verdade a fazem, uma reforma no ensino não se faz nunca contra aqueles que ensinam. Em vez de comparar, de marcar, de catalogar, de quantificar a qualidade, em vez de voltar uns contra os outros e sempre à espera de punir, o que aqui se propõe é que um verdadeiro sistema de ensino está por construir e é a esse nível que as coisas têm que se decidir.

Num relatório da OCDE (2006, p. 48), os professores Simon Marginson e Marijkvan der Wende escreveram também:

 

Qualquer sistema de rankings é orientado para determinadas finalidades e incorpora enviezamentos para que os resultados se adequem aos pressupostos e aos valores integrados nas comparações e nos cálculos. A verdade é que todas as medidas utilizadas para avaliar a qualidade e fazer rankings empolam a posição das grandes universidades nos maiores centros de ciência e ensino de língua inglesa, especialmente nos Estados Unidos e no Reino Unido. É necessário esforçarmo-nos para termos rankings “limpos”, que sejam transparentes, livres de interesses próprios e metodologicamente coerentes. Por exemplo, os dados relativos à reputação e os relativos a resultados não deveriam ser misturados numa escala única. Todos os sistemas de rankings são incompletos na descrição da realidade do ensino superior. Por exemplo, o nível de desempenho das universidades que fazem investigação intensiva num dado país nada diz sobre as respectivas faculdades de gestão especializadas ou sobre os respectivos institutos de formação técnica. Dado que as instituições têm diferentes objectivos e diferentes missões e são internamente diferenciadas, não é válido medir e comparar individualmente cada instituição numa base holística, nem comparar individualmente desta forma cada instituição e o conjunto dos sistemas a nível internacional. As políticas deviam procurar corrigir os efeitos perversos decorrentes da bateria de estatísticas utilizada, bem como promover a diversidade institucional horizontal e uma escolha informada dos estudantes utilizando tipologias e rankings talhados à medida.

 

 

Senhor Ministro, faço dos textos destes autores as minhas palavras, f

aço das proposições destes autores o meu desejo, o desejo daquilo que desejo para os estudantes e professores do meu país, sendo claro que elas expressam bem alto, se os textos escritos falassem, a oposição à política profundamente errada no ensino superior, e não só, que até aqui tem sido seguida.

É certo, os neoliberais continuam a pretender que se prossiga na sua política enquanto eu estou certo que se ela continuar a ser desenvolvida vai levar ao colapso do ensino universitário, primeiro, e depois ao colapso da investigação em Portugal enquanto na Europa, passo a passo e sob a mão de Durão Barroso, se irão criar sistemas universitários a duas velocidades, universidades para os pobres, universidades e investigação para os ricos, quer estejamos a falar de países ou de pessoas. E esperam fazê-lo nos escombros do ensino superior que agora se está a fazer ruir.

 

 

A Universidade, a reforma de Bolonha, as avaliações e as elites europeias

 

Os neoliberais não escondem os seus objectivos, hoje claramente bem expressos no Manifesto Empower European Universities, assinado por um grupo de tecnocratas e liderado por Jo Ritzens, presidente da Universidade de Maastricht e, segundo alguns dizem, conselheiro especial do Governo Grego para os cortes na educação. Neste Manifesto (Expert Group on European Universities, 2010, p. 3), afirma-se:

 

Chegou a altura de criar um sistema diferenciado de ensino superior de classe mundial no âmbito do Espaço Europeu do Ensino Superior e da Investigação. É preciso que os Governos e a Comissão Europeia avancem neste sentido, por exemplo, pela portabilidade através das fronteiras nacionais dos subsídios e empréstimos a estudantes, bem como a introdução de um Estatuto Europeu para um limitado número de universidades europeias.

 

Num outro texto, proferido no âmbito da presidência belga da União Europeia, Jo Ritzens (2010, p. 14) é ainda mais claro:

 

 

Um Estatuto Europeu é uma tal nova via. A noção de Estatuto Europeu requer que uns 10% das universidades de cada Estado-membro da União Europeia seja regido e financiado por fundos Europeus e por legislação comunitária por volta de 2020.

Um tal estatuto aumentaria a mobilidade estudantil e faria com que a cooperação fosse muito mais simples entre universidades a funcionarem sob esse estatuto.

