Sábado, 18 de Setembro de 2010
Luis Moreira
Cidadãos europeus, americanos e asiáticos deslocam-se em turismo a Israel para poderem ver as lutas diárias entre jovens Palestinianos, com as suas fundas, e o exército israelita com as balas de borracha e as granadas de gaz lacrimogénio.
Por acaso , antes do 25 de Abril, levei algumas vezes com aquele gaz, o que não tem piada nenhuma, pois é muito incomodativo e faz mesmo chorar a ponto de não se aguentar e ser necessário, limpar e lavar para se conseguir um bocado de sossego. Fiquei a pensar que é o mínimo que se poderia fazer aos atrasados de curiosidade mórbida, aos turistas que pagam para ver as lutas entre David e Golias, e ter prazer com o sofrimento dos outros que estão, coitados deles, mergulhados numa tragédia diária.
E, lá estão, entre os fotógrafos e jornalistas, muito contentes pois até conseguiram ver que os soldados Israelitas só têm vinte anos, um pouco mais que os jovens Palestinianos que têm dezasseis ou menos, envolvidos numa guerra sem quartel, querem as suas terras de volta, há que lhes morder as canelas todos os dias.
Já tinha visto os turistas irem para terras distantes perigosas, onde eram assaltados e às vezes mortos, mas pronto aí ainda havia alguma nobreza, corriam perigo, iam à aventura, o apelo ao "stress" era mais forte, mas turistas "voyeurs" de guerras e mortes nunca me tinha lembrado. Também é verdade que eu não gosto de ver ninguem correr perigo e viver no meio da violência.
Não era na antiga Roma que as populações eram entretidas com combates no circo entre homens e feras?
Entretanto, as negociações de paz entre Palestinianos e Israelitas continuam, com o problema dos colonatos a apresentar-se como o grande primeiro problema, a moratória termina dia 26 deste mês e Israel ainda não deu a certeza se prolonga ou não a moratória, não prolongando as negociações não têm futuro.
Quarta-feira, 19 de Maio de 2010
Luís Moreira
A curto prazo, as 35 empresas reunidas no Forum Empresarial para a Economia do Mar, estabeleceram como objectivos:
Marítimo – portuário – envolve portos,transportes,logística e serviços. Tem um peso no PIB de aproximadamente 3.2 mil milhões de euros, empregando cerca de 76 000 pessoas.É preciso tornar os portos portugueses mais competitivos, especializá-los (são sete) com taxas mais baixas e mudar a fiscalidade, criando o imposto de tonelagem. Hoje a Europa, que tomou estas medidas a tempo e horas domina 40% da frota mercantil do mundo!
Pescas, aquacultura e indústria do Pescado – Pesa no PIB à volta de 2.6 mil milhões de euros, e emprega cerca de 90 000 pessoas. Portugal tem uma enorme comunidade de pesca mas o futuro está na aqualcultura do mar.
Construção e reparação naval – Portugal foi muito forte neste sector, pelo menos na reparação naval. Vale 400 milhões de euros e quase 13 000 pessoas. A crise é que deu cabo da parte da construção.
Turismo náutico – Gera actividades conexas , embora valha só 212 milhões de euros e empregue 5 000 pessoas. Exclui o turismo costeiro, mas inclui actividades tão diversas como náutica de recreio, desportos náuticos e submarinos. O turismo de cruzeiro é o único que se mantem, mas são necessários mais terminais, marinas e postos de amarração e colocar o país nos pontos de entrada ou de saída.
Energia,investigação e cultura – é o que vem depois, precisa de investigação, ainda está mal estudado. A energia eólica offshore é o futuro, bem como as esperanças que se abrem no campo da biologia.
É uma boa notícia, dois anos após o estudo do Prof Hernâni Lopes ” O Hipercluster do Mar”, as empresas privadas terem as actividades marítimas na sua agenda. A má notícia é que tambem já apareceu a Comissão Interministerial para os assuntos do Mar, a funcionar na dependência do primeiro ministro.
A nossa zona exclusiva marítima é a maior da UE e já temos apresentado nas
Nações Unidas o pedido de propriedade sobre a zona continental do mar, envolvendo o Continente, Açores e Madeira.
Mais uma enorme fonte de riqueza a que, por décadas, viramos as costas.