Domingo, 10 de Julho de 2011

Agenda cultural extra por Rui Oliveira

 

 

 

Sugestões para os meses próximos (2ª parte)

 

 

 

   Continuemos agora com sugestões que irão desde a segunda metade de Julho ao mês de Agosto (e seguintes) e porque a arte de Talma (vulgo o teatro) domina estes primeiros tempos, iniciemos por aí a indicação das oportunidades possíveis de bons espectáculos. Assim :

 

 

No campo do teatro

 

 

 

   É ainda o Festival de Teatro de Almada que domina este período, pelo que é justo que  comecemos pela figura por ele homenageada este ano, Ferrucio Soleri, o icónico intérprete, durante mais de cinquenta anos, da figura do Arlequim de Goldoni, sob a orientação sapiente do grande encenador que foi Giorgio Strehler.

   Por tal facto, o Centro Cultural de Belém (CCB) possibilita, na Quinta 14 de Julho (às 21h no Pequeno Auditório) o regresso ao Festival após doze anos de Ferrucio Soleri interpretando Ritratti di Commedia dell’Arte (Retratos da Comedia dell’Arte) de Luigi Lunari, com a colaboração de Io Appolloni e aí ele conta a história dos seus predecessores e “… graças à sua longa experiência, sustentada numa rica e aprofundada pesquisa, recupera o significado de uma riquíssima tradição, demonstrando ao mesmo tempo a expressividade poética da grande alma teatral que vive por detrás da máscara”. 

 

 

 

    Também no Festival, a Culturgest apresenta de Quinta 14 a Sábado 16 (no seu Grande Auditório, às 21h30) a peça do The TEAM Theatre of the Emerging American MoMent intitulada Mission drift (Desvio da missão), uma criação colectiva (característica do grupo, já vencedor por 3 vezes do Fringe First do Festival de Edimburgo) encenada por Rachel Chavkin. Tema: Uma viagem de pioneiros, que atravessam os Estados Unidos de costa a costa, contada com a ajuda de explosões atómicas e lagartos bailarinos: um casal (imortal) holandês inicia a viagem em 1624 na então Nova Amesterdão e chega no presente a Las Vegas.

 

 

   No mesmo Festival, a Compagnie Louis Brouillard do Théâtre National de Bruxelles apresenta no Teatro Nacional D. Maria II (Sala Garrett, às 21h30 de Quinta 14 a Sábado 16 de Julho) a peça Cercles / Fictions (Círculos / Ficções), um texto e encenação de Joël Pommerat. Pela primeira vez em Portugal, Pommerat (1963-) esclarece que “… todas as personagens desta peça, com uma excepção, são verdadeiras, autênticas. Elas dizem-me directamente respeito, ou então são partes indissociáveis daquilo que eu hoje sou.  Seres vivos ou fantasmas da minha história, mesmo da história mais longínqua, e cujas acções me assombraram ou impressionaram. São instantes que quis reconstruir como se reconstitui um crime no local de um assassinato para esclarecer um enigmaAgora gostaria de pedir ao futuro espectador para esquecer tudo o que eu disse e pensar nesta peça como uma ficção comum”. Pode aqui ver-se um registo recente deste espectáculo :

 

 

   Dentro do Festival, no São Luiz Teatro Municipal (na Sala Principal às 21h de 15 a 17 de Julho) a Orquestra Metropolitana de Lisboa,

 dirigida por Cesário Costa, encontra Bruno Nogueira e Luísa Cruz (actores), sob o olhar atento de Beatriz Batarda (encenadora), no reensaio de alguns dos textos onde Karl Valentin aproveita a metáfora da orquestra – corpo social complexo, mais problemático do que parece quando visto de fora – para questionar o Mundo e as suas perplexidades. Assim surge esse concerto/recital absurdo (?) intitulado Uma Bizarra Salada a partir dos textos daquele comediante amigo de Berthold Brecht.

 

 

   Ainda no Festival, os grupos Mundo Perfeito e Dood Paard (Amsterdão) encenam no Maria Matos Teatro Municipal  na Sala Principal às 21h30 até Quarta 13 de Julho a peça The Jew a partir de The Jew of Malta de Christopher Marlowe (1564-93) com os actores Carla Maciel, Gonçalo Wadddington e Tiago Rodrigues, entre outros.

 A acção passa-se na ilha de Malta, lugar de cruzamento de culturas e religiões, onde o dinheiro acaba por imperar como língua franca. Controversa e divertida, é uma reflexão sobre o poder e o dinheiro, quase sempre nos bastidores dos “confrontos de civilizações”, e sobre a violência e a forma como o teatro nos revela essa violência.

 

 

   Ainda no Festival, no Teatro Camões às 21h de Quinta 13 de Julho, o Centre Chorégraphique National d’Orléans mostra Les corbeaux (Os Corvos) de Josef Nadj e Akosh S., interpretado pelos autores, com música do saxofonista e poli-instrumentista Akosh Szelevényi.

Esta performance do director do Centro “parte da observação paciente e minuciosa dos corvos e, em particular, do instante fugaz da transição entre o voo e a marcha … e finalmente todo o corpo de Nadj procura atingir um estado em que o seu tornar-se pássaro se confunda

com um tornar-se pincel”

 

 

   Na Comuna Teatro Pesquisa , às 21h30 e até 31 de Julho, a Produção Gato que ladra apresenta Tem o medo muitos Olhos, com texto de Luis Miguel Viterbo, encenação de Rute Rocha e interpretação de Hugo Sovelas. Entrecho : Klimp sustenta na cabeça uma leve estrutura que o torna semelhante a um peixe das profundezas, com uma luz na ponta de uma haste em arco que lhe sai da cabeça e lhe pende à frente, a dois ou três palmos, à altura dos olhos. Mas, em vez deste isco iluminado, a haste de Klimp suporta uma microcâmara, com a qual já gravou e irá continuar a gravar o seu depoimento. É um testemunho falado, o seu último testamento.

 

    No Teatro Turim, às 22h, de 14 a 25 de Julho, em co-produção com Organização,

é apresentada a peça Quem controla o Passado, controla o Futuro , um texto de Ana Ribeiro e António Duarte a partir da obra de George Orwell, com interpretação de Alexandra Viveiros, Ana Ribeiro, José Vitorino, Márcia Cardoso, Paula Só e Victor Gonçalves. Espectáculo fragmentado entre vários códigos teatrais, pretende elaborar sobre a frase do autor de 1984 e Animal Farm "Quem controla o Passado controla o futuro; Quem controla o presente controla o passado. Enquanto não tomarem consciência não se revoltarão Enquanto não se revoltarem não poderão tomar consciência. Compreendo como; não compreendo Porquê."

 

   Na Casa Conveniente, às 20 e 22h de 21 a 31 de Julho, o ciclo “Heiner Müller 2011” prossegue com Recordações de uma Revolução a partir de A Missão (1979) daquele autor, com encenação de Mónica Calle, que a interpreta com Mário Fernandes e René Vidal. Duas frases suas dominam : “… Quando os vivos não puderem lutar mais, lutarão os mortos…” e “… Enquanto os povos dormem, os generais levantam-se e quebram o jugo da liberdade…”.  

 

 

   Sugerimos, como opção final mas porventura das mais importantes, assistir à nova criação do Teatro Meridional, a companhia portuguesa a quem foi atribuído o último XII  Prémio Europa Novas Realidades Teatrais (PENRT) em 2010, galardão destinado a “ encorajar as tendências e iniciativas emergentes do teatro europeu, considerado nas suas diferentes formas, articulações e expressões… tendo em conta a totalidade do trabalho do candidato, o seu carácter inovador e a sua originalidade”. A peça estreada nas suas novas instalações (Rua do Açúcar, nº 64 Beco da Mitra, ao Poço do Bispo) a 7 de Julho, às 22h, designa-se Os Especialistas, texto que pretende “brincar seriamente com as certezas” dum tema que é a proliferação nas sociedades contemporâneas de especialistas (aqui na preparação de Comunicações Especializadas sobre Sustentabilidade Ambiental), um “estatuto … que tantas vezes possibilita a defesa de pontos de vista nem sempre claros e éticos, o que torna o exercício da democracia num fenómeno muito parecido com a ordem das ditaduras”.  A encenação é de Miguel Seabra, a dramaturgia de Natália Luiza e a interpretação de Emanuel Arada, Filipe Costa e Rui M. Silva. Permanece até 7 de Agosto.

 

 

 

 

No campo das exposições (artes plásticas, ciência, etc.)

 

 

   Há mostras de interesse muito distinto que nos levariam a graus de sugestão variável num campo onde a subjectividade (até por as não termos ainda “visto”) é porventura maior pelo que optámos por referir as potencialmente interessantes por ordem cronógica da data do seu encerramento.

 

   No Museu Nacional de História Natural (na Sala do Veado), Sofia Arez expõe até 21 de Julho cerca de quarenta pinturas sobre papel e sobre tela executadas nos dois últimos anos. Há dois sectores. No In-finito, os trabalhos sobre papel e tela são como “fragmentos da natureza, que contidos em si – delimitados por um espaço fechado – tentam uma fuga para o vazio”. Por seu lado, no sector Infinito nas sete telas em formato panorâmico e em mais cerca de trinta trabalhos sobre papel “o infinito surge como o lugar de todas as possibilidades…janelas sobre paisagens abertas que a luz da experiência faz interiores…”.

 

 

 

 

 

    No Centro Científico e Cultural de Macau (rua da Junqueira, 30 – Lisboa) termina a 31 de Julho a exposição As Cem Maiores Descobertas Arqueológicas da China no Século XX que visa dar a conhecer documentalmente, através de fotografias e textos, aqueles achados. Incluem-se colecções e locais muito diversificados, que vão desde a mais remota Pré-história (caso do celebre "Homem de Pequim", descoberto na caverna de Chukutião) até às últimas Dinastias Imperiais (Liao, Song, Xia, Yuan e Ming). É dado um relevo especial à descoberta do célebre mausoléu do primeiro Imperador da Dinastia Qin, com o seu exército de guerreiros de terracota, datados da 2ª metade do século III antes de Cristo. 

 

 

   No Museu do Oriente encerra a 7 de Agosto a exposição Manuel Vicente, Trama e Emoção, uma retrospectiva dos cinquenta anos de busca deste arquitecto “por esse ideal de prazer e emoção ou, simplesmente, do sublime que pode existir no nosso quotidiano”. A mostra é composta por uma selecção de obras, da década de 60 do século XX ao século XXI, da escala da habitação ao território, traçando uma panorâmica da sua obra. Desenhos originais, maquetas de análise, imagens e textos apresentam os projectos e os espaços edificados. Integra ainda um conjunto de filmes, realizados em Macau no início deste ano, e que propõem uma reflexão sobre a apropriação de algumas dessas obras.  

 

 

  No Museu do Chiado termina a 21 de Agosto  "The brain is deeper than the sea" (projecto ana/malhoa) 2011, a partir de Praia das Maçãs de José Malhoa (c. 1913-18)” de Ana Vidigal, o primeiro projecto de “Outros Olhares-Novos Projectos” com que o Museu Nacional de Arte Contemporânea pretende promover uma reflexão alargada sobre a sua colecção. Até Dezembro a outros três artistas nacionais de relevo (Rodrigo Oliveira, António Olaio e Xana) foi lançado o repto de realizarem trabalhos inéditos a partir de um olhar “de fora para dentro” do museu acompanhando-os de um pequeno texto. Do de Ana Vidigal extraímos : “A minha escolha não foi uma escolha de imagem, foi uma escolha de palavras. Escolhi um título. Escolhi Praia das Maçãs….O Tempo ensinou-me a ver nas palavras. Sempre soube que, se um dia trabalhasse a memória desse tempo compilado pela minha mãe, seria com esse álbum vazio de imagens. Mostrar o vazio”. 

 

   No Museu Nacional de Arte Antiga, na sua Sala do Tecto Pintado, prolonga-se até 11

 de Setembro a exposição temporária “Esplendor Holandês: O ‘Retrato de Família’ de Pieter de Grebber”, um pretexto para a divulgação pública do recente trabalho de beneficiação daquela grande pintura de Pieter de Grebber. A exposição possibilitará uma substancial renovação do conhecimento científico neste domínio, revendo autorias tradicionalmente consagradas e integrando no plano internacional obras praticamente inéditas e desconhecidas, ao mesmo tempo que projectará luz sobre o percurso específico destas obras, o gosto pela pintura holandesa em Portugal e a própria génese desse coleccionismo.

 

   No Museu Arpad Szènes-Vieira da Silva encerra a 25 de Setembro a mostra

“Gabinete de Anatomia”. Comissariada por Manuel Valente Alves, a exposição é composta por desenhos anatómicos da autoria de Vieira da Silva e de Arpad Szenes e desenhos anatómicos da colecção do Museu de Medicina, recentemente inventariados no contexto do projecto de investigação "A imagem na ciência e na arte" do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa.
Divide-se em quatro núcleos: Anatomia do desejo - desenhos anatómicos de Arpad Szenes; Corpo fragmentado - desenhos anatómicos de Vieira da Silva; Cabeça e corpo inteiro - desenhos anatómicos do Museu de Medicina; Tronco e membros - desenhos anatómicos do Museu de Medicina. 

 

   No Museu Nacional de Arte Antiga  termina a 2 Outubro 2011 a exposição  Confrontos: Bosch e o seu Círculo, realizada em parceria com o Museu Groeninge de Bruges (Bélgica). Esta exposição coloca o Tríptico das Tentações de Santo Antão do MNAA criticamente em confronto como Tríptico do Juízo Final e o Tríptico das provações de Job, ambos da colecção do museu de Bruges, sendo a primeira vez que se juntam, em Portugal, três grandes pinturas de Bosch e do seu círculo. Debruçando-se sobre as variantes ou os traços comuns de processo criativo destes trípticos, análise também apoiada em exames laboratoriais.

 

                                              Groeninge Museum (Bruges) - Tríptico do Juizo Final


   No Museu Berardo prolonga-se até 2 de Outubro a exposição recém-inaugurada One 

after another, a few silent steps de Pedro Cabrita Reis que desde 2009 está em itinerância pela Europa, tendo já passado pela Kunsthalle de Hamburgo, na Alemanha, pelo museu Carré d'Art de Nîmes, em França, e pelo museu M de Lovaina, na Bélgica. A versão desta retrospectiva exibida em Lisboa apresenta um conjunto ampliado de trabalhos em escultura, pintura, fotografia e instalações que caracterizam o trabalho do artista, num total de trezentas peças, e ainda um conjunto de documentos pessoais inéditos que acompanhará pontualmente o percurso expositivo.   

 

   No edifício dos Museus da Politécnica  prolonga-se até 18 de Dezembro a mostra Gabinete da Politécnica – O Importantário Estetoscópico, resultado de uma expedição dirigida pelo artista Pedro Portugal aos arquivos, colecções, caves, sótãos, reservas, bibliotecas e arrecadações dos antigos Colégio dos Nobres e Escola Politécnica de Lisboa, hoje Museu de Ciência e Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa. A experiência consiste em obrigar os objectos naturais e não naturais das colecções a um diferente procedimento taxonómico e a resultados essencialmente visuais, com o objectivo de condicionar toda a história a ser contemporânea da forma como a arte contemporânea o faz. Os ossos, instrumentos, fósseis, plantas, animais naturalizados, fotografias e livros apresentados estão arrumados acientificamente. “Todos os objectos são submetidos à indução artificial da abstracção, em que o seu significado é desvitalizado. Imagina-se que assim possam ser aceites como pertencendo a uma nova ordem do conhecimento, como evidenciando outra eficácia e utilidade”, diz a apresentação.

 

 

   Dentro das Comemorações do Centenário da República “100 anos de República, 100 anos de Ciência”, o Instituto de Investigação Científica Tropical organizou uma exposição intitulada Viagens e Missões Científicas nos Trópicos - 1883-2010 no Jardim Botânico Tropical (a Belem), focando o património associado ao resultado de viagens e missões científicas, conhecido quando acessível e imaginado quando inacessível  − que encerra a 31 de Dezembro. Esta selecção das colecções históricas e científicas à guarda do IICT reflecte não só as agendas científicas marcadas pela Monarquia e pela República para os Trópicos, como ainda a investigação actual, pautada pelo cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) em países da CPLP. Estrutura-se em duas linhas discursivas: uma sobre viagens, expedições e missões científicas que tiveram lugar nos séculos XIX e XX e respectivos acervos, memórias e estudos; a outra sobre investigação interdisciplinar sobre desenvolvimento global.

 

        

 

 

No campo da dança

 

 

   Na Culturgest, a 20 de Julho (Quarta), no Pequeno Auditório às 18h, Steve Paxton, um dos fundadores do Judson Dance Theatre, fonte de criações colectivas que lançaram as raízes da dança pós-moderna, fará uma conferência/demonstração sobre as práticas por si elaboradas e que continuam a constituir matéria fundamental na organização do trabalho de corpo como o Contact Improvisation ou Material for the Spine. Um apuramento de um percurso dedicado à dança e à escrita que provêm de uma investigação continuada na escuta do movimento, da sua complexa configuração anatómica e da prática de meditação em profunda relação com a vida.

 

 

   No Teatro Tivoli, às 21h30 de 28 de Julho (Quinta), o Ballet Estatal Russo de Moscovo apresenta o Lago dos Cisnes de Pyotr Ilyich Tchaikovski, bailado em 2 actos e 4 cenas com coreografia de Marius Petipa e Lev Ivanov.

 

 

 

 

No campo da música

 

 

   No Cascais CooljazzFest 2011 há alguns eventos de muito provável popularidade mas o que sugerimos é a actuação no Sábado 23 de Julho, às 21h no Parque Palmela (auditório Fernando Lopes-Graça), de Maria Schneider dirigindo a Orquestra de Jazz de Matosinhos que, por seu turno, terá como convidados Nick Marchione (1º trompete da Village Vanguard Orchestra), o guitarrista André Fernandes e ainda João Paulo Esteves da Silva, aqui como acordeonista. É a segunda vez (antes em 2009) que esta maestrina e compositora (vencedora de dois Grammys em 2005, pelo álbum Concert In The Garden, e em 2008, por Cerulean Skies, do álbum Sky Blue) regressa a Portugal para dirigir a Orquestra de Jazz de Matosinhos. Temos grande expectativa quanto a esta prestação, que compararemos com a que lhe ouvimos há largos anos (1995) no extinto Visiones em Greenwich Village, onde actuava todas as Segundas.

   Antes, neste concerto, toca o trio do pianista Luís Barrigas, com Mário Franco (contrabaixo) e Alexandre Alves (bateria).

 

 

   Dos outros concertos do festival, relevaríamos o som da Motown de Mayer Hawthorne (7/7) (introduzido pela angolana Afrikkanitha), a revelação brasileira Céu (8/7), o cantador espanhol de flamenco Diego El Cigala (10/7), o cantor soul Charles Bradley (17/7), a conhecida brasileira Maria Rita (20/7) (antecedida dos Couple Coffee), o norte-americano soul Aloe Blacc (28/7) e o jazz britânico de Jamie Cullum (29/7) (precedido de Luísa Sobral).

 

  Ao Coliseu dos Recreios regressa a 16 de Julho (Sábado), às 22h, a recém-vencedora do Grammy 2011 na categoria New Artist Esperanza Spalding para divulgar o seu novo CD Chamber Music Society. Com a sua voz de streetwise angel e o seu contrabaixo, apoiada em Leo Genovese (piano), Richie Barshay (bateria ), Sara Caswell (violino), Jody Redhage (violoncelo), Lois Martin (viola) e Leala Cyr (Coros), a jóvem norte-americana de 26 anos irá, como lhe é usual, ultrapassar as fronteiras do jazz cruzando-o com outros géneros musicais, a que lhe sugerimos que assista.

 

 

   No Grande Auditório do CCB, às 21h de Sábado 23 de Julho, exibe-se a banda britânica Morcheeba, uma das grandes referências do chill-out e do trip hop e pop ingleses que volta a Portugal para apresentar o seu novo trabalho Blood Like Lemonade na voz inconfundível de Skye Edwards. Uma abertura do CCB a novos públicos que lhe sugerimos.   

 

 

   O Festival dos Oceanos traz à Praça do Comércio no Sábado 30 de Julho (às 21h30) a voz jóvem mas amplamente ouvida de Joss Stone, cantora de nacionalidade britânica de soul e R&B  (rhythm and blues) que virá revelar o seu álbum de Julho “LP1”

 

 

   E eis que entramos em Agosto onde o evento de abertura que obviamente lhe sugerimos é o ciclo Jazz em Agosto da Fundação Calouste Gulbenkian no seu Auditório ao Ar Livre, cujo vídeo-spot de apresentação aqui mostramos pelo seu original conteúdo sonoro :

 http://www.youtube.com/watch?v=EzJkbedPJYs

   Dos documentos de apoio retiramos a descrição sumária do ciclo :

   “A abrir esta edição do Jazz em Agosto uma das figuras emblemáticas dos últimos 50 anos de história do jazz, par de Ornette Coleman e John Coltrane: o pianista Cecil Taylor (a 5/8) que, numa aparição rara a solo, apresenta o lado intimista e multidimensional da sua obra.  

Excerto do documentário All the Notes de Christopher Felver (2006)

 

   Revisitando a história do jazz numa leitura que realça os antagonismos do género com uma lógica inquestionável, Ingrid Laubrock (a 6/8), saxofonista alemã com carreira ascensional em Londres e Nova Iorque, traz ao Jazz em Agosto o Quinteto Anti-House, constituído por músicos que se destacam individualmente e que interagem com extraordinária eficácia.

   O trompetista Wadada Leo Smith (a 7/8), um dos fundadores da AACM (Association for the Advancement of Creative Musicians, Chicago), apresenta o Noneto Organic, o mais recente da sua míriade de projectos, num contexto mais experimental mas perceptível , num concerto que será enriquecido pelas imagens em tempo real do VJ Jesse Gilbert.

 

 

   Peter Brötzmann (a 12/8), saxofonista e clarinetista considerado como farol da improvisação europeia e que celebra 70 anos em 2011, sobe ao palco com o Quarteto Hairy Bones, um novo projecto com raízes no Quarteto Die Like a Dog (presente no jazz em Agosto 2000), que conta com uma nova secção rítmica, explorando e renovando o espírito libertário do freejazz.

   Uma recente e inesperada formação sobe ao palco do Anfiteatro ao Ar Livre para apresentar mais um concerto raro: The Ex-Guitars meet Paal Nillsen-Love/Vandermark Duo (a 13/8) e que cozinham uma mistura de rock radical e improvisação jazz, com referências John Coltrane, Sonny Rollins e Albert Ayler, numa conjugação intensa e contemporânea de universos tão próximos como antagónicos.

   John Hollenbeck (a 14/8), baterista, compositor, arranjador, à cabeça da sua orquestra, herdeiro estético da Third Stream, encerra o Jazz em Agosto 2011 numa Première europeia do seu Large Ensemble, uma orquestra de 18 músicos de excepção que redefine o tradicionalismo da big band, esbatendo fronteiras com criatividade”.

   Deste elenco de qualidade inegável, a escolher sugerimos  pelo carácter irrepetível dos mesmos (até pela anciania dos músicos) os concertos de Cecil Taylor e de Wadada Leo Smith, de que seguem entrevistas esclarecedoras e amostras do seu virtuosismo técnico.

 

 Excerto do documentário Imagine the Sound de Ron Mann (1981)

 

Concerto de Wadada Leo Smith já com o Noneto Organic em 2011

 

 

Caro leitor, então até um dia !

publicado por ruideoliveira às 10:01
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Domingo, 3 de Julho de 2011

Agenda cultural extra por Rui Oliveira

 

 

 

Sugestões para os meses próximos (1ª parte)

 

 

 

   Como prometera na última Agenda e porque a cadência de eventos de valor indiscutível visivelmente abrandou com a bonomia estival, diligenciarei aqui localizar e chamar a atenção para alguns que sobressaem pela sua previsível qualidade na paisagem de Lisboa e os seus vastos arredores, pois nesta época é comum ser na periferia de veraneio que ocorrem espectáculos dignos de registo.

   Gostava, assim, de aconselhar ao longo das semanas imediatas a ida aos acontecimentos seguintes, pela garantia anterior que dão os seus intervenientes :

 

 

 

No campo da música

 

 

a.   No Festival de Sintra, que encerra em breve a 10 de Julho, com participações de bom augúrio de pianistas quer conhecidíssimos como Sequeira Costa (a 10/7), quer estreantes premiados como Manuel Araújo, Prémio Vianna da Motta 2010 (a 7/7), sugerimos a audição do Octeto de Leipzig  na Quinta da Piedade, Sábado 9 de Julho às 17h.

   O Quarteto de Cordas de Leipzig String Quartet

 e alguns membros do Octeto da Gewandhaus de Leipzig constituíram um novo agrupamento artístico onde o som característico do quarteto de cordas se funde com a sonoridade dos sopros solistas da Orquestra da Gewandhaus, criando uma ambiência pré-orquestral na mais pura e autêntica tradição da cidade de Leipzig.
Actualmente os membros do Octeto  são Stefan Arzberger, Tilman Büning, Ivo Bauer e Matthias Moosdorf, membros do Quarteto de Cordas de Leipzig, bem como Peter Schurrock (clarinete), Bernhard Krug (trompa), David Petersen (fagote) e Christian Ockert (contrabaixo).
Neste concerto do Festival de Sintra, o Octeto de Leipzig apresenta-se numa formação muito especial, com instrumentistas convidados, com o tenor Markus Petsch e o barítono Stefan Genz, totalizando 16 músicos. Irão tocar a obra de Gustav Mahler  /A. Schönberg  A Canção da Terra.Octeto de Leipzig
Em 2008 o Quarteto de Cordas de Leipzig String Quartet e alguns membros do Octeto da Gewandhaus de Leipzig constituíram um novo agrupamento artístico, o Octeto de Leipzig, com a finalidade de apresentar às grandes plateias e audiências a música de câmara para cordas e sopros contida no Octeto de Schubert. O som característico do quarteto de cordas funde-se com a sonoridade dos sopros solistas da Orquestra da Gewandhaus de Leipzig, criando uma ambiência pré-orquestral na mais pura e autêntica tradição da cidade de Leipzig.
Actualmente os membros do Octeto de Leipzig são Stefan Arzberger, Tilman Büning, Ivo Bauer e Matthias Moosdorf, membros do Quarteto de Cordas de Leipzig, bem como Peter Schurrock (clarinete), Bernhard Krug (trompa), David Petersen (fagote) e Christian Ockert (contrabaixo).
Neste concerto do Festival de Sintra, o Octeto de Leipzig apresenta-se numa formação muito especial, com instrumentistas convidados, com o tenor Markus Petsch e o barítono Stefan Genz, totalizando 16 músicos.

 

Na ausência de registo do novo Octeto, ouça-se uma boa gravação do Leipzig String Quartet

 

b.   No Cascais CooljazzFest, que abre a 4/7,destacaríamos três figuras femininas do universo jazzístico, com características diversas mas que justificam bem a sua audição. Sugerimos agora as primeiras (deixando Maria Schneider para um destaque posterior) :

   A 4/7 (Segunda), às 21h no Parque Marechal Carmona (Cascais), canta Sharon Jones & The Dap-Kings, banda na vanguarda do movimento revivalista do funk dos anos 60-70. Os álbuns memoráveis 100 Days, 100 Nights e Dap Dipping’with Sharon ones and the Dap-Kings bem como o último I Learned the Hard Way (2010) serão certamente a base do concerto marcado pela sua sonoridade, dita um pouco “rústica” pela escassez de envolvente tecnológica.

  

 

  A 6/7 (Quarta), também às 21h no mesmo Parque, actua Madeleine Peyroux que partilha o palco com Pierre Aderne. A cantora, que já fizera uma breve passagem anterior pelo festival, vem agora glosar o seu último álbum Bare Bones (2009), primeiro trabalho de originais, mistos de blues e jazz, e interpretar, como o faz magistralmente, temas da bossa nova ou do seu Paris, lugar de refúgio prolongado.

 

 

c.   No CCB dois espectáculos próximos suscitam curiosidade diversa. Um, que sugerimos, traz a Lisboa por convite da Embaixada da Polónia (para assinalar o início da sua presidência europeia) um conjunto reputado de música antiga, os Arte dei Suonatori, orquestra especializada na execução de música barroca com a maior genuinidade. O repertório é obviamente adequado com dois compositores da época: Antonio Vivaldi (1678-1741) e Georg Philipp Telemann (1681-1767). Ouvir-se-ão de Vivaldi dois concertos (um para cordas e baixo contínuo, em Ré maior e outro para 2 violinos, violoncelo, cordas e baixo contínuo, em Ré menor) e de Telemann dois Concerti polonais (um para cordas e baixo contínuo, em Sol maior, outro para cordas e baixo contínuo, em Si bemol maior), uma Ouverture para 3 oboés, cordas e baixo contínuo, em Ré maior e a abertura da peça Völker para cordas e baixo contínuo, em Si bemol maior, com um andamento dedicado ao povo português (!).  

 

   O outro é a estreia absoluta a 8 de Julho, às 21h no Pequeno Auditório, da ópera em dois actos A Rainha Louca de Alexandre Delgado, a partir da peça O Tempo Feminino de Miguel Rovisco. Nela se evoca a figura de Dona Maria I “uma rainha enclausurada num mundo de demência e evasão” mas que, “com a criação da Academia das Ciências e da Biblioteca Nacional, a promoção da primeira expedição científica à Amazónia, da renovação do Ensino e da Marinha… (revelou que) era culta e sensível, dada à música e às artes; reinar é que não estava na sua natureza”.  A encenação é de Joaquim Benite, o acompanhamento musical da Orchestrutopica e a interpretação das cantoras Ana Ester Neves, Maria Luísa de Freitas, Ana Paula Russo, Teresa Cardoso de Menezes e Nilma Santos. Repete a 10 (às 17h) e 12 (às 21h).

 

                              Alexandre Delgado

 

d.   No Castelo de São Jorge, curiosamente do mesmo músico Alexandre Delgado, é apresentada, na segunda edição das NOITES DE ÓPERA, uma versão em português de A Flauta Mágica de Mozart nos dias 6, 7, 8 e 9 de Julho, às 22 horas, no cenário natural do Castelejo, com a Cª de Ópera do Castelo. O espectáculo que sugerimos é uma recriação musical para agrupamento de câmara do compositor italiano Tiziano Manca que se não limitou a realizar uma simples redução de efectivos, mas antes substitui a maior parte do núcleo das cordas (o maior numa orquestra) por sopros da família dos metais, incluindo o trompete, que era pouco usado no século XVIII, e o saxofone, que não existia. São estes novos instrumentos que conferem uma nova cor, mantendo toda a energia e textura originais – uma sonoridade colorida, mas mais íntima. Este espectáculo conta ainda com um elenco de jovens cantores portugueses e com uma releitura e construção cénica lançando uma ponte entre o passado e o mundo contemporâneo da autoria da dupla luso-canadiana formada pelas encenadoras Caroline Bergeron e Catarina Santana.

 

e.   Ainda na capital, há a vasta escolha da 3ª edição do Festival ao Largo (já referido em Agenda anterior), conjunto de espectáculos de entrada livre no espaço frente ao Teatro Nacional de São Carlos de entre os quais sugerimos (por antever a sua qualidade) a 13 e 14 de Julho (Quarta e Quinta) o miniciclo Diálogos : Piano e Percussão onde quatro pianistas de renome internacional partilham o palco com dois percussionistas de excepção.

No primeiro dia, Mário Laginha e Bernardo Sassetti (piano) tocam com Elizabeth Davis e Pedro Carneiro (percussão) estreando a sua obra Percussionistas IV – O regresso. No segundo dia, Artur Pizarro e Vita Panomariovite confrontam-se ao piano com o brilho das percussões de Elizabeth Davis e Richard Buckley na interpretação da Sonata  para dois pianos e percussão de Bela Bartók.

 

 

f.   Continuando em Lisboa, um evento que já vai na sua 7ª edição é o Jazz im Goethe-Garten 2011 que aposta essencialmente em projectos de jazz criativo europeu (por contraste com o Jazz em Agosto da Gulbenkian). Do programa de seis concertos (ver em http://www.goethe.de/ins/pt/lis/kue/mus/jig/ptindex.htm), todos nos agradáveis jardins do Goethe Institut (ao Campo de Santana) às 19h,  sugerimos a comparação dos cinco conjuntos internacionais, com estilos de jazz tão distintos :

   ̶  na Quinta 7/7 ouça-se Eco D’Alberi (Itália), um grupo que opera nos caminhos do neo-free. Aqui a rica fantasia do saxofone, voz dominante, é sustentada na arquitectura delineada pelo piano, as junções intuitivas do contrabaixo e as estratégicas colocações rítmicas da bateria.

   ̶  na Terça 12/7 é a vez dos BLAST5TET (Holanda/Itália/EUA). A actual forma de quinteto do projecto Blast de Dirk Bruinsma e Frank Crijns ( saxofone soprano e alto, guitarra eléctrica, saxofone tenor e barítono,  teclados/ electrónica e bateria /percussão ) privilegia a composição como método de criação de novos sons enfatizando dinâmicas e alternâncias entre tonalismo e abstraccionismo.

   ̶  na Quinta 14/7 tocam os Huntsville, um trio da Noruega que amplia a instrumentação convencional para criar um mosaico de som combinando grooves fractais. A progressão improvisada é hipnótica, por vezes veloz, evocando o transe numa coerente amálgama sónica, processada no seu todo por um quarto músico.

   ̶  na Terça 19/7 actuam os Nicolas Masson Parallels, cujo líder reflecte no seu grupo o interesse que tem sobre a música em detrimento do estilo, oferecendo formas abertas do jazz submetidas à improvisação e temperadas com a energia do rock.

 

   Konrad Bauer e Nils Wogram  um confronto de trombones 

   ̶  na Quinta 21/7 o festival encerra com a interpretação do duo Nils Wogram (n. 1972)  e Konrad Bauer (n. 1943), um tandem de trombones, mas sobretudo um encontro de gerações, pois sendo o trombone um dos instrumentos  mais expressivos no jazz, permite enorme amplitude dinâmica e diversos efeitos (como surdinas, multiphonics, growls), dando oportunidade a músicos virtuosos e criativos como estes a criar novos horizontes .

 

Não havendo registo do confronto com Konrad Bauer, fique este entre Nils Wogram e Harry Watters

 

g.   Um último evento citadino curioso são as Notas Químicas / Borodin: compositor e químico, iniciativa do Museu da Ciência da Universidade de Lisboa integrada nas comemorações do Ano Internacional da Química, dos centenários da Faculdade de Ciências e da própria Universidade. Porque Alexander Borodin (1833-1887), além de músico famoso (ópera O Príncipe Igor),foi um médico que se dedicou quase inteiramente à Química (sendo autor de diversas descobertas), organizou-se, tendo como local o

 Anfiteatro  do Laboratorio Chimico da Escola Politécnica recentemente restaurado, uma série de concertos para ouvir a sua obra e a de outros compositores de que sugerimos a audição a 7 de Julho (Quinta), às 18h, pelo Quarteto de Cordas Malibran (Tatiana Samouil violino, Jolente De Maeyer violino, Tony Nys viola e Justus Grimm violoncelo) com a participação de Rosa Maria Barrantes ao piano e Tiago Pinto-Ribeiro no contrabaixo do Quarteto de Cordas nº2 de Alexander Borodin, da Danse Brisée nº1 para violino e piano de César Viana e do Quinteto “A Truta” op.114 de Franz Schubert.

   Na Sexta 8/7 o mesmo Quarteto com a colaboração do pianista Filipe Pinto-Ribeiro toca o Quarteto de Cordas nº2 de Alexander Borodin, o Romance para violino e piano de Vianna da Motta e o Quinteto para Piano op.44 de Robert Schumann.

 

h.   Saindo da cidade, o melómano pode ir a Évora ao XII Ciclo de Concertos “Música nos Clautros” no Convento dos Remédios onde, às 21h30 de 9 de Julho (Sábado), sugerimos que ouça Valérie Vervoort (soprano) e Jill Lawson (piano), reincidentes dum excelente concerto no ano anterior,  que tocarão o seguinte programa :

Chopin: Nocturnes (ver vídeo anexo) e Claire de lune de Debussy ; Debussy: Nuit d’étoiles, Beau soir, Pierrot ; Fauré: Après un rêve, Clair de lune, Nocturne ; Hahn: L’heure exquise, Nocturne, Dans la nuit, l'Enamourée e La nuit ; Massenet: Nuit d’Espagne, Madrigal ; Poulenc: Le sommeil e Lune d’avril ; Saint-Saëns: Rêverie ; Lekeu: Nocturne ; Jongen: Après un rêve.
(programação completa em

 http://eborae-musica.org/index.php?option=com_content&task=view&id=616&Itemid=1)

 

 

i.   Se preferir homenagear a programação deste ano de Paulo Pinamonti no Festival Terras Sem Sombra (Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo) assistindo, nesse mesmo dia 9 de Julho, às 21h30, ao seu concerto de encerramento no adro da Igreja Matriz da Misericórdia de Beja, sugerimos que ouça o Coro Infantil do Instituto Gregoriano e a Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana sob a direcção musical de Marcello Panni e com a colaboração do tenor Carlos Guilherme interpretar a Missa brevis para coro infantil, tenor, orquestra de sopros e percussão (estreia em Portugal e Espanha) de Marcello Panni e a Symphonie funèbre et triomphale para banda de Hector Berlioz.

 

j.   O mesmo melómano, se percorrer a zona a Norte da capital, poderá encontrar no Cistermúsica (XIX Festival de Música de Alcobaça já iniciado em 3/6 - ver programação em  http://www.cistermusica.com/2011/programacao ) a 9 de Julho, às 21h30, no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça (dormitório) um espectáculo que lhe sugerimos do Ludovice Ensemble intitulado “Pour toi seule, aimable Inès”Um concerto para Inês de Castro.

 

 

O Ludovice Ensemble é um grupo especializado na interpretação de Música Antiga, criado em 2004 por Fernando Miguel Jalôto e Joana Amorim, com o objectivo de divulgar junto do público português o repertório de câmara dos séculos XVII e XVIII através de interpretações historicamente informadas, usando instrumentos antigos. Composto por  Joana Amorim  flauta traversal, flauta doce, flautim, Joan Bosch e Anton  flauta traversa, flautim, Bojan Cicic  violino, Miriam Macaia violino, Nicholas Milne  viola de gamba, Rebecca Rosen  baixo de violino e Fernando Miguel Jalôto  cravo, interpretará, com o auxílio do barítono Hugo Oliveira, obras de Pascal Collase, Marin Marais e André-Cardinal Destouches. 

 

l.   Ainda na região, deslocando-se na busca de música de valor, irá poder ouvir, dentro do Musicaldas 2011 (Festival de Música das Caldas da Rainha – programa em http://musicaldas.com/index.php?&section=musicaldas ) a actuação que lhe sugerimos do Stefano Bollani Trio, que em 2010 brilhou no concerto que lhe ouvimos na Culturgest. Composto por Stefano Bollani, ao piano,  Jesper Bodilsen, no contrabaixo  e Morten Lund, na bateria, o grupo irá divulgar o álbum de 2009 Stone in the Water,  considerado pela crítica jazzística especializada um dos mais importantes do ano pelo seu “ som … suave, delicado e fluido e a interacção criativa (excepcional) entre estes três músicos de eleição …” e cujo repertório vai desde peças originais do trio, a covers de composições de Caetano Veloso e Tom Jobim e a uma improvisação baseada na Improvisation 13 en La Mineur de Francis Poulenc. O concerto será a 20 de Julho (Quarta), às 21h30, no Grande Auditório do Centro Cultural das Caldas.

 

 

 

Na área do teatro

 

 

a.   Os espectáculos de interesse concentram-se indiscutivelmente no 28º Festival de Almada que traz alguns eventos à capital. Do elenco extenso sugerimos peças de índole diversa (ver  http://www.ctalmada.pt/festivais/2011/ ).

 

   ̶  No Palco Grande do Teatro Municipal de Almada (TMA), às 22h de 4 de Julho (Segunda), representa-se a Fabula Buffa a partir de Dario Fo, interpretada por Ciro Cesarano e Fabio Gorgolini com a colaboração artística de Carlo Boso, um reconhecido especialista da Commedia dell’Arte.

 

   ̶  Na Sala Principal do Teatro, às 21h de 5 de Julho (Terça),  Bernard Sobel (um dos mais destacados encenadores franceses e criador do Teatro de Gennevilliers) encena Santa Joana dos Matadouros de Bertolt Brecht interpretada por  alunos finalistas da Escola Superior de Teatro e Cinema e alunos recém-formados da ACT – Escola de Actores.

 

  ̶ No Palco Grande do TMA, às 22h15 de 6 de Julho (Quarta), o Teatro Nacional Radu Stanca de Sibiu (Roménia) apresenta o espectáculo de teatro/dança Moi, Rodin , um monólogo de  Patrick Roegiers coreografado por Marc Bogaerts e interpretado pela bailarina Esther Cloet e pelo actor Constantin Chiriac. Texto sobre o amor e o poder, sobre a criação e a destruição, que coloca em cena, e em confronto, a escultora Camille Claudel (1864-1943) e o seu mestre e paixão, o escultor Auguste Rodin (1840-1917).

 

  ̶ No Teatro Nacional D.Maria II, às 21h30 de 7 e 8 de Julho, representa-se Olho-te nos Olhos, Contexto de Ofuscação Social!  pela Volksbühne (Alemanha), um texto de René Pollesch, que é também o encenador, interpretado por Fabian Hinrichs, criado em 2010 como comédia turbulenta crítica da crise financeira recente.

 

             

                        Moi, Rodin             Olho-te nos Olhos,Contexto de Ofuscação Social!

 

 

 

No campo do cinema

 

 

  Face à relativa pobreza das estreias recentes, ao cinéfilo interessado oferecem-se duas posssibilidades que lhe sugerimos :

 

   Ou é um interessado na evolução da cinematografia francesa que, apesar da preponderância cada vez maior das estações de televisão na produção de filmes com a resultante de muitas obras formatadas e sem surpresas, continua a ser das mais variadas da Europa e aí tem na Cinemateca Portuguesa um Ciclo “França, Anos 2000” de 6 a 26 de Julho.

   Divide-se em três segmentos: “Revelações dos Anos 2000”, com nomes que se afirmaram e consagraram nos últimos dez anos (vide Abdel Kechiche com La Faute à Voltaire e Bruno Dumont com Flandres) ; “Novos Nomes”, alguns dos quais primeiras obras, de realizadores que surgiram neste período (como Julie Bertuccelli com Depuis qu’Otar est Parti, Ramer Ameur-Zaimeche com Bled Number One, Magali Richard Serrano com Dans les Cordes, Mia Hansen-Love com Tout est Pardonné, Karim Dridi com Khamsa, Claire Simon com Ça Brûle, Serge Bozon com La France e Philippe Ramos com Capitaine Achab ; e “Continuações”, com obras de envergadura de cineastas activos e reconhecidos há muitos anos como Alain Cavalier, Benoît Jacquot ou Jacques Doillon.

 

Como exemplo, o filme-anúncio de La Faute à Voltaire, o único já exibido na Cinemateca
 

 

   Ou embarcar numa viagem ao Norte para assistir ao Curtas, o 19º Festival Internacional de Cinema de Vila do Conde a decorrer de 9 a 17 de Julho. A oferta é extensa (ver em http://www.curtas.pt ), inclui sessões retrospectivas de dois autores

indispensáveis da história da contaminação entre imagem e música  (o tema deste Festival) Bruce Conner e Jem Cohen e alguns filmes-concerto ilustrativos (The Legendary Tigerman e Rita Redshoes musicam Estrada de Palha de Rodrigo Areias, há dois concertos baseados em filmes de Pierre Clémenti, um dos Gala Drop, outro de Arto Lindsay, e por fim os Beatbombers musicam filmes científicos de Jean Painlevé e Percy Smith). Além do núcleo exibicional constituído por 34 curtas-metragens seleccionadas de entre mais de 2.000 filmes enviados, há ainda uma retrospectiva integral da obra do cineasta político romeno Corneliu Porumboiu e outra do actor/realizador de cinema experimental Pierre Clémenti.

 

 

 

No sector das artes plásticas

 

 

   Aqui sugerimos , de entre alguma oferta de valor diverso, uma exposição prestes a encerrar e outra recentemente inaugurada.

 

   De Luis Campos (artista mas também médico no HSFX) vai fechar portas a 17 de Julho, na  Sala Cinzeiro 8 do Museu da Electricidade, a exposição Vestígios - Memórias da antiga carpintaria da Central Tejo (comissariada por João Pinharanda), um conjunto vasto de fotografias  (complementado por dois filmes que acentuam a dimensão terminal do espaço e dos seus actores) em que o seu autor foi convidado pela Fundação EDP a registar a memória da carpintaria que agora será demolida para dar lugar a um centro cultural.

   "Naquele lugar falavam homens, cheirava a óleo e a sabão, rangiam materiais, cheirava a ferro batido, a suor, cheirava a madeira cortada, chiavam e batiam máquinas e martelos, zuniam correntes de ar, as serras magoavam os operários, batia a chuva nas vidraças voltadas a norte. Agora há um manto de pó sobre tudo isso e um manto de silêncio sobre as fotografias que registaram a queda lenta desse pó – imagens que servem para nos recordar a inevitabilidade da morte" - é como descrevem visitantes favoravelmente impressionados com esta mostra.

 

                          

 

   A Fundação Carmona e Costa apresenta (até 30 de Outubro), no seu espaço de arte contemporânea, uma exposição antológica de desenho de Pedro Cabrita Reis intitulada The whispering paper e alguns textos a propósito, para a qual foram seleccionados  390 desenhos do seu arquivo pessoal os quais, na sua maioria, nunca foram apresentados anteriormente, correspondendo a cerca de 4 décadas da sua obra. Diz o catálogo : Recusando uma metodologia cronológica, porque nem o trabalho, nem a vida, são uma única linha, o Artista propõe-nos esta exposição como um “cabinet d’amateur”, onde poderemos experimentar múltiplos confrontos entre desenhos de natureza formal e conceptual extremamente diversificada, que materializam um percurso complexo e desafiante nesta trajectória desde a actualidade até ao seu período de juventude”. 

  

 

 

 

 

 

Caros leitores, estas são, por ora, as sugestões possíveis. Oportunamente darei sequência a estas notas ainda durante o período estival.  Até lá !

publicado por ruideoliveira às 10:01
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Domingo, 26 de Junho de 2011

Agenda cultural de 27 de Junho a 3 de Julho 2011 por Rui Oliveira

  

 

 

 

    Segunda   27 de Junho   -  Começamos por chamar a atenção para o fim próximo (nesta Terça 28!) do espectáculo da Companhia Teatral do Chiado, em exibição há 15 anos com mais de 217.000 espectadores, As Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos (The Complete Works of William Shakespeare -Abridged) de Jess Borgeson, Adam Long e Daniel Singer no Teatro-Estúdio Mário Viegas, às 21h. Comédia/farsa hilariante que revisita as trinta e sete obras do grande dramaturgo inglês, é interpretada por André Nunes, Duarte Grilo e Fábio Sousa e dirigida e encenada por Juvenal Garcês. Merece uma última visita ! 

 

 

   Na Sala Principal do Teatro Maria Matos, às 22h, Nancy Elizabeth e James Blackshaw actuarão a solo e em duo, ambos herdeiros da folk, embora Nancy procure a emotividade nas canções (vide último álbum Wrought Iron, 2009) enquanto James tende actualmente para uma estética minimalista (All is Falling, 2010).  

 

 

   Termina no fim do mês a que foi designada “maior exposição fotográfica do Mundo (2ª edição)” que utiliza espaços emblemáticos da cidade de Lisboa como galerias de apresentação de mostras individuais e colectivas. Das cerca de vinte existentes, permitimo-nos aconselhar a visita a três. Tragédias de Amor do fotógrafo João Carlos (Prémio Hasselbad 2009) no Castelo de S. Jorge exibe fotografias de grande formato integradas na paisagem do Castelo.

 Subir ao Povo de Eduardo Gageiro (World Press Photo 1974) no terraço do Panteão Nacional retrata vários aspectos da sociedade portuguesa entre os anos 50 e 70. Lugares Comuns, Olhares Diferentes de J. Miguel Cabrita Matias na Estação do Rossio leva-nos, através da objectiva do fotógrafo, numa viagem pela Lisboa actual.

 

 

 

   Na galeria Arte da Terra, Rua Augusto Rosa, nº 40 (junto à Sé de Lisboa)

 está aberta até 30/6 a exposição António – Santo d’Arte, agrupando peças originais de uma centena de artistas e de vários museus nacionais dedicadas ao Santo popular da cidade.

 

   Continua até 1 de Julho o programa em que o Centro Nacional de Cultura se associou ao projecto norte-americano Disquiet para promover o encontro de 50 jovens escritores e 10 escritores consagrados norte-americanos com personalidades da cultura lusófona  partindo “ do princípio que a imersão numa cultura estrangeira, num ambiente diferente do habitual, e a consequente quebra de rotinas, tendem a estimular a criatividade…”. Neste quadro (cujo pormenor pode ser consultado em http://www.cnc.pt/Anexos/Disquiet_programa2011.pdf) haverá inúmeros eventos de entrada livre, como conferências e sessões de filmes (estas na Cinemateca).

   Hoje, às 14h30, Miguel Tamen falará no Centro Nacional de Cultura sobre “Portuguese Literature : Five Caveats”. (entrada livre)

 

   Na galeria ZDB, às 22h, tocam os norte-americanos Secret Chiefs 3 , uma banda de rock progressivo /alternativo que mistura tudo na sua música (desde rock mais pesado, música para filmes até sonoridades do médio oriente) de composição variável, mas onde preponderam tanto o seu fundador, o multi-instrumentista e compositor Trey Spruance, como o seu actual mentor, o baixista Trevor Dunn.   

 

 

   Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 19h, por iniciativa da Embaixada da Croácia em Lisboa, há um Recital de Piano. (entrada livre)

 

   No Palácio Nacional de Queluz (dentro do Festival Sintra 2011), às 21h30, Leslie Howard, pianista australiano, interpretará neste recital intitulado Liszt em Casa e na Ópera as seguintes obras : Weihnachtsbaum (Árvore de Natal), S.186 ; Peça de Fantasia sobre Temas da ópera "Rienzi" de R. Wagner, S.439 ; "Aida", dança sacra e dueto final: Transcrição para piano S.436 ; Les adieux: "Rêverie" sobre um motivo da ópera "Romeu e Julieta" de Charles Gounod, S.409 ; Fantasia sobre Temas das óperas "Le nozze di Figaro" e "Don Giovanni" de Mozart, S.697.

 

 

 registo s/imagem de Leslie Howard tocando Weinachtsbaum, S.186 de Liszt

 

 

 

     Terça   28 de Junho   -     No Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Gulbenkian, às 22h, exibem-se no quadro da Cinemateca Próximo Futuro os filmes seguintes :

   Afrique Animée, sob a direcção de Moumoni Jupiter Sodré (Mali), 2010. Trata-se de cinco filmes de animação – “L’Éléphant et le papillon”, “Les Trois poulets”, “Le Chevalier fou”,” Luka et la grenouill”e ”Le Baobab mystérieux” – realizados por estudantes de Cinema da Escola de Cinema de Animação do Burkina Faso.

 

   Ti-Tiimou, de Michel K. Zongo (Burkina Faso), 2009. Documentário sobre a delapidação dos recursos naturais na África Ocidental. Prémio Melhor Documentário na 26.ª edição do Media Forum de Ouagadougou, Burkina Faso, 2010.

   Un Transport en commun, de Dyanna Gaye (França/Senegal), 2009. Durante uma viagem de Dakar para Saint-Louis, os passageiros de um bush taxi cantam canções que, de algum modo, relatam as suas vidas. As canções são todas escritas pela realizadora Dyana Gaye e interpretadas pela Surnatural Orchestra (uma grande banda com 19 músicos) e pelo Ensemble Les Cordes.    

 

   No Teatro Nacional D.Maria II, às 19h, haverá leitura pública/representação pelos Artistas Unidos de Da República e das Gentes de Manuel Gusmão e Jorge da Silva Melo, uma peça em duas partes: o que foi a República, implantada em 1910? O que deixou por fazer?  Que esperanças andaram pelas ruas? Que desesperanças? O que foi feito à sua sombra? Como cresceram dentro dela nuvens negras?... E agora?  Encomendada pelo Teatro Nacional D. Maria II a Manuel Gusmão e a Jorge Silva Melo (que dirige a leitura), tem a participação de Graça Lobo e outros actores desde Andreia Bento e Natália Luiza a Pedro Mendes e Tiago Matias.

 

   Na FNAC Vasco da Gama, às 22h, os The Kaviar (constituídos por Humberto Felício, nas vozes e guitarras, Afonso Alberty, no baixo, Hélder Martins, na bateria, Mossy, nas teclas e Miguel Damas, na guitarra) apresentam ao vivo o seu primeiro álbum Beluga, editado em 2009.

 

   Na Universidade de Verão do CNC com o projecto Disquiets pode ouvir-se José Eduardo Agualusa  às 10h00, no Jardim de Inverno do Teatro São Luiz, sobre “The Portuguese Language in the World” (A Língua Portuguesa no Mundo) ,  Nuno Júdice às 14h30, no auditório do CETAPS/UNL e ainda António Lobo Antunes às 18h30, na FLAD. (entrada livre)

 

 

 

 

   Quarta   29 de Junho   -   No Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Gulbenkian, às 22h, exibem-se no quadro da Cinemateca Próximo Futuro os filmes Border Farm, de Thenjiwe Niki Nkosi (África do Sul / EUA), 2010 –  um “docudrama” sobre um grupo de emigrantes ilegais do Zimbabwe que atravessam o rio Limpopo para procurar trabalho nas quintas do Norte da África do Sul –  e  Al’lèèssi… une actrice africaine de Rahmatou Keïta (Niger), 2004.                          

 

   No Palácio Nacional de Queluz (dentro do Festival Sintra 2011), às 21h30, num concerto intitulado Liszt, Deus e Mefistófeles o pianista australiano Leslie Howard apresenta-se acompanhado pelo Coro Gulbenkian dirigido pelo maestro Fernando Eldoro, num programa composto pelas obras: Fantasia e Fuga sobre o Tema B-A-C-H, S.529ii ; Dois Episódios do "Fausto" de Lenau, S.513a & 514 ; Mefisto-Valsa n.º 2, S.515 ; Sonata para Piano em Si menor, S.178 ; "Via Crucis", para coro misto e piano, S.53. 

 

registo de Leslie Howard tocando a Mefisto-Valsa nº2, S.515 de Liszt

 

   Na Cinemateca Nacional (sala Dr.Félix Ribeiro), às 19h, associado à Universidade de Verão do CNC com o projecto Disquiets, é projectado o filme The Lovebirds de Bruno de Almeida, com Michael Imperioli, John Ventimiglia, Ana Padrão, Joaquim de Almeida e Drena De Niro (Portugal/ Estados Unidos, 2008). A terceira longa-metragem de ficção de Bruno de Almeida passa-se em Lisboa, onde foi filmado, no decorrer de uma noite que segue seis histórias simultâneas, todas elas de amor e sobrevivência. As personagens principais são um americano que está de passagem, uma rapariga de Alfama, dois malandros dedicados a pequenos roubos, um realizador de cinema (Fernando Lopes) empenhado num filme sobre boxe, um arqueólogo estrangeiro obcecado nas escavações em que está metido, um taxista emigrante e um piloto de aviões.    

 

 

   Estreou recentemente o último filme de Jerry Skolimowski  Essential Killing/Matar para Viver (2010), produção que foge ao action movie pós-11 de Setembro derivando para o mundo da fábula, selvagem e lírica, “um conto de inverno rigoroso, cruel (mas também doce) sobre a sobrevivência, a sua natureza de coisa em fuga”. A ver.

   

   A pretexto dessa estreia organizam-se no Espaço Nimas  Cinco Noites com Jerry Skolimowski a partir do Sábado 25/6, exibindo-se hoje às 18h30 o filme inédito em Portugal Hands Up ! (Rece do góry em polaco, 1967/1981 em nova edição), maldito pela perseguição que lhe valeu das autoridades polacas mas que o realizador considera “o seu melhor filme”.

   À noite, às 21h, exibe-se Barrier (1966). Na Segunda 27/6 projectara-se às 21h Identification Mark : None (1964) e na Terça 28/6 às 21h Walkover (1965). O ciclo iniciou-se a 25 e 26/6, às 21h, com o premiado Quatro Noites com Anna (2008), feito após uma pausa de 17 anos.

 

   No Teatro Tivoli, às 21h30, estreia a peça  A Loja dos Suicídios  de Jean Teulé, encenada por José Lobato, uma comédia negra futurista com uma ambiência digna de um filme de Tim Burton e que evoca o grande adversário da família Tuvache e do seu sinistro empreendimento : a alegria de viver.

 

   No Ondajazz, às 22h30, há um duplo concerto comemorativo do final de curso dos primeiros licenciados em Jazz pela Escola Superior de Música de Lisboa, actuando primeiro o Quinteto de Jazz da ESML (Diogo Duque trompete , João Capinha saxofone, Iúri Gaspar piano, António Quintino baixo e Miguel Moreira bateria) e depois a Orquestra de Jazz da ESML, dirigida pelo professor Lars Arens, com a vozes de Mariana Norton e Inês Sousa, tocando a música moderna para big band dos arranjadores/compositores Florian Ross, Jürgen Friedrich, David Groittschreiber, Frank Reinshagen, Peter Herbolzheimer, Lars Arens.

 

   Na Universidade de Verão do CNC com o projecto Disquiets pode ouvir-se Patrícia Portela (dia 29 às 14h30 no Teatro São Luiz) sobre “Live Poets Society – Literature as a Performing Act and the Literature of my Fellow Contemporary Writers” (O clube dos poetas vivos, Escrever enquanto acto performativo E a literatura dos meus contemporâneos).

 

   Regressa o cinema ao ar livre ao Parque das Conchas, às 21h45, com a projecção de José e Pilar de Miguel Gonçalves Mendes.

 

   No Centro Cultural Olga Cadaval em Sintra (às 22h no auditório Jorge Sampaio),  encerra a temporada musical com o espectáculo ADUF, concebido tendo como mote um instrumento de percussão de origem árabe – o adufe – com uma longa tradição na música popular portuguesa, em particular nos cantos femininos da Beira Baixa, que sofre neste projecto uma metamorfose nas medidas e no som sendo rebaptizado de adufão (ou trovão). A percussão, composição e arranjos são de José Salgueiro, com voz de Maria Berasarte e participação de outros instrumentistas.  

 

 

   No Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Gulbenkian, o Programa de visitas e palestras C² de parceria com o Instituto Gulbenkian de Ciência estimula a troca de perspectivas e leituras entre cientistas e artistas, cruzando a Arte e a Ciência de forma informal e abrangente. A visita de hoje, às 17h, à exposição Linha de Montagem de Miguel Palma é orientada por Nuno Moreno, engenheiro físico, doutorado em Biologia de Plantas.

   Lembramos aqui, como alerta, que o encerramento desta exposição  é já neste Domingo 3/7 e que, tendo-a visitado demoradamente, consideramos imperdível percorrer esta mostra antológica da obra de Miguel Palma, mestre na criação de esculturas e objectos que se situam num território entre o mecânico e o artístico, entre o mundo da engenharia e da arquitectura e o mundo da arte, e entre o natural e o artificial.    

No exterior do CAM, no jardim, mostra-se um aquário

 na superfície do lago com um peixe encarnado, reforçando assim a união entre o artificial e o natural. A relação entre tecnologia e seres vivos está igualmente presente noutras obras, nomeadamente, em Osmosis, composta por três aquários ligados entre si: um aquário com água doce, outro com água salgada, e ambos com um peixe; o terceiro aquário faz a filtragem da água entre eles, através de um sistema de osmose.

   

 

 

 

   Quinta  30 de Junho   -  Começa o Festival ao Largo (de São Carlos), “uma festa de música sinfónica, coral e dança … (que) tem como missão a democratização do acesso à cultura erudita … e a promoção de Lisboa como destino cultural, através da apresentação ao ar livre de uma programação artística de excelência…”. Assim, às 22h, no largo frente ao Teatro Nacional de São Carlos, com entrada livre, o espectáculo 1001 Noites  trará a Orquestra Gulbenkian que, sob a direcção do maestro Martin André, acompanhará  a soprano Susana Gaspar  num programa composto por excertos de obras de Verdi, Bizet, Dvorák, Mozart e Rimski-Korsakov.

                                          

 

   No Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Gulbenkian, às 22h, exibe-se no quadro da Cinemateca Próximo Futuro o filme  El Ascensor, de Tomás Bascopé, produzido por Jorge Sierra (Bolívia), 2009, com Pablo Fernández, Jorge Arturo Lora e Alejandro Molina .
Na véspera de Carnaval, à saída de um supermercado, um jovem empresário é raptado por dois assaltantes e conduzido ao prédio onde fica a sua empresa, para que aí possam assaltar o seu cofre. Ao subirem de elevador, este bloqueia. Não há ninguém que os possa socorrer porque todos os funcionários já abandonaram o edifício. Os assaltantes e a vítima vão ficar presos no elevador durante os três dias que dura o Carnaval, tentando aprender a viver juntos numa situação ora explosiva, ora dramática.

    

 

   O Concerto de encerramento das Festas de Lisboa’11 terá lugar na Alameda D. Afonso Henriques, às 22h, com uma celebração do Fado pelas vozes de Carlos do Carmo, Cristina Branco e Camané, acompanhados de Bernardo Couto e José Manuel Neto guitarra portuguesa e Carlos Manuel Proença viola. Associam-se-lhe os acordes da Orquestra Metropolitana de Lisboa (direcção musical Cesário Costa) com Fernando Araújo baixo, Bernardo Moreira e Paulo Paz contrabaixo que tocarão arranjos de Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Vasco Pearce de Azevedo e Pedro Moreira .     

   

 

   No Palácio Nacional de Sintra (Palácio da Vila), dentro do Festival Sintra 2011, às 21h30, o Quarteto Erlenbusch , fundado pelo violinista parisiense Michael Barenboim e integrado pela violinista alemã Petra Schwieger, a violetista suíça Madeleine Carruzzo e o violoncelista norte-americano de origem coreana, Tim Park, e sediado em Berlim, apresenta um programa composto pelas obras de : Anton Webern - Seis Bagatelas, para quarteto de cordas ; Johannes Brahms - Quarteto para Cordas n.º 2 em Lá menor, op. 51 n.º 2 ; Gustav Mahler - Quarteto com Piano ; Antonín Dvorák - Quinteto com Piano em Lá Maior, op. 81.     

 

Para conhecer o violino de Michael Barenboim, embora na formação mais alargada de octeto 

 

   Estreia no Teatro Aberto, às 21h30, na Sala Azul,  Purga  de Sofi Oksanen, a primeira (e até agora única) peça da dramaturga finlandesa, com encenação e realização video de João Lourenço.  A peça marca o regresso ao palco da actriz Irene Cruz, num dos papéis «mais desafiantes e estimulantes da sua carreira», segundo a organização. Intervêm ainda  Alberto Quaresma, Ana Guiomar, Carlos Malvarez, Hugo Bettencourt, Patrícia André e Rui Neto.

 

   No Ondajazz, às 22h30, actua o Márcia Lisboa Trio (Marcia Lisboa voz, Marcelo Pfeil  guitarra, Fernando Pereira  bateria e Edson Sousa  contrabaixo) que aqui começa a sua digressão europeia com composições de novos compositores e também de consagrados como Tom Jobim, Vinicius, Baden, Chico Buarque, Noel Rosa e outros.     

 

 

   Na Cafeteria Quadrante do CCB, às 22h, Jazz às 5ªs traz o grupo de Hugo Carvalhais (contrabaixo) com Gabriel Pinto (piano) e Mário Costa (bateria) para abordar temas do seu último álbum de sucesso Nebulosa.

 

 

   Na Universidade de Verão do CNC com o projecto Disquiets a sessão no Centro Nacional de Cultura, às 15h, é à volta de “The Creation of Characters and Confrontation with the existing World” de Possidónio Cachapa.

 

   Na FNAC Vasco da Gama, às 22h, os Diamond Gloss (novo projecto de Gonçalo Pereira) apresenta o seu CD Bears, “que percorre os trilhos do pós-rock, pontuado por elementos electrónicos”.

 

 

 

   Sexta   1 de Julho   -  No Teatro Municipal São Luiz, às 21h, Pedro Burmester e José Augusto Pereira de Sousa dão um Recital de piano e violoncelo, onde o consagrado pianista  acompanhado pelo violoncelista  partilham com o público a sua paixão pelos mestres do romantismo alemão num programa com obras para piano, piano a quatro mãos e piano e violoncelo de Schubert, Schumann, Brahms e Bach.

   

Giga de Bach no menos conhecido violoncelo de J.A.Pereira de Sousa

embora sem o piano de Pedro Burmester

 

   Na Sala Polivalente do Centro de Arte Moderna (CAM) da F.C.Gulbenkian, às 19h, representam-se duas peças de Guillermo Calderón (Chile) Discurso + Villa, onde o autor é também director e encenador.

   Ambas as peças decorrem na Villa Grimaldi, conhecida na Ditadura por Londres 38, uma casa que  está tenebrosamente associada ao regime de Pinochet.

   A primeira peça apresentada – Discurso – é uma  ficção da despedida da Presidente Michelle Bachelet quando deixou o Palácio presidencial “… um manifesto do exercício do poder do ponto de vista de alguém que se assume como mulher, pediatra, optimista e socialista”.

A segunda parte, que  decorre na mesma sala e com as mesmas actrizes, tem um tema aparentemente simples: que fazer àquela casa que tem esse passado tão histórico e é uma memória a preservar da luta clandestina e da tortura? Calderón constrói uma das mais fortes, profundas dramaturgias sobre a criação humana das artes, a validade da arte contemporânea, o debate democrático, os conflitos ideológicos, o papel da museografia. Repete a 2 e 3/6.

                                             

 

   No Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Gulbenkian, às 22h, exibe-se no quadro da Cinemateca Próximo Futuro o filme  Africa United, de Debs Gardner-Paterson (Reino Unido/Ruanda/África do Sul), 2010. A história de três miúdos que viajam 5 mil quilómetros para assistir ao Campeonato do Mundo de Futebol na África do Sul. À medida que vão andando, constituem uma tribo – um grupo de indigentes – de personalidade brilhante e destruidora, que os ajuda a negociar um caminho através de uma série de situações gloriosas, perigosas, hilariantes e até mesmo bizarras.    

                                             

 

   No Anfiteatro do Laboratorio Chimico do edifício dos Museus da Politécnica, às 18h, há um concerto de obras de Borodin, Glinka, Rimsky-Korsakov, Balakirev e Brahms, interpretadas por Maria Gortsevskaya mezzo-soprano, Natalia Tchitch viola e Rosa Maria Barrantes piano. Arranca assim a iniciativa “Notas Químicas – Borodin: Compositor e Químico” incluída nas comemorações do Centenário da Universidade de Lisboa, dos 100 anos da FCUL e do Ano Internacional da Química.

 

   Na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II, às 21h30, o encenador e pedagogo João Mota dirige o exercício de fim de curso de finalistas da licenciatura em Teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema  Kids, do autor francês Fabrice Melquiot , a partir de um texto de dramaturgia europeia contemporânea (2002) nunca estreado em Portugal. Repete a 2 e 3/7.    

 

   No Palácio Nacional de Sintra (Palácio da Vila), dentro do Festival Sintra 2011, às 21h30, Ana Maria Pinto (soprano) e Nuno Vieira de Almeida (pianista) apresentam um recital cujo programa é composto por obras de José Vianna da Motta e Franz Liszt.

 

   No Ondajazz, às 22h30, actua os Soul Gospel Project,  um grupo de 12 a 15 vozes, com acompanhamento ao piano, de repertório variado. Vestidos a rigor com suas togas, constroem um espectáculo multi-étnico, uma viagem por diversos estilos musicais.

 

   O Jazz na Praça 2011, às 19h na Praça Paiva Couceiro, o concerto é Time Remembered pelo João Lencastre’s Group. Acompanhado por João Moreira (trompete), Óscar Graça (piano) e Nelson Cascais (contrabaixo), o reputado baterista e compositor dará a ouvir temas dos grandes mestres da história do jazz que têm sido a grande inspiração para Lencastre, Miles Davis, Keith Jarrett, Ornette Coleman, Thelonious Monk, Tony Williams, Bill Evans, entre outros.

 

   O OutJazz na Praça das Flores é às 18h protagonizado pelo Dj Vermelho. (acesso livre)

 

   Começa às 21h30, no Cinema São Jorge (e prolonga-se até Domingo 3/7) The Famous Humour Fest - Festival de Humor de Lisboa que reunirá os melhores humoristas nacionais e ainda um nome internacional, Men in Coats, um fenómeno do humor físico com mais de 2 milhões de visualizações no You Tube. Terão lugar (sempre abertas ao público) várias conferências, um ciclo de cinema humorístico e workshops sobre várias ferramentas do humor como a voz, a expressão física ou a escrita criativa. O filme a abrir, às 22h, será Submarine (2010) de Richard Ayoade, uma comédia sobre o jóvem de 15 anos Oliver Tate cujos dois objectivos são perder a virgindade antes do próximo aniversário e apagar a chama que ressurgira entre a sua mãe e um antigo amante.

 

 

   Na Universidade de Verão do CNC com o projecto Disquiets a sessão de leitura no Centro Nacional de Cultura, às 14h30, é com José Luís Peixoto e a poetisa Kim Addonizio.

 

   Começa hoje mais um festival de verão, mescla duma oferta diversificada para (quase) todo o tipo de público, que aqui noticiamos como evento : o Festival Delta Tejo 2011 realizado no Alto da Ajuda, em Monsanto. Os artistas e bandas deste dia são, desde as 18h, Sean Paul, Yuri da Cunha, GNR(30 anos)+ Orquestra Sinfónica GNR(100 anos), Nouvelle Vague (no Palco Delta), Amor Electro, Zeca Sempre, Paulo Praça, Maya Cool (no Palco Jogos Santa Casa) e Pete Tha Zouk com Pedro Cazanova (Beck’Stage). Ver detalhe da programação em http://www.deltatejo.com/# .  

          

 

 

 

   Sábado   2 de Julho   -  No Festival ao Largo, a Orquestra Gulbenkian  sob a direcção de Pedro Neves apresentará  Polichinelo e O Amor Feiticeiro, um programa composto por obras de Stravinski e Falla, com a participação dos cantores  Patrycja Gabrel  soprano, Joana Nascimento  contralto, Mário João Alves  tenor e João Fernandes  baixo.(no largo frente ao Teatro de São Carlos, às 22h, com entrada livre)

 

   No Anfiteatro do Laboratorio Chimico do edifício dos Museus da Politécnica, às 18h, há um concerto de obras de Borodin, Beethoven, Liszt e Mussorgsky interpretadas pelo pianista Filipe Pinto-Ribeiro.

 

   No Teatro Municipal São Luiz, às 21h, João Paulo Esteves da Silva, um dos mais versáteis pianistas portugueses, dá um concerto “onde o improviso imperará…tocando com igual mestria o jazz, a música popular portuguesa, a música erudita ou o fado”.

  

 

   Encerra hoje na galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea (rua Joly Braga Santos) a exposição Cristal de Luís Nobre. Numa apreciação crítica favorável lê-se que “… através dum desenho seguro e de uma capacidade de reconfigurar o imaginário colectivo (da fábula à arquitectura), acaba por criar uma arte que mina deliberadamente a estabilidade dos princípios decorativos.Isto acontece porque, mais do que criar oblectos e imagens, Nobre exibe processos mentais nos quais a superfície das coisas e a ua estrutura são uma e a mesma coisa. E, aí, o cristal, o foco de brilho superficial ganha um sentido irónico adicional…”. 

          

 

   No Centro Cultural Olga Cadaval em Sintra, às 21h30, dentro do Festival Sintra 2011, a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) sob a direcção da maestrina Julia Jones acompanha a pianista arménia Lilian Akopova (vencedora do 1º Prémio Vianna da Motta 2010), num programa composto pelas obras de : Gustav Mahler - Sinfonia n.º 1 em Ré Maior, "Titã" ; Franz Liszt - Totentanz (Dança dos Mortos): Paráfrase sobre o "Dies Irae", S. 126.

 

   No MusicBox, às 0h, o colectivo de performers Cheryl apresenta, de regresso ao Velho Continente, The Dance Party that will ruin your Life, um produto multiconcentrado de criatividade, abertura e impetuosidade  que mereceu títulos de referência como o The New York Times.

 

   Na Biblioteca-Museu República e Resistência (à Cidade Universitária), às 18h, é apresentado o livro LISBOA INSURGENTE Uma viagem pela História e pela Alma de Diogo da Costa Ferreira pelo Dr. José Hipólito.

 

   Neste dia do Festival Delta Tejo 2011 no Alto da Ajuda (Monsanto) actuam Nelly Furtado,  Áurea,  Clã,  Asa  (no Palco Delta), Lúcia Moniz,  Rodrigo Maranhão,  Orquestra Contemporânea de Olinda (no Palco Jogos Santa Casa) e Isilda Sanches  (no Espaço Beck’Stage).

 

       

 

 

 

   Domingo   3 de Julho   -  Na Quinta da Regaleira, às 17h, dentro do Festival Sintra 2011, o agrupamento alemão Trio Bamberg (formado por Jevgeni Schuk violino, Alexander Hulshoff violoncelo e Robert Benz piano),  apresenta um programa composto pelas obras de : Franz Liszt / Camille Saint-Saëns – “Orfeu", poema sinfónico, S.98 : Transcrição para violino, violoncelo e piano ; Camille Saint-Saëns - "Trio n.º 1 em Fá Maior, para violino, violoncelo e piano, op. 18" ;
Franz Schubert - "Trio n.º 2, para violino, violoncelo e piano, em Mi bemol Maior, op. 100, D. 929".

 

   No Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Gulbenkian, no quadro do programa Próximo Futuro, há às 19h um concerto dos Shangaan Electro à volta do seu último disco New Wave Dance Music from South Africa (Honest Jon's) compilando alguns dos maiores êxitos shangaan. O shangaan provém da cidade de Malamulele, na província de Limpopo (região mais setentrional da África do Sul, na fronteira com o Botswana, o Zimbabwe e Moçambique) e caracteriza-se pela velocidade dos beats, conduzindo a uma dança que tem tanto de eléctrica como de divertida.

 

 

   No último dia do Festival Delta Tejo 2011 no Alto da Ajuda (Monsanto) intervêm Djavan, Parangolé,  Maria Gadú,  Expensive Soul (no Palco Delta), Matias Damásio,  Ferro Gaita, Vigem Suta c/Manuela Azevedo (no  Palco Jogos Santa Casa) e Puto Português (no  Espaço  Beck’Stage).  

            

 

   O OutJazz ao Domingo em Julho é no Jardim do Campo Grande, às 17h, com os Silk , grupo formado por Jonas Correia, José Gonçalves, Olivier Boelen e Ricardo Conceição. Para este concerto convidaram Ana Vieira para interpretar algumas das canções, assim como Isabel Rato (piano) e Alexandre Jacinto (didgeridoo), além do Dj Rui Pregal da Cunha. (acesso livre)

 

 

 

 

Caros leitores, como anunciara, suspendo aqui a antevisão semanal do que se espera seja interessante e atraente no panorama cultural da cidade de Lisboa e arredores próximos. Motivos : a pausa natural das temporadas organizadas, a dispersão de alguns (poucos) acontecimentos relevantes para junto das áreas de veraneio … e também alguma necessidade duma pausa compensadora (como se diz em ergonomia) deste vosso escriba. Mas ainda darei, no início de Julho, algumas “dicas” pessoais sobre espectáculos que se preparam. Até lá !

publicado por ruideoliveira às 10:01
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Domingo, 19 de Junho de 2011

Agenda cultural de 20 a 26 de Junho de 2011 por Rui Oliveira

  

 

 

   Segunda  20 de Junho  - Nesta semana a Cinemateca Nacional (em colaboração com a República da Coreia) apresenta o ciclo Hong Sang-Soo e o Cinema Contemporâneo da República da Coreia, começando pela exibição (inédita) do seu filme mais recente Ha Ha Ha (2010), vencedor do prémio Un Certain Regard 2010 em Cannes. Para o realizador : “… um filme é bom se convoca novas sensações e se modifica a minha maneira de pensar. É por isso que a forma é tão importante. Partilhamos todos os mesmos materiais, mas a forma que usamos conduz a sensações diferentes ou a novos questionamentos, a novos desejos.” Interpretado por Kim Sang-kyung, Kim Kang-woo, Moon So-ri e Kim Gyu-ri, em Ha Ha Ha Hong Sang-soo convoca personagens que lhe são muito próximas – um realizador e um crítico de cinema que relatam as suas aventuras amorosas –  e prossegue as suas habituais experimentações com a narrativa, pois monta alternadamente duas histórias  que, como perceberemos, se desenrolam em simultâneo, e em espaços muito próximos.

 

 

   No Espaço Alkantara, às 19h, o belga Pieter Ampe e o português Guilherme Garrido apresentam a sua primeira colaboração no campo da dança Still Difficult Duet. Mais do que uma coreografia harmoniosa, a peça parece ser um constante exercício de equilíbrio entre dois egos e dois corpos hipercinéticos.

 

 

   Na Arte Pública com que o programa Próximo Futuro pretende marcar os espaços da Fundação Gulbenkian ressalta um trabalho de Márcio Mendanha de Queiroz, que assina como Kboco, e que o público conhece  através de um desenho que ilustrava o workshop sobre a Felicidade, numa edição anterior. As suas obras em tela e papel são explicitamente geométricas e arabescas, com uma paleta de cores entre o sertão goiano e as cores quentes que habitualmente se associam a África. Para esta edição, criou expressamente uma peça na qual, a par da sua técnica de grafite, introduz uma subtil ironia através da arquitectura.   

 

   Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 17h, por iniciativa de O som do Mundo da Fala Portuguesa, há um Recital de Canto e Piano. (entrada livre)

 

   Em seguida, na mesma Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 19h, numa iniciativa de Música no Museu, a conhecida pianista Fernanda Chaves Canaud, pela primeira vez em Portugal, apresentará o seu programa de Clássicos Brasileiros onde inclui obras de Barrozo Neto, Francisco Mignone, Claudio Santoro, Guerra-Peixe, Edino Kriger, H. Villa Lobos, Chiquinha Gonzaga, Radamés Gnattali, Carlos Cruz, Almiro Zarur, Ernesto Nazareth e da própria Fernanda Canaud. (entrada livre)

 

 

 

 

   Terça  21 de Junho  - Ainda na Arte Pública do Próximo Futuro, transitaram da edição anterior os chapéus-de-sol concebidos pela arquitecta Inês Lobo, dispersos pelo jardim, a que se  acrescentam este ano obras de quatro artistas convidados – Rachel Korman, Bárbara Assis Pacheco, Isaías Correa e Délio Jasse – a criarem desenhos específicos para estes suportes invulgares.     

 

   Dentro do Festival Silêncio 2011 – Lisboa Capital da Palavra realiza-se no Cinema São Jorge, às 19h30, a projecção do documentário Mais um dia de Noite de António José de Almeida sobre Luiz Pacheco com o testemunho do próprio e o daqueles que com ele conviveram ou ainda convivem de perto.

 

   Mais tarde, às 22h, os brasileiros Nilson Muniz e Márcio-André apresentam dois espectáculos que têm em comum o universo da palavra. Performer, actor, cantor, compositor e bailarino, Nilson Muniz apresenta a performance COISA PRAdiZER, uma colectânea de pequenos textos que exploram a multiplicidade poética através do universo imagético da palavra. Márcio-André , escritor e artista sonoro/visual, explora nas suas performances as possibilidades do texto através do processamento electrónico da fala e da projecção de palavras, extrapolando as fronteiras entre a poesia, a música experimental e a instalação.

 

   Na Sala Principal do Maria Matos TM, às 21h30, Pieter Ampe e Guilherme Garrido criam Still Standing You, dois anos após Still Difficult Duet. Com uma grande intensidade física, analisam os aspectos contraditórios da sua relação: são amigos, rivais, inimigos ou amantes? Sem qualquer tipo de pudor e com uma grande dose de ironia, exploram todas as facetas da sua relação, “com uma opulência que faz lembrar a energia inesgotável, porém volátil, de rapazes adolescentes”. 

 

   Às 21h30, no Claustro do Mosteiro dos Jerónimos, o espectáculo das Festas de Lisboa’11 Alma Latina leva-nos numa viagem pelo mundo da música lírico-popular de cariz latino, com destaque para a Canção Napolitana, os Tangos de Carlos Gardel e de Piazzolla e homenageando artistas nacionais como Tomaz Alcaide, Alexandre Rey Colaço, Amélia Muge, Tinoco ou Xutos & Pontapés. Tem como suporte o ensemble Alma Latina e conta com a participação especial da fadista Mafalda Arnauth, em dueto com Rui de Luna, e da actriz Sofia Aparício a dar voz aos poetas portugueses.

 

   Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 18h, por iniciativa de O som do Mundo da Fala Portuguesa, há um Recital de Canto e Piano. (entrada livre)

 

 

 

   Quarta  22 de Junho  -  Na Sala Polivalente do Centro de Arte Moderna

 (CAM) da F.C.Gulbenkian, às 21h30, ocorre O Corpo é o Mídia da Dança + Outras Partes, um espectáculo de dança do Grupo Lakka incluído no programa Próximo Futuro.  Esclarece o programa :Vanilton Lakka, coreógrafo e intérprete brasileiro,…  traz os contextos sociais e tecnológicos presentes nas cidades do princípio deste século para o universo da sua dança, que, subtil, … física e plástica, é original na forma como se estende a outros suportes, nomeadamente aos novos media, sem que com isso “arrefeça” o espectáculo ou as coreografias percam dinâmicas humanas.”  Repete na Quinta 23/6 às 19h.

  

 

   Na Sala de Ensaio do CCB, estreia às 21h a peça Sangue jovem de Peter Asmussen, encenada por Beatriz Batarda (na foto) e com interpretação de Elisa Lisboa, Lídia Franco, Teresa Faria e Romeu Costa. Peter Asmussen “lança um olhar dissecante sobre a vida de três sexagenárias, amigas de infância, que perante a inevitabilidade do envelhecimento, da doença e da solidão, procuram uma identidade na qual se reconheçam”. Permanece até Domingo 25/6.

 

   Às 18h, no Foyer do Teatro Nacional de São Carlos, há mais um espectáculo do ciclo Estúdio de Ópera IV  “Em torno de Pauline Viardot” sob a direcção musical de João Paulo Santos (piano) e com a participação de Carmen Matos soprano, Ana Franco soprano, Leila Moreso meio-soprano, Carlos Cardoso tenor e Tiago Matos barítono, em canções diversas. (entrada livre) Nota:  Pauline Viardot-Garcia (1821-1910) foi uma célebre meio-soprano francesa (de origem espanhola), irmã da cantora Maria Malibran, mas também compositora e pedagoga.

 

   No Cinema São Jorge, às 19h30, no Festival Silêncio 2011 –

 Lisboa Capital da Palavra, realiza-se a projecção do documentário Tomai lá do O’Neill de Fernando Lopes que, nas palavras do realizador “se trata … não de uma biografia … mas,  sobretudo, das vivências criativas, sentimentais e afectivas de um poeta, um dos maiores do nosso século XX, com quem tive o privilégio de conviver”.

 

   Às 22h, na Sala 1 do Cinema São Jorge, a actuação de Linton Kwesi Johnson é um dos momentos mais aguardados do Festival Silêncio 2011. Conhecido como o pai da Dub Poetry – embora ele prefira definir-se como um poeta reggae –, distinguiu-se nos anos 80 pelos seus textos anti-Thatcher e de denúncia da violência policial. No Festival Silêncio irá fazer um Poetry Reading (uma leitura de poesia) e, em seguida, subirão ao palco um grupo de slammer's seus convidados que irão declamar poemas de intervenção. São eles Walid El Sayed, Paola d'Agostino, Afonso Mata, Raquel Lima, Bob da Rage Sense e Sir Scratch.    

 

 

   No Teatro Camões, é exibido, na preparação do Dia de Moçambique (25/6), o documentário de Margarida Cardoso KUXA KANEMA: O Nascimento do Cinema, onde se diz : «A primeira acção cultural do governo Moçambicano logo após a independência, em 1975, foi a criação do Instituto Nacional de Cinema (INC)… Kuxa Kanema quer dizer o nascimento do cinema e o seu objectivo era filmar a imagem do povo e devolvê-la ao povo. Mas hoje a República Popular de Moçambique passou a ser, simplesmente, a República de Moçambique ... É através destas imagens e das palavras das pessoas que as filmaram que seguimos o percurso de um ideal de país, que se desmorona, pouco a pouco, com o ideal de “um cinema para o povo” e com os sonhos das pessoas que um dia acreditaram que Moçambique seria um país diferente.»

   No Ondajazz, às 22h30, a cantora portuguesa Susana Travassos e o pianista brasileiro Vitor Gonçalves juntam-se para um concerto luso-brasileiro de voz e piano. No repertório, interpretam canções de grandes compositores como Dori Caymmi, Tom Jobim, Dominguinhos, Pixinguinha, Sueli Costa e fazem referência a Fernando Pessoa em dois belos poemas musicados.

 

   Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 21h, por iniciativa de Tango na Rua, haverá um concerto de Milongas no Palácio.

 

   Às 21h, o Coliseu de Lisboa vai receber a visita de uma das mais míticas bandas norte-americanas, os Cheap Trick, com quase 40 anos de carreira e 16 álbuns de originais (I Want You to Want Me, Flame, Surrender ou Dream Police), mantendo a banda de Illinois quase desde início a mesma formação : Robin Zander (vocalista e guitarra), Rick Nielsen (guitarra), Tom Petersson (baixo eléctrico) e Bun E. Carlos (bateria, percussão).

 

 

 

   Quinta  23 de Junho  -  No Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, às 19h, haverá um Concerto Workshop ENOA  (European Network of Opera Academies)  com a colaboração da Orquestra Gulbenkian onde se abordarão árias das óperas La Bohème de Puccini, Faust de Gounod e Carmen de Bizet. Este Workshop de Direcção Orquestral e Acompanhamento Solístico para jovens maestros e cantores (cujo concurso foi público)

 

   Arranca a Cinemateca Próximo Futuro cujo objectivo singular é apresentar filmes que “possam constituir narrativas visíveis sobre os países, as pessoas, as paisagens, os criadores oriundos dos continentes que são foco do futro próximo : América Latina e Caraíbas, África e Europa”. Assim, no Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Gulbenkian, às 22h, exibem-se Apnée  (2010) e When China met Africa  (2010).   

   Apnée de Mahassine El Hachadi (Marrocos), uma curta-metragem vencedora do último Festival de Cinema de Marraquexe (2010), é uma obra demonstrativa da qualidade e inventividade do actual cinema marroquino e da sua nova geração de cineastas. É também um filme que mostra as diferenças fulcrais entre a geração mais velha, ainda oriunda de uma certa ruralidade marroquina e a juventude urbana e moderna das cidades.
   When China met Africa, de Marc and Nick Francis (Reino Unido) descreve uma reunião histórica em Pequim, reunindo 50 chefes de Estados africanos, que ecoa na Zâmbia, onde a vida das três personagens se desenrola, aparentemente, longe das questões que ocupam os chefes de Estado. Através de um retrato intimista destas personagens, fica o registo de um poder com vocação global em ascensão e as contradições do mesmo, anunciando um futuro radicalmente diferente, não apenas para África, mas também para o mundo. 

 

   Neste dia do Festival Silêncio2011- Lisboa Capital da Palavra, às 18h, no Cinema São Jorge (Sala 3) no Word Cut Docs o documentário Autografia: Um Filme sobre Mário Cesariny de Miguel Gonçalves Mendes pretende retratar não o poeta e pintor Mário Cesariny mas sim a sua vida, o seu percurso e a sua individualidade. “Como espaço de acção privilegiou-se o seu quarto, por ser este actualmente a base da sua criação e da sua intimidade”, explica o realizador, presente na sessão.


   Às 20h30, no mesmo Cinema São Jorge (Sala 3) Louder Than a Bomb (2010, EUA) de Greg Jacobs e Jon Siskel conta a história de quatro equipas de Poetry Slam de Chicago que se preparam para competir no maior evento mundial de Poetry Slam juvenil.

 

   Às 22h, na Sala 1 do Cinema São Jorge, Palavras do Fado reunirá em palco fadistas da mais recente geração −  Cuca Roseta, Raquel Tavares, António Zambujo e Ricardo Ribeiro − que irão interpretar poemas de grandes poetas portugueses misturando vozes clássicas como as de Camões ou Garrett com as de poetas mais modernos como Pedro Tamen ou Fernando Pinto do Amaral.

                                

   Às 22h30, na Music Box, o Clube da Palavra irá apresentar uma noite especial  em que a palavra em português – dita, cantada, lida, desenhada, improvisada – é o mote para um projecto que junta em palco intérpretes de várias áreas de expressão artística.Teremos o espectáculo Writing Mirrors, em que a partir de imagens projectadas num espelho/ecrã, três jovens escritores (Pedro Vieira, Paulo Ferreira e Cláudia Clemente) lêem textos de sua autoria. Participam os escritores.Poderemos contar ainda com a presença de Chullage, referencia do hip hop nacional, Thomas Bakk, escritor e dramaturgo brasileiro, e ainda Luís Gabriel Lopes, músico e compositor brasileiro. As intervenções são ilustradas por António Jorge Gonçalves (desenho digital em tempo real).

 

   Na Cafeteria Quadrante do CCB, às 22h, Jazz às 5ªs traz o Red Trio composto por Rodrigo Pinheiro (piano), Hernâni Fausto (contrabaixo) e Gabriel Ferrandini (bateria) que, embora apresente a formação mais convencional do jazz, considera “afastar-se deste paradigma colocando no mesmo plano de importância sonora todos os instrumentos que o constituem”.

 

    Na Igreja do Sacramento (à calçada da Glória), às 19h, o guitarrista Ricardo Rocha dará um concerto (de entrada livre). É um dos mais importantes instrumentistas (Prémio Carlos Paredes,  Prémio Revelação Ribeiro da Fonte e Prémio Amália Rodrigues) e compositores (“Voluptuaria”, “Tributo à Guitarra Portuguesa”, “Sementes de Fado” e por último “Luminismo”) de toda a história da guitarra portuguesa.

 

 

   No Ondajazz, às 22h30, o Quarteto Randy Ingram/Bjorn Solli é o encontro de dois grandes músicos e compositores da cena actual de Nova York, o norte-americano Randy Ingram (piano) e o norueguês Bjørn Solli (guitarra), aqui acompanhados por Nelson Cascais (contrabaixo) e João Lencastre (bateria).

 

 

   No Campo Pequeno, às 21h, os norte-americanos Avenged Sevenfold actuam ao vivo em apresentação do último álbum, Nightmare (2010). Considerados uma das mais promissoras bandas de metal do início do século XXI, após alguns anos mudaram o seu estilo musical no álbum City Of Evil, hoje considerado um dos melhores álbuns do século.  




   Sexta  24 de Junho  -  Para aqueles que já sentem a carência de eventos da música clássica na cidade, começa hoje o Festival de Sintra 2011 com uma conferência do musicólogo Rui Vieira Nery no Centro Cultural Olga Cadaval (auditório Jorge Sampaio) às 21h30. O tema, que será o do Festival, é Liszt e Mahler: os construtores da “música do futuro”.

 

   Na Sala Principal do São Luiz Teatro Municipal, às 21h, num Recital de Poesia e Piano, Bernardo Sassetti (piano) e Beatriz Batarda (narração) dão alma e voz a A Menina do Mar, um dos contos mais conhecidos de Sophia de Mello Breyner Andresen.

 

   No Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Gulbenkian, às 22h, exibe-se no quadro da Cinemateca Próximo Futuro o filme de Werner Herzog  Fitzcarraldo (1982), protagonizado por Klaus Kinski, uma odisseia do interior da Amazónia no século XIX, “contada como uma aventura demencial mas nem por isso menos humana”.

 

 

   No Teatro Camões, às 21h, a Companhia Nacional de Canto e Dança de Moçambique apresenta Gold com coreografia de Rui Lopes Graça e música original de João Lucas. Esclarecem os autores : Esta peça nasceu  da intenção de confrontar  uma obra referencial da história da música ocidental, as Variações Goldberg (daí o nome Gold) de J. S. Bach, nos registos gravados por Glenn Gould em 1955 e 1982 – só por si um testemunho ímpar sobre o poder de apropriação de uma obra e a sua maturação ao longo de uma prodigiosa vida artística - com a cultura musical popular de Moçambique por via de intérpretes de excelência reunidos na sua única companhia profissional”. Repete a 25/6.

 

   Às 22h30, no Ondajazz, em Avalanche o pianista cubano Victor Zamora toca com Carlos Barretto contrabaixo,  João Moreira  trompete e José Salgueiro  bateria. Victor Zamora é pianista intérprete e também compositor e é nessas composições que regressam as suas raízes cubanas que se misturam com todos os seus encontros jazz

 

   No Espaço Nimas, às 21h30, em O Espectáculo d'Ontem  a harpa electrónica de Eduardo Raón vai juntar-se à voz de Joaquim de Brito para um concerto onde a sua cumplicidade abarca desde a música erudita contemporânea, à World, passando pelo rock e pela música improvisada.

 

   No TMN ao Vivo (antigo Armazém F no Cais do Sodré), às 22h, na Balkan Brass Battle, as duas mais famosas orquestras de metais ciganas, a Fanfare Ciocarlia da Roménia e a Boban & Marko Markovic Orchestra da Sérvia, tomam o palco para ver quem consegue soprar mais alto e mais forte.

 

   Neste dia do Festival Silêncio2011, às 19h, no Cinema São Jorge (Sala 3) no Word Cut Docs o documentário Duvidávida de António José de Almeida versa a vida de David Mourão-Ferreira. 

 

   Às 22h, na Sala 1 do Cinema São Jorge, Adolfo Luxúria Canibal apresenta-nos "Estilhaços de Mário Cesariny" na companhia de António Rafael (piano e programações), Henrique Fernandes (contrabaixo) e Jorge Coelho (guitarra). 

 

   Às 23h, no Musicbox, Suicidame é um espectáculo (inédito em Portugal) criado para o Festival Silêncio pelo escritor espanhol Alberto Torres Blandina (autor de Coisas Que Nunca Aconteceriam em Tóquio, Editora Quetzal). Trata-se de uma competição de escrita em directo entre três escritores, João Leal, José Mário Silva e Patrícia Portela, que irão criar três personagens que buscam o suicídio perfeito. O público irá decidir o vencedor desta espécie de reality show em que a morte é o prémio.

 

   À 1h, no mesmo Musicbox, Grand Pianoramax feat Mike Ladd é a história daquele projecto experimental de teclado/tambores (vencedor do prémio Piano Solo do prestigiado Montreux Jazz Festival) concebido por Leo Tardin na sua relação com Mike Ladd (personagem histórica do hip-hop norteamericano). Ambos trazem ao Festival Silêncio uma proposta que passa pela comunhão dos dois trabalhos num só espectáculo, único e irrepetível.

 

   No Castelo de S. Jorge, às 22h, Mafalda Arnauth homenageia as mulheres (as Fadas) que influenciaram o seu percurso enquanto artista, escolhendo cantar algumas dessas vozes cruciais no seu crescimento como fadista − Amália Rodrigues, Hermínia Silva, Fernanda Baptista, Celeste Rodrigues e Beatriz da Conceição, com a participação do Lisboa Fado Ensemble, dentro das Festas de Lisboa’11. 

 

 

   Ainda nas Festas de Lisboa’11, o Out Jazz é no Jardim do Príncipe Real, às 18h, com Frankie Chavez (heterónimo artístico de Francisco Chaves), possuidor dum processo de gravação totalmente livre, que tem como base as viagens e a interacção com outras culturas e formas de estar.

 

   Às 19h haverá Jazz na Praça Paiva Couceiro com o agrupamento Triocotomia.

 

 

 

   Sábado  25 de Junho  -  No Palácio Nacional de Queluz e dentro do Festival Sintra 2011, Leslie Howard, intérprete australiano de música de câmara mas também compositor, pianista de concerto, maestro e professor, dá dois concertos.

   O recital 1 Quatro Obras-Primas de Liszt, às 18h, tem como programa : Grande Solo de Concerto, S.176 ; Variações sobre o motivo de J. S. Bach «Weinen, Klagen, Sorgen, Zagen», S.180 ; Sarabanda e Chaconne sobre temas da ópera «Almira» de Händel, S.181 e Scherzo e Marcha, S.177.

   O recital 2  Liszt, o Franciscano Poeta, às 21h30, terá : Harmonias poéticas e religiosas, S.173, nºs 1 a 10 ; Duas Lendas, S.175 ; 1. São Francisco de Assis: A Pregação aos Pássaros  e 2. São Francisco de Paula caminhando sobre as ondas. 

 

 

   Exibem-se às 22h, no Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Gulbenkian, os filmes que Próximo Futuro encomendou a 3 realizadores de continentes diferentes.

   De Cerro Negro, um filme de João Salaviza (Portugal), um realizador que “tem feito um cinema actual, … sem constrições de formato, com a liberdade e engenho dum autor empenhado…”, diz o próprio realizador : “Anajara e Allison são um casal de emigrantes brasileiros em Lisboa. Duas solidões que se protegem mutuamente, ao mesmo tempo que lutam contra uma separação forçada… Hoje é dia de visita na prisão de Santarém”.

 

 

   Hidden Life, de Vincent Moloi (África do Sul), explora o mundo secreto da ambiguidade moral. O porto de mar da Cidade do Cabo é um mundo impressionantemente complexo. É uma das mais movimentadas intersecções culturais do mundo onde os fluxos de pessoas transaccionam bens e ‘humanidade’.

   Viento sur, de Paz Encina (Paraguai), é uma história sobre desaparecidos e sobre os métodos utilizados para esses desaparecimentos. Justino e Domingo são dois irmãos pescadores que vivem num ambiente de repressão local … Um modo de resgatar a memória,  um modo invulgarmente poético, alguma memória.

 

   Às 18h, na Sala 2 do Cinema São Jorge, em Art of Writing o carismático escritor norte-americano  Colson Whitehead  (The Intuitionist / A Intuição é Tudo, Planeta Editora) profere, a convite do Festival Silêncio, uma conferência na qual aborda com humor algumas das regras da arte de escrever.

 

   Neste último dia do Festival Silêncio2011, às 19h, no Cinema São Jorge (Sala 3) no documentário Jorge de Sena Escritor Prodigioso, realizado por Joana Pontes, pela voz da sua mulher, Mécia de Sena, e na sua casa em Santa Bárbara, Califórnia, vai cruzar-se a sua vida de escritor, pai de família, professor e português exilado, com a obra que deixou, com as memórias do tempo em que viveu, memórias sociais, política, literária e familiar. A exibição deste documentário será antecedida por uma breve apresentação por parte da realizadora e do escritor e poeta Vasco Graça Moura.

 

   Às 20h, no Cinema São Jorge (sala 2), Des Papous dans la Tête é um espectáculo radiofónico da France Culture em torno de jogos literários com apresentação de Françoise Treussard e a participação dos escritores franceses Hervé Le Tellier, Jean-Bernard Pouy, Lucas Fournier e a cantora Jehanne Carillon.(ouvir um exemplo em

http://www.franceculture.com/player?p=reecoute-4265349#reecoute-4265349 )

 

   Às 22h, na Sala 1 do Cinema São Jorge, antes da Festa de Encerramento (às 23h30) do Festival Silêncio 2011 – Lisboa Capital da Palavra com a final do Poetry Slam Portugal, no espectáculo Moradas do Silêncio quatro grandes nomes da música portuguesa (Sérgio Godinho, JP Simões, João Peste, Rui Reininho) juntam-se para uma homenagem a Al Berto num espectáculo único e irrepetível. Cada artista é convidado a apresentar três temas inspirados na obra do poeta ou relacionados com o imaginário da sua escrita e cada intervenção será precedida por curtos interlúdios em que, sob texturas musicais de Noiserv, serão declamados poemas seleccionados pelo escritor Nuno Júdice.

 

   No Grande Auditório do CCB, às 21h, Manel Cruz apresenta, com o seu quinteto, o projecto Foge Foge Bandido.

 

    No Teatro São Luiz (no Jardim de Inverno) às 21h, d (1910), a Casa da América Latina e a Embaixada do Brasil homenageiam o músico, poeta e compositor Noel Rosa (que consagrou o samba como género fundamental da identidade musical do Brasil) no centenário do seu nascimento. Para isso, convidam o músico, compositor e ensaísta José Miguel Wisnik para uma conferência ilustrada musicalmente.

 

   No Castelo de S. Jorge, às 22h, Ricardo Ribeiro, apontado como um talento da nova geração de fadistas, canta com a participação do Lisboa Fado Ensemble, dentro das Festas de Lisboa’11. 

 

   A quarta edição do COM’PAÇO vai contar com a participação de várias bandas filarmónicas, oriundas de diversos locais do nosso país, com o principal objectivo de constituírem a Banda do Com’Paço 2011. O programa irá apresentar concertos e actuações conjuntas das bandas participantes com repertórios que vão desde a música popular à música erudita, animando vários espaços públicos da capital a partir das 18h, nomeadamente o Jardim da Estrela, o Jardim de São Pedro de Alcântara e o Rossio (ver pormenor em  http://www.festasdelisboa.com/?t=events&date=2011-06-25 ). O concerto de encerramento, a decorrer na Praça do Rossio às 21h30, terá a Banda (dirigida por Délio Gonçalves) a tocar trechos desde Everest  (Jacob de Haan) ou Marinarella (arr. Wil van der Beek) até New York New York  (arr. Vítor Fontão) ou Índios da Meia Praia  (Zeca Afonso, arr. Lino Guerreiro).

 

   No Ondajazz, às 22h30, toca o Nuno Costa Quinteto (João Moreira  trompete, Nuno Costa  guitarra, Óscar Graça  piano, Bernardo Moreira  contrabaixo e Rui Pereira  bateria) que  apresentará alguns dos seus mais recentes temas assim como outros presentes no seu disco de estreia "Reticências entre Parênteses", um disco intimamente ligado ao universo cinematográfico onde transparece uma forte componente visual.

 

 

   Domingo  26 de Junho  -  No Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Gulbenkian, às 19h e incluído no programa Próximo Futuro, o músico congolês (a viver em Bruxelas) Baloji apresenta o seu projecto artístico, fruto dessa bipolaridade geográfica, que “cruza o hip-hop fluido com uma soul inflamada ou o high life, sempre tocado pelo omnipresente voodoo subsariano … Membro duma orgulhosa linhagem de músicos africanos …(com) uma sólida consciência política …(n)o entanto, numa actuação sua jamais se perde um forte sentido de festa e diversão”.

 

   No Palácio Nacional de Queluz (dentro do Festival Sintra 2011), Leslie Howard, pianista australiano de música de câmara, dá mais dois concertos.

   No recital 3 Liszt, o Viajante, às 18h, tocará : Anos de Peregrinação – Terceiro Ano: Itália, S.163 ; Romanceiro Espanhol, S.695c.                

   No recital 4 Liszt, o Nobre Virtuoso, às 21h30, interpretará : Quatre Valses oubliées, S.215 ; Doze Estudos de Execução Transcendental, S.139 – Partes I e II.


   No Auditório do Museu do Oriente, às 19h, Shanti, uma das

 novas artistas revelação em 2010 no Japão, apresenta  Share my Air, o espectáculo que escolheu para a sua primeira tournée europeia e com o qual mostrará ao público ocidental a sua versatilidade como compositora e intérprete, através de um vasto repertório em que convivem os clássicos do soul, as canções japonesas e um pop mais intimista e pessoal, numa interpretação ao ritmo do jazz.

 

   Às 22h, na Esplanada do Museu do Fado, canta Carla Pires que integrou o quinteto Amália e gravou os CDs “O Fado em concerto” e “Ilha do Meu Fado” (2005).

 

 

   No Museu da Fundação Gulbenkian, o programa Sempre aos Domingos inclui, às 11h, uma visita orientada temática à Arte dos têxteis no Oriente e Ocidente, que visa conduzir o público numa viagem de quase cinco mil anos de História da Arte e da Cultura. (bilh.5€)

 

   No Centro de Arte Moderna (CAM/FCG), o programa Domingos com arte propõe, às 12h, a visita “Factor Espaço: Arte, corpo e Arquitectura”, um percurso em torno das relações entre Arquitectura e Arte, entre corpo e espaço, promovendo o debate e a interacção a partir da experiência dos visitantes neste contacto com os muitos espaços de uma obra de Arte. (gratuito)

 

   Inaugurada há pouco no Museu de São Roque no âmbito do Ciclo de Arte Contemporânea, a exposição Uunniivveerrssee.net, de André Sier, desenvolve-se em torno de conceitos cosmogónicos, procurando questionar a origem do Universo, temática que se enquadra com particular pertinência no Museu de São Roque pela natureza das suas colecções que, na sua origem, cumpriam, maioritariamente, funções cultuais.  O artista projectou um conjunto de peças interactivas, que respondem e evoluem de acordo com acções espoletadas pelos visitantes do museu, entre as quais uma projecção interactiva na fachada do museu. Encerra a 31 de Julho.

 

       

 

 

 

 

 

Caros leitores, no final da próxima Agenda  − a última integral que antecederá a pausa estival – lembrarei alguns eventos importantes (no meu ângulo cultural) dos meses próximos para que aconselharia estarem atentos.

publicado por ruideoliveira às 10:01
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Domingo, 12 de Junho de 2011

Agenda cultural de 13 a 19 de Junho por Rui Oliveira

   

 

 

   Segunda  13 de Junho   -  A Barraca celebra neste dia o Aniversário de Fernando Pessoa com um espectáculo de leitura interpretada de textos do poeta.

 

 

 

 

   Terça  14 de Junho   -   No Grande Auditório da Culturgest, às 17h15, o público que assistir a Por detrás da cortina: a caixa mágica participará numa visita técnica guiada encenada em que, num curto espectáculo, serão mostrados diversos efeitos cénicos: voos, aparições de sub-palco, neve, trovoada… Terminado o espectáculo, o público sobe ao palco e os efeitos serão repetidos e explicados. Os espectadores poderão tomar o lugar dos actores, colocar questões e conhecer os bastidores. Concebido e apresentado por Paulo Ramos, é interpretado por Leonor Cabral e Tiago Cadete. Permanece até 22/6.

 

   No Ondajazz, às 22h30, realiza-se a Jam Session  habitual das 3ªs feiras com Massimo Cavalli como músico residente.

 

   No MusicBox (ao cais de Sodré), às 22h, os Suprah apresentam o seu último trabalho  “The Infinite Method”, um disco de voz, guitarra, baixo e bateria.

 

 

 

   Quarta  15 de Junho  -   A abrir esta 3ª edição Festival Silêncio 2011 – Lisboa Capital da Palavra realiza-se no cinema São Jorge, às 22h, o espectáculo Música de Palavra(s) onde José Mário Branco e Camané, acompanhados por Carlos Bica (contrabaixo), José Peixoto (guitarra) e Filipe Raposo (piano e acordeão), propõem uma incursão nesse mundo – ao mesmo tempo íntimo e universal – onde (como diz o programa) “… A palavra cantada é filha da música e da poesia, uma filha que ganhou vida própria e autonomia a partir dos genes das suas progenitoras”.  

 

 

   No âmbito da temporada musical promovida pelo Instituto Cultural Romeno de Lisboa, o Museu Nacional do Azulejo recebe na Igreja da Madre de Deus um concerto único pelo Quarteto Enescu, a partir das 18 horas. Composto por Constantin Bogdanas violino, Florin Szigeti  violino, Vladimir Mendelssohn  viola e Dorel Fodoreanu  violoncelo, irão apresentar Quarteto Op. 76 nº 2 „ As quintas” de Joseph Haydn, a Rapsódia nº 1 de George Enescu, numa transcrição para quarteto de Vladimir Mendelssohn, e o Quarteto Op. Postum „ A Rapariga e a Morte” de Franz Schubert.  (entrada livre) 

 

 

   Às 18h, no Foyer do Teatro Nacional de São Carlos, há mais um espectáculo do ciclo Estúdio de Ópera III  “A Geração de Setenta” sob a direcção musical de João Paulo Santos (piano) e com a participação de Carmen Matos soprano, Bruno Almeida tenor e Bruno Pereira  baixo-barítono, em canções diversas. (entrada livre)

 

   No Pequeno Auditório da Culturgest, inicia-se às 21h30 (prolongando-se até 18/6) a mostra Gravitar à volta do centro : Cinema Húngaro contemporâneo programada pela Prizma Kollektiva (Hungria). Num intervalo que vai de 2002 (Hukkle) a 2010 (Adrienn Pál), são oito filmes que experimentam as diferentes opções que caracterizam o trabalho dos seus realizadores os quais, apesar de partilharem experiências e contextos, não são vistos, nem se vêem, como elementos de um grupo coeso ou escola. “… Podem talvez coincidir em alguma distanciação em relação ao que filmam, … numa vertente documentarista real ou moldada… (mas) afastam-se, no entanto, em termos de ritmo, de montagem e de tratamento do texto …  ou no modo como captam e retratam uma nova sociedade húngara” (diz o texto de apresentação; ver programa em  http://www.culturgest.pt/actual/20-hungria.html  ).

 

 

   Na Culturgest (Sala 2, às 18h30), ocorre a performance  2+n do ciclo Vinte e Sete Sentidos.

  Miguel Cardoso e Ricardo Guerreiro procuram o confronto da composição algorítmica interactiva com realidades distintas, definidas pela variável n, em que n pertence ao intervalo de 0 a + ∞. Para este evento convidam Joana Fernandes Gomes, cujos processos generativos de visualização manifestam uma dimensão musical a partir da sua abertura ao fenómeno acústico. Diz o programa que “os resultados evidenciam um trabalho operado nos limiares do perceptível, em que a composição da situação de performance se constitui como o próprio assunto da interactividade e a comunicação exclusiva com as estruturas da percepção permite a revelação de um campo de expectância em permanente tensão”. 

 

   Na Sala Principal do Maria Matos TM, às 21h30, ocorre o espectáculo de dança Qqywqu’ddyll’o’, criação e composição coreográfica, cénica e musical de Luís Guerra de Laocoi , com interpretação de Luís Guerra de Laocoi (bailarino) e Bruna Carvalho (música). Trata-se de uma arte destinada a teatros que se deixa  acompanhar na maioria das vezes por elementos cénicos que retratam elementos geográficos de Laocoi, seja por linhas de relevo ou ainda por imagens fotográficas que encarnem o vento que sempre sopra forte no arquipélago.

 

   No âmbito do Think Tank Gulbenkian sobre “A Água e o Futuro da Humanidade” William J. Cosgrove  (actualmente Consultor para a elaboração do 4º Relatório das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Mundial da Água) pronunciará a conferência

Cenários da Água para um Desenvolvimento Sustentável  no Auditório 3 da F.C.Gulbenkian, às 18h, seguida de debate. (entrada livre)

 

   A concluir um interessante colóquio/debate “Os Filhos da Guerra Colonial: pós-memória e representações” iniciado a 14/6 nas instalações do CES – Lisboa, Auditório do CIUL (Fórum Picoas Plaza) [ver programa em

http://www.ces.uc.pt/projectos/filhosdaguerracolonial/media/ColoquioJunho_Progr.pdf  ], realiza-se aí o lançamento da Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial, organizada por Margarida Calafate Ribeiro e Roberto Vecchi , com a participação de Joaquim Furtado.

 

   Na Biblioteca-Museu República e Resistência (Espaço Grandella), no ciclo de conferências “Memórias Literárias da Guerra Colonial”, às 19h, Valentino Viegas falará sobre o seu livro A Morte do Herói Português.

 

   No Café Philo do Institut Franco-Portugais, às 21h, o debate versará sobre o tema Nostalgia e será animado por Jean-Yves Mercury, Dominique Mortiaux e Alexis Goosdeel.

 

   Os nova-iorquinos Crystal Stilts vão estar presentes no Lux Frágil, às 22h30, onde  vão apresentar o mais recente álbum “In Love with Oblivion”, editado em Abril deste ano.

 

   Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 18h30, há um recital de Duo de Música de Câmara Checo-Eslovaco com violino e piano. (entrada livre)

 

 

 

   Quinta  16 de Junho   - 

O Teatro da Cornucópia apresenta no Teatro do Bairro Alto, às 21.30h, a peça ELA de Jean Genet, com tradução e encenação de Luis Miguel Cintra, cenário e figurinos de Cristina Reis e interpretação de Dinis Gomes, Luis Miguel Cintra, Luís Lima Barreto e Ricardo Aibéo.  

 

   No cinema São Jorge, às 22h, The Voice of the Word /A Voz da Palavra junta a nova-iorquina Laura Simms e a parisiense Muriel Bloch, duas das mais conceituadas contadoras de histórias na actualidade, com a música de Luísa Gonçalves e a bailarina e coreógrafa Íris, num espectáculo que procura explorar a dimensão única da criatividade no feminino (integrado no Festival Silêncio 2011).

 

                     Laura Sims  Muriel Bloch

 

 

   A Fundação Calouste Gulbenkian retoma, pelo terceiro ano, o programa  Próximo Futuro, Três Anos Depois, centrado desde início “nos países, os criadores, os pensadores, os artistas, os problemas da América Latina e Caraíbas, de África e da Europa, numa triangulação que, de algum modo, simbolizasse possíveis ligações, interesses culturais e desejo de conhecimento” (nas palavras do seu programador António Pinto Ribeiro).

   A abrir, a Handspring Puppet Company (África do Sul) traz à Fundação Gulbenkian (na Sala Polivalente do CAM, às 21h30) o teatro de marionetas Woyzeck on the Highveld, numa encenação do artista visual e cineasta sul‑africano William Kentridge, a quem se devem algumas das mais inovadoras encenações e exposições das duas últimas décadas. Nesta adaptação da peça Woyzeck, escrita no século XIX pelo dramaturgo alemão Georg Büchner, o protagonista encarna um trabalhador imigrante na zona industrial de Joanesburgo, em 1956, já durante o apartheid. Os temas centrais da peça permanecem os mesmos: ciúme, assassínio e repressão social. Repete a 17(21h30) e 18 (19h)      

 

 

   Também no quadro do programa Próximo Futuro, haverá  Arte pública no Jardim, a partir de 16 de Junho, nomeadamente o Cocoon (Casulo), da jovem artista plástica Nandipha Mntambo, nascida na Suazilândia, que vive e trabalha na África do Sul.  Junto à entrada do edifício que alberga a Biblioteca de Arte vai estar o mural 'Abrigo Sublocado', do brasileiro Kboco, um artista que se iniciou muito cedo no grafite, e a instalação 'How Incongruous', do colectivo indiano Raqs Media, uma peça surpreendente que nos remete para um tempo anterior.

                  Cocoon (Casulo)

 

   Na Cafeteria Quadrante do CCB, às 22h, Jazz às 5ªs traz o Trespass Trio de Martin Küchen (saxofone), Per Zanussi (contrabaixo) e Raymond Strid (bateria), agrupamento sueco liderado por Küchen que parte do free jazz norte-americano e tem influência dos ritmos da África ancestral. (entrada livre)

 

 

   Inicia-se no Instituto Goethe a 4ª edição da iniciativa Jardim dos Sons onde será posível ver e ouvir no jardim do Instituto diversas artes sonoras. A abertura é feita às 17h30 com Corrente, uma instalação sonora (e visual) de Paulo Raposo baseada nas cartas (mais de 35.000) escritas por Alexander von Humboldt (1769-1859) durante as suas várias expedições. A instalação envolve uma projecção sonora polifónica, espalhada pelo jardim e pelo hall de entrada do Instituto, que consiste em múltiplas vozes, femininas e masculinas, que lêem passagens das várias cartas. (a programação dos eventos até 22/6 encontra-se em

http://www.goethe.de/ins/pt/lis/kue/rks/ptindex.htm )

 

   No Institut Franco-Portugais há, durante 3 dias, uma Maratona Eurochannel de Curtas-Metragens onde em três fins de tarde/noite (Quinta-feira , das 19h00 às 21h00, Sexta-feira, das 19h00 às 21h00 e das 21h00 às 23h00 e Segunda-feira, das 19h00 às 21h00) se apresenta, uma selecção das melhores curtas-metragens europeias, com entrada livre. (ver programação ainda não divulgada em http://www.ifp-lisboa.com/index.php/agenda-detail-evenement/events/maratona-curtas-metragens.html)

 

   No Ondajazz, às 22h30, actua Márcio Faraco (o “Leonard Cohen” brasileiro ?) no espectáculo
“O Tempo” onde evoca o som primitivo de uma certa música Portuguesa – a saudade expressa pelo Fado, misturada com sonoridades vindas de África e de Cuba. A ternura, o respeito pelos outros e um sentimento de reserva são as suas marcas, mas sempre com traços das suas influências mais marcantes como é o caso de João Gilberto, António Carlos Jobim e Vinícius de Moraes.    

 

 

   Na Galeria ZDB (Zé dos Bois), às 22h, vem a Lisboa três expressões do pós-indie rock. Primeiro

Julian Lynch integra esta geração de autores. Aquilo que ele faz transcende fusões (folk-pop) ou “empobrecimentos” (lo-fi). Vem com Evan Brody  guitarra, Ian Drennan  baixo e Samuel Franklin  bateria. Depois Ducktails é Matthew Mondanile (também mentor dos Real Estate) e navega entre a pop e o noise. Surge com  Luka Usmiani  baixo, Alex Craig  guitarra  e Samuel Franklin  bacteria. Por ultimo os Big Troubles, como Matthew Mondanile e Julian Lynch, também vêm de New Jersey, mas entregam-se, sem discrição, aos vapores do shoegaze ao mesmo tempo que homenageiam os Guided by Voices. Compõem-nos Alex Craig  guitarra, voz, Ian Drennan  guitarra, voz, Luka Usmiani  baixo e Samuel Franklin  bateria.   

 

 

   Na Aula Magna, às 21h, em Ryan Adams an Acoustic Performance, o cantautor norte-americano Ryan Adams, pela primeira vez em Portugal e na sua nova digressão desde 2009, percorrerá as diversas fases da sua carreira, enquanto conclui com o produtor Glyn Johns aquele que será o seu primeiro álbum composto de material novo gravado em estúdio, desde Cardinology (2008).

 

   No Espaço TMN ao Vivo (antigo Armazem F, ao Cais de Sodré), às 22h, a revelação pop britânica Jamie Woon  vai apresentar o seu mais recente álbum Mirrorwriting, editado em Abril deste ano.

 

   Na Voz do Operário, às 22h, o Real Combo Lisbonense convida para a sua actuação Rui Veloso, Simone de Oliveira e You Can’t Win, Charlie Brown.

 

    Na Igreja do Sacramento (à calçada da Glória), às 19h, o guitarrista Ricardo Rocha dará um concerto (de entrada livre).

 

   Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 20h, a Waubonsie Valley High School Orchestra dá um concerto, numa iniciativa do Conservatório de Lisboa.  (entrada livre).

 

 

 

   Sexta  17 de Junho   -  No Grande Auditório da Culturgest, às 21h30, a cantora e compositora paulista Ná Ozzetti apresenta (pela 1ª vez em Portugal) o seu espectáculo Balangandãs. Desenvolvido em colectivo com os músicos Dante Ozzetti (violão), Mário Manga (guitarra, violoncelo e violão tenor), Sérgio Reze (bateria e gongos melódicos) e Zé Alexandre Carvallho (contrabaixo acústico), ele traz uma concepção contemporânea de arranjos musicais, alinhamento, figurino e iluminação, mas exprime o cenário musical das décadas de 30 a 50, embora de forma assaz original. 

   

 

   O Teatro São Luiz recebe, na sua Sala Principal, às 21h, o Centro de Pesquisa Teatral/Grupo Macunaíma de Teatro (uma das referências do teatro brasileiro), cujo encenador Antunes Filho apresenta Policarpo Quaresma de Lima Barreto. Nela se narra a história do inesquecível anti-herói da literatura brasileira, figura actualmente emblemática do fim das utopias, empreendedor de inglórias batalhas em prol da nação e vítima de zombarias, derrotas e desilusões que o çevaram ao desalento. Permanece até 19/6.  

 

 

 

   Na Sala Garrett, às 21h30, o Teatro Nacional Dª Maria II apresenta, em co-produção Teatro Regional da Serra do Montemuro e Foursight Theatre, a peça  Belonging de Peter Caan, com encenação de Naomi Cooke e Steve Jonhstone, direcção musical e banda sonora de Mary Keith e Ricardo Rocha e participação de Abel Duarte, Eduardo Correia, Paulo Duarte (TRSM), Frances Land, Samantha Fox, Lucy Tuck (Foursight Theatre) e Ricardo Rocha (músico intérprete). “Belonging” toca o lírico e o grotesco, o comovente e o divertido. Move-se entre o real e o fantástico, utilizando criaturas do imaginário das nossas lendas, contos de fadas e mitos urbanos para explorar os nossos mais profundos medos e desejos. Provocador e irreverente, “Belonging” aborda temas intemporais como a perda, o abandono, o rapto, os medos das crianças e o terror dos adultos. Repete Sábado 18 (21h30) e Domingo 19 (16h).

  

 

   Na Sala Principal do Teatro da Trindade, às 22h, estreia Um Casamento em Jogo

 de Edward Albee, uma comédia dramática, inédita em Portugal, que expõe com intensidade as decepções, alegrias, memórias e traições que se revelam durante uma noite de conflito entre um homem e uma mulher. “Ao amanhecer a separação parece inevitável, mas nenhum dos dois dá o primeiro passo” (diz o programa). Tem encenação de Graça P. Corrêa, figurinos de J.A. Tenente, cenografia de Ana Vaz e interpretação de Cucha Carvalheiro e Rogério Samora.

 

 

   Dentro do ciclo “Grandes Lições” do programa da Gulbenkian “Próximo Futuro”, Achille Mbembe, investigador camaronês em História e Política na University of the Witwatersrand (Joanesburgo, África do Sul) falará sobre “Democracia e a Ética do Mutualismo. Apontamentos sobre a Experiência Sul-africana”, às 9h30 no Aud.2 da Fundação Calouste Gulbenkian. Às 11h30, Ralph Austen, professor emérito de História Africana na Universidade de Chicago, dará a palestra “As grandes incertezas da historiografia africanista: Existe um tempo ’africano’ e pode o seu passado anunciar o seu futuro?”.

   À tarde, às 14h30, Eucanãa Ferraz, poeta e professor de literatura brasileira na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, fará uma conferência com o título “Da poesia – o futuro em questão ”  onde propõe um balanço do papel desempenhado pela lírica ao longo do século XX e uma reflexão sobre os seus impasses no mundo contemporâneo, com atenção especialmente voltada para o que seria o seu futuro nos contextos lusófonos. Por último, às 16h, Margarida M.S. Chagas Lopes, professora auxiliar com agregação do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) discursará sobre “Produção, utilização e partilha do conhecimento na economia global”, onde focará as insuficiências dos sistemas nacionais de educação e formação que se articulam com as dificuldades crescentes de (hetero)regulação dos mercados de trabalho e dos sistemas de inovação para alimentar fluxos crescentes de trabalhadores excluídos entre as novas periferias e os novos centros do desenvolvimento mundial. Todas as palestras, seguidas de debate, são de entrada livre.

   No Festival Silêncio 2011, às 22h no cinema São Jorge, a dupla Osso Vaidoso apresenta Pimenta na Boca, um espectáculo  construído a partir de poemas de Alberto Pimenta, cantados por Ana Deus com música de Alexandre Soares e Pedro Augusto.

   Na primeira parte, o performer e slamer italiano Sergio Garau apresenta IO Game Over, um espectáculo transdisciplinar com texto e interpretação de Sergio Garau, música de El Mar e Ludwig Berger e vídeo de Angelo Saccu, Giuseppe Garau e El Mar.

 

   Ainda no Festival, em Solo a Dois / Palavra puxa Palavra no cinema São Jorge (sala 2), às 18h, Paulo Moura (do Público) conversa com Salim Bachi, escritor argelino (Le chien d’Ulysses, Le silence de Mahomet) radicado em França e marcado pela guerra civil no seu país natal.

 

   Na Biblioteca-Museu República e Resistência (Espaço Grandella), no ciclo de conferências “Memórias Literárias da Guerra Colonial”, às 19h, Daniel Costa conversará sobre o seu livro Amor na Guerra.

 

   No Ondajazz, às 22h30, a cantora Luanda Cozetti com Toy Paris ao piano apresentam Cruzamentos. Quando em termos sócio-culturais a palavra de ordem  actual é "interculturalidade", aqui se espelha a dimensão universal da música. Sem tabús nem barreiras, géneros musicais e estilos,  casam-se e fundem-se em palco. Lado a lado, mornas e sambas,fados, sembas , maxixes e mazurcas convivem e ajudam a confirmar a mestiçagem das sociedades actuais.

 

 

   No Castelo de S. Jorge, às 22h, António Zambujo canta temas originais de compositores e letristas nacionais e brasileiros (de Aldina Duarte a Vinicius de Moraes) com a participação do Lisboa Fado Ensemble, dentro das Festas de Lisboa’11. 

 

   Ainda nas Festas de Lisboa’11 o Out Jazz é no Miradouro do Torel, às 18h, com o Ricardo Pinto Trio.

 

   Às 19h haverá Jazz na Praça Paiva Couceiro com os Mikado Lab.

 

   Na FNAC Colombo, às 18h30, Rita Redshoes promove nova edição do seu último álbum Lights & Darks.

 

 

 

   Sábado  18 de Junho   -  No palco do Anfiteatro ao Ar Livre da FCGulbenkian, às 21h30, a Orquestra Gulbenkian junta-se ao Drumming Grupo de Percussão, com Matchume Zango, Timbila de Moçambique, para interpretar obras de Steve Reich, Marlos Nobre, Iannis Xenakis e músicas tradicionais de Timbila moçambicana, um instrumento de percussão da família das marimbas. Neste concerto, integrado no programa Próximo Futuro, serão evocadas as origens e as ligações da música clássica a outras músicas, numa viagem através do tempo e do espaço. Do programa constam  de Steve Reich  Drumming: Part I, de Marlos Nobre  Concerto  N.º 2 para Percussão e Orquestra, OPUS 109a (2011), Sem Autor - Timbila, Música Africana para Percussão, de Iannis Xenakis  Pithoprakta e de Gyorgy Ligeti  Romanian Concerto.

 

   No Grande Auditório do CCB, às 21h, Carta Branca a Carlos Tê dá a este conhecido letrista a direcção artística o qual, com o apoio musical de Manuel Paulo (piano), Mário Delgado (guitarras), Alexandre Frazão (bateria) e Zé Nabo (baixista),apresenta um programa onde, para interpretar vários temas do seu repertório, convida os Clã, Cristina Branco e Rui Veloso.

 

   No Teatro São Luiz, às 23h30, no Jardim de Inverno, o CPT/Grupo Macunaíma de Teatro leva a peça de Antunes filho Lamartine Babo, encenada por Emerson Danesi, uma homenagem a Babo, compositor carioca central na música popular brasileira, desde o samba, o maxixe, o cateretê até a operetas e tangos, sem esquecer as inúmeras marchas carnavalescas bem como os hinos dos mais tradicionais clubes do futebol do Rio de Janeiro (ex. o “seu” Ameriquinha). Repete Domingo às 22h. 

 

 

 

   No Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, às 17h00, há um concerto onde os executantes são os Jovens Violoncelos, os Pequenos Violinos da Metropolitana, o Ensemble de Violas e o Projecto Casa Pia.


   No Auditório do Liceu Camões, às 21h, o concerto Zappa & Companhia (integrado no Zappamundo 2011 - 3.º Festival Internacional de Música de Frank Zappa”) terá a participação dos  Solistas da Metropolitana  Sérgio Charrinho trompete,  Rui Mirra trompete, Nuno Vaz trompa, Reinaldo Guerreiro trombone, Adélio Carneiro tuba e Marco Fernandes percussão que tocarão temas de Frank Zappa, Bob Marley, Stevie Wonder e Jimmy Hendrix (arranjos de Lino Guerreiro).

 

   No cinema São Jorge, às 22h, Dois Violões , o espectáculo que o músico paulistano (e também poeta e artista plástico) Arnaldo Antunes  (acompanhado de Chico Salem e Betão Aguiar nos violões) traz ao Festival do Silêncio 2011 retoma músicas desde o tempo dos Titãs, passando por canções compostas em parceria com Paulos Miklos  ou com os companheiros dos Tribalistas, Marisa Monte e Carlinhos Brown.

 

   Ainda no Festival, em Solo a Dois / Palavra puxa Palavra no cinema São Jorge (sala 2), às 18h, José Mário Silva (blogue O Bibliotecário de Babel) entrevista o sérvio Zoran Zivkovic (um “novo Borges”?), autor de O Último Cavalo, vencedor do World Fantasy Award.

 

   No MusicBox, às 0h30, o Festival Silêncio 2011 num Slam Internacional desafiou alguns slammers de diferentes países − Roberta Estrela d'Alva (Brasil), Joana Brabo (Espanha), Wolf HogeKamp (Alemanha), Sergio Garau (Itália) e Leandro Morgado (Portugal) − a demonstrarem que a linguagem poética do slam é neste momento verdadeiramente universal e sem qualquer tipo de barreiras linguísticas ou fronteiras geográficas.

 

 

 

   Antes, às 23h30, no mesmo MusicBox, há um espectáculo de leitura encenada a partir das imagens que o poeta Al Berto escolheu para a criação dos poemas do seu livro A Secreta Vida das Imagens, sendo a leitura feita pelo actor Miguel Loureiro sobre texturas sonoras do músico finlandês Jari Marjamäki.

 

   No Ondajazz, às 22h30, o espectáculo Brutus de Francisco Abreu guitarra, Miguel Amado baixo e José Salgueiro bateria  proporciona aos músicos envolvidos uma liberdade criativa e interpretativa das influências e experiências adquiridas ao longo de muitos anos, na interacção entre Jazz, Worl Music, Rock, Funk, Blues, bem como no carácter ibérico a eles inerente e que se impõe no som final deste trio.

 

   Na Galeria ZDB (Zé dos Bois), às 23h, Per Zanussi (contrabaixo),  Rodrigo Amado (saxofone tenor), Pedro Sousa (saxofone tenor) e Gabriel Ferrandini (bateria)  reúnem-se para um quarteto, em modo ad-hoc, de improvisação livre.

 

   No Castelo de S. Jorge, às 22h, haverá o encontro entre Ana Sofia Varela e Pedro Jóia, uma fadista de raiz e um instrumentista que, não sendo do Fado, se deixa levar pela sua magia, com a participação do Lisboa Fado Ensemble, dentro das Festas de Lisboa’11. 

 

 

   Com início às 17h, a Festa Faz Música Lisboa ! 2011, integrada no evento Fête de la Musique, realizar-se-á em vários jardins no centro da cidade (Jardim da Estrela, Jardim das Amoreiras, Jardim Príncipe Real e Miradouro São Pedro Alcântara). Com entrada gratuita, conta com variados estilos musicais, incluindo Jazz, Fado, Rock, Clássica e Bossa Nova e a participação de artistas desde consagrados até novos talentos  (ver em

www.facebook.com/FestaFazMusicaLisboa). 

 

   Na Casa da América Latina tem lugar neste Sábado e Domingo, a partir das 11h, um Arraial Latino-Americano, no âmbito das Festas de Lisboa, centrado no Jardim do Museu de Arte Antiga ou no Largo Dr.José Figueiredo, onde os lisboetas poderão encontrar música, artesanato, gastronomia e outras manifestações populares das culturas latino-americanas.

(em http://www.casamericalatina.pt/fotos/editor2/programacao_arrail_mail.jpg )   

                               de Marcela Lorca (Chile)

 

   Nesta data em que se assinala um ano sobre a morte de José Saramago, será exibido o filme José e Pilar às 21h30, numa sessão de homenagem na Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, que contará com a presença de Pilar Del Rio e do realizador Miguel Gonçalves Mendes e será apresentado pela diretora da Cinemateca Portuguesa, Maria João Seixas. Como parte desta homenagem, nesse mesmo dia a SIC transmitirá em exclusivo José e Pilar. Na mesma data, em parceria exclusiva com a FNAC, será lançado oficialmente o DVD do filme bem como o CD da banda sonora original.

 

   No Espaço TMN ao Vivo (antigo Armazem F, ao Cais de Sodré), às 22h, há o espectáculo Jorge Palma Acústico, onde o cantor viajará por mais de trinta anos de carreira.

 

 

 

   Domingo  19 de Junho   -  É apresentado no Jardim Gulbenkian o projecto Aquarium Materialis. Os instrumentos que compõem esta instalação são da autoria do músico Victor Gama (Angola), que, juntamente com Pedro Carneiro, utilizará o espelho de água do lago como superfície interlocutora. A peça divide-se em duas partes (19h e 22h), reflectindo a dicotomia da Natureza: uma parte diurna, repleta de vida, cheia de cores e de luz, vibrando intensamente; e uma parte nocturna, em que o mistério e o imaginário tomam conta da nossa percepção.

 

   Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 17h, há um recital pela Academia de Música de Santa Cecília.  (entrada livre)

 

   Na 5ª edição do Out Jazz, neste mês de Junho no Anfiteatro Keil do Amaral (no Espaço Monsanto), ouviremos às 17h  Ruben Alves/Miguel Amado, Carlos Miguel e o DJ X-Acto.

 

Caros leitores, a escolha, como receávamos, vai adquirindo a qualidade “estival” mas ainda há opções possíveis. A vós de seleccionar !

 

publicado por ruideoliveira às 10:01
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Sábado, 11 de Junho de 2011

O Fardo das Imagens - Adelino Lyon de Castro

A pedido do Rui de Oliveira publicamos uma adenda à Agenda Cultural desta semana contendo uma correcção à data de encerramento da exposição de Adelino Lyon de Castro presentemente no Museu do Chiado (textos retirados do site do museu:  http://www.museudochiado-ipmuseus.pt/pt/node/971 )

 

 

Adelino Lyon de Castro  O Fardo das Imagens (1945-1953)

Curadoria de Emília Tavares

07.04.2011 - 19.06.2011

 

 

                                                                     Piso 2

 

Adelino Lyon de Castro
O Fardo das Imagens (1945-1953)
Vista da exposição

Sala dos Fornos - Piso 2
Foto Luís Piorro 

 

 

Em 2009, O Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado recebeu a generosa e importante doação, por parte de Tito Lyon de Castro, do espólio fotográfico de Adelino Lyon de Castro. Muito embora tenha sido uma figura de destaque do meio editorial e das letras, tendo fundado com o seu irmão, Francisco Lyon de Castro, as Publicações Europa-América (1945), a sua actividade como fotógrafo é praticamente desconhecida. Foi, sobretudo, um fotógrafo amador, muito embora tenha realizado algumas reportagens, sem dúvida, a mais relevante sobre os Jogos Olímpicos de Helsínquia em 1952. Apesar da sua breve actividade fotográfica, que podemos estabelecer entre meados da década de 1940 e 1953, ano da sua morte, Lyon de Castro produziu um conjunto de imagens cuja temática se apresenta coesa e consistente com as suas ideias políticas de oposição ao Estado Novo, assim como ao ideário de um socialismo humanista. O MNAC- Museu do Chiado apresenta, assim, um conjunto inédito de 70 imagens que nos dão a conhecer a face não oficial, e reprimida, da sociedade portuguesa durante o Estado Novo. Nas imagens de Adelino Lyon de Castro é privilegiado o olhar sobre as mais duras condições de vida dos trabalhadores ou dos excluídos da sociedade, sob a inspiração do ideário do “romantismo revolucionário”(Henri Lefebvre) tão influente para alguns neo-realistas, O fotógrafo legou-nos um extraordinário e inesperado diário visual do labor, da pobreza e da exclusão enquanto estados de degradação social, e do papel que a fotografia pode ter enquanto meio de denúncia e ensinamento sobre a realidade. Oportunidade também para reflectir sobre os contornos sempre híbridos e insuficientes de representação da realidade através, da leitura e apresentação comparada com as imagens de Lyon de Castro, dos retratos de mendigos do século XIX de Carlos Relvas, dos inventários visuais populares do Estado Novo, de imagens da imprensa panfletária da época e ainda de algumas obras de pintura modernista da colecção MNAC-Museu do Chiado.

 

Emília Tavares

 

Comissária

 

 

“Ao não instruído é tão difícil ler uma imagem como qualquer hieróglifo”, afirmava Ruth Berlau, colaboradora próxima de Bertolt Brecht, em nota no álbum ilustrado daquele autor, ABC da Guerra (1955). Ensinar a ler as imagens fazia parte de todo um programa de transformação social em que a cultura era essencial, em que a consciência do poder manipulatório e enganador das imagens podia ser convertido numa alfabetização sobre todo o complexo de exploração e dominação do sistema social e político. Este aspecto é fulcral para a análise e leitura da obra fotográfica de Adelino Lyon de Castro, sobretudo, quando o cruzamos com as históricas discussões que o movimento neo-realista teve para elaborar uma estética que fosse acessível ao povo ignorante. Colocar os trabalhadores e os excluídos como tema principal em todas as formas de expressão artística não fazia por si só a revolução, era necessário operar todo um processo de consciência da desigualdade social que só assim podia tornar verdadeiras e legíveis as “penas e fadigas do labor”. É por isso significativo que nas imagens de Lyon de Castro exista esse permanente foco nos corpos que cedem perante o “oscilar sob uma carga”, no sentido desse estado de pobreza que se torna abjecta porque “coloca os homens sob o absoluto ditado dos seus corpos, isto é, sob o absoluto ditado da necessidade”(Hannah Arendt). O movimento neo-realista português assimilou de forma esparsa, superficial e insuficiente a capacidade de representação do real da fotografia. Dedicou-lhe alguma atenção pelo pensamento de Mário Dionísio que viu nela uma forma de actuação, interpretação e transformação da realidade, podendo assim defender até a sua feição mais naturalista, na esteira de Henri Lefebvre e do seu “romantismo revolucionário”. As fotografias de Lyon de Castro realizam, assim, esse incessante e híbrido destino de representação da realidade, ao mesmo tempo que reafirmam: “não existe realismo crítico sem crítica prévia ao realismo”. (Georges Didi-Huberman).

 

Emília Tavares


 

A obra fotográfica de Adelino Lyon de Castro, pelo seu carácter de representação social e realista da sociedade, invoca também uma reflexão essencial sobre o papel da fotografia e da sua repercussão na representação do real e da sua relação com a verdade. A fotografia estabeleceu com a representação da realidade novos compromissos, dada a sua natureza ontológica de reprodução mimética da mesma, logo, detentora de valores e índices de “verdade”, impossíveis a qualquer outra forma de expressão artística. Assim, nesta sintética e prolixa apresentação de obras equacionam-se alguns dos limites, possibilidades e paradoxos de representação do real e das contingências estéticas, mas também ideológicas, a que a arte e a fotografia, em particular, têm tido de corresponder. Por um lado, a inclusão dos anónimos e desfavorecidos nos temas da arte, desde o século XIX, corresponde a um primado do realismo a que os ecos das revoluções sociais vieram dar corpo ideológico, mas que se esvaziariam na voracidade do consumo burguês pelo exótico. Por seu turno, a politização de alguns dos principais movimentos artísticos, como o Neo-Realismo, trouxe novas problemáticas, como a forma estética mais eficaz de representar a realidade, mas também de divulgar e formar consciência social através da arte. Entre os mendigos encenados de Carlos Relvas e a tipificação pitoresca dos camponeses por parte do Estado Novo, estabelece-se uma forma de representação que retira ao indivíduo a sua espessura para o enquadrar em arquétipos sociais, adequadamente generalistas que o reduzem a uma imagem global, tal como uma marca. O Modernismo português viveu também sempre em resolução, entre a realidade nada harmoniosa de Mário Eloy ou a realidade composta de Abel Salazar, hibridismo que a fotografia chamou a si, quando a resolveu sob o vasto olhar entre um realismo poético e um naturalismo revolucionário. Em qualquer dos casos, a fotografia portuguesa soube, no seu contexto “fronteiriço”, ir dando expressão ao “fardo” ideológico da imagem. Ainda que prevaleça a questão, sendo “a realidade dita social dupla, múltipla e plural. De que maneira assegura ela uma realidade?” (Henri Lefebvre), a que a imagem possa conferir representação.

 

Emília Tavares

 

 

publicado por Augusta Clara às 09:00
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Domingo, 5 de Junho de 2011

Agenda cultural de 6 a 12 de Junho de 2011 por Rui Oliveira

    

 

 

   Segunda,  6 de Junho  -  No seu aguardado regresso a Lisboa, a San Francisco

 Symphony dirigida pelo maestro Michael Tilson Thomas com a colaboração das cantoras soprano Laura Claycomb e Katarina Karnéus interpreta no Coliseu dos Recreios, às 21h, a Sinfonia nº2, Ressurreição de Gustav Mahler, uma obra “percorrida pela ideia da vida após a morte e pela consciência da efemeridade da existência humana”.

 

Nota: Por não haver registo desta obra pela San Francisco Symphony, damos
a ouvir a Royal Concertgebouw Orchestra dirigida por Bernard Haitink

 

 

   Quando, como prevíramos, começam a rarear eventos de significativo peso cultural, optamos por lembrar que em breve encerram algumas boas exposições avaliadas favoravelmente pela crítica da especialidade. Assim neste final de semana, a 12 de Junho, fecham em Lisboa duas e uma em Cascais, como ao longo da Agenda referiremos.

 

   No Museu do Chiado,  estão expostas até essa data de Domingo em A Arte Portuguesa do Século XIX (1850-1910) cem obras de 32 artistas como numa espécie de reserva visitável (muito pela utilização de velhas grades provenientes das reservas do MNAA).  O conjunto funciona numa “montagem surpreendente que ajuda a redescobrir a colecção do museu” (como diz o crítico José Luis Porfírio), tendendo a “misturar e (ou) a confundir hierarquias artísticas há muito estabelecidas”.

 

 

 

   Embora o 27º FesTroia decorra essencialmente em Setúbal de 3 a 12 de Junho

, esta semana duas secções serão exibidas nas salas 01 e 03 do cinema City Classic Alvalade até Domingo, incluindo quer filmes da Selecção Oficial, quer da Homenagem à Turquia, quer ainda da Retrospectiva dedicada a Jos Stelling, cineasta holandês ainda vivo. (aconselha-se a consulta da programação em  http://www.festroia.pt/programme.php )

 

   Na Biblioteca-Museu República e Resistência (à Cidade Universitária), às 18h30, no ciclo de conferências “A Poesia e a Liberdade”, o Prof.Doutor J.B.Martinho falará sobre “Maria Teresa Horta : uma voz livre e insubmissa”.

 

   Na LX Factory (edifício H) continua até 27 de Junho a exposição “Há Matérias no Ar” de Miguel Figueiredo, um escultor formado na Escola de Artes Decorativas António Arroio que tem trabalhado sobretudo entre Portugal e a Itália. Diz ele: “As vidas mudam consoante os tempos e os ventos.E este meus últimos trabalhos de escultura são uma mudança, uma passagem para o desconhecido…”

 

   Prosseguem as Festas de Lisboa’11 (ver www.festasdelisboa.com ) com ofertas pontuais de jazz (Jazz às Onze usa os ascensores como palco, hoje no da Glória, às 11h), de fado (Fado nos Eléctricos leva, p.ex. hoje, ao Eléctrico 28, fadistas como Rute Soares, Cláudia Leal, Vanessa Santos e Luís Braga) ou teatro (Omnibus ver dia 9 e seguintes).

 

 

 

   Terça, 7 de Junho  -  Ainda no Museu do Chiado permanece

 só até o próximo Domingo 12 a exposição Adelino Lyon de Castro – O Fardo das Imagens, 1945-1953, espólio fotográfico que constitui um conjunto coeso de imagens votadas ao mundo do trabalho em Portugal radicalmente diverso da visão dada pela propaganda do regime salazarista. Emília Tavares, comissária, associa-lhe outras obras do modernismo português criando um contexto de representação. Diz um crítico : “ver estas imagens com mais de sessenta anos, de um país paupérrimo no exacto momento em que esse país parece a caminho de um novo e radical empobrecimento, não deixa de ser perturbador”.   

 

   O Grande Prémio de Poesia APE/CTT-2010 é entregue a Pedro Tamen pelo seu livro “O Livro do Sapateiro” (Ed. D.Quixote) no auditório dos CTT (rua de S.José) às 18h, na presença, entre outros, do presidente da Associação Portuguesa de Escritores  José Manuel Mendes.

 

 

 

   Quarta, 8 de Junho  -  No Coliseu dos Recreios, às 22h, Maria Bethania dará um espectáculo (único nesta época) que intitulou Especial Portugal misturando temas de sempre a algumas criações novas.

 


   Às 18h, no Foyer do Teatro Nacional de São Carlos, há mais um espectáculo do ciclo Estúdio de Ópera II  “Itália Anos 20” com a participação de Ana Franco soprano, Irina Grelha soprano, Carlos Cardoso tenor e Tiago Matos barítono, em canções diversas. (entrada livre)

 

   No Intitut Franco-Portugais, às 19h, num Concerto Antena 2 / IFP, o Singulari Trio

 de João Nunes (saxofone), Joana Correia (violoncelo) e Andrea Fernandes (piano) interpreta obras de Piazolla Estações Portenhas, Oblivion, Ave Maria, La muerte del Angel e Tango-Études nº3.

Adaptando-se aos variadíssimos estilos musicais, a versatilidade do saxofone, violoncelo e do piano é a imagem de marca deste agrupamento que acompanha as tendências actuais do mundo musical.

 

   Na Sala Principal do Maria Matos TM, às 22h, o quarteto Syracuse Ear, composto por Margarida Garcia na guitarra, Chris Corsano na bateria, David Maranha no órgão e Manuel Mota na guitarra, estreia-se nesta data com um projecto  que pretenderá, como indica o nome escolhido, ser uma câmara de ecos do diálogo entre estes músicos.

 

                                                            imagem emblemática escolhida pelo grupo

 

 

   No Santiago Alquimista (ao Castelo), às 21h30, Marky Ramone, último membros dos Ramones, traz o seu novo projecto musical Marky Ramones’ Blitzkrieg com o guitarrista Alex Kane, a baixista Claire B. e o vocalista Michael Graves. Antes actuam os Dept.

 

   Continua no Teatro do Bairro durante o mês de Junho, de Quarta a Sábado, às 21h, a representação da peça de William Shakespeare Sonho de uma Noite de Verão, encenada por António Pires com os actoresAlexandra Rosa, Francisco Tavares, Graciano Dias, João Araújo, João Barbosa, João Cabral, Mário, Rafael Fonseca, Rita Brütt, Sandra Santos e Solange Santos.

 

   Na Casa da América Latina, às 19h, o cuentero colombiano Nicolás Buenaventura Vidal irá narrar contos baseados na sua obra «Palabra de Cuentero», uma forma original de apresentar o seu livro, distribuído em Portugal pela Bichinho do Conto.

 

   No Museu Nacional de Arqueologia abre, às 18h30, a exposição Lugares que já foram Indústrias e Memórias de Almada, um conjunto significativo de fotografias de José Barata e José L. Guimarãres.

 

 

 

   Quinta, 9 de Junho  -  No  Grande Auditório do CCB, às 21h, há o Concerto de Aniversário da Metropolitana onde a Orquestra Metropolitana de Lisboa (direcção musical  Michael Zilm), acompanhada de Augustin Dumay no violino, tocará de Ludwig van Beethoven   Abertura Egmont, op. 84, de Felix Mendelssohn   Concerto para Violino e Orquestra em Mi menor, Op. 64 e de Ludwig van Beethoven   Sinfonia n.º 6 em Fá maior, op. 68, Pastoral.

 

   No Pequeno Auditório, às 21h, o Teatro O Bando, dirigido por João Brites, apresenta Pedro e Inês partindo dum texto inédito Inês Morre de Miguel Jesus e com interpretação de Sara de Castro (Teresa), Inês (Susana Blazer), Miguel Borges (Pedro), Ivo Alexandre (Pacheco) e Estêvão Antunes (Coelho). Ao encenador russo Anatoly Praudin (director do Experimental Stage of Baltic House de São Petersburgo) foi pedido que levantasse, na sua visão externa, “novas inquietações sobre este mito português”. Permanece até 15/6.

 

                          

 

   Ainda no CCB (cafetaria Quadrante), às 22h, haverá mais um Jazz às 5ªs com o Rodrigo Amado Quarteto, formação exclusivamente portuguesa com Manuel Mota na guitarra, Hernâni Faustino no contrabaixo, Gabriel Ferrandini na bateria, a par de Rodrigo Amado no saxofone tenor. (entrada livre)

 

 

   Na Sala Estúdio do Teatro Nacional D.Maria II, às 21h45, estreia no Ciclo Emergentes Horror ou Breve Estudo sobre a Paralisia, uma criação dirigida por John Romão sobre textos originais  de Mickael de Oliveira, com Bernardo Rocha, João Folgado, Mariana Tengner Barros e Miguel Cunha nos intérpretes. Diz o programa que “… em “Horror ou breve estudo sobre a paralisia”, interroga-se a capacidade que temos de paralisar a criação de utopias urgentes e de nos tirar o sono, ao revelar-nos em excesso, em nome da ideologia do progresso e do lucro, os mistérios da fé e do corpo”. Permanece até 26/6.

 

   [com o Ciclo Emergentes, o TNDM II, proporciona um espaço de visibilidade a novas linguagens, novas dramaturgias e novos criadores … e pretende valorizar uma nova geração no teatro, numa lógica experimental e de vanguarda]

 

   Na Sala Novas Tendências da Comuna Teatro de Pesquisa estreia, às 21h30, a peça Sonho de um Homem Ridículo, a partir dum texto de Fiódor Dostoievski, com encenação de Cátia Ribeiro e interpretação de Cátia Ribeiro e Jenny Romero. Escrita pelo autor russo em 1877, nela se trata o tema do suicídio e do desprezo pela vida. Permanece até 3/7, de Quarta a Domingo.

 

   Também no Teatro da Comuna, em co-produção com o Teatro do Eléctrico/ Teatroesfera, estreia, às 21h30, a peça A Festa de Spiro Scimone (tradução de Jorge Silva Melo), encenação de Ricardo Neves-Neves e interpretação de Paula Sousa, Rita Cruz e Vítor Oliveira. A comédia sobre um dia de festa numa família que se desarticulou permanece até 26/6, de Quinta a Domingo.

 

   Na Sala Estúdio do Teatro da Trindade, às 21h45, estreia a peça A Ignorância é Força, um texto de Ana Ribeiro e António Duarte a partir de George Orwell, com interpretação de Alexandra Viveiros, Ana Ribeiro, Márcia Cardoso, José Vitorino e Vitor Gonçalves. Pergunta o programa: “Será que a sociedade caminha para um sítio desolado, desolador, entre guerras, heróis, inimigos, manigâncias linguísticas, jornalísticas, propaganda, autocensura, vergonha, medo? Estamos à espera de um “messias”? ... Onde perdemos a memória?” Permanece até 26 de Junho de Quinta a Domingo.

 

   No Teatro Camões, a Companhia Nacional de Bailado estreia às 21h The Old King,

 uma performance inspirada na imagem homónima de Daniel Blaufuks em que o executante é Romeu Runa (bailarino do ex-Ballet Gulbenkian), o músico Pedro Carneiro (percussionista, compositor, chefe de orquestra) e o encenador Miguel Moreira (fundador do Útero em 1997). “Procuramos encontrar o pensamento de um homem e a sua relação com a sociedade. Um homem que pensa ao mesmo tempo o seu lugar, procurando uma identidade sólida que relata a sua razão de existir e olha para a sociedade e nutre vontade de intervir e ter um comportamento colectivo”.


   Na Cinemateca Portuguesa, às 19h, há a posibilidade de ver um filme maldito, mas um clássico do cinema, Tri Pesni O Lenine / Três Canções sobre Lenine (1934), um filme de Dziga Vertov que, no auge do fervor revolucionário, inaugurou a famosa série dos Kino-Pravda que visava “Captar a vida tal como ela é”, “agarrá-la de improviso”, “ignorar os actores”, “recusar os estúdios”. Mas este programa, a que Maiakovski também aderiu, começou a ser combatido pelo Partido precisamente no ano fatídico de 1926, o ano em que Estaline confirmou o seu poder. O autor recebeu a Ordem da Bandeira Vermelha, mas impuseram-lhe o ostracismo.

 

   Na MusicBox, às 23h, os Pop Dell’Arte interpretarão na íntegra o recém-reeditado seu LP de estreia “Free Pop”, um disco que pela inventividade e arrojo foi tido como um manifesto. A actual formação da banda (com o cantor-actor João Peste e o baixista Zé Pedro Moura, elementos originais dos Pop Dell’Arte, incluindo agora o guitarrista Paulo Monteiro, o baterista Nuno Castedo, e o multi-instrumentista Eduardo Vinhas) voltará, na segunda metade do concerto, a “Contra Mundum”, o último álbum de originais, editado no ano passado.

                             

 

   Na Galeria ZBD, às 23h, regressam os Dead Combo em vésperas da gravação de novo CD após Lusitânia Playboys.

 

   Na FNAC Vasco da Gama, às 21h30, os Pucarinho de Luís Pucarinho (voz e guitarra clássica), André Penas (viola d'arco), Daniel Meliço (bateria) e Ze Peps (guitarra folk) apresentam o seu novo projecto Na Rua Amarela. (entrada livre)

 

   No Centro Cultural Olga Cadaval (Sintra), Miguel Gameiro ex-vocalista dos Polo Norte apresenta o seu primeiro disco a solo A Porta ao Lado.

 

   Nas Festas de Lisboa’11 (ver www.festasdelisboa.com ) a iniciativa Omnibus leva a autocarros de diversas carreiras uma peça de teatro “que retrata o imediatismo da comunicação”, com os actores Sofia Cabrita, Joana Duarte Silva, Pedro Leitão, Diogo Mesquita e Luciano Burgos (às 16h e às 19h). Hoje na carreira 758, continua até 15/6.

 

   Ainda nas Festas, a iniciativa Lounge celebra no Cinema São Jorge um Tributo a Bandas sendo hoje, às 22h, os Bang Bang Roses que prestam uma homenagem musical aos Guns n’Roses recriando os temas clássicos da banda californiana.

 

 

 

   Sexta, 10 de Junho  -  Na Sala Garrett do Teatro Nacional D.Maria II, às 21h30, o Grupo Sakuramakai apresenta o Auto da Barca de Viagem sob a forma do Teatro Noh, a representação teatral mais tradicional da Idade Média japonesa,  visando a essência da obra de Gil Vicente, contemporâneo desse período (espectáculo no âmbito das celebrações do 150.º aniversário da assinatura do Tratado de Paz, Amizade e Comércio entre Portugal e o Japão em 2010). Serão intérpretes Ujin Sakurama, Tsuneyoshi Mori, Daijiro Zenchiku, acompanhados pelos músicos Hiroyuki Matsuda (flauta), Genjiro Okura (tambor pequeno), Hirotada Kamei (tambor grande) e Kunikazu Komparu (tambor).

 

   Na Fábrica Braço de Prata, às 23h59, Nicole Eitner acompanhada pelos The Citizens (Viviena Tupikova  violino, piano e coros, Miguel Menezes  contrabaixo e David Ribeiro  bateria) apresenta o seu novo álbum I am You (2011), misto de influências de Chopin, Bach, Elizabeth Fraser, David Sylvian, Ella Fritzgerald, Kate Bush e Depeche Mode.    

 

 

 

   No Castelo de S. Jorge, às 22h, cantam Cuca Roseta e Marco Rodrigues com a participação do Lisboa Fado Ensemble, dentro das Festas de Lisboa’11. 

 

   Ainda nas Festas de Lisboa’11 o Out Jazz é no Largo de Santos, às 18h, com o Dj Mr. Isaac e os Open Source  compostos por António Bruheim (trombone ), Ricardo Pinto (trompete) e Eduardo Lála (saxofone).

 

   A iniciativa das Festas  Lounge no Cinema São Jorge que presta um Tributo a Bandas tem, às 22h, a Pearl Band de Nuno Pereira, Duarte Carvalho e Paulo Antunes a homenagear no Tribute Pearl Jam o grunge de Seattle dos anos 90 e a sua banda ícone.

 

 

 

   Sábado, 11 de Junho  -  No Teatro Nacional de São Carlos estreia, às 20h, a opéra-comique em quatro actos Carmen de George Bizet (1838-75) com libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy  baseado no romance homónimo de Prosper Mérimée. A direcção musical da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro Teatro Nacional de São Carlos cabe a Julia Jones e a encenação de Stephen Medcalf é baseada na produção premiada do Teatro Lírico de Cagliari em 2005. Os papéis, entre outros, de Carmen, Don José e Escamillo estão entregues, respectivamente, a Rinat Shaham, Andrew Richards e Yannis Yannissis.

É este o registo sonoro da produção do Teatro de Cagliari premiada em 2005

 

   As Breves Palavras Meia Hora Antes do espectáculo são do compositor João Madureira, autor da ópera de câmara Metanoite.  A ópera é repetida nos dias 14, 16, 18, 21, 24 e 26.

 

   No Grande Auditório do CCB, às 21h, actua o grupo electrónico britânico Lamb, criado em Manchester por Lou Rhodes e Andy Barlow, trazendo não só o novíssimo CD “5”  saído em Maio, como todos os temas marcantes da banda onde se incluem sucessos como “Gabriel”, “Gorecki”, “Cotton Woll”. O concerto é introduzido por Jay Leighton, líder da ex-banda Buffalo 77.  

 

 

 

    Na Sala Garrett do Teatro Nacional D.Maria II, às 21h30, o Grupo Sakuramakai

 apresenta agora Sorin, peça que enaltece o feito e a glória do Samurai e Daimyo “Sorin Otomo”, um guerreiro conhecido como aquele que fomentou o comércio com o nosso país, enviou os meninos embaixadores para Portugal e se converteu ao  cristianismo, ao mesmo tempo que  descreve a sua vida e o seu sofrimento como guerreiro. Os actores e acompanhantes musicais são os do espectáculo de 10/6.

 

  

Na Galeria 111, encerra neste dia 11 (!) a exposição Demimonde de Diogo Evangelista considerada, por críticos, “uma das melhores do ano (até ver)”. O artista constroi as suas pinturas a partir de fotografias encontradas na internet ou na imprensa (salvas assim da efemeridade, do esquecimento), passa sobre elas camadas de tinta e verniz, sujeitando-as a outras aparências, mas deixando quase sempre entrever os referentes originais.

 

 

 

 

   Domingo, 12 de Junho  -   No Castelo de S. Jorge, às 22h, dentro das Festas de Lisboa’11 e com a participação do Lisboa Fado Ensemble, o guitarrista Fernando Alvim convida os fadistas Filipa Pais, Gisela João e Hélder Moutinho

 

   Na 5ª edição do Out Jazz, neste mês de Junho no Anfiteatro Keil do Amaral (no Espaço Monsanto), ouviremos às 17h o André Fernandes ‘Box’ onde o guitarrista André Fernandes se apresenta  ao vivo acompanhado por Óscar Graça (piano), Nelson Cascais (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria). Actuará também o Dj Miguel Sá.

 

   Como alertámos acima, também em Cascais encerra neste dia My Choice: Obras seleccionadas por Paula Rego na Colecção do British Council (anunciada aqui em 21 de Fevereiro e exposta na Casa das Histórias em Cascais). Versão muito alargada de anterior proposta feita à artista de entre as 8.000 obras existentes, são (como diz um crítico) “heterogéneas entre si …(mas) pela narratividade, pelo apêgo à figuração, à fantasmagoria, à transgressão, podemos ver em muitos casos o clique mental que as trouxe … até aqui (e) esse jogo de afinidades, deliberado e sincero, ajuda a entender Paula Rego”.

                                           Rapariga nua com ovo, 1980-1981, pintura de LUCIAN FREUD

 

 

 

Caros leitores, ainda há alguma diversidade de oferta pelo que deverão aproveitar. A pausa, no entanto, aproxima-se …

publicado por ruideoliveira às 10:01
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Domingo, 29 de Maio de 2011

Agenda cultural de 30 de Maio a 5 de Junho de 2011 por Rui Oliveira

 

 

 

   Segunda  30 de Maio  - Como é usual às Segundas, destacamos um filme que a crítica generalizadamente valoriza, embora neste caso a reacção imediata do público tenha deixado a sala dividida. Trata-se da estreia na Quinta-feira passada do filme vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes 2011 A Árvore da Vida / The Tree of Life, do realizador norte-americano Terrence Malik, um quase septuagenário que apenas fez  cinco longas metragens espaçadas no tempo (a última The New World 2005, após The Thin Red Line 1998). A interpretação principal foi entregue a Brad Pitt, Sean Penn e Jessica Chastain e filme “… aborda a origem do universo e como a tragédia de um ser humano pode ser tão diminuta quando vista a uma escala global  (Público)”.

 

 

 

   Após as experiências dos anos anteriores (com o clarinete e o piano), o São Luiz Teatro Municipal

 e a Orquestra Metropolitana assumem um novo desafio promovendo nesta temporada o Festival para um Instrumento: A Herança de Paganini que dá relevo ao violino. Durante seis dias, a Sala Principal e o Jardim de Inverno do São Luiz TM evocará um dos mais influentes intérpretes de todos os tempos, Niccolò Paganini e dará espaço para novos talentos no Concurso Jóvens Violinistas 2011

   Assim, às 18h30, iniciam-se os recitais dos finalistas ouvindo-se :
    João Andrade  em  obras de Ludwig van Beethoven e Eugène Ysaÿe
    David Ascensão  em  obras de Johann Sebastian Bach e Ernest Chausson   

 

   No Instituto Franco-Português, às 19h, termina o ciclo “Paris no Cinema” com o filme Andalucia (2007) de Alain Gomis, com Yacine Samir Guesmi, Delphine Zingg, Djibril Djolof, entre outros. Recebeu o Prémio de interpretação masculina no Festival Internacional do Filme Francófono de Namur.  (entrada livre)

 

   Aldina Duarte apresenta na  FNAC Chiado, às 18h30, Contos de Fados, o seu quarto álbum. Feito de onze letras originais escritas a partir de obras literárias, portuguesas e estrangeiras, de diversos estilos, todas cantadas nas melodias do fado tradicional, Aldina Duarte faz-se acompanhar pelos músicos Carlos Manuel Proença, na viola, e José Manuel Neto, na guitarra portuguesa.

 

 

 

   Terça  31 de Maio  - Em tempos em que é necessário treinar o NÃO, ou, como sabiamente a Cinemateca anuncia como lema da sua programação de Maio “… vamos mostrar, em palavras e em atitudes, o poder da nega”, saberá bem ver na sua Sala Félix Ribeiro, às 19h, Chantrapas (2010) de Otar Iosseliani com Dato Tarielashvili, Tamuna Karumidze, Fanny Gonin, em primeira exibição na Cinemateca.  “Chantrapas” é uma palavra vinda da aristocracia russa do século XIX que falava francês – “Chantera / Cantará” e “Chantera pas / Não cantará”, diziam os mestres italianos às crianças que frequentavam aulas de canto. E diz Otar Iosseliani : “Mais tarde, Chantrapas tornou-se uma palavra comum: os “chantrapas” eram aqueles que “não prestavam para nada”, os excluídos. Um pouco como a minha personagem principal, que é censurada na União Soviética, e menos bem recebida do que estava à espera no Ocidente”.

 

 

 

   Na Biblioteca-Museu República e Resistência (à Cidade Universitária), às 18h30,

 há, no quadro da “Exposição do Cinema e da Censura em Portugal” ali patente, a apresentação do livro O Cinema sob o olhar de Salazar  de Luís Reis Torgal, historiador e professor no Instituto de História e Teoria das Ideias, da Faculdade de Letras de Coimbra. Esta obra tem co-autoria de Alberto Pena Rodriguez, Álvaro Garrido, António Pedro Pita, Cristina Barcoso, Fausto Cruchinho, Heloísa Paulo, Jorge Seabra, José Matos-Cruz, Paulo Filipe Monteiro, Paulo Jorge Granja e Luís Reis Torgal.  “Oliveira Salazar gostava de ir ao cinema  mas ignorava os filmes estrangeiros e via sobretudo os filmes portugueses dramáticos ou históricos e menos as comédias…” (testemunho, contido na obra, de António Lopes Ribeiro, «o realizador por excelência do Estado Novo»).

 

   Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, ás 18h, no ciclo “O Som do Mundo da Fala Portuguesa” há mais um Recital de Saxofone e Piano. (entrada livre)

 

   Às 18h30, no Jardim de Inverno do São Luiz TM os finalistas do Concurso Jóvens Violinistas 2011 tocarão :

    Tomás Costa - obras de Heinrich Wilhelm Ernst e Maurice Ravel
    Ivan Lopez - obras de Eugène Ysaÿe, Camille Saint-Saëns e Pablo de Sarasate

 

   No Cinema São Jorge, às 22h, a banda portuguesa  Sean Riley & The Slowriders  actuará seguramente com base no seu terceiro CD It’s Been a Long Night nessa data posto à venda. A banda, cujo segundo álbum Only Time will Tell foi dos melhores do ano segundo a Blitz, irá abrir o próximo Festival no Meco.

 

 

 

   O considerado  multifacetado músico norte-americano Sufjan Stevens  vêm a Portugal  ao Coliseu dos Recreios, às 21h, apresentar o seu novo álbum The Age of Adz editado em Outubro do ano passado.

 

 

 

   Quarta  1 de Junho  -  No Grande Auditório da Culturgest, às 21h30, apresenta-se (em estreia e dedicado a Mónica Lapa) o espectáculo de dança Lost Ride, concepção e direcção artística de Francisco Camacho, co-criação e interpretação de Sílvia Real, com música original de Sérgio Pelágio. Um crítico diz : “… as figuras criadas por Sílvia Real confrontam-se com o espaço físico e psíquico que as constrange… Lost Ride habita na tensão, na ilusão das dicotomias e sobre elas oferece a possibilidade de canibalismo...”.  Repete Quinta 2/6.

 

LOST RIDE - Francisco Camacho & Sílvia Real from EIRA on Vimeo.

 

   No Foyer do Teatro Nacional de São Carlos, às 18h, o Estúdio de Ópera I intitula-se Schubertíade e os seus participantes serão a soprano Vera Silva, a meio-soprano  Leila Moreso, o tenor  Bruno Almeida e o baixo-barítono  Bruno Pereira.

 

 

                         

 

   Têm início as Festas de Lisboa’11 que se prolongarão até ao final do mês de Junho e cuja programação extensa, de qualidade cultural muito variada, se pode consultar em  www.festasdelisboa.com .

Neste primeiro dia, no “céu” do Terreiro do Paço, às 21h30, a argentina Compañia Puja, criadora do Teatro das Alturas, apresenta  Do-Do Land, uma performance urbana inspirada nos mundos de Lewis Carroll, recriando o pais de Alice num espectáculo aéreo e visual projectado para grandes espaços. Bailarinos, acrobatas e actores aliam técnicas aéreas à música e à imagem.

Em seguida, os italianos Dadadang Percussion Group introduzem o segundo momento da noite onde  num movimento entre o Terreiro do Paço e o Rossio se cria um itinerário musical e performativo, desempenhado por um corpo de  percussionistas, em que a Rua Augusta se veste de palco para uma trajectória de luz e som.

O último momento do espectáculo tem lugar na Praça do Rossio e envolve todos os espectadores pois, num momento de participação colectiva, o espaço urbano será coberto por uma teia aérea  concebida pelo artista Donato Sartori que, como uma Máscara Urbana, irá cobrir o público que daí assistirá às sonoridades cosmopop dos franceses Les Balayeurs du Désert, criando diálogo entre os dois pólos desta experiência:  visual e sonoro.

 

   Também muitas iniciativas no campo das artes visuais integram as Festas de Lisboa’11. Haverá uma 2ª Edição de A Maior Exposição Fotográfica do Mundo através do uso de múltiplos espaços emblemáticos da cidade de Lisboa como galerias de apresentação de fotografias (ver guia das Festas). Igualmente a iniciativa António Santo d’Arte pretende apelar a centenas de artistas para que ilustrem uma exposição sobre Santo António.  Ainda, com pretexto no Sermão de Santo António aos Peixes, se solicita ao design dos wallprinters que cubram a fachada duma ermida em Belém.

 

   Às 18h30, no Jardim de Inverno do São Luiz TM os finalistas do Concurso Jóvens Violinistas 2011 tocarão :

    Ana Pereira - obras de Eugène Ysaÿe e Franz Schubert
    André Gaio Pereira - obras de Claude Debussy e Henri Wieniawski

 

 

 

   Quinta 2 de Junho  - Na Fundação Calouste Gulbenkian (no Grande Auditório, às 21h), o Coro Gulbenkian e a Orquestra dirigidos por Bertrand de Billy, com o apoio dos cantores Adina Aaron soprano, Adrineh Simonian meio-soprano, Charles Reid tenor e Boaz Daniel barítono interpretarão de Ludwig van Beethoven  − Abertura Fidelio, op.72 / Ah! Perfido!, op.65 (cena e ária para soprano e orquestra) / Sinfonia nº9, op.125.  Repete Sexta 3/5 às 19h.  Dado não haver registo de Bertrand de Billy, ouça-se o de Nikolaus Harnoncourt :

 

 

   Às 18h30, no Jardim de Inverno do São Luiz TM os finalistas do Concurso Jóvens Violinistas 2011 tocarão :

    Otto Pereira - obras de Parashkev Hadjiev, George Enescu e Manuel de Falla 
    Luísa Seco - obras de Sergei Prokofiev e Eugène Ysaÿe

 

   Na Sala Principal do São Luiz TM, às 21h, sob a direcção musical de Cesário Costa, Solistas da Metropolitana  com o actor António Fonseca  interpretam  A História do Soldado de Igor Stravinsky, na versão de concerto a partir do espectáculo de 2010 (direcção cénica João Pedro Vaz). Relembra o programa : “… o compositor (Stravinsky) queria uma ópera itinerante … a partitura para sete instrumentos tem, por isso, forte dimensão cénica … à volta da história dum soldado que regressa a casa com o velho violino.”

 

   Na Sociedade Portuguesa de Autores (Lisboa), às 18h30, o Trio de Madeiras de Jovens Solistas da Metropolitana (Carlos Tomás clarinete, Eva Mendonça flauta e Catherine Stockwell fagote) tocarão de Sérgio Azevedo  Suite Campestre para Sopros, “Pelos campos fora”, de César Guerra Peixe  Trio n.º 2 para Sopros e de Robert Muczynski  Fragmentos. Em seguida o Quarteto de Cordas (Carlota Pimenta violino, Maria Bykova violino, Paul Wakabayashi viola e João Paes violoncelo) executará de Felix Mendelssohn  Quarteto de Cordas n.º 1, Op. 12. (entrada livre)


   Nos espaços da Igreja e do Museu de São Roque é apresentado, às 21h30,

 Vieira em São Roque / visita dramatizada onde, a partir de excertos de sermões do Padre António Vieira, devidamente seleccionados, o encenador Francisco Brás, propõe-se apresentar a obra e o pensamento deste padre jesuíta. Duas figuras do povo, uma índia tupi e a rainha Cristina Alexandra da Suécia, contracenam com Vieira, dando-nos a conhecer as diferentes facetas desta figura incontornável da cultura portuguesa e ocidental. A dramatização termina com o Padre António Vieira a proferir o sermão de Santo António aos peixes, no púlpito da Igreja de São Roque.

 

   Às 18h, na Sede da Metropolitana o concerto Quinta Perfeita traz  Ravena Mendonça violino, Catarina Gonçalves violoncelo e Ricardo Vicente piano para tocarem  de Antonin Dvorák  Trio N.º 4, Op. 90, B. 166, Dumky (Um pensamento fugaz) e, em seguida, Carolina Patricio flauta, Catarina Passos flauta e Paulo Pacheco piano para interpretar de  Jean-Michel Damase  Trio para Flauta, Oboé e Piano. O concerto é repetido na Sexta-Feira, 3/6 ,às 19h, no Liceu Camões (Lisboa). (entrada livre)

 

   No Ondajazz, às 22h30, o palco abre-se para a apresentação  do Duo Peranzzentta Senise fruto da colaboração entre Mauro Senise e Gilson Peranzzentta. Músico com uma actividade de 35 anos, Senise participou em numerosos grupos (Cama de Gato, Quinteto Pixinguinha,Rio Jazz Orquestra, Trio erudito com Rosana Lanzelotte e David Chew ), sendo relembrado o seu espectáculo durante 3 dias no Lincoln Center (Nova Iorque) “The Music by Pixinguinha”.

 

 

 

   Na Galeria ZDB, às 22h, o espectáculo é duplo. Actua primeiro Daniel Levin a Solo, um músico que, na esteira de Eric Friedlander, Daniel Pezzotti, Hank Roberts e David Darling, tem tornado o violoncelo uma força proeminente na composição jazzística. Após Organic Modernism (2011) com o seu notável quarteto (Wooley trompete, Moran vibrafone e Bitebc contrabaixo), acaba de editar Inner Landscape (2011) onde intervem a solo e que será a base do seu concerto em Portugal.

 

 

 

   Em seguida, intervêm Manuel Mota & Margarida Garcia , guitarristas da música experimental  nacional,  autores do CD The Well (2004).

 

   O CCB retoma (no seu 4º ano) a temporada de verão do Jazz às 5ªs, abrindo na Cafeteria Quadrante (às 22h) com o quinteto norueguês Motif, composto por Axel Dörner trompete, Atle Nymo saxofone/clarinete baixo, Håvard Wiik piano, Ole Morten Vågan contrabaixo e Håkon Mjåset Johansen bateria. (entrada livre)

 

 

 

   O “Baile"  regressa a Lisboa no MusicBox, às 0h00, sendo Luke Vibert o cabeça de cartaz. O seu álbum mais recente sob o nome Wagon Christ, Toomorrow, foi lançado em Março e é falado entre a crítica internacional como um dos discos do ano; aí se demonstra porque é “o rei da música exótica e ‘pedrada’, dos samples vocais ridículos, do ritmo balançante e do ‘groove’ psicadélico”. A juntarem-se a Luke Vibert vão estar Twofold e Macacos do Chinês, em formato DJ Set e em estreia absoluta num “Baile”.

 

   No Cinema São Jorge, às 22h, Fernando Maurício inaugura a presença fadista nas  Festas de Lisboa’11 num documentário de Diogo Varela Silva sobre a sua vida e obra.

 

   No Instituto Franco-Português, das 19h-21h, o “Bar das Ciências” é À procura dos aromas do vinho : uma experiência sensorial complexa  com Gilles de Revel, professor da Universidade de Bordéus e do Instituto das Ciências da Vinha e do Vinho (ISVV) - Faculdade de Enologia. Tema: “… a capacidade para extrair a informação olfactiva do vinho, que é uma matriz complexa,  depende muito da nossa sensibilidade  e também da nossa peritagem.  A homogeneidade do discurso dos provadores em torno de um copo de vinho é portanto forçosamente difícil….

 

 

 

   Sexta 3 de Junho  - No Grande Auditório do CCB, às 21h, a Orquestra de Câmara Portuguesa (residente no CCB) sob a direcção musical de Heinrich Schiff (e também violoncelista) tocará de E. Elgar a Serenata para cordas, op.20,  de C. Saint-Saëns o Concerto para violoncelo nº 1, op.33  e de L. van Beethoven a Sinfonia nº 4, op.60.

 

Nota: Só havendo de H.Schiff a gravação da 5ª Sinfonia (e não da 4ª) mostramo-la; também não existindo do Concerto para violoncelo de Saint-Saens, compensamos com a orquestra de Carlo Maria Giulini acompanhando Mstislav Rostropovich.  

 

 

   Ainda dentro do FIMFA Lx11 (Festival de Marionetas e Formas Animadas), estreia

 às 21h30 na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II Flauta Mágica, uma produção da Thalias Kompagnons (Nuremberg, Alemanha) sobre a conhecida ópera de Mozart. O cenário revela uma mesa de manipulação, onde se movem as marionetas inspiradas nas pinturas e marionetas de Paul Klee, numa parafernália de cenários, dispositivos cenográficos e transformações. A acção horizontal das marionetas de luva é projectada através de câmaras de vídeo para um ecrã gigante localizado acima do palco, que muda de uma forma muito imaginativa. O reputado contratenor, Daniel Gloger, empresta às marionetas a sua versátil voz, acompanhado por uma orquestra com oito músicos. Repete Sábado 4/6.  

 

   Na Sala Principal do São Luiz TM, às 21h, realiza-se, com a participação da Orquestra Metropolitana, o Concerto final do Concurso Jóvens Violinistas 2011 com a presença dos quatro finalistas do Concurso. (entrada livre)

 

   Às 19h, no El Corte Inglés, o Quarteto de Cordas de Solistas da Metropolitana (referido atrás) tocará de Felix Mendelssohn  Quarteto de Cordas n.º 1, Op. 12 e o Trio de Madeiras (Susana Oliveira oboé, Marta Xavier clarinete e Daniel Mota fagote) tocará de Henry Barraud  Trio para Oboé Clarinete e Fagote, de Jacques Ibert  Cinco Peças em Trio e de Miguel Oliveira  Cinco Miniaturas. O concerto será comentado por Alexandre Delgado. (entrada livre)

 

   No Instituto Franco-Português, às 19h, o coro de vozes masculinas Maîtrise de Garçons de Colmar, sob a direcção de Arlette Steyer, entoará canções de  Pierre Calmelet,  R. Murray Schafer,  Ernest Dines, Vytautas Miskinis,  Roger Calmel, Victor Flusser,  Alberto Grau,  Charles Lecoq,  Jean-Baptiste Lully  e Jacques Chailley.  

 

 

 

   Na Casa dos Açores (em Lisboa), às 21h30, os Solistas da Metropolitana  Ana Mendes flauta, Ana Castanhito harpa e Ricardo Mateus viola interpretarão de Nino Rota  Sonata para Flauta e Harpa, de Arnold Bax  Trio elegíaco e de  Claude Debussy  Sonata para Flauta, Viola e Harpa. (entrada livre)

 

   Às 24h, no Palácio Belmonte (Páteo Dom Fradique, 14, ao Castelo) os Soundwalk apresentam Ulysses’s Syndrome. Obra sonora de 24 horas, reunindo um grande leque de fragmentos marítimos realizado no Outono de 2009, entre Itaca e Tróia, ( passando pela Baia de Nápoles, Palermo, Stromboli, as Ilhas Eolias, Cartago), foi  gravada ao vivo, a bordo de um três mastros, equipado de antenas de longo alcance e de scanners  pilotado pelo capitão do som Stephan Crasneanscki, e seus companheiros Simone Merli,  Kamran Sadeghi e Dug Winnigham sem esquecer o realizador Jim Helton, que assina o filme.

 

ULYSSES SYNDROME from Jim Helton on Vimeo.

 

   O Coliseu dos Recreios apresenta, às 21h30, o espectáculo  Mayra Andrade Convida onde a cantora cabo-verdeana mostra uma nova faceta da sua música, expressa no seu último trabalho Studio 105 e convida uma verdadeira constelação de estrelas nacionais: Bernardo Sassetti, Carlos do Carmo, Carlos Martins, Tereza Salgueiro e Tito Paris.

 

 

 

   Integrado nas Festas de Lisboa’11, toda a área do Castelo de S. Jorge será ocupada a partir das 12h30 pela Compagnia Sbandieratori e Musici di Città della Pieve (Companhia de Agitadores de Bandeiras e Músicos), formação que integra sbandieratori e músicos que combinam ritmo e acrobacias, criando atmosferas evocativas da época renascentista. (este espectáculo integra-se no quadro das manifestações organizadas pelas instituições italianas em Portugal, por ocasião das celebrações para o 150º aniversário da unificação de Itália).

   No mesmo Castelo de S. Jorge, às 22h, canta  Ana Moura com a participação do Lisboa Fado Ensemble, dentro das Festas de Lisboa’11. 

 

   A iniciativa Jazz na Praça leva à Praça Paiva Couceiro (Penha de França), a partir das 19h, o Nuno Ferreira Quarteto, grupo que é constituído, além do guitarrista, por Bernardo Moreira no contrabaixo, João Moreira no trompete e André Sousa Machado na bateria e que “ pratica um Jazz moderno, assente na interacção entre os seus elementos e no conhecimento e respeito pela vasta tradição deste género musical”.

 

 

 

   Sábado 4 de Junho  -  No Pequeno Auditório do CCB, às 21h30, estreia Três Homens Sós, com texto e encenação de André Murraças e interpretação de Suzana Borges, Anabela Brígida, Vítor d’Andrade e André Patrício. Inspirado em três argumentos de cinema das obras de Paul Schrader American Gigolo, Light Sleeper e The Walker, o espectáculo recupera as histórias das personagens dos filmes mantendo o tema dos “lonely men”. “Três histórias da condição humana no vasto cenário da cidade. A cidade racista, homofóbica, plástica, sedenta, violenta, falsa, hipócrita e decadente. Mas também um lugar onde é possível encontrar o amor, apesar de tudo...” (diz o programa). Permanece até Quarta 8/6.

 

                            

 

   No Pequeno Auditório do CCB, a orquestra-escola de jazz Big Band Júnior (direcção musical e pedagógica de Claus Nymark) dá o seu terceiro concerto Summertime!

 

   Na Sala de Ensaio do CCB, o Teatro do Vestido apresenta (em estreia absoluta) às 15h30 Tropeçar, um projecto de teatro para a infância “que pretende ser mais sobre aquilo que as crianças nos dizem do que sobre aquilo que nós lhes dizemos a elas”. Um manifesto? Um conjunto de perguntas? Ou só uma deteminação?  (permanece até 9/6, a horas diversas)

 

   Na Sala Principal do São Luiz TM, às 21h, a Orquestra Metropolitana de Lisboa  sob a direcção musical de Gilles Apap  (que também tocará violino) interpretará de Arvo Pärt  Fratres (Solo), de Wolfgang Amadeus Mozart  Concerto n.º 3 para Violino em Sol maior e de  Felix Mendelssohn  Sinfonia n.º 4 em Lá, op. 90, Italiana.

 

    Às 16h00, no Palácio Nacional da Ajuda, alguns  Jovens Solistas da Metropolitana  Clara Saleiro flauta, Teresa Madeira violoncelo e Alexei Eremine piano interpretarão de Johann Nepomuk Hummel   Adagio, Variações e Rondo sobre um tema Russo, Op. 78 e de  Carl Maria von Weber   Trio, op. 63.  Outros Solistas (Madalena Rodrigues violino, Nuno Cardoso violoncelo e Jennifer Granlund piano) tocarão de Claude Debussy   Trio para Violino, Violoncelo e Piano nº1. (entrada livre)

 

   No  Museu do Oriente, às 17h,  Jovens Solistas da Metropolitana  dos seus Agrupamentos da Academia Superior de Orquestra  ( Adão Pires contrabaixo, Bruna Domingues contrabaixo, Jorge Castro contrabaixo, Margarida Ferreira contrabaixo, Rui Ferreira clarinete, Sandro Andrade percussão e Jorge Castro contrabaixo)  interpretarão de Georg Philipp Telemann   Concerto em Ré maior, TWV 40:202 [arr. para 4 Contrabaixos de Carolyn  White Buckley], de Paul Hindemith   Musikalisches Blumengärtlein und Leÿptziger Allerleÿ (Jardim musical florido e histórias de Leipzig), duos para clarinete e contrabaixo, de Bernard Alt  Suite para Quatro Contrabaixos e de Morton Gould  Benny’s Gig, 8 duos para clarinete e contrabaixo. Rui Campos Leitão fará os comentários. (entrada livre)

 

   Também no Museu do Oriente, às 18h, no Auditório, haverá um Concerto de Gamelão de Java dado por um grupo do Departamento de Ciências Musicais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova orientado por Estelle Amy de la Bretèque. O repertório do concerto inclui peças dos sultanatos de Surakarta e de Yogyakarta. Actua, como convidado, o Grupo Yogistragong.  Esclareça-se que o gamelão é um instrumento colectivo tradicional da ilha de Java, Indonésia, composto por diferentes percussões (gongos, lamelofones, membranofones) e voz.  É usado para acompanhar o teatro de sombras, várias formas de dança, cerimónias rituais ou como forma musical de concerto.

 

   O Coro Maîtrise de Garçons de Colmar, sob a direcção de Arlette Steyer, actuará, às 19h, na Igreja de São Roque com um repertório integralmente diferente (do concerto no IFP)  de canções desde Pedro Escobar (1465 - 1535), Esteban Lopes Morago (1580 - 1630), Marc-Antoine Charpentier (1643 - 1704) a  Frantz Biebl (1906 - 2001), Eric Whitacre (1970 -  ) ou Bruno Miranda (1971 -  ).

 

   Ainda dentro do FIMFA Lx11, estreia às 21h30 na Sala Principal do Maria Matos TM  L’Imédiat, uma criação de Camille Boitel, com interpretação de Marine Broise, Aldo Thomas, Pascal le Corre, Camille Boitel, Jérémie Garry e Jacques-Benoît Dardant. Espectáculo sem palavras.  Descrevem os críticos : “Seis artistas-acrobatas tentam manter o equilíbrio no meio de uma confusão mirabolante e de uma delirante cascata de catástrofes.” ”… Camille Boitel oferece uma visão trágica da condição humana, num mundo em que tudo parece estar num estado de desastre iminente. Mas L’Immediat não deixa de ser também um elogio ao espírito inventivo e de perseverança do Homem, em confronto com os desastres que causamos e que sofremos.”  Repete Domingo às 18h e Segunda às 21h30.

 

Camille Boitel - L'Immediat from Teatro Maria Matos on Vimeo.

 

   No Ondajazz, às 22h30, volta a apresentar-se Orlanda Guilande recentemente chegada duma permanência londrina, cantora de origem africana mas que aborda o fado, o soul e o jazz.

 

   No Castelo de S. Jorge, às 22h, canta Raquel Tavares com a participação do Lisboa Fado Ensemble, dentro das Festas de Lisboa’11. 

 

  Ainda dentro do FIMFA Lx11, no Museu da Marioneta às 16h, o Teatro de Ferro apresenta Pandora com direcção e interpretação de Carla Veloso e Igor Gandra. Espectáculo sobre os múltiplos espectáculos que Pandora é ou podia ter sido − vamos abrir a caixa das possibilidades “quase não concretizadas” e das ideias que não veriam a luz do dia se a curiosidade não fosse também uma arte. Repete Domingo 5/6 às 21h30.

 

   No Estoril Jazz 2011, o Trio Hal Galper, composto por Hal Galper ao piano, John Bishop no contrabaixo e Jeff Johnson na bateria, toca às 18h. “Músico assumidamente integrado na corrente mainstream do jazz moderno, acompanhador excepcional e solista de grande imaginação e criatividade, este pianista é um brilhante continuador da grande tradição do bebop e do hardbop” (segundo o programa). Integrou conjuntos como os de  Chet Baker, "Cannonball" Adderley, John Scofield, Slide Hampton, Lee Konitz, Stan Getz ou Phil Woods.

 

 

   Antes, das 16h-17h30, o pianista dará uma conferência sobre O que é o Jazz ? com a participação do músico português Zé Eduardo.  

 

 

 

   Domingo 5 de Junho  - No CCB (na Sala Luís de Freitas Branco), às 11h30, a 4ª sessão dos Concertos à Conversa /Música sem fronteiras chama-se Música de Câmara em boa companhia e oferece como programa :  1. Concertino para piano (Paulo Pacheco) e ensemble de câmara (Nuno Silva clarinete, Daniel Mota fagote, Tiago Matos trompa, Vítor Vieira violino I, Jorge Alves violino II e Juan Maggiorani viola) de Leoš Janácek ; 2. Suite para violoncelo solo (Marco Pereira violoncelo) de António Pinho Vargas ; 3. Canto de amor e de morte, op.140 de Fernando Lopes-Graça. Esta última obra, considerada por muitos a sua obra-prima, será interpretada por Paulo Pacheco piano e o Quarteto de Matosinhos (Vítor Vieira violino I, Jorge Alves violino II , Juan Maggiorani viola e Marco Pereira violoncelo).

 

   Dez anos após a primeira colaboração entre a artista irlandesa Orla Barry e o escultor português Rui Chafes estreou no início de Maio no Museu Colecção Berardo a exposição Five Rings, já considerada por alguns críticos “um dos momentos altos da temporada portuguesa”(C.M.). Diz o folheto acompanhante : “Five Rings apresenta-se como um percurso através de uma sequência de “palcos” que nos conduzem até um espaço de memória ficcional. … Para ela (Orla Barry), a arte é uma maneira de dar forma a uma imagem ou a uma visão da realidade. Escreve poemas em prosa, fragmentos de texto que consistem  em reflexões filosóficas, pensamentos, acontecimentos, factos biográficos, elementos de uma narrativa ficcional e associações de som. É esta paixão pelas palavras e pelas sensações que representa a verdadeira proximidade com Rui Chafes, artista que traduziu para português os Fragmentos de Novalis, que cita constantemente em escritos que acompanham toda a sua obra.”

 

  rui chafes     orla barry

 

   Na 5ª edição do Outjazz, neste mês de Junho no Anfiteatro Keil do Amaral (no Espaço Monsanto), ouviremos às 19h Groove 4 Tet da Dj Isilda Sanches, uma jornalista que encontrou o conforto das ondas hertzianas com o decorrer dos anos.

 

   O Estoril Jazz 2011 encerra com a actuação de  Joe Lovano, um dos mais conceituados saxofonistas da actualidade,  brilhante construtor de pontes entre as velhas correntes do sax e a modernidade.  Com o seu quarteto integrando  Salvatore Bonafede no piano, Peter Slavov no contrabaixo e Jeff Ballard na bateria, Lovano trará certamente parte do seu novo álbum (o seu 22º para a Blue Note Records) Bird Songs , considerado “uma perspectiva excitantemente aventurosa, totalmente moderna mas estritamente pessoal de uma das figuras mais influentes da história do jazz vista por uma das vozes mais importantes da música actual”, referimo-nos, claro, a Charlie Parker.

 

 

 

   Vai-se aproximando o verão, caros leitores, as principais temporadas artísticas estão a acabar e em breve entraremos na pausa estival … ameaçados embora pela “tempestade” política cuja borrasca irá infelizmente cair sobre todos nós !

 

 

 

 

 

 

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Domingo, 22 de Maio de 2011

Agenda cultural de 23 a 29 de Maio por Rui Oliveira

 

 

 

 

 

   Segunda  23 de Maio  - Na Cinemateca Nacional, com o patrocínio da Embaixada da Índia, é prestada uma pequena homenagem a Rabindranath Tagore, o grande poeta de origem bengali que conquistou o Nobel da literatura em 1913, no momento em que se comemoram os 150 anos do seu nascimento. Os seis magníficos filmes escolhidos pertencem a Satyajit Ray, para quem a obra literária de Tagore foi determinante na construção da sua visão do mundo e do cinema. Hoje exibe-se, às 19 (sala Dr.Félix Ribeiro), Charulata (1964) ou Mulher Solitária com Sumitra Chaterjee, Madhabi Mukerjee, Sailen Mukerjee.  Baseado em Nastanirh, de Rabindranath Tagore (onde se segue a história de um jornalista e da sua mulher que hospedam um amigo que acabará por ter uma relação platónica com a mulher), Charulata marca o apogeu de uma fase da obra de Ray, com requintada fotografia a preto e branco, belíssima música, o seu actor preferido (Sumitra Chaterjee) e um grande retrato de mulher, a personagem-titular.  

   Segue-se a 24/5 (19h) Ghare Baire (A Casa e o Mundo, 1983), uma obra de uma complexidade magnífica sobre a História e a 25/5 (19h) Agantuk (O Visitante, 1991), o último filme de Satyajit Ray onde ele traça um retrato nostálgico de uma sociedade em mudança.

 

   No Instituto Franco-Português, às 19h, prossegue o ciclo “Paris no Cinema” com o filme Changement d’adresse  de Emmanuel Mouret (França, 2006) com Fanny Valette, Frédérique Bel, Emmanuel Mouret e Dany Brillant. Entrecho : Recém-chegado a Paris, David, um músico tímido e desastrado, apaixona-se loucamente pela sua aluna, Julia. E tenta de tudo para a seduzir. A sua amiga Anne, com quem partilha a mesma casa, procura incentivá-lo, dá-lhe conselhos e consola-o apaixonadamente. (entrada livre)

 

   Na Fonoteca Municipal, às 18h30, com entrada livre, há Viagens pelo Som e pela Imagem 2011 (Cinema, Vídeo, Pintura, Desenho, Fotografia, Escultura & Música ao vivo), um projecto de Edward Luís Ayres de Abreu onde participam desde Bruno Pereira a Zulmira Gamito.

 

   Já no final do FATAL 2011 - 12º Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa, o Grupo de Teatro da Nova (GTN) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (Universidade Nova de Lisboa) apresenta às 21h30 (entrada livre) Antitheos ou a divina antagonista, produção  a partir da Antígona de Sófocles, com encenação de Adriana Aboim e interpretação de Bárbara Ramalho, Cláudia Pinto, Cátia Leandro, José Miranda, Mafalda Jacinto, Natasha Bulha, Pedro Barroso, Rita Bexiga, Robin Mercier, Sara Leite, Susana Mendonça e Tiago Olim.”…  A Antígona sofocliana é o nosso ponto de partida, a antagonista, a que está "anti-guião", "anti-caminho" proposto, informe e contra o conforme, igualando-se aos deuses quando os questiona no destino da missão humana. A partir dela vamos chegando a nós próprios - atravessamos pólos que se atraem e se afastam, procurando algo que vislumbramos mas aonde custa chegar”.

 

   

   Terça 24 de Maio  -  No Pequeno Auditório da Culturgest, às 21h30, estreia em Portugal (com a gravação dum CD) a nova formação Platform 1 do saxofonista (e clarinetista) de Chicago Ken Vandermark que, com Steve Swell trombone, Magnus Broo trompete, Joe Williamson contrabaixo e Michael Vatcher bateria tocará o seu jazz de vanguarda, na intersecção do hard bop e do legado free.

 

 

 

     O agrupamento de chamber folk (folk de câmara) Dark Dark Dark liderado por Marshall LaCount e Nona Invie e autor do CD Wild Go actua às 21h no palco da Praça de Touros (Campo Pequeno). Nesse concerto regressa também a Portugal a banda de rock indie nova-iorquino The National tocando o último álbum High Violet (ou o tema do videoclip Conversation 16).

 

 

   Quarta  25 de Maio  -  Às 18h30, nas Ruínas do Convento do Carmo (e inserido no Chiado na Moda 2011) a Orquestra de Sopros da Metropolitana  (direcção musical  Reinaldo Guerreiro) tocará de George Gershwin  Cuban Overture (arr. de Mark Rogers), de Johan de Meij  The Wind in the Willows, de Dirk Brossé  El Golpe Fatal e de Carlos Franzetti e Robert Kraft  "Highlights" da música do filme The Mambo Kings (arr. Reinaldo  Guerreiro).

 

   Ainda dentro do FIMFA Lx11, no CaMA (Centro de Artes da Marioneta), às 21h30 e 23h, Laurent Bigot apresenta Le Petit Cirque, “… um  objecto  sonoro  complexo,  feito  de madeira,  de  plástico,  de  fios,  de  energia  e  de  fragilidade…  Doze pequenos microfones extraem múltiplos recursos sobre a pista.  É  um  circo  sonoro  da mesma  forma  que  o teatro  pode  ser musical.”  Repete Quinta 26/5.

 

   A Cinemateca associa-se ao centenário da Universidade de Lisboa com um programa de

filmes centrado nas representações da Universidade feitas pelo cinema português. Começa com Verdes Anos (1963), ambientado na zona onde estava, então, a ser construída a Cidade Universidade, um filme de Paulo Rocha (às 21h30) considerado pioneiro do Novo Cinema português e Odete (2005), parcialmente rodado no Hospital de Santa Maria, um filme de João Pedro Rodrigues premiado com a Mention Spéciale Cinema de Recherche em Cannes 2005.

 

   No Pavilhão Preto do Museu da Cidade (Campo Grande, nº 245) inaugura-se a exposição Urban Africa – Uma viagem fotográfica por 52 Cidades Capitais / Novos padrões de Urbanismo no continente africano, onde David Adjaye,  um dos mais reputados arquitectos da sua geração, sai da sua linha de trabalho habitual para fotografar e documentar as principais cidades africanas, como parte de um projecto contínuo de estudo sobre a construção e os padrões de urbanismo em África. Esta colecção de fotografias é uma procura pessoal, motivada pelo escasso conhecimento existente dos ambientes urbanos no continente africano.

 

              

   Na Biblioteca –Museu República e Resistência (à Cidade Universitária) é inaugurada a Exposição do Cinema e da Censura em Portugal (organização de Lauro António)que perdurará até 15 de Junho.  

 

   Na Casa Conveniente (R. Nova do Carvalho, 11), companhia fundada e dirigida por Monica Calle, estreia  Anúncio de Morte 3 – O Passeio das Raparigas Mortas, a partir de Anúncio de Morte de Heiner Müller (todos os dias em sessões contínuas, das 20h às 24h) com representação de Rute Cardoso. Este ciclo Heiner Müller na Casa Conveniente tem o apoio do  Goethe-Institut Portugal.

 

   Na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, às 21h, a cantora britânica P. J. Harvey, ícone do rock alternativo, actua apresentando o seu novo álbum Let England Shake. [concerto esgotado. Repete a 26/5]

 

 

   Na Galeria ZDB, às 22h, actua o Rodrigo Amado Motion Trio c/Jeb Bishop, três músicos − Rodrigo Amado (saxofone), Miguel Mira (violoncelo) e Gabriel Ferrandini (bateria) − que partilham como denominador comum, mas não exclusivo, as estratégias formais do jazz. Neste concerto serão acompanhados por Jeb Bishop no trombone.

 

   No Lux, às 22h, George Lewis Jr, a.k.a Twin Shadow regressa à sonoridade new wave no seu novo álbum Forget.

 

   No Teatro-Estúdio Mário Viegas, a Companhia Teatral do Chiado apresenta a peça Eu te Amo de Arnaldo Jabor, onde dois realizadores de cinema Rosane Svartman e Lírio Ferreira dirigem dois actores Alexandre Borges e Juliana Martins numa comédia, com laivos de drama, sobre “as diferenças e os questionamentos de um casal quanto ao amor e aos seus relacionamentos”. Haverá 5 representações entre Quarta e Sexta-feira.

 

 

   Quinta 26 de Maio  - A Companhia Nacional de Bailado estreia no Teatro Camões,

 às 21h, Noite de Ronda, uma obra original coreografada por Olga Roriz com banda sonora de João Raposo. Nas palavras da coreógrafa : Noite de Ronda é uma noite de paixões onde homens e mulheres se espiam, se vigiam, se seduzem e desejam num ritual viciante e viciado. Os corpos atropelam-se patrulhados de segredos desnorteados, num impacto feroz onde as acções nunca se explicam. A insistência faz rolar o suor de unhas cravadas contra a pele. O espaço é íntimo, fechado, uma prisão perpétua repleta de sons compassados e violentos. Nasce o dia. Os pássaros cantam mais enervantes que nunca. O frenesi continua. O estore baixa .

 

   No Teatro da Trindade (Sala Principal, às 22h), estreia O Último Minuto da Vida de S., um texto de Miguel Real encenado por Maria João Rocha e interpretado por Sylvie Rocha. Tema :

 “Snu Abecassis relembra, no momento em que percebe que vai morrer, o seu percurso ao lado de Francisco Sá Carneiro e os quase vinte anos vividos em Portugal. A história dum casal que se amou intensamente, contrariando códigos políticos e sociais e que morre abraçado, numa explosão de uma avioneta”. Permanece até 5/6 de 5ª a Sábado, Domingo às 17h.

 

    No Ondajazz, às 22h30, a cantora Silvia Nazário , acompanhada por Valdir Alves

 

 voz e violão, Claudio Kumar voz e violão, Zé Canha contrabaixo e João Coelho bateria faz uma viagem por algumas vertentes da música brasileira, dando enfase a musica de origem indígena. A partipação de Valdir Alves, vindo especialmente da Rondónia, “trará o sabor da arte no sotaque deste artista do Norte do Brasil”.

 

   No Museu da Marioneta há mais dois espectáculos do FIMFA Lx11 (ver semana anterior). Um na Capela do Museu, às 21h30, Nopeussokeus - Speed Blindeness pelo WHS (Finlândia), encenado e interpretado por  Kalle Hakkarainen. É uma peça atmosférica sobre a luta de um condutor para se manter acordado durante a condução virtual de um automóvel e recorda-nos o universo surreal de David Lynch.

   O outro, nos Claustros do Museu, às 22h15, Richard, Le Polichineur d’Écritoire pela Cie Chemins de Terre (Bélgica), encenada por Francy Bégasse e cujo actor-manipulador é Stéphane Georis. A peça coloca três questões essenciais em três actos: “Hamlet”: Quão bom é viver? Ser ou não Ser? “Romeu e Julieta”: Quão bom é amar? “Ricardo III”: Quão bom é o poder? O professor de literatura Richard responde-lhes.  Ambos repetem Sexta 27/5.

 

   No Chapitô, às 22h, inserido na sua estratégia de programação internacional,  apresenta-se ao público, na 4.ª edição do ”Ciclo de Mulheres Palhaço”, Penélope (Espanha) onde Pepa Plana interpreta a figura mítica da mulher de Ulisses, aguardando o seu regresso de Tróia (às 22h, com encenação de Nola Era).

 

   No Cinema São Jorge, às 21h30, Cidália Moreira, a “fadista cigana” para alguns, recapitula a sua carreira num regresso a palcos lisboetas.

 

 

   Sexta  27 de Maio  - No Grande Auditório da F.C.Gulbenkian, às 20h, o Coro e a Orquestra Gulbenkian dirigidos pelo maestro Lawrence Foster interpretam  Die Drei Pintos (em três actos), ópera cómica inacabada de Carl Maria von Weber e posteriormente completada por Gustav Mahler. Intervêm as sopranos Michaela Kaune e Dora Rodrigues, a meio-soprano Simona Ivas, os tenores Marius Brenciu e Ji-Min Park, os barítonos Philippe Fourcade e Job Tomé e o baixo Martin Snell.

 

 

 

   Às 19h, no Auditório 2 da Fundação, o musicólogo Rui Vieira Nery dá uma conferência sob o título De Weber a Mahler : A linhagem da música do futuro. (entrada livre)

 

   No Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, às 21h, a Orquestra Académica Metropolitana (sob a direcção musical de Jean-Marc Burfin), com Daniel Mota fagote e Margarida Ferreira contrabaixo  tocarão de  Franz Schubert  Sinfonia n.º 3 em Ré maior, D. 200, de Carl Maria von Weber  Andante e Rondo Ungarese, Op. 35, para fagote e orquestra, de Sergei Koussevitzki  Concerto para Contrabaixo e Orquestra, Op. 3 e de  Igor Stravinski  Suite do bailado Pulcinella.

   Ainda dentro do FIMFA Lx11, no CaMA (Centro de Artes da Marioneta), às 21h, 23h30 e 24h, Mischa Twitchin (Reino Unido) apresenta o seu díptico The Children’s Emperor & The Pianist, uma “performance-filme”, uma investigação sobre a imagem e a performance que nos mergulha no universo sensível e de investigação permanente deste criador inglês.

   A Casa Fernando Pessoa organiza a 27 e 28 um Colóquio Internacional Carlos de Oliveira (cuja programação pode ver-se em

http://casafernandopessoa.cmlisboa.pt/fileadmin/CASA_FERNANDO_PESSOA/Imagens/noticias/Programa_Coloquio_Carlos_de_Oliveira_.pdfue )

 cuja conferência inaugural de Gastão Cruz aborda Carlos de Oliveira : do real ao real um percurso na linguagem. Após intervenções de Alexis Levitin, Manuel de Gusmão, Fernando Pinto do Amaral, Nuno Júdice e Inês Pedrosa, entre outros, encerra com uma palestra de Eduardo Lourenço. 

 

   A Cinemateca associa -se à iniciativa da Casa Fernando Pessoa neste Colóquio sobre Carlos de Oliveira  exibindo o filme de Fernando Lopes baseado no romance Uma Abelha na Chuva.

 

   Na Livraria Ler Devagar (Lx Factory), às 21h, exibe-se, em primeira mão, a curta-metragem Pietro Artista Cinemático  do realizador François Manceaux. Pietro Proserpio é um “artista escultor cinemático”, como ele se define a si próprio, que cria, a partir de peças que pareciam ter perdido a sua utilidade, objectos animados que lhes dão uma nova vida . Nesta curta-metragem Pietro explora também a zona de Carnide que ele considera guardar ainda o espírito da Lisboa Romântica.

 

   Dentro da iniciativa Jazz na Praça, toca na praça Paiva Couceiro, das 19h às 20h30, o Miguel Picciochi Quarteto, um conjunto de jazz contemporâneo.

 

 

   Sábado 28 de Maio  -  No São Luiz Teatro Municipal, às 16h, a Orquestra de Sopros da Metropolitana (dir. Reinaldo Guerreiro) interpretará de George Gershwin  Cuban Overture (arranjo de Mark Rogers) e de Arturo Marquez  Danzón n.º 2 (arranjo de Oliver Nickel).
Actuarão também os grupos Permallets , Sol Maior e Orquestra Geração.

 

   No Salão Nobre do Teatro Nacional de São Carlos, às 18h, num “Concerto de Música Francesa”, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direcção musical de  João Paulo Santos, irá tocar de Gabriel Fauré  Pavane, op.50, de George Bizet  Suite nº1, L'Arlésienne, de Camille Saint-Saëns  Barcarola para orquestra, em Mi bemol Maior, op.63, “Une nuit à Lisbonne” e também Suite algérienne, op.60.

 

   No Museu do Oriente, às 21h30, há Concerto Barroco na Cidade Proibida  pelo  Le Baroque Nomade, um agrupamento de música barroca cuja aventura o leva, por vezes, a pôr em confronto este repertório dos séculos XVII e XVIII com outros tipos de música que o grupo foi assimilando graças aos seus músicos que percorreram o mundo numa época em que as viagens conduziam a culturas híbridas.

   O grupo é dirigido por Jean-Cristophe Frisch e composto por Cyrille Gerstenhaber (soprano), Wang Weiping (canto, pipa), Shi Kelong (canto, percussões), Lai Longhan (flauta dizi), François Picard (órgão positivo, xiao), Jonathan Dunford (viola de gamba), Rémi Cassaigne (teorba), Mathieu Dupouy (clavecino), Jean-Christophe Frisch (flauta). 

   O programa inclui  Estrofes musicais em louvor da Mãe Santíssima, Wu Li (1632-1718)/ Oito canções com instrumentos ocidentais, Matteo Ricci (1552-1610),  N°2,  Il Pastore cambia di collina / Concede, Kenqi zhuwu Tianzhu, texto de Lodovico Buglio (1676), música de Giovenale Ancina, Tempio Armonico, 1599 / Sonata X en Dó mineur, Teodorico Pedrini CM (1671-1746), manuscrito de Pequim / A Magia do Sol, tradicional / O Demónio do Orgulho, Wu Li / A Folha de Salgueiro, Joseph Marie Amiot SJ (1718-1793), tradicional / Senhora do Mundo, anónimo português, colecção Jesuítas na Ásia, século XVII / Emboscada de todos os lados, tradicional / Vuestra soy, manuscrito de San Juan del Monte, Filipinas, século XVII / Noite de Lua sobre o rio primaveril, tradicional.

 

 

 

   No Ondajazz, às 22h30, Victor Zamora apresenta Havana Way  um projecto formado por Victor Zamora (piano), Xanier Martinez (voz), Leandro Tuche (guitarra), Leo Espinoza (baixo) e Hector Marques (percussões). Esta formação cubana criada por Victor Zamora, habituada  nos festivais de música a fazer soar la Merengue ou a salsa, não se limita só a estes ritmos principais.

  No Teatro Nacional D. Maria II, o “Projecto Teia” apresenta às 15h (para o público em geral) um espectáculo constituído por  “um passeio ao interior do TNDM II que dá a conhecer a história do teatro, a sua arquitectura, as suas especificidades técnicas e potencialidades artísticas, os bastidores, as lembranças de um tempo mais antigo e do tempo de agora, feito de memórias reais. Nesta visita encenada, os visitantes são guiados por personagens históricas e ficcionadas (p.ex. Almeida Garrett por João Grosso/António Filipe,  Amélia Rey Colaço por Maria Amélia Matta/Lúzia Paramés, Palmira Bastos por Paula Mora/Katrin Kaasa) que revelam lugares e aspectos do teatro desconhecidos do público.

O texto é de Abel Neves e a coordenação artística de Natália Luíza.

 

   É hoje o último dia (!) de abertura na Fundação Carmona e Costa (Edifício de Espanha /Bairro do Rego na Rua Soeiro Pereira Gomes, Lote 1- 6º A e D) da Exposição Escrever Paisagem – desenhos 1960-1970 do artista Manuel Baptista, comissariada por João Pinharanda. Dizem excertos do catálogo : “O desenho é o eixo da actividade criativa de Manuel Baptista. Ainda quando chamamos pintura aos seus trabalhos poderíamos, muitas vezes, chamar-lhes apenas desenho. “…“No conjunto de obras escolhidas para esta exposição ressaltam sucessivos pares dominantes: narrativo (para-narrativo) ou paisagístico, gestualista ou gráfico, abstracto/izante ou figurativo, organicamente estruturado ou informal, linearmente organizado ou por grandes manchas, liberdade ou padronização no uso da forma e cor.”

 

 

 

    Na Biblioteca –Museu República e Resistência (à Cidade Universitária), às 16h, na conferência “Dr. António Augusto Louro – Primeira Festa da Árvore em Portugal realizada no Seixal em 1907” serão oradores Prof.Doutor António Ventura, Mestre António Lopes e Dra Adélia Prata.

 

   Julio Iglesias canta no Pavilhão Atlântico às 22h.

 

 

   Domingo 29 de Maio  -  Encerra hoje (!) a exposição Observadores – Revelações, Trânsitos e Distâncias / um percurso pela Colecção Berardo que reúne um conjunto de autores cujas propostas evidenciam a relação triangular entre a obra de arte, o artista e o espectador, e pretende ser encarada como um relato que parte do acervo da Colecção Berardo. Organizada segundo núcleos temáticos, esta nova incursão pela colecção reúne cerca de uma centena de autores, entre valores consagrados e mais jovens, nacionais e internacionais e apresenta também obras de um conjunto de artistas convidados, emprestadas especificamente para esta mostra.

 

   

   No Museu Calouste Gulbenkian, o programa Sempre aos Domingos, às 11h, dedica a sua visita orientada temática a O Retrato : poses e atitudes.

 

   No CCB (na Sala Almada Negreiros), às 11h30, os Concertos à Conversa /Música sem fronteiras – criados para promover o debate em torno das escolhas da programação musical – de hoje chamam-se Sonatas para violino e piano … ou quasi e trazem três duos de violino e piano. Primeiro Tamila Kharambura violino e Inês Andrade piano tocam de César Franck  Sonata para violino e piano, em Lá maior. Em seguida Ana Pereira violino e Paulo Pacheco piano interpretam de António Fragoso  Allegro da Sonata em Ré maior. Em conclusão Gareguin Aroutiounian violino e Miguel Henriques piano executam de António Pinho Vargas Quasi una sonata (em estreia absoluta / encomenda CCB).

 

   No Grande Auditório da FCGulbenkian, às 20h, repete-se às 20h a ópera Die Drei Pintos interpretada na passada Sexta 27/5.

 

   Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, num concerto de entrada livre, haverá às 15h um Recital de Violino e Piano com Nuno Soares violino e Youri Popov piano  e às 16h30 um Recital de Piano com Alexander Sinchuk  piano.

 

   No Teatro do Bairro, às 18h30 e 21h30, há sessões de “Zero ao Domingo” onde serão exibidas as curtas e longas metragens premiadas no IndieLisboa’11 deste ano, com destaque para o Grande Prémio Cidade de Lisboa da edição deste ano, The Ballad of Genesis and Lady Jaye de Marie Losier e o da Melhor Longa Metragem Portuguesa Linha Vermelha de José Filipe Costa.

 

   Na 5ª edição do Outjazz e durante Maio no Jardim da Estrela, ouviremos às 17h o grupo Cacique 97 com o Dj Pedro Passos tocando o seu afrobeat.

    

 

 

Com este rap final, tendes o clima apropriado (ainda que talvez ingénuo…) às vossas escolhas, caros leitores !

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Domingo, 15 de Maio de 2011

Agenda cultural de 16 a 22 de Maio de 2011 por Rui Oliveira

 

   Segunda  16 de Maio  - Esta é sem dúvida uma semana onde a criação teatral é particularmente evidente, e aqui o registamos.

   Assim, feita a apresentação pública do 12.ª edição do Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa (FATAL) − que decorrerá de 11 a 29 de Maio de 2011 com uma panóplia de espectáculos que pretende celebrar e promover o que de melhor se faz no teatro universitário português – na passada quarta-feira  11 de Maio, na Reitoria da Universidade de Lisboa, aí foi prestada a devida homenagem a Adolfo Gutkin, cujo notável trabalho enquanto encenador, actor e dramaturgo o relacionam profundamente com o teatro académico português. Hoje tem início a prestação dos 15 grupos de teatro universitário que irão participar (podendo o certame ser seguido no site oficial do FATAL http://www.fatal2011.ul.pt/ ) com a representação, às 21h30 em site-specific  no edifício da Lx Factory, de Film Noir – narrativas negras sobre rupturas na ordem das coisas, uma criação colectiva do NNT (com encenação de Joana Craveiro), grupo da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa. As actuações imediatas serão no Teatro da Comuna.

 

   Como é usual às Segundas, destacamos um filme que a crítica generalizadamente valoriza e, no caso presente, corresponde a  Aurora  (2010), obra do realizador romeno Cristi Puiu (apresentada em Cannes e no Estoril Film Festival) que também desempenha nele o papel principal. É o segundo elemento duma série planeada de “Seis Histórias dos Arredores de Bucareste” (o primeiro foi A Morte de Mr. Lazarescu, 2005). Segundo o produtor, a intriga é “uma crime story numa perspectiva nova” ou, como diz um crítico “mergulhando no mais profundo, indetectável e imprevisível da natureza humana, o realizador filma a tragédia lacónica de um homem tão anónimo como o senhor Lazarescu …”.     

                            

 

   No Instituto Franco-Português, às 19h, prossegue o ciclo de entrada livre “Paris no Cinema” com a exibição de RENAISSANCE (2006)de Christian Volckman, com Robert Dauney, Crystal Shepherd-Cross, Isabelle Van Waes, Max Hayter. Passa-se em 2054  numa Paris labiríntica onde tudo o que acontece é controlado e filmado

 

   No São Luiz TM inicia-se este ano o Ciclo NOVOS X 9, onde se pretende voltar a apresentar,

como em anos anteriores, alguns dos projectos mais maduros dos novos valores, pondo-os em contacto com os circuitos de apresentação. Assim :                          

   Segunda (16) e Terça (17), às 18h30, PEÇAS FRESCAS/NOVOS COMPOSITORES darão a conhecer as criações dos alunos de Composição da Escola Superior de Música de Lisboa (ESML), coordenadas por Luis Tinoco ;

   Quarta (18) e Quinta (19), às 18h30, CONCERTOS DO CONSERVATÓRIO NACIONAL apresentará as orquestras de sopros e os coros daquela Escola de Música.

 

   Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 21h, tem lugar o Concurso Domingos Bomtempo , iniciativa de “O Som do Mundo de Fala Portuguesa”.

 

   Na Biblioteca-Museu República e Resistência (à Cidade Universitária), às 18h, será exibido o documentário O General Sem Medo do realizador António Cunha, por ocasião do 105º aniversário do nascimento de Humberto Delgado e na presença do seu neto.

 

                

 

   Terça  17 de Maio  -  No Salão Nobre do Teatro Nacional de São Carlos, às 21h, tem lugar o Concerto NINO ROTA como participação na “Quinzena Nino Rota” (de colaboração com a Cinemateca Nacional) por ocasião do centenário do nascimento deste compositor italiano, bem conhecido pela sua autoria das bandas sonoras dos filmes de Fellini, Renato Castellani, Luchino Visconti, Franco Zeffirelli, Mario Monicelli, Francis Ford Coppola (Óscar para “best original movie score”), King Vidor, René Clément, Edward Dmytrik e Eduardo de Filippo.

   Nele a  soprano Ana Ester Neves, acompanhado ao violino por António Figueiredo, à flauta por Nuno Ivo Cruz e ao piano por João Paulo Santos cantará Perché si spense la lampada? (Rabindranath Tagore), Ilumina tu o fuoco (Rabindranath Tagore), La figliuola del Re (Niccolò Tommasco), Il Presagio (Niccolò Tommasco), Ballata e Soneto del Petrarca, ouvindo-se em seguida Suite del Casanova para piano, Improvviso (para o filme Amanti senza amore) para violino e piano, Improvviso Un diavolo sentimatale para violino e piano, Cinco peças fáceis para flauta e piano e Trio para flauta, violino e piano.

 

   Às 21h30, na Sala Dr.Félix Ribeiro da Cinemateca, exibe-se, associando-se à comemoração, o filme de Federico Fellini  Il Casanova di Federico Fellini (1976) com Donald Sutherland, Tina Aumont, Cicely Browne,Carmen Scarpitta e música de Nino Rota. Casanova conta as suas memórias, viagens e proezas sexuais, acabando por enfrentar a decadência e por se tornar bibliotecário do Duque de Walstein.  

 

            

 

 

   Inaugurado na semana anterior com espectáculos no Museu da Marioneta, o FIMFA Lx – 11º Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas (ver programação integral em http://fimfalx.blogspot.com/search/label/03%20Espect%C3%A1culos

 apresenta, de novo no Museu da Marioneta, às 221h30, Capuchinho Vermelho XXX (encenação de João Paulo Seara Cardoso) pelo Teatro de Marionetas do Porto, uma experiência de animação de objectos numa desconcertante adaptação à cena de Capuchinho Vermelho  “rigorosamente para adultos com sólida formação moral”. Repete Quarta 18/5.   

 

   Também no FIMFA 11, agora no Maria Matos TM, às 21h30, Jéranium & Man’hu apresentam Le Chronophone:  concert mécanique à contretemps, onde regressam ao Maria Matos com uma série de máquinas sonoras amplificadas e dois músicos-mecânicos que as acompanham em instrumentos mais ou mnos convencionais.

 

   No Teatro do Bairro (rua Luiz Soriano), às 23h, actua o  7to HCP. O Septeto do Hot Clube de Portugal foi criado em 2001 e é composto por docentes da Escola de Jazz Luíz Villas-Boas, todos eles músicos de créditos firmados no panorama do Jazz português.

 

   Na Escola Secundária Herculano de Carvalho (Lisboa), às 15h30, a Orquestra de Sopros da Metropolitana sob a direcção musical de Reinaldo Guerreiro interpreta de George Gershwin  Abertura Cubana (arr. Mark Rogers), de Johan de Meij  The Wind in the Willows, de Andrew Lloyd Webber  O Fantasma da Ópera (arr. de Johan de Meij) e de Carlos Franzetti e Robert Kraft  "Highlights" da música do filme The Mambo Kings (arr. Reinaldo Guerreiro).

   Dentro do 12º FATAL, no Teatro da Comuna (21h30) representa-se LEVE, la nada entre las manos a partir de Seda de Alessandro Baricco (com encenação de Fernando Dacosta), pela Aula de Teatro Universitaria “Maricastaña” da Universidade de Vigo, Campus de Ourense. Numa vila tranquila do Sul de França, alguém os seduz à preparação da seda “tão leve” e com ela vêm as epidemias que assolam a Europa, a pébrine.

debate

   No Instituto Franco-Português, às 21h00, ocorre novo CAFÉ PHILO, falando-se este mês da "Paixão". O debate é animado por Jean-Yves Mercury, Dominique Mortiaux e Alexis Goosdeel. A questão posta resume-se em : Alors, après être passés du « tout-à-la-raison » à l’empire de la passion, enrichis de nos connaissances biologiques et dotés de moyens biochimiques et pharmaceutiques nouveaux, conscients ou non de nos déterminants inconscients, anthropologiques et culturels, sommes-nous mieux armés pour penser les passions en 2011 ?

 

   M. Ward (Matthew Stephen Ward), cara metade dos She & Him e colaborador do projecto de Coner Oberst nos Monsters of Folk (Bright Eyes),  vem pela primeira vez a Portugal e actua na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, às 21h, sobre os seus 6 álbuns de originais, o último dos quais Hold Time (2009).

 

 

 

   Quarta  18 de Maio  -  O Dia Internacional dos Museus, efeméride com tradição para o mundo dos museus desde o dia 18 de Maio de 1977, por proposta do ICOM – Conselho Internacional de Museus, será celebrado em 2011 sob o mote “Museu e Memória”, integrando actividades associadas a esta temática que incentivem os visitantes a (re)descobrir a sua memória individual e colectiva. (para conhecer a programação usar o link pªo site http://www.ipmuseus.pt/pt-PT/dia_museus_2011/ContentDetail.aspx   ) 

 

  

   Por não parecer adequado destacar uma iniciativa, lembramos que há, na área de Lisboa, visitas, concertos, representações  na Casa Museu Dr. Anastásio Gonçalves (das 10h15 às 23h), no Museu da Água (das 10h às 17h), no Museu Arpad Szenes/Vieira da Silva (às 22h), no Museu Arqueológico do Carmo (das 10h30 às 18h), no Museu das Comunicações (15-18h), no Museu da Música (10h30-16h), no Museu Nacional de Arqueologia (10h-19h), no Museu Nacional de Arte Antiga (11h30-24h), no Museu Nacional de Arte Contemporânea ou do Chiado (10h-18h), no Museu Nacional do Azulejo (11h-15h), no Museu Nacional dos Coches (10h-18h), no Museu Nacional de Etnologia (10h30-17h), no Museu Nacional do Teatro (10h-17h), no Museu Nacional do Traje (12h-18h), no Palácio Nacional da Ajuda (10h-19h).

 

   No Instituto Franco-Português (e com a colaboração da Embaixada de Espanha) tem lugar às 21h o Concerto Jerez-Texas onde Matthieu Saglio (violoncelo), Ricardo Esteve (guitarra flamenca) e Jesús Gimeno (bateria), três virtuosos, executam um programa onde se cruzam flamenco, música clássica e jazz.

 

                             


   No Teatro da Comuna (às 21h30), o 12º FATAL mostra Um Estranho Chamado Amor, uma adaptação de Michel Simeão (que a encena) pelo GTUL da Universidade Lusíada. Retrata a eterna “guerra dos sexos” e assenta na “rotina incontornável e trivial da vida dos casais, o que muitas vezes leva a um desespero mudo”.

 

   No Palácio Burnay (Rua da Junqueira, 86, Lisboa), às 21h30, o TUT – Teatro da Universidade Técnica apresenta ao público o seu mais recente espectáculo Comédia de Insectos, segundo Karel e Josef Capek, com encenação de Júlio Martín da Fonseca. Repete Domingo 22/05 às 21:30.

 

   No Teatro Turim, às 21h30, O Pecado de João Agonia, uma peça de Bernardo Santareno vai estar em cena de 18 de Maio a 29 de Maio numa encenação de Rui Luis Brás(primeira vez representada em 1969, no Teatro Capitólio, pela Companhia do Teatro Nacional, numa encenação de Rogério Paulo). A interpretação é de Ana Luísa Luz, Filipa Noronha, Célia Pina, Inês Assis, João Paulo Castanheira, Emanuel Almeirante, Andreia Esteves, Cristina Ferreira, Cristina Lopes, Marta Paulino, Teresa Franco, Filomena Correia, Joaquim Frazão, Hélder Veronio, Miguel Martins, João Ped. A história, que foca um problema de homosexualidade e da vergonha que isso representava para o próprio e para a família, num país amordaçado, passa-se numa povoação do interior rural.

 

   No âmbito do programa "Próximo Futuro" criado pela Fundação Gulbenkian, foi inaugurada no passado Sábado a exposição "Fronteiras", de fotografias de artistas africanos e afro-americanos  resultante dos 8.º Encontros de Fotografia de Bamako (2009), a mais importante bienal de fotografia africana. Diz o programa : A questão, abordada sob múltiplos ângulos e com o recurso a várias técnicas, não deixa de ser pertinente no mundo globalizado actual, mas surge associada de forma particular ao sofrimento e à exclusão, à esperança e às utopias de quem vive em África ou faz parte da diáspora africana”. Há visitas guiadas a 18 de Maio (quarta-feira, Dia Internacional dos Museus), às 18h, com Lúcia Marques e também nesta semana  a 22 de Maio. Encerra a 28 de Agosto.

 

                             

 

   No Museu do Fado, às 21h, Camané assinala o final da exposição biográfica que esteve patente entre Fevereiro e Maio deste ano no Museu convidando o público para uma visita guiada seguida de um momento musical intitulado "Memória".

 

   No Ondajazz, às 22h30, o palco abre-se para a exibição de novos talentos sendo convidado especial o guitarrista Sérgio Zurawski. (entrada livre)

 

 

 

   Quinta  19 de Maio  - Na Fundação Calouste Gulbenkian (no Grande Auditório, às 21h), a Orquestra dirigida por Lawrence Foster acompanhará os instrumentistas Frank Peter Zimmermann (violino), Samuel Barsegian (viola), Esther Georgie (clarinete) e Ricardo Ramos (fagote) na execução de obras de Carl Maria von Weber Andante e Rondó Húngaro, para Viola e Orquestra, op.35 / Concerto para Fagote e Orquestra, op.75 / Concerto para Clarinete e Orquestra nº2, op.74 e de Ludwig van Beethoven Concerto para Violino e Orquestra, op.61. Repete na Sexta às 19h.

 

   No Pequeno Auditório do CCB, às 21h, o pianista Artur Pizarro conclui, com este nono recital relativo ao período 1843-1849, o projecto ambicioso de interpretar a obra integral de Fryderyk Chopin para piano solo. Ouvir-se-ão Noturnos, Mazurkas, Valsas, Berceuse op.57, Barcarolle op.60, e a concluir a Sonata para piano nº3, op.58.

 

   No claustro do Museu de São Roque, às 21h30, há mais uma Claustrofonia  onde Serva la Bari  flamenco, dois bailarinos  flamenco, três músicos  guitarra flamenca e cajon, Joaquim Moreno  voz, Francisco morales guitarra, Carlos‐mil‐homens  cajón e Sofia Abraços e Alfonso el Maleno  baile  interpretarão Sevilhana Flamenca, Taranto, buleria, tangos, Fandangos de Huelva, Rumba, Bulerias, Alegrias de Cádiz e Rumbas.

 

   No Grande Auditório do mesmo CCB, às 21h, pretende-se inaugurar uma nova linha de programação (dita irreverente e transversal) designada CCBeat / Outras Músicas. Assim neste dia actuarão os Dead Combo com a Royal Orquestra das Caveiras e mais tarde os LUME – Lisbon Underground Music Ensemble, liderados por Marco Barroso.

 

   O 12º FATAL traz ao Teatro da Comuna (às 21h30) o Prometeu Agrilhoado (encenação de Ávila Costa) pelo GTL da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

 

   Continua na Sala Estúdio do Teatro da Trindade, às 21h45, apenas até ao próximo Domingo 22 (às 17h) a peça À Espera de Gorete, texto e encenação de Mafalda Santos, com interpretação de Luís Oliveira, Mafalda Santos, Miguel Eloy, Pedro Vieira e Rita Pimentel. Pretende ser uma sátira ao mundo actual, com todos os seus conflitos mais ou menos quotidianos, mais ou menos patéticos, ao racismo, ao preconceito, à guerra, à política e à governação.

 

   No Ondajazz (22h30) Júlio Resende (piano) apresenta o seu novo album You taste like a song com João Custódio no contrabaixo e Joel Silva na bateria. "Eis uma obra …  que não apenas revela os seus dotes de improvisador mas também confirma a sensibilidade das suas composições e opções temáticas”, diz a crítica.

 

   Na Galeria ZDB (às 22h), o songwriter norte-americano Cass McCombs vai estrear-se numa digressão de apresentação do novo – e uma vez mais surpreendente – Wit’s End, um tratado sobre a morbidez e o desamor, como já não escutávamos há demasiado tempo.

 

                                

 

 

   No cinema São Jorge, às 21h30, Luísa Sobral vai apresentar, em primeira-mão, o seu álbum de estreia  The Cherry On My Cake.  

 

   Na Biblioteca-Museu República e Resistência (à Cidade Universitária), às 18h30, no ciclo de conferências “Descartes e as suas Razões”, António Pedro Mesquita descorrerá sobre Descartes e a existência de Deus.

 

   No Chapitô, às 22h, inserido na sua estratégia de programação internacional,  apresenta-se ao público,

 na 4.ª edição do ”Ciclo de Mulheres Palhaço” (a qual recupera clássicos da mitologia grega, agora adaptados por estas Mulheres Palhaço cuja carreira há muito se estendeu por toda a Europa) Carte Blanche à Cia. Emilia Tau da Companhia Emília Tau, um projecto de reflexão, pesquisa e criação de conceitos/ trocas de universos, integrando o Circo com a Dança, a Dança com a Música, a Música com Projecções. Em palco, uma antipodista, um músico, um malabarista e um fotógrafo projeccionista procederão como quiserem em torno de seu processo de criação. Continua até 22/5.

 

 

 

   Sexta  20 de Maio  - No Grande Auditório da F.C.Gulbenkian, às 21h30, Solistas da Orquestra Gulbenkian (Sophie Perrier flauta, Esther Georgie clarinete, José Maria Mosqueda clarinete baixo, Elena Riabova violino, Maia Kouznetsova viola e Varoujan Bartikian violoncelo) com a soprano Salomé Kammer e Natalia Riabova ao piano interpretarão Pierrot lunaire, op.21 de Arnold Schönberg. O concerto é de entrada livre.  

 

 

   Organizado pelo Instituto Gulbenkian de Ciência, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Instituto francês de Portugal e a Embaixada de França em Portugal celebra-se neste dia o Dia da Biodiversidade, sequência da designação pelas Nações Unidas de 2010 como o “Ano Internacional da Biodiversidade”     (ver programa integral em http://www.gulbenkian.pt/index.php?object=160&article_id=3127!%0d%0a%20&cal=eventos&langId=1)

numa conferência onde serão debatidas algumas das questões mais importantes ligadas à biodiversidade, como a perda de espécies e a destruição dos ecossistemas naturais.
(a conferência tem entrada livre, sendo necessária uma pré-inscrição).

   Destacamos as palestras de Nuno Ferrand  Biodiversidade, desenvolvimento e sustentabilidade do planeta (9h30),  Jérome Chave   Biodiversidade e Impacto das Alterações Climáticas (11h00),  Maria de Lurdes de Carvalho Conservação da Biodiversidade [antes e] depois de 2010 (14h00),  Anne Caroline Prevot-Julliard  Devemos inventar um novo contrato ciência-sociedade para uma preservação sustentável da biodiversidade?  (15h00) e Jean-François Silvain  A Biodiversidade em 2010: uma viragem importante – Reflexões sobre as escolhas estratégicas e científicas para o futuro (16h30).


   No Teatro da Comuna (às 21h30), no âmbito do 12º FATAL, representa-se Contos ao Palco, a partir de Branquinho da Fonseca e Virgílio Ferreira  com encenação de Liliana Caetano, pelo  GrETUA da  Universidade de Aveiro. Um projecto de adaptação dramatúrgica de contos vasculhados no universo portiguês.

 

   Ainda no FIMFA 11, na Sala Principal do Maria Matos TM, às 21h30, CaboSanRoque (Barcelona) apresenta Torn de nit: serenata per a orquestra mecànica, onde o criador reaproveitou grande parte do equipamento de uma fábrica de bolachas abandonada para construir uma orquestra mecânica completa, com secções de sopros, cordas e percussão. Repete Sábado 21/5.

 

   No Museu da Marioneta (ainda FIMFA 11), às 21h30, a TinkerTing (Noruega) apresenta  Hunger, uma poética e burlesca visão do futuro criada pela lendária companhia britânica Pickled Image e pela companhia norueguesa TinkerTing, inspirada no romance “Hunger” do escritor norueguês Knut Hamsun.

 

   No Teatro Nacional D. Maria II (TEIA), às 18h, os Artistas Unidos em intercâmbio com a Sala Beckett de Barcelona promovem a leitura de três autores catalães, sendo o primeiro Desejo de Benet i Jornet (com a presença do autor) com Sílvia Filipe, Andreia Bento, João Meireles e Fernando Luís e direcção de Jorge Silva Melo. História : Um mundo cheio de carros, estradas e segundas residências, mas sem se saber bem onde nem quando… e quatro personagens com as suas dificuldades em comunicar entre si e assumir as suas intimidades perturbadas.

 

   Tiago Sousa, um dos mais entusiasmantes compositores de música não estandardizada da nova geração, regressa ao Museu da Música (às 21h30) e ao piano que pertenceu ao compositor Luís de Freitas Branco para dar a conhecer o seu novo disco «Walden Pond's Monk».

 

   No Grande Auditório do CCB, às 21h, CCBeat / Outras Músicas trará a cantora e guitarrista Kaki King (“Guitar God” da revista Rolling Stone) e ainda Áurea (voz revelação nacional de 2010).

 

   No Ondajazz (22h30) actua a cantora Orlanda Guillande com Victor Zamora piano, Leo Espinoza  baixo e Sebastien Scheriff percussões. Diz a imprensa que “…ela tem a paixão e o sentimento de uma cantora de fado, o poder de uma cantora Soul/Gospel e a improvisação de uma cantora de Jazz com os ritmos africanos dentro da sua alma”.

 

   Na Galeria ZDB, às 23h, o programa é duplo.  Primeiro Angel Deradoorian que, enquanto vocalista dos “Dirty Projectors”  confere riqueza tímbrica e harmónica às canções escritas por Dave Longstreth, vem aqui  estrear-se a solo,  acompanhada por Aram e Arlene Deradoorian.  Depois Laurel Halo (nome artístico para Laurel Chartow),  um dos mais brilhantes nomes da pop exploratória a surgir nos últimos meses, “constrói um vocabulário identitário, por onde uma voz operática, beats e graves imponentes, pulsam rumo ao céu”.

 

   No MusicBox, à 1h00, estreia-se em Portugal o projecto pós-punk Glasser, um concerto de fusão electrónica vindo de Los Angeles.

 

   No Coliseu dos Recreios, às 21h30, Alcione, nome conhecido da música brasileira, apresenta o espectáculo, adiado de Março, “Acesa”, resumo possível de 37 anos de carreira.

 

   No Pavilhão do Conhecimento a 20 e 21 de Maio, decorrem dentro dos Nanodias 2011, sessões sobre Nanoelectrónica em que se exploram as várias aplicações da nanotecnologia no mundo da electrónica (nanokit, nanotubo de carbono gigante, electrónica transparente, nanofabricação).

 

 

 

   Sábado  21 de Maio  -  No Grande Auditório da FCG, às 18h, há nova transmissão (mas em diferido) da Metropolitan Opera de Nova Iorque da ópera de Richard Wagner Die Walküre / A Valquíria, sob a direcção de James Levine numa  nova produção de Robert Lepage. Bryn Terfel faz de Wotan, senhor dos deuses. Deborah Voigt acrescenta o papel de Brünnhilde ao seu extenso repertório wagneriano já representado no Met. Jonas Kaufmann e Eva-Maria Westbroek desempenham os papéis dos gémeos Siegmund e Sieglinde, e Stephanie Blythe faz de Fricka.

 


   O 12º FATAL leva ao Teatro da Comuna (às 16h30 e 21h30) Não tenho a tua vida de Miguel Castro Caldas com encenação de André E. Teodósio, fruto duma residência Artística no âmbito do Centenário da UL.

 

   No Teatro Nacional D. Maria II (TEIA),  os Artistas Unidos em intercâmbio com a Sala Beckett de Barcelona continuam a leitura de três autores catalães, sendo hoje às 16h abordado Chove em Barcelona de Pau Miró, com Américo Rodrigues, Américo Silva e Alexandra Viveiros. Tema : É a história de Lali, prostituta que procura sair da mediocridade da vida com o seu chulo, Carlos, mas também a de David, cliente de Lali que procura ultrapassar com ela a solidão.

 

                                     

 

Às 18h30 ler-se-á Barcelona, Mapa de Sombras de Lluïsa Cunillé, com Lia Gama, Paula Mora, Sylvie Rocha, Cândido Ferreira, Rúben Gomes e Jorge Silva Melo. Uma comédia feroz, lírica e imprevisível. Fulminante. E tudo à volta de um velho casal numa velha casa de Barcelona.

 

   No Museu da Música, às 16h, o MPMP, movimento patrimonial pela música portuguesa, tocará obras de Joly Braga Santos, Eurico Thomaz de Lima, Ruy Coelho, Frederico de Freitas, Fernando Lopes-Graça, Constança Capdeville, Sérgio Azevedo e António Victorino d'Almeida, sendo  intérpretes  Duarte Pereira Martins (piano), Philippe Marques (piano) e Samuel Lercher (piano).

 

   Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 18h30, tem lugar um Concerto Coral por iniciativa da Universidade da Geórgia. (entrada livre)

 

    No Grande Auditório do CCB, às 21h, CCBeat / Outras Músicas apresentará os Diabo na Cruz, mistura de rock com música tradicional portuguesa e os Linda Martini, vindos do punk rock e  do hardcore.  

 

   Massimo Cavalli (contrabaixista) e o seu Bebop Project apresentam-se no Ondajazz às 22h30. Apoiam-no Dan Hewson (piano), Desidério Lázaro (sax tenor), Moisé Duarte Abreu Fernandes (trompete) e Joel Silva (bateria).

 

   No Coliseu dos Recreios, às 21h30, o grupo  Zeca Sempre apresenta um espectáculo único em que Nuno Guerreiro, Olavo Bilac, ToZé Santos e Vítor Silva, juntos neste projecto especial, homenageiam o cantautor José Afonso.

 

   Encerram neste Domingo 22/5 duas exposições importantes na Culturgest (edifício da Caixa Geral de Depósitos). A primeira reúne uma vasta selecção de obras novas e recentes de Gedi Sibony (Nova Iorque, 1973), apresentadas numa instalação concebida especificamente para o espaço da Culturgest. Diz a curadora “… Sibony recupera os materiais que usa, deixando-os frequentemente no estado em que os encontrou, efectuando apenas ligeiras alterações quanto à sua forma e colocação que parecem acasos felizes… (seu) o atelier … é um orfanato para coisas que naufragaram e que são subtraídas ao processo de desaparecimento. A démarche é simultaneamente metafísica e política, na medida em que os seus objectos denunciam uma civilização que, na voragem da sobreprodução, os abandona.”

   A outra  1 + 1 + 1 = 3 (Hermann Pitz, Michael Snow, Bernard Voïta)  são três exposições individuais simultâneas que dialogam entre si e, em última instância, se conjugam para formar uma exposição colectiva. Esta apresenta um espectro de conceitos de atelier variados e que vão para lá do que é público ou documental. A exposição complexifica esta temática e conjuga aspectos da luz, da projecção e da escultura, sem abdicar das posições individuais de cada artista.

 

                    

 

 

 

   Domingo  22 de Maio  - No CCB (na Sala Luís de Freitas Branco), às 15h, os Concertos à Conversa /Música sem fronteiras traz a Camerata Musart constituida por Gareguin Aroutiounian 1º violino (que dirige), Tamila Kharambura 2º violino, Francisco Santos 3º violino, Bruno Sousa 4º violino e Joana Correia violoncelo e ainda Ecaterina Popa piano, Marta Menezes piano, Inês Heitor piano e Francisco Henriques violino para tocar obras de Antonio Vivaldi (Concerto para 4 violinos, violoncelo e orquestra RV580), Carlos Seixas (Concerto para cravo e orquestra), Joseph Haydn (1º Andamento do Concerto para piano Hob.XVII:11) e Wolfgang A.Mozart (1º Andamento do Concerto para violino,K218).

 

   À mesma hora, na Sala Almada Negreiros do CCB, num “Dia Franz Kafka” são lidas partes da sua obra, nomeadamente de A Metamorfose (1915) e exibido o filme O Processo de Orson Welles (1962). (entrada livre)  

 

               

   Na Igreja de S.Domingos, às 16h, o Coro da Nova da UNL (dir. João Valeriano) apoiado por Susana Duarte soprano, Joana Nascimento contralto, João Moreira tenor, José Pedro Bruto da Costa baixo e Nicholas McNair piano cantará Vilancicos e Motetes, o Te Deum (KV141) de W.A.Mozart e Missa em Lá Maior (BWV234) de J.S.Bach.

São LuizTM 18h30 Academia Amadores Música

 

 

   No Teatro da Comuna, às 21h30, o FATAL apresenta  Um Dia de Raiva de Nuno Pino Custódio, Hélder Wasterlain e TEUC, com encenação de Nuno Pino Custódio e representado pelo Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra. É um exercício sobre o presente, a presença e a arte do manifesto … da espera exasperada do lugar onde já não se está … daqueles que se chamam no mercado “flexíveis” mas têm o nome de “precários”.

 

   O Teatro da Garagem e Companhia de Teatro de Sintra/Chão de Oliva apresentam no Teatro Taborda, de 4ª a Domingo às 21h30 terminando hoje (!), dentro do cicloTry Better Fail Better a peça de Eugene O’Neill  Nevoeiro  (encenação de Carlos J. Pessoa), tendo como intérpretes
 Alexandra Diogo, Ana Palma, Fernando Nobre, Maria João Vicente, Miguel Mendes, Nuno Colasco, Nuno Pinheiro, Nuno Pinto e Rute Franco.

 

   O Nelson Cascais Quinteto apresenta no Jardim da Estrela, às 17h, no concerto dominical do programa Outjazz, o seu mais recente CD The Golden Fish onde é acompanhado por Matt Renzi (sax tenor), André Fernandes (guitarra), Oscar Graça (piano) e André Sousa Machado (bateria).

 

                           

 

 

 

Deixo-vos, caros leitores, com este jazz português, a apurar as vossas escolhas que bem decisivas vão ser nos próximos tempos (!).

 

 

publicado por ruideoliveira às 10:01
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Sábado, 7 de Maio de 2011

Agenda cultural de 9 a 15 de Maio de 2011 por Rui Oliveira

 

 

 

  Na Segunda  9/5 :  Continua até Domingo o IndieLisboa’11 8º Festival Internacional de Cinema Independente que, além da exibição dos filmes em competição, terá debates, seminários e masterclasses com prestigiados convidados portugueses e estrangeiros, as chamadas Lisbon Talks. A novidade desta edição consiste na realização de 9 a 12 de Maio de um Workshop feito em colaboração com a escola francesa Le Fresnoy – Studio des arts contemporains com foco na secção Cinema Emergente.

 

  A Cinemateca exibe, em estreia em Portugal, Die Fremde – O Estrangeiro (2010), primeira obra da realizadora e actriz austríaca Feo Aladag, que é também a sua argumentista e produtora.  Prémio Lux destinado a apoiar a difusão da produção cinematográfica europeia, com Sibel Kekilli, Nizam Schiller, Derya Alabora, Settar Tanriogen, Tamer Yigit, exprime a visão da sua autora que acredita “vivermos numa sociedade multicultural que já não pode assentar na promoção de consensos, mas que tem antes de encontrar novas formas de lidar com as divergências crescentes.”

 

 

 

 

 


 

  A Cinemateca colabora ainda com o IndieLisboa’11 projectando (às 19h) o filme de Júlio Bressane Matou a Família e foi ao Cinema (1969) com Antero de Oliveira, Márcia Rodrigues, Renata Sorrah, também um marco incontornável do cinema marginal brasileiro e um dos mais conhecidos fimes do realizador (dos dois únicos exibidos entre nós).

 

  Por ocasião do Dia da Europa, o guitarrista clássico Pedro Caldeira Cabral dará um concerto de guitarra portuguesa no Claustro do Mosteiro dos Jerónimos, às 18h30. (acesso por convite)

 

  Rui Vieira Nery (musicólogo) será  o palestrante no ciclo das "100 Lições" comemorativo do centenário da UL, na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa, às 18h.

 

 

 

  Na Terça  10/5 :  A Cinemateca continua a sua colaboração com o IndieLisboa’11 projectando, às 19h, o filme de Júlio Bressane A Família do Barulho (1970) com Maria Gladys, Wilson Grey, Helena Ignez, Grande Otelo  e às 21h30 Memórias de um Estrangulador de Loiras (1971) com Guará Rodrigues, rodado em 16mm, nas ruas de Londres, onde Bressane esteve exilado, fugindo à ditadura militar do seu país.

 

  Parece recolher aplauso semelhante ao do filme tailandês de Apichatpong Weerasethakul, o recém-estreado As Quatro Voltas – Le Quattro Volte de Michelangelo Frammartino (2010) com Guiseppe Fuda, Nazareno Timpano e Bruno Timpano. Após anos de convívio com os pastores e as cabras, o realizador (para quem “o cinema é a sua igreja”, como disse ao Ípsilon) faz muito menos um documentário de observação mas mais uma reformulação de uma sua experiência. Como diz o crítico “num filme sem diálogos ouve-se melhor”.  

 

 

  Na Casa da América Latina, às 19h, Alberto Dassieu , prestigiado milongueiro que ainda lecciona, conversa em torno da cultura do tango, classificado pela Unesco como património imaterial da humanidade.

 

 

 

  Na Quarta  11/5  :   No Maria Matos TM, às 22h, no espectáculo BANG on a CAN ALL-STARS Brian Eno’s Music for Airports , este conjunto constituido por Ashley Bathgate violoncelo, Robert Black baixo , Vicky Chow piano, teclados , David Cossin percussão, Derek Johnson guitarra eléctrica e Evan Ziporyn clarinetes faz desde o final dos anos 90 “… a versão acústica definitiva, milagrosa e emocionante deste glorioso artifício de Brian Eno esta revisão instrumental elevou-a e, consequentemente, à ambient music  a um estatuto erudito e essencial  da música do final do século XX”.

 

 

  A Cinemateca prossegue a sua colaboração com o IndieLisboa’11 projectando, às 15h30, o filme de Júlio Bressane O Monstro Caraiba – Nova História Antiga do Brasil (1975) com Carlos Imperial, Wilson Grey “uma visão poética da proto--história do Brasil, uma colcha de retalhos de lendas da antiga América...”. Continua às 19h com O Gigante da América (1978) com Jece Valadão, José Lewgoy, Rogéria, Wilson Grey e encerra nesse dia, às 21h30, com A Agonia (1976) com Joel Barcellos, Maria Gladys, Grande Otelo, Wilson Grey.

 

  

  No Instituto Franco-Português, das 10h deste dia às 18h de Quinta 12/5, realizam-se  conferências  sobre A Cenografia no Mundo sem Fronteiras  no âmbito do Colóquio Internacional  SCENA’2011, uma refexão sobre o ensino, crítica e prática da cenografia no mundo contemporâneo. Participam no colóquio e nos workshops conceituados cenógrafos, dramaturgos e investigadores de vários países como Yannis Kokkos, Guy-Claude François, Pamela Howard, José Sanchis Sinisterra, Raymond Sarti, Joaquim Roy, Miguel Verdu e Richard Hudson. 

 

 

 

 

  No Teatro Municipal de Almada (Sala Experimental), estreia às 21h30 a peça de Georges Feydeau A Purga do Bébé com encenação de Victor Gonçalves, remontagem e recriação adicional de Joaquim Benite. Esta farsa de crítica aguda a algumas relações burguesas é interpretada por André Gomes, Joaquim Nicolau, Maria Frade, Miguel Martins, Sofia Correia e Teresa Gafeira.

 

  No Teatro da Trindade, às 22h30, Norberto Lobo apresenta o seu terceiro disco Fala Mansa, onde o celebrado guitarrista português “… cresce em maturidade harmónica, com uma imensa liberdade e pertinência melódicas, e nele podemos ver que as suas frases estão cada vez mais espiraladas e resplandecentes…”.

 

 

 

  Na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa, as palestras (das 18-20h) do ciclo das "100 Lições" comemorativo do centenário da UL. serão de Francisco Carvalho Guerra (bioquímico) e de Maria Elisa Domingues (jornalista).

 

 

 

  Na Quinta  12/5  :  Na Fundação Calouste Gulbenkian (no Grande Auditório, às 21h), o Coro Gulbenkian dirigida pelo maestro Fernando Eldoro cantará as Vésperas, op.37 de Sergei Rachmaninov.

 

  No Teatro da Trindade, às 18h30, abrindo as sessões  4/5UINTAS o Quarteto de Clarinetes de Lisboa interpretará  Pink Molly  de Naragonia (Arranjo de Lino Guerreiro), Notas vagabundas de Claude Thomain (Arranjo de Lino Guerreiro), Firn di Mekhutonim de Tradicional Klezmer (Arranjo de Lino Guerreiro), Danse Orientable  dePhilippe Leloup, Papirosn  canção tradicional Klezmer (Arranjo de Lino Guerreiro), Dois Temas Populares, ou não de Lino Guerreiro, Um a zero de Pixinguinha e B. Lacerda (Arranjo de Lino Guerreiro) e Mororó de Dinamérico Sedícias.

 

 

  Prossegue na Cinemateca  a colaboração com o IndieLisboa’11 projectando, às 15h30, o filme de Júlio Bressane Sermões – A História de António Vieira (1989) com Othon Bastos, Eduardo Tornaghi, Breno Moroni, Paschoal Vilaboim, Caetano Veloso, baseado na história do Padre Antonio Vieira, nascido em Lisboa em 1608 e falecido em Salvador, Bahia, em 1697.

 

  Seguem-se às 19h dois filmes Cinema Inocente (1980) com Júlio Bressane, Radar, Nunes Pereira ( uma reflexão sobre a censura e uma paródia das reportagens televisivas, com Bressane no papel de um repórter cineclubista que entrevista Radar, montador de pornochanchadas, género do cinema brasileiro famoso nos anos 70) e Quem seria o feliz Convidado de Isadora Duncan (1992) com Giulia Gam, Bete Coelho, Anderson Müller, que é a transcrição cinematográfica do quarto capítulo do livro de memórias de Oswald de Andrade, Homem Sem Profissão – Sob as Ordens de Mamãe. Às 21h30, exibe-se O Mandarim (1995) com Fernando Eiras, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gal Costa, recapitulação da história da música popular brasileira da primeira metade do século XX, filmada no Rio de Janeiro e construída em torno da figura mítica do cantor Mário Reis, considerado um dos precursores da Bossa Nova.

 

  No Ondajazz, às 22h30, actua o State of the Art 6Tet, constituído por Johannes Krieger (trompete), João Capinha (sax alto, soprano), Manuel Lourenço (sax tenor, soprano, flauta), Francisco Costa Reis (guitarra), Pedro Pinto (contrabaixo) e Rui Pereira (bateria) interpretando sobretudo composições de J. Krieger do jazz mais tradicional à música latina.

 

  António Lobo Antunes, médico e escritor, será  o palestrante no ciclo das "100 Lições" comemorativo do centenário da UL, na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa, às 18h.

 

 

 

  Na Sexta  13/5 :  No Pequeno Auditório do CCB, às 21h30, é estreada a ópera barroca francesa Le Carnaval et la Folie (O Carnaval e a Loucura), comédie-ballet de André Cardinal Destouches com libreto de Antoine Houdar de la Motte (1704). Com direcção musical de Marcos Magalhães e concepção cénica de Luca Aprea, ambos de Os Músicos do Tejo que actuam juntamente com o coro Voces Caelestes (dir. Sérgio Fontão), terão como intérpretes Ana Quintans (la Folie), João Fernandes (le Carnaval), Hugo Oliveira (Momus), Fernando Guimarães (Plutus/Mercure), Carla Caramujo (la Jeunesse), Luis Miguel Contra (Júpiter) e Jennifer Smith (Vénus). Segundo o produtor “o desejo é trazer o prazer da dança e do movimento, e assim tentar enriquecer a nossa linguagem musical e cénica”.  Repete Sábado 14 às 21h30 e Domingo 15 às 16h.  

 

  A Cinemateca continua a sua colaboração com o IndieLisboa’11 projectando, às 19h, o filme de Júlio Bressane Miramar (1997) com João Rebello, Giulia Gam, Diogo Vilela que tem algo de auto -biográfico e onde o mar é omnipresente e às 21h30 São Jerónimo (1999) com Everaldo Pontes, Hamilton Vaz Pereira, Helena Ignez,  centrado na figura de São Jerónimo, é normalmente referido pelo seu minimalismo, planos fixos e um assinalável trabalho de luz.

 

  No Museu da Electricidade (Fundação EDP) encerra no próximo dia 15 de Maio uma das exposições comissariadas por João Pinharanda de obras de Manuel Baptista neste momento em Lisboa. Trata-se de  Fora de Escala – desenho e escultura 1960-1970, um período especialmente inventivo e, em particular, de uma mutação significativa na obra do artista, aqui desenvolvida tridimensionalmente dados os vastos espaços do Museu da Electricidade.

 

 

 

 

  No Jardim de Inverno do Teatro São Luiz, às 23h30, Luís Madureira canta composições de Friedrich Holländer com João Paulo Esteves da Silva ao piano e acordeão, António Quintino no contrabaixo e  Joel Silva na bateria (sob direcção musical de Daniel Bernardes). Aquele maestro assistente da Ópera de Praga tornou-se conhecido pelas suas músicas de cabaret e para cinema, como o Anjo Azul de Sternberg.

 

  No Auditório do Museu do Oriente, às 21h30, OCO, o conjunto de Alban Hall, Pedro Soares, Rui Martins, Jorge Machado e Miguel Angêlo apresenta o seu recente ábum Harmonic Sound Travel em que a música “evocando sons das profundezas da humanidade”  é obtido com instrumentos como o didgeridoo da Austrália, o sitar, shruti box e tampura da Índia, flautas da China e Irlanda, taças de som do Tibete, harpa de boca e canto harmónico da Mongólia, kalimbas, udu drum, tambor de água de África, frame drums e darbuka do Médio Oriente.

 

  No Ondajazz, às 22h30, o Chozpareïl  (Esteban Martinez  voz, violino, guitarra, serra musical, Colin Durand  contrabaixo, baixo, guitarra, Jean-Baptiste Pène  acordeão, guitarra, voz, Greg Bonfillon  flauta travesseira, saxofone, clarinete, bouzouki, Loïc Massini  bateria e Vincent Tana  guitarra, yukélé, baixo, voz) interpreta a nova canção francesa com um aroma da Europa de Leste.

 

  No Coliseu dos Recreios, às 22h, os Groundation, uma das melhores bandas ao vivo do reggae mundial, prestam um tributo a Bob Marley  no ano em que se celebram 30 anos da morte do rei do reggae.

 

  No Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian realiza-se a partir das 9h30 um conjunto de quatro Grandes Lições do Programa Gulbenkian Próximo Futuro pronunciadas por Breyten Breytenbach (África do Sul), grande activista durante o Apartheid, poeta e ensaísta,  Patrick Chabal (França), professor de História e Política Africana do King’s College de Londres, Kole Omotoso (Nigéria),o primeiro pensador africano a equacionar a relação Norte Sul a partir do Sul e Yudhishtir Raj Isar (França), analista das teorias culturais.

 


 

  No Sábado  14/5  :  No Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, às 11h, tem lugar o primeiro de quatro concertos que o agrupamento anglo-romeno Belcea Quartet (ensemble associado da Guildhall School de Londres e quarteto residente no Atheneum Concert Hall em Bucareste) realiza quer com os pianistas Julius Drake e Imogen Cooper ou o violoncelista Valentin Erben, quer com o tenor Ian Bostridge.

 

  Neste dia é com Imogen Cooper e Julius Drake que o Quarteto composto por Corina Belcea-Fisher violino, Axel Schacher violino, Krzysztof Chorzelski viola e Antoine Lederlin violoncelo interpreta de Ludwig van Beethoven a Grande Fuga, para Piano a quatro mãos, op.134 e o Quarteto para Cordas nº16, op.135.

 

  Às 16h, também no Grande Auditório, o recital com o Belcea Quartet, o tenor Ian Bostridge e o pianista Julius Drake abordará de Franz Schubert  Auf dem Strom, D.943 e a Sonata para Piano, D.958 e ainda de Ludwig van Beethoven o Quarteto para Cordas nº15, op.132.


  Às 20h, no Grande Auditório da FCG, o tenor  Ian Bostridge e o pianista Julius Drake interpretarão A Bela Moleira, D.795 de Franz Schubert.  

 

 

 

  Enquadrado na Quinzena Nino Rota (1911-1979) por ocasião do centenário do seu nascimento, é apresentada às 20h no Teatro Nacional de São Carlos (em colaboração com a Cinemateca) a farsa musical em quatro actos e cinco quadros Il Capello di Paglia di Firenze / O Chapéu de Palha de Itália com libreto de Nino e Ernesta Rota, baseado na peça Le chapeau de paille d'Italie de Eugène Labiche e Marc Michel e encenação de  Fernando Gomes, executada  pela Orquestra Sinfónica Portuguesa e pelo Coro do Teatro de São Carlos sob a direcção musical de João Paulo Santos.  O enredo assenta num episódio cómico, centrado na personagem Fadinard (Mário João Alves), um jovem nubente que no dia da sua boda com a amada Elena (Lara Martins), se vê aflito porque o seu cavalo comeu o chapéu de palha de Anaide (Dora Rodrigues) enquanto esta se encontrava com o amante Emilio (João Merino)…

 

 

 

 

  Repete a  16, 18 e 19 às 20h e a 21 às 16h.

 

  No Claustro do Museu de São Roque, às 21h30, ocorrerá o espectáculo intitulado Memória dos Anjos / da fé à perdição só vai um passo, um recital cénico com cabaret, ópera e fado para canto, piano e vídeo com a participação da soprano Catarina Molder e do pianista Nuno Barroso.

 

  No Ondajazz, às 22h30, o Rui Caetano Trio (Rui Caetano piano, João Hasselberg contrabaixo, Bruno Pedroso bateria) acompanhado por Desidério Lázaro sax tenor apresenta o seu mais recente CD Invisível, resultado da nova união entre a fluidez do trio e o virtuosismo do saxofonista.

 

 

 

  Na Sala Principal do Maria Matos TM, apresenta-se às 21h30 Jerk, um espectáculo a solo para um marionetista, a partir de uma novela de Dennis Cooper que é uma reconstituição imaginária, estranha, poética e sombria dos crimes cometidos pelo serial killer americano Dean Corll. Com encenação e concepção de Gisèle Vienne, “…  Jerk mistura sem complexos sexualidade e violência, num registo digno da estética gore... em que a acção, por mais realista que seja, parece estar no limite da ficção”. Repete no Domingo 15/5 às 18h. 

 

  Na Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva (integrado na comemoração da Noite dos Museus), às 16h, os membros dos Jovens Solistas da Orquestra Metropolitana  Susana Oliveira oboé, Marta Xavier clarinete e Daniel Mota fagote  interpretarão de Henry Barraud  Trio para Oboé Clarinete e Fagote , de Jacques Ibert  Cinco Peças em Trio e de Miguel Oliveira  Cinco Miniaturas.

 

  Na Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva, na Ericeira, às 20h, um trio de Jovens Solistas da Orquestra Metropolitana composto por Carolina Patricio flauta, Madalena Melo viola e  Salomé Matos harpa tocará de Claude Debussy  Sonata e de Manuel Moreno-Buendía  Suite Popular Espanhola.  

 

  A Cinemateca continua a sua colaboração com o IndieLisboa’11 projectando, às 19h, o filme de Júlio Bressane Dias de Nietzsche em Turim (2001) com Fernando Eiras, Paulo José, Mariana Ximenes, em que recria o período em que o filósofo alemão viveu na cidade italiana de Turim nos anos de 1888/9, altura em que escreveu alguns dos seus mais conhecidos textos e às 21h30 Filme de Amor (2003) com Fernando Eiras, Bel Garcia, Josie Antello,  uma variação sobre o mito renascentista das três graças, recuperado da Antiguidade clássica, onde a linha narrativa segue Hilda, Matilda e Gaspar, três amigos que vivem no subúrbio e se encontram num pequeno apartamento para um fim de semana de convívio que os leva a esquecer o mundo exterior.

 

  Na Igreja de São Roque, ocorre às 16h um concerto do Ciclo de Órgão em São Roque promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa onde o organista Rui Paiva executará obras de Georg Muffat, Johann Caspar Kerll, Carlos Seixas, Carl Philipp Emanuel Bach e Johann Gottfried Müthel.

 

  Benvindo Fonseca, um dos bailarinos emblemáticos do extinto Ballet Gulbenkian  que se tem igualmente dedicado à coreografia, estreia  às 21h30 uma nova criação no Teatro Municipal de Almada, através da qual explora as suas raízes portuguesas, com suporte musical de Francisco Ribeiro, Danças Ocultas, Galandum Galundaina, Teresa Salgueiro e Arvo Part. Dançam Beatriz Rousseau, Carla Jordão, Débora Queiroz, Daniela Ferreira, Luciano Fialho, Lucinda Saragga, Luís Malaquias, Nuno Gomes e Sofia Santos. Repete Domingo 15/5 às 16h.

 

 

 

 

  No Domingo  15/5  : No Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, às 11h, o Belcea Quartet com o pianista Imogen Cooper tocarão de Ludwig van Beethoven o Quarteto para Cordas nº13, op.130 e de Franz Schubert a Sonata para Piano, D.960.


  Às 16h, no Grande Auditório da FCG, o tenor  Ian Bostridge e o pianista Julius Drake interpretarão o Canto do Cisne, D.957 de Franz Schubert.

 

  Às 20h, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, o Belcea Quartet com o violoncelista Valentin Erben tocarão de Ludwig van Beethoven o Quarteto para Cordas nº14, op.131  e de Franz Schubert o Quinteto para dois Violino, Viola e dois Violonceloss, D.956.


  No Salão Nobre do Teatro Nacional de São Carlos, às 18h, a Orquestra Sinfónica Portuguesa sob a direcção musical de José Eduardo Gomes interpretará de Gioacchino Rossini  L' Italiana in Algeri – Abertura, de Gabriel Fauré  Suite Masques et Bergamasques, op.112  e de Franz Schubert  Sinfonia nº5, em Si bemol Maior, D.485.

 

  No Grande Auditório do CCB, às 17h, a Orquestra Metropolitana de Lisboa sob a direcção musical  do maestro Cesário Costa, com a participação do violinista Augustin Dumay e do violoncelista  Pavel Gomziakov  interpretará de Antonin Dvořák  Romance para violino e orquestra, Op. 11, de Camille Saint-Saëns  A Musa e o Poeta, Op. 132 e de Ludwig van Beethoven  Sinfonia n.º 7 em Lá maior, Op. 92. O mesmo concerto ocorrera no Sábado  14 de Maio, à 21h30, no Cinema-Teatro Joaquim d'Almeida no Montijo.

 

  Iniciam-se no CCB (na Sala Luís de Freitas Branco), às 11h30, os Concertos à Conversa /Música sem fronteiras onde o pianista Miguel Henriques e a jornalista Manuela Paraíso convidam o compositor António Pinho Vargas para um debate em torno de peças-chave do repertório da música denominada erudita. Ouvir-se-á ao mesmo tempo Ivan Kuznyetsov (harpa e piano) tocar de Paul Creston  Olympia, rapsódia para harpa solo e de Cláudio Carneiro  Arpa Eólia e ainda  Iryna Brazhnik (piano) executar de António Pinho Vargas  Mirrors e de Sergei Prokofiev  Sonata para piano nº7, op.83.


  Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 18h, concerto/lançamento do 3º número de Glosas, revista do Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa. Tocar-se-ão obras de Luís de Freitas Branco, Fernando Costa, Frederico de Freitas, David de Sousa, Amílcar Vasques-Dias, Sérgio Azevedo e Joly Braga Santos por Duarte Pereira Martins piano, Nuno Cardoso violoncelo, Philippe Marques piano, Teresa Araújo violoncelo,  André Baleiro barítono, além do Entre Madeiras Trio (Miriam Cardoso flauta, Filipe Branco oboé e  João Nunes  saxofone).

 

  Encerra o IndieLisboa’11 com a projecção às 16h no Pequeno Auditório da Culturgest do Filme Vencedor do Grande Prémio de Longa Metragem “Cidade de Lisboa”, com a exibição às 17h no Cinema São Jorge (sala 1) do filme premiado Prémio do Público e às 21h30 no São Jorge (sala 3) do filme premiado Melhor Filme da Competição Nacional.

 

  No Teatro da Trindade, às 19h30, ocorre o espectáculo SOLE TO SOUL da palma dos pés à alma da audiência , uma produção de dança clássica indiana Kathak com Lajja Sambhavnath e o grupo de dança da Comunidade Hindu de Portugal, com música ao vivo por Paulo Sousa (Sitar) & Raimund Englehardt (Tabla). Inspirado nas tradições dos contadores de estórias da Índia, o misticismo do Sufi, a paixão dos formatos musicais Islâmicos e a música Persa, a experiência é de certa forma espiritual e estética (diz o programa).

 

 

 

 

  Caros leitores, é vossa a escolha e até para a semana !

publicado por Pedro Godinho às 11:00
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Domingo, 1 de Maio de 2011

Agenda cultural de 2 a 8 de Maio de 2011 por Rui Oliveira

 

 

           

 

  

   Na Segunda  2/5 :  Neste início duma semana de recuperação das comemorações recentes, pode  manter-se o espírito das celebrações findas deslocando-se à Casa da Achada – Centro Mário Dionísio onde prossegue o ciclo de cinema Revoltas e Revoluções. Diz a sua programação : “…

Os filmes sobre REVOLTAS e REVOLUÇÕES que vale a pena ver (ou rever) são muitos. Grande parte, documentários. Mas escolhemos para este ciclo, sobretudo ficções (ou perto disso) a partir de acontecimentos . Abrimos uma excepção para Portugal 1974-1975…” E neste dia “vale a pena ver” Cenas da luta de classes em Portugal de Robert Kramer (1977, 90 min.)   

  

   Outro modo sugerido para homenagear esse passado é recuar no tempo ao ver a última obra de Manoel de Oliveira, filme construído sobre um argumento escrito há sessenta anos, uma revisitação parcial da sua filmografia, “filme sobre o cinema ... (como diz o crítico do Ipsilon)…sobre uma atracção (entre a máxima inocência e máxima perversidade) pelo cinema como porta de entrada para um mundo alternativo onde tudo é possível” .

 

Trata-se de O Estranho Caso de Angélica, com Ricardo Trêpa, Pilar López de Ayala, Leonor Silveira, Luís Miguel Cintra e Ana Maria Magalhães, estreado no ano passado no Un Certain Regard de Cannes (e logo ali vivamente louvado). Face à qualidade desta que poderia ter sido a “obra-prima do cinema português dos anos 50”, convém recordar que o mesmo foi “chumbado” pelos censores do salazarismo (o SNI) com o veredicto medíocre de «argumento pessimista e demasiado mórbido» !                           

  

 

   No teatro "A Barraca" retomam-se às 21h30 os Encontros Imaginários (texto e encenação de Helder Costa) onde se confrontam formas diversas de exercer o Poder através do debate entre personagens marcantes da História da Humanidade, neste caso Damião de Gois (Adérito Lopes), Mussolini (Ruben Garcia) e Marylin Monroe (Rita Fernandes).

  

   Na Biblioteca Museu República e Resistência, à Cidade Universitária, às 18h30, no ciclo “A Poesia e a Liberdade”, Yang Liang, poeta chinês exilado no Reino Unido, falará sobre Liberdade e Exílio.

  

   Na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa, as palestras (das 18-20h) do ciclo das "100 Lições" comemorativo do centenário da UL. serão de Adolfo Morais de Macedo  Profissão: Diletante. Da Música à Conservação da Natureza e de Margarida Gil  Reverberações das letras no Cinema.

 

 

 

   Na Terça  3/5 :  No Teatro Tivoli, às 21h30, a Orquestra Sinfónica Estatal Ucraniana de Dneproprtrovsk executa o Concerto nº1 em Si Bemol Menor, op. 23, O Lago dos Cisnes, op.20  e a Abertura 1812,op.49 de Pyotr Ilyich Tchaikovsky.

  

   Também merece atenção o filme/documentário Lixo Extraordinário – Waste Land (2009) de Lucy Walker e os seus co-directores João Jardim and Karen Harley que, durante quase três anos, seguiram o artista plástico brasileiro Vik Muniz até à mega-lixeira do Jardim Gramacho, perto do Rio de Janeiro onde este envolveu os catadores de lixo na criação dos seus “retratos”, doando os lucros consideráveis da venda internacional dessas obras. Reflecte bem (diz um crítico) “… as dúvidas do artista (se) estão a ajudar a gente ou a instilar expectativas insustentáveis para o futuro”.

  

 

 

   Manuel Lucena (investigador do Instituto de Ciências Sociais) e Pedro Santana Lopes (político) serão  os palestrantes no ciclo das "100 Lições" comemorativo do centenário da UL, na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa, às 18h.

 

 

 

   Na Quarta  4/5 :  Recomeçou Sábado passado no Teatro da Comuna, às 21h, a exibição da peça  do Desassossego  (que por lapso não noticiámos), de Bernardo Soares / Fernando Pessoa, com  adaptação de Carlos Paulo e versão cénica e encenação de João Mota,

 

 tendo no elenco Carlos Paulo e Hugo Franco. Relembra o texto as palavras do escritor: “… A arte livra-nos ilusoriamente da sordidez de sermos. Enquanto sentimos os males e as injúrias de Hamlet, príncipe da Dinamarca, não sentimos os nossos vis porque são nossos e vis porque são vis … Possuir é perder. Sentir sem possuir é guardar, porque é extrair de uma coisa a sua essência … Só lamento o não ser criança, para que pudesse crer nos meus sonhos ....   

  

   Às 13h30, no Museu Gulbenkian, há uma visita temática (no programa Uma obra de arte à hora do almoço) ao retrato de Duval de l’Epinoy, analisando em pormenor esta obra seleccionada da colecção permanente do Museu.  (gratuito)

  

   O trio Carlos Barretto Lokomotiv, o projecto do conhecido contrabaixista com o guitarrista Mário Delgado e o baterista José Salgueiro, vai actuar no palco Restart (R. da Quinta do Almargem, a Belém) pelas 19 horas.

  

   Aloe Blacc, que é já uma das referências da soul actual, actua na Aula Magna da Reitoria da UL às 22h.

 

   No MusicBox, às 22h30, tocam os Chain & The Gang, mais uma banda  rock de Ian Svenonius que aqui vem apresentar o seu mais recente álbum Music’s Not For Everyone.

  

   Na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa, as palestras (das 18-20h) do ciclo das "100 Lições" comemorativo do centenário da UL. serão de João Bosco Mota Amaral (ex-presidente da Assembleia da República) e de Manuel Maria Carrilho (ex-ministro da Cultura).

 

 

   Na Quinta  5/5 :  Na Fundação Calouste Gulbenkian (no Grande Auditório, às 21h), a Orquestra Gulbenkian dirigida pelo maestro Lawrence Foster,  acompanhada pela violinista sul-coreana Hae-Sun Kang, interpretará de Johannes Brahms  Danças Húngaras (nºs 1,3 e 10), de Béla Bartók  Concerto para Violino nº2, Sz 112, de Georges Enesco  Suite nº3, op.27,Suite Villageoise e de Bedrich Smetana  A Minha Pátria: O Moldava.  Repete Sexta 6/5 às 19h.

  

   No Grande Auditório do CCB, às 21h, a Paolo Conte Band deste cantautor italiano apresenta o álbum mais recente Nelson, num estilo definido a partir do seu primeiro e emblemático disco de 1974 Novecento, que mistura jazz, tango e temas de musical.   

  

                                    

   Inicia-se o IndieLisboa’11 Festival Internacional de Cinema Independente, agora

 na sua 8ª edição, com a projecção espalhada pelas salas do Cinema São Jorge, Culturgest, Cinemateca Nacional e Teatro do Bairro (ver programação em http://indielisboa.com/uploads/files/support_30.pdf ). Curtas e longas metragens de ficção, documentário e animação serão distribuidas por nove secções: Competição Internacional, Competição Nacional, Observatório, Cinema Emergente, Herói Independente, Director’s Cut, IndieMusic, Pulsar do Mundo e IndieJúnior.

  

   No São Luiz Teatro Municipal, estreia às 21h a peça O JOGADOR  a partir de Fiódor Dostoiévski, adaptação de Emília Costa encenada por Gonçalo Amorim, cujos intérpretes são António Fonseca, Carla Galvão, Carla Maciel, Duarte Guimarães, Iris Cayatte, Joana de Verona, João Villas Boas, Mónica Garnel, Nicolas Brites, Raquel Castro, Romeu Costa e Vânia Rovisco. É exibida em quatro episódios sucessivos, dois por dia. “A história decorre em Roletemburgo, num hotel, na Alemanha, num ambiente de casinos. A nossa inspiração manter-se-á nesse universo e é essa a imagética em que mergulhamos”, diz o encenador “... este é também um trabalho sobre o vício, mas não só o vício da roleta e do jogo. O vício formula-se no formato: esta peça de teatro assume o formato ‘série’. São quatro episódios que podem ser vistos em sequência, ou não, só de uma vez ou não”. As sessões são às 4ªs e 5ªs às 21h e de Sexta a Domingo às 18h.

 

   No Maria Matos Teatro Municipal, às 22h, actua o Vladislav Delay Quartet, composto por Vladislav Delay bateria, percussão, Mika Vainio electrónica, Lucio Capece saxofone, clarinete e Derek Shirley contrabaixo. Diz o programa que “… juntos formam um quarteto imponente, que faz uma revisão do jazz contemporâneo explorando até ao limite os espaços e silêncios que ocupam os seus interstícios sonoros...  por outras palavras, cumprem uma das muitas visões de Delay sobre a música ambiental”. De seu verdadeiro nome Sasu Ripatti, o finlandês Vladislav Delay começou  a sua carreira como percussionista até atingir as actuais magníficas polifonias electrónicas dos seus variadíssimos projectos.

 

                                      

  

   No Auditório da Fundação Portuguesa das Comunicações, às 19h, o Quinteto de Cordas da Metropolitana (Mafalda Pires violino, André Gaio Pereira violino, Paul Wakabayashi viola, Hugo Paiva violoncelo e Margarida Ferreira contrabaixo) tocará de George Onslow  Quinteto de Cordas, Op. 74  e de Antonin Dvořák  Quinteto de Cordas, Op. 77.

  

   Também na Sociedade Portuguesa de Autores, às 18h30, o Quinteto de Sopros da Metropolitana  (Teresa Reis flauta, André Machado oboé, Samuel Matos clarinete, Edgar Barbosa trompa e Catherine Stockwell fagote) e o seu Quarteto de Cordas (Eliana Magalhães violino, Ana Rita Damil violino, Ana Rita Cardona viola e Catarina Gonçalves violoncelo) executarão de Robert Washburn   Suite para Quinteto de Sopros, de Darius Milhaud   La Cheminée du Roi René, Op. 205, Malcolm Arnold   Três Shanties, Op. 4 e de Wolfgang Amadeus Mozart   Quarteto de Cordas n.º 22 em Si bemol maior, KV 589, Prussiano n.º 2.

  

   No Ondajazz, às 22h30, actua o Jacques Vidal Trio, composto por Jacques Vidal contrabaixo, Gilles Clement guitarra e Sílvio Franco bateria.

  

   Na Galeria ZDB, às 22h, actuam duas bandas : a portuguesa The Glockenwise, versão nacional da versão contemporânea do garage-rock e autora do disco Building Waves e a norte-americana Abe Vigoda, que assinaram Kid City, uma revisitação do punk de Los Angeles.

  

   Na LX Factory, às 21h30, apresenta-se Yann Tiersen, o músico bretão autor de várias bandas sonoras, com o seu novo trabalho de estúdio Dusty Lane.

  

   No MusicBox, às 22h30, pode ouvir-se Ursula Rucker, cantora norte-americana de ascendência italiana, conhecida por uma boa técnica poética e um ritmo musical “místico”.

  

   Alberto Dassieu, milongueiro que partilhou pistas de dança com alguns dos mais reconhecidos bailarinos argentinos  como Gerardo Portalea, Pepe Dafonte, Virulazo ou Juan Carlos Copes, entre outros, dará  uma exibição na Milonga Brava, no Clube Vendedores de Jornais (rua das Trinas, 55).

  

   No Auditório Jorge Sampaio do CC Olga Cadaval, às 21h30, o Karlik Danza Teatro apresenta Frágil, o novo trabalho do coreógrafo (e intérprete) Rob Tannion (Stan Won’t Dance) que une os elementos-chave do teatro : cenografia, música, movimento e palavra. Com Elena Lucas estabelece-se “um duo, homem e mulher que medirá a delicada linha divisória entre a estabilidade contida e o potencial desalento…”.

  

   Termina nesta data na Plataforma Revolver do Edifício Transboavista a exposição

 

Exploração do Processo do Imaginário onde o artista francês Julien Isoré procura abordar o princípio da imaginação. Gaëlle Scali, Emilie Shalck, Bertrand Zsymanski e Rémy Russotto foram convidados a debruçarem-se sobre estas questões, experimentando a relação entre a percepção sensível, o imaginário e a narração.  

  

Às 18h, no Museu Nacional de Arqueologia, tem lugar uma sessão pública de divulgação do tema Entre as Abelhas e os Ursos Muros Apiários, um património comum no Sudoeste Europeu onde falarão Luis Raposo (MNA), Francisco Henriques (AE Alto Tejo), José Aguiar (ICOMOS) e Pedro Castro Henriques (I.Conservação da Natureza e da Biodiversidade).

  

Maria do Rosário Pedreira (escritora e editora) e Adalberto Campos (director do Centro Hospitalar de Lisboa Norte) Os novos desafios do sistema de saúde  serão  os palestrantes no ciclo das "100 Lições" comemorativo do centenário da UL, na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa, às 18h.



 

                                                    

   Na Sexta  6/5 :  No Maria Matos TM (em colaboração com a Transforma-Torres Vedras) inicia-se às 10h a conferência internacional intitulada DOIS GRAUS / TWO DEGREES  Arte, Alterações Climáticas e Desenvolvimento Sustentável. Os problemas postos são :  “O aumento da temperatura não é apenas um problema global, mas também transversal. A emissão de gases de estufa está ligada a todos os sectores da actividade humana e uma redução significativa das emissões só pode ser alcançada através do esforço de todos. Qual é o papel do sector cultural neste contexto? A arte tem a capacidade de informar o público? Tem o dever de incitar as pessoas a reduzir a sua pegada ecológica? Os próprios artistas e agentes culturais podem desenvolver métodos ecológicos para produzir, apresentar e distribuir obras artísticas?”  (entrada livre)

  

   A Cinemateca Nacional inicia às 21h30 (na sala Dr.Félix Ribeiro) a retrospectiva de dezassete filmes de Júlio Bressane, o “herói independente” do IndieLisboa 2011, activo desde 1969 e autor, à data de hoje, de vinte e seis longas–metragens, «o mais importante realizador underground brasileiro, em tudo oposto ao Cinema Novo de Glauber Rocha, pois as suas referências eram as da chamada contracultura dos anos 60». Exibe-se o filme A Erva do Rato (2008) com Selton Melo e Alessandra Negrini, inspirado nos contos de Machado de Assis A Causa Secreta e Um Esqueleto.

   

                                    

 

 

   No Grande Auditório da FCG, às 21h30, Solistas da Orquestra Gulbenkian (Cristina Ánchel, Denise Ribera Luxton, Pedro Ribeiro, Nelson Alves, Esther Georgie, Jose Maria Mosqueda, Vera Dias, Ricardo Santos, José Coronado, Jonathan Luxton, Eric Murphy, Keneth Best e Darcy Edmundson-Andrade) tocarão de Lopes-Graça  Sete Lembranças para Vieira da Silva, de Joly Braga Santos  Quinteto para Sopros e de Richard Strauss  Serenata, op.7. (entrada livre)

  

   Adriana Calcanhoto canta O Micróbio do Samba (novo

 álbum integralmente de sua autoria) no Grande Auditório do CCB (às 21h), acompanhada de Davi Moraes (violão/percussões), Alberto Continentino (contrabaixo) e Domenico Lancellotti (bateria). Repete Sábado 7/5.

  

   No Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, às 21h, Orquestra Metropolitana de Lisboa (dir. musical Doron Salomon) com David Krakauer no clarinete interpretará, num concerto intitulado de Música Klezmer,  de Sergei Prokofiev  Abertura sobre Temas Hebraicos, Op. 34, de Ofer Ben-Amots  The Klezmer, Concerto, para clarinete, cordas, harpa e percussão, de Ernest Bloch  Concerto Grosso n.º 1 e de Zoltán Kodály  Danças de Galanta.

  

   No El Corte Inglés, às 19h, dois Trios da Orquestra  Metropolitana  (Carlos Tomás clarinete, Eva Mendonça flauta e Catherine Stockwell fagote) e (Carolina Patricio flauta, Madalena Melo viola  e Salomé Matos harpa) tocarão de Sérgio Azevedo  Suite Campestre para Sopros, Pelos campos fora, de César Guerra Peixe  Trio n.º 2 para Sopros, de Robert Muczynski  Fragmentos, de Claude Debussy  Sonata e de Manuel Moreno-Buendía  Suite Popular Espanhola.

  

   No Museu do Oriente abre a exposição Brinquedos e Jogos da Ásia  onde se reúnem

  peças de coleccionadores particulares e do acervo do Museu do Oriente para contar uma história que começa nos brinquedos tradicionais e locais e acaba nos brinquedos industriais que, a partir da Ásia, invadiram o mundo.

  

No Ondajazz, às 22h30, canta Ana Laíns, acompanhada por Paulo Loureiro piano/ acordeão/ clarinete, Vasco Sousa baixo, Luís Guerreiro  guitarra portuguesa e João Coelho bateria. Uma viagem pela música de caris português, com ponte entre o fado e uma homenagem ao cancioneiro tradicional.

 

 

   No Sábado  7/5 :  No Grande Auditório da FCG, às 18h, o cravista Pierre Hantaï tocará, num único recital, o Livro II do Cravo Bem Temperado de Johann Sebastian Bach.

 

                                     

  

   No Pequeno Auditório do CCB, às 21h, o DSCH Schostakovich Ensemble (Filipe Pinto-Ribeiro piano, Ramón Ortega oboé, Tatiana Samouil violino, James Boyd viola e Justus Grimm violoncelo) homenageia Mozart tocando além da Gran Partita, KV 361 deste compositor, ainda a Sonata BWV 538 de J.S.Bach e o Trio de cordas, D 581 de F. Schubert.

  

   Na Sala de Ensaio do CCB, às 19h, pode ver-se a performance  Every.Body.Hunts de Sylvia Rijmer, onde esta bailarina/coreógrafa, em conjunto com o músico Miguel Lucas Mendes, “… desenvolve um enredo que toma a caça como forma primária de contacto social…”.

  

   No Palácio Nacional da Ajuda, às 16h, vários elementos dos Agrupamentos da Academia Superior da Orquestra  Metropolitana  tocarão de Darius Milhaud  Suite, Op. 157b e de Joan Albert Amargós  1º Andamento de Atlantic Trio (Ana Margarida violino, Sérgio Coelho clarinete e Ricardo Vicente piano);  em seguida de Gustav Mahler  Quarteto com Piano em Lá menor e de Johannes Brahms  1º andamento do Quarteto com Piano nº1, Op. 25  (Félix Duarte violino,

 

Bárbara Pires viola, João Matos violoncelo e Sara Ascenso piano) e, por último, de Astor Piazzolla  Quatro Estações Portenhas (Francisco Barbosa flauta, Sara Abreu violoncelo e Jennifer Granlund piano).

  

   Na Igreja de São Roque, ocorre às 16h um concerto do Ciclo de Órgão em São Roque promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa onde o organista Jens Christensen tocará obras de Nikolaus Bruhns, Antonio Carreira, Carlos de Seixas, Sousa Carvalho e Diego da Conceição. 

  

   A Cinemateca colabora com o IndieLisboa’11 projectando, às 19h, o filme de Júlio Bressane Cleópatra (2007) com Alessandra Negrini, Miguel Falabella e Bruno Garcia, onde o realizador propõe «uma Cleópatra lírica e não uma Cleópatra épica» e mais tarde, às 21h30, O Anjo Nasceu (1969) com Hugo Carvana, Milton Gonçalves, Maria Gladys, Norma Bengell, um clássico do cinema marginal brasileiro que foi alvo de censura durante vários anos e ficou conhecido pela sua proposta de ruptura narrativa.

 

  

   Prossegue no Maria Matos TM a conferência internacional  DOIS GRAUS / TWO DEGREES. Depois de na véspera,  Peter Tom Jones, pesquisador na área da Ecologia Industrial na Universidade de Lovaina (Bélgica) e Julie Bromilow, Directora de Educação do Centro de Tecnologias Alternativas (País de Gales) terem apresentado um enquadramento da situação actual  apontando caminhos de transição para uma sociedade sustentável,  Helen Heathfield,  da organização britânica mais experiente a nível mundial no desenvolvimento e na aplicação de políticas sustentáveis nas indústrias criativas e nas artes, a Julie’s Bicycle, apresenta um conjunto de metodologias e medidas para reduzir a pegada ecológica no sector cultural, enquanto Judith Knight (da agência artística Londrina ArtsAdmin) aborda o papel das artes na divulgação da problemática.                                       

 

Estes e outros peritos orientarão uma série de seis seminários diferentes onde serão apresentadas e discutidas metodologias e ferramentas concretas, de um lado, para abordar o tema na criação artística e na programação, de outro lado, para reduzir o desperdício e minimizar o impacto ambiental na organização de festivais, gestão diária de teatros e centros culturais, digressões de concertos e espectáculos, desenho de luz, etc. A entrada do público é livre.

  

   Termina no Espaço 2.15 da LX Factory o ciclo de conferências promovido por António Guerreiro intitulado A Sismografia da Cultura (Passagens por Walter Benjamin e Aby Warburg).  Diz o texto introdutório : “…A aproximar estes dois autores está uma concepção da história e da cultura que encontra na questão da imagem um dispositivo fundamental. A ideia de «imagem dialética» em Walter Benjamin pode ser posta a par da visão warburguiana da imagem como «fórmula de pathos», como energia onde se polariza a memória cultural e as leis da sua transmissão trans-histórica…”.

  

   No Ondajazz, às 22h30, Melissa Oliveira canta, acompanhada por Pedro Costa (piano), João Cação (contrabaixo) e Fernando Sanchez (sax tenor), as dez faixas do seu primeiro CD gravado em Boston, que conta com participações especiais de Greg Osby e Jason Palmer.

  

   Na Biblioteca Museu República e Resistência, à Cidade Universitária, às 16h, Álvaro Arranja fará uma conferência promovida pelo Centro de Estudos Libertários sobre Dos fuzilamentos de Setúbal à ruptura Operariado/República em 1911.

 

 

  

   No Domingo  8/5 :  No Museu do Oriente, às 17h no Salão Macau, o Quinteto de Cordas dos Jovens Solistas da Metropolitana (Mafalda Pires violino, André Gaio Pereira violino, Paul Wakabayashi viola, Hugo Paiva violoncelo e Margarida Ferreira contrabaixo) tocará de George Onslow  Quinteto de Cordas, Op. 74 e de Antonín Dvořák  Quinteto de Cordas, Op. 77.

  

   No Grande Auditório da FCG, às 19h, o notável pianista polaco Piotr Anderszewski vai tocar de Johann Sebastian Bach Suite francesa nº 5, em Sol maior, BWV 816,  de Robert Schumann  Seis estudos em cânone, para piano com pedaleira, op. 56 (trans. de P. Anderszewski), de Robert Schumann Waldszenen, op. 82  e de Johann Sebastian Bach Suite inglesa nº 6, em ré menor, BWV 811.

 

                                          

                                         

 

Para além desta entrevista, sugiro vivamente que ouçam Anderszewski através deste link :

http://www.youtube.com/watch?v=6F95x91i_zo&feature=relmfu

 

 

 

E com esta melodia vos deixo, caros leitores.

publicado por ruideoliveira às 10:30
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Domingo, 24 de Abril de 2011

Agenda cultural de 25 de Abril a 1 de Maio de 2011 por Rui Oliveira

 

 

             

 

   Na Segunda  25/4 :  Nesta data de significado histórico pelo que representou de libertação dum regime opressor, são muitas as comemorações (também no plano cultural) de que mencionaremos adiante algumas de previsível valor. Poder-se-á, no entanto, iniciar a celebração com a homenagem a muitos dos que contribuiram com a sua luta diária para a corrosão dos alicerces da ditadura através, p.ex. do visionamento do recém-estreado filme/documentário  48 de Susana de Sousa Dias. Trata-se duma segunda obra (após “Natureza morta”) duma jóvem realizadora, já premiada quer com o Grande Prémio do festival Cinéma du Réel (Paris), quer com o da imprensa do Festival Internacional do Documentário e Cinema de Animação de Leipzig, onde o júri destacou “a forma como … abordou a questão da ditadura no tempo do Estado Novo, recorrendo apenas à força da voz e à montagem dos retratos de quem foi preso e torturado pela PIDE”.

 

   Outra forma será a visita à exposição  A Voz das Vítimas (por nós já referida) na antiga Cadeia do Aljube, cujo programa de iniciativas (ver http://avozdasvitimas.net/entrada ) do movimento “Não Apaguem a Memória” merece um acompanhamento interessado.

   No Auditório do Quartel do Carmo, às 12h, inicia-se o Festival dos Cravos de Abril com “Palavras pelos Direitos Humanos” ditas por Alípio de Freitas e um momento musical por Luisa Amaro e Rui Sequeira.

   Às 19h, na Sala do Arquivo dos Paços do Concelho, o mesmo Festival promove uma conferência  O mundo em mudança: perspectivas de um novo modelo económico e de novos paradigmas civilizacionais onde falarão Boaventura Sousa Santos sobre Um outro mundo é possível: democratizar a democracia e Rogério Roque Amaro sobre Mobilizar a cidadania para uma nova economia, a favor de um mundo sustentável. Segue-se o  espectáculo poético Poiésis Msaho: pensar liberdade por Elsa de Noronha.

   Na Casa da Achada - Centro Mário Dionísio (à Sé) é inaugurada às 19h a exposição Mário Dionísio - vida e obra, com apresentação dum livro alusivo e canções pelo Coro da Achada.

   No Teatro Maria Matos, às 22h, o australiano Ben Frost regressa (no computador, guitarra e piano), com a ajuda de Borgar Magnason no contrabaixo (um dos mais talentosos arranjadores islandeses) para apresentar a sua obra-prima By the Throat, “um dos mais fascinantes exemplos de como a electrónica é uma linguagem unificadora de emoções, imagens e muitos géneros musicais”(segundo o programa).   

   Na Aula Magna da Reitoria da UL, às 21h30, o cantor canadiano Patrick Watson de um misto música erudita, de cabaret e indie actua com Tiago Bettencourt. 

 

 

    Na Terça  26/4  :  No Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, às 19h, o Jerusalem String Quartet, composto por Alexander Pavlovsky (violino), Sergei Bresler (violino), Ori Kam (viola) e Kyril Zlotnikov (violoncelo) tocam de Wolfgang Amadeus Mozart  Quarteto para Cordas nº4, em Dó maior,K157, de Johannes Brahms  Quarteto para Cordas nº2, em Lá menor, op.51 nº2  e Quarteto para Cordas nº1, em Dó menor, op.51 nº1. A primeira obra foi recentemente gravada para a Harmonia Mundi com grande aplauso crítico.

  

                             

 

   No campo cinematográfico, estreou recentemente Tournée – Em Digressão (2010) do realizador francês Mathieu Amalric (que esteve presente), vencedor do prémio para o Melhor Realizador no Festival de Cannes 2010, além da nomeação para sete Césars. 

 

 Com um elenco onde figuram Dirty Martini, Julie Atlas Muz, Miranda Colclasure, Suzanne Ramsey, descreve a história dum destemido produtor que regressa a França com um novo e provocador espectáculo de cabaret trazendo consigo as artistas de New Burlesque, ansiosas pela sua digressão francesa e criando um extravagante mundo de fantasia, caloroso e hedonista. Contudo a viagem de volta a Paris abre velhas feridas do seu passado…  

   Por seu lado, a Cinemateca conclui a sua colaboração com a Festa do Cinema Italiano exibindo diversas comédias, a saber neste dia às 21h30 (sala dr.Félix Ribeiro) Una Giornata Particolare (Um Dia Inesquecível) de Ettore Scola (1977) com Marcello Mastroiani, Sophia Loren, John Vernon e Françoise Berd. História : “…nesse dia «inesquecível» para os romanos, o da visita de Hitler em 1938, a jornada «patriótica» para o regime fascista «convidara» toda a população para assistir ao desfile, mas nem todos foram…”

   Na FNAC Colombo, às 21h30, a cantora Luisa Sobral (vencedora do prémio “Best Jazz Song” nos Malibu Awards 2008 e nomeada para “Best Jazz Artist” nos Hollywood Awards de 2009) apresenta excertos do seu álbum de estreia “The Cherry on My Cake”.

 

 

    Na Quarta  27/4  :  No Foyer do Teatro Nacional de São Carlos, às 18h, o concerto Música Francesa III compreende a interpretação pelo Quarteto Vianna da Motta (António Figueiredo violino, Witold Dziuba violino, Céciliu Isfan viola e Irene Lima violoncelo) da Sonata para violoncelo e piano, em Ré menor de Claude Debussy e do Concerto para violino, piano e quarteto de cordas, em Ré Maior, op.21 de Ernest Chausson. (entrada livre)

   No Pequeno Auditório da Culturgest, às 21h30, no ciclo “Isto É Jazz” actua a cantora Sidsel Endresen, talvez a mais insigne representante do jazz vocal escandinavo, assento no rico património folclórico do seu país, a Noruega. Possuidora de uma voz única, com tanto de sensual como de poderoso, “prefere claramente a austeridade da expressão e a essencialidade das estruturas e das atmosferas a exibicionismos técnicos ou a histrionismos dramáticos, utilizando, cada vez mais, o formato de solo absoluto, muito intimista e minimal, acompanhando-se a si mesma com uma kalimba, um simples copo, um gravador de cassetes portátil e uma velha drum machine.

 

                           

 

   Em primeira exibição nesta sala, a Cinemateca projecta às 21h30 Brancaleone alle Crociate (1970), sequela de “L’Armata Brancaleone” também de Mario Monicelli