Ofício de viver
António Sales
A peregrinação da vida
é palio de constante penitência,
paixão e ímpio sacrifício
a transitar no tempo sem lugar.
Salmo de inconfessadas solidões.
promessa de pecados dolorosos,
rosário de penas húmidas choradas.
Céu de pedra carregado
e esperanças sepultadas.
A Rendição do Tempo
António Sales
No poluído rio do pensamento,
espaço sem estrelas
seco e desgrenhado,
mergulham urubus
procurando despojos de ilusões.
longos, dormentes, os dias existem
queimados pelo tédio de existirem
no lodo dos sentidos.
Silêncio apavorado só de o ser,
vítima desta espera de abandono,
tempo de horas calcinadas
a cada instante do futuro sepultadas.
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