 

Senhor Ministro, na China seleccionam-se as 10% melhores universidades e agora, aqui, na Europa, com as universidades em ruínas, eis que os tecnocratas nos vêm falar, também eles, como no projecto 211 de Pequim, em universidades de excelência, mas não mais de 10% no espaço europeu, destinadas aos estudantes de excepção, eventualmente remunerados com os fundos europeus, fundos de todos nós, estudantes estes detectados, convidados e conquistados no espaço da União ou algures. Isto a dar a ideia de que o resto constituirá o caldo humano de onde aqueles se distinguiram, como que a provocar a concorrência desde a nascença, como não há muito tempo no Japão, onde as crianças pequenas se suicidavam por não aguentarem a pressão. Triste ideia esta. Os rankings, já foi visto, assemelham-se a uma lógica de futebol, de Primeira Liga, diga-se de passagem, e agora vêm os neoliberais com Bolonha e com as universidades de selecção a impor a ideia de que ser estudante e ser Universidade nesta lógica é como estar num campeonato de fórmula 1, onde 80% dos carros só lá correm para definir os 20% dos carros que têm possibilidade de chegar nos primeiros lugares, estando no entanto isto apenas ao alcance de metade destes e onde os rápidos e os menos rápidos, os 90% restantes, os “de menor performance de sempre”, têm a função de complicar a selecção dos restantes. Com este tipo de selecção, escolhem-se as 10% “melhores” universidades que têm que ser “naturalmente” ocupadas pelos estudantes do TOP10. Os restantes 90%, quer de universidades quer de estudantes, os excluídos da lógica da Primeira Liga, serão então os pequenos robots do sistema, muitos deles serão os puros excluídos do sistema, os trabalhadores indiferenciados da agenda EU2020 da União Europeia.

Senhor Ministro, o senhor é um homem da Física e aqui e agora deixe-me dizer-lhe que se torna incompreensível que o homem de Ciência que o senhor foi e julgo que ainda continua a ser, um homem da Física Quântica, subscreva a lógica dos ratings que atrás mostrámos.

Mas Física Quântica e 2020, a agenda EU2020, trazem-nos à memória um texto de 1994 hoje célebre, um texto de um presidente de uma grande instituição bancária, o Bankers Trust Corporation, onde, de certa maneira, se pode ver o que tem sido a lógica do modelo neoliberal destas três décadas assim como a vertigem que, nessa sequência, a finança assumiu nestes últimos vinte anos em que até se pretende estar a “fazer o trabalho de Deus”, segundo a expressão do presidente de Goldman Sachs. Deste longo texto, tomo a liberdade de reproduzir alguns excertos (Sanford, Jr., 1997, p. 1 e s. e 5 e ss.):

 



[1]Curiosamente, em Julho de 2010, noticiava o jornal Les Echos relativamente à política da ministra Valerie Pécresse: “Com a sua reforma debaixo do braço, um sorriso nos lábios, Valérie Pécresse foi a Xangai defender as universidades francesas junto dos autores da temível classificação de Xangai de universidades. Primeira surpresa: o carácter extremamente rudimentar dos dados recolhidos para a classificação. ‘Não chegámos sequer a saber qual o número exacto de professores nas universidades francesas’, diz-nos e para nossa surpresa o director-adjunto, Ying Cheng, da referida classificação. A ministra prometeu remediar e fornecer o conjunto dos dados necessários. ‘As universidades vão ser mais reestruturadas mais interdisciplinares e maiores: uma quinzena de universidades federais vão ser criadas’, explicou aos dois responsáveis pela classificação de Xangai. ‘Três pólos já se fundiram ou vão-se rapidamente fundir, trata-se de Aix-Marseille, Estrasburgo e Lorena’”. Sem comentários, a não ser que os governos andem todos a querer moldar-se aos critérios e são estes assim, mesmo sem sentido, que vem a gerar a dinâmica do Ensino Superior na Europa. De referir ainda que praticamente em todas as classificações o que nelas não interessa ou o que nelas menos interessa é o ensino, o que menos interessa são os estudantes!

 

 

publicado por Carlos Loures às 21:00

editado por Luis Moreira às 21:25
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