enviado por Julio Marques Mota ( ver)
Primeira parte
Iniciamos com este artigo de Branko Milanovic colocado no blog de Mário Nuti sobre Os Indignados uma série de pequenos textos dedicados ao tema da juventude nesta Europa em crise.
No caso presente, o texto de Branko Milanovic merece uma leitura muito atenta pela importância do seu autor, pelo tema e pela qualidade do texto. Pessoalmente fiquei com algumas interrogações sobre a mensagem que Branko Milanovic nos quer passar. Escrevi-lhe. A carta será publicada posteriormente.
BRANKO MILANOVIC: CURRICULUM VITAE
Economista Chefe do Departamento de Investigação do Banco Mundial , na área de investigação sobre a desigualdade e a pobreza. Especialista Associado do Caranegie Endowment for International Peace, de Washington. Trabalha actualmente sobre as questões da globalização, da distribuição do rendimento e da democracia. Anteriormente, trabalhou como economista do Banco Mundial sobre a Polónia (1988-1991) e foi investigador do Instituto de Ciências Económicas, em Belgrado, Jugoslávia (1980-83 e 1986-88). Desde 1996, é professor adjunto na área das Economias em Transição na School for Advanced International Studies Johns Hopkins University
Branko Milanovic, que contribuiu com um post recente sobre a desigualdade no meu artigo sobre a Desigualdade e a Crise Global, passou o último mês em Madrid, vivendo intensamente a situação de La Puerta del Sol. Ele contribuiu a meu pedido com este texto sobre a revolta actual de Os Indignados. Isso é para começar a iniciar o debate, e certamente que outros desejarão contribuir. Por todos os meios comente, via e-mail se o tem, mas é mesmo preferível comentar directamente no post.
Várias semanas antes, o jornal espanhol "El Pais", um dos principais jornais diários do mundo, realizou uma festa para comemorar o 35 º aniversário da sua fundação. "El Pais" nasceu nos dias da "transição" espanhola da ditadura de Franco para a democracia, e tem ao longo da sua existência permanecido de forma consistente pró-democrático e de centro-esquerda. O jornal é talvez o que melhor reflecte o período da notável transformação da sociedade espanhola da ditadura para uma das democracias mais tolerantes do mundo, de país de emigrantes para o país em que os estrangeiros, vindos de toda parte, literalmente, representam agora cerca de 12 por cento da população ; a partir de um país de rendimento médio e mesmo em alguns aspectos, sendo de partida um país subdesenvolvido dá-se a transição para um país rico com comboios e auto-estradas de primeira qualidade. Numa demonstração de empenho com a democracia e com a tolerância, a festa de "El Pais" teve a participação de todos os primeiros-ministros espanhóis desde a transição, sejam de esquerda ou de direita. O tom dos discursos foi de comemoração e talvez com um pouco de presunção. Elogios para a democracia e para a transformação em Espanha não foram excessivos, considerando o que foi alcançado nas três décadas anteriores, mas talvez um pouco “ensurdecedores”, lembrando uma ou mais das declarações formais sobre a importância da democracia que pode ser ouvida nos Estados Unidos em todos os dias 4 de Julho. Eu pensei que, com excepção da Polónia, República Checa e, talvez, os estados bálticos, seria difícil imaginar tais palavras optimistas em ocasiões semelhantes na Europa Oriental. A razão é simples: a democracia é uma coisa boa e há razão para a celebrar , mas só se e só se esta for acompanha e em simultâneo com o desenvolvimento económico e com rendimentos mais elevados. E é nisto que a Espanha foi realmente muito bem sucedida , de tal modo que a geração que realizou este feito histórico tinha muitos bons motivos para comemorar este mesmo feito histórico. Ou assim parecia.
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