Domingo, 20 de Março de 2011

Bernardino Machado - Depois de 21 de Maio - por José Brandão

Depois de 21 de Maio - I

 

 

 

 

 

Bernardino Machado

 

Coimbra, 1925

 

Mal-estar moral? Mas ele provinha sobretudo da campanha defectista dos inimigos da nossa participação na guerra, que lançaram no espírito público a apreensão de que, em meio das enormes dificuldades da nossa reconstrução nacional, nos encontrávamos sós, sem que lá fora os nossos companheiros de armas compreendessem e apreciassem os nossos sacrifícios. Por isso, desde a apresentação ministerial, proclamamos bem alto o direito incontestável de Portugal à solidariedade e concurso dos aliados. E, graças à imponente representação dos seus governos ao lado do nosso na celebração do soldado desconhecido, logo todos os ânimos se ergueram entre nós. Quem, tendo vivido em toda a sua intensidade emotiva esses dias para sempre memoráveis do maior acontecimento talvez da nossa história contemporânea, não se sentiu reconfortado e engrandecido com tamanha homenagem para os mais altos empreendimentos.

 

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A Derrocada de Um Trono

 

 (Crónica dos Dois Últimos Reinados em Portugal)

 

César da Silva

 

Romano Torres Editores, 1922

 

Chegado ao fim desta obra, hoje, 12 de Julho de 1922, seja-me licito soltar um suspiro de alívio. É coisa deveras árdua escrever história contemporânea e, mais ainda, fazer considerações a respeito de acontecimentos cujos protagonistas são ainda vivos; é por isso que, lançando este livro á publicidade, o faço receoso. Busquei, com toda a convicção o afirmo, manter-me quanto possível neutral no julgamento dos factos, e numa absoluta imparcialidade com respeito aos homens a quem me refiro. Consegui-lo-ia? A crítica o dirá. Deve porem atender-se a que este livro não é um trabalho de história, no seu sentido próprio, mas tão-somente uma concatenação dos principais sucessos que promoveram o desprestígio da monarquia dos Braganças e finalmente a sua queda.

 

Isto é, a obra presente consiste apenas na dedução, mais ou menos aproximada, dos factos que justificaram a derrocada de um trono.

 

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publicado por João Machado às 17:00

editado por Luis Moreira às 15:01
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Sábado, 19 de Junho de 2010

República nos livros de ontem nos livros de hoje - 28 e 29 (José Brandão)


Depois de 21 de Maio - I

Bernardino Machado

Coimbra, 1925

Mal-estar moral? Mas ele provinha sobretudo da campanha defectista dos inimigos da nossa participação na guerra, que lançaram no espírito público a apreensão de que, em meio das enormes dificuldades da nossa reconstrução nacional, nos encontrávamos sós, sem que lá fora os nossos companheiros de armas compreendessem e apreciassem os nossos sacrifícios. Por isso, desde a apresentação ministerial, proclamamos bem alto o direito incontestável de Portugal à solidariedade e concurso dos aliados. E, graças à imponente representação dos seus governos ao lado do nosso na celebração do soldado desconhecido, logo todos os ânimos se ergueram entre nós. Quem, tendo vivido em toda a sua intensidade emotiva esses dias para sempre memoráveis do maior acontecimento talvez da nossa história contemporânea, não se sentiu reconfortado e engrandecido com tamanha homenagem para os mais altos empreendimentos

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A Derrocada de Um Trono


(Crónica dos Dois Últimos Reinados em Portugal)

César da Silva

Romano Torres Editores, 1922

Chegado ao fim desta obra, hoje, 12 de Julho de 1922, seja-me licito soltar um suspiro de alívio. É coisa deveras árdua escrever história contemporânea e, mais ainda, fazer considerações a respeito de acontecimentos cujos protagonistas são ainda vivos; é por isso que, lançando este livro á publicidade, o faço receoso. Busquei, com toda a convicção o afirmo, manter-me quanto possível neutral no julgamento dos factos, e numa absoluta imparcialidade com respeito aos homens a quem me refiro. Consegui-lo-ia? A crítica o dirá. Deve porem atender-se a que este livro não é um trabalho de história, no seu sentido próprio, mas tão-somente uma concatenação dos principais sucessos que promoveram o desprestígio da monarquia dos Braganças e finalmente a sua queda.

Isto é, a obra presente consiste apenas na dedução, mais ou menos aproximada, dos factos que justificaram a derrocada de um trono.

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publicado por Carlos Loures às 18:00
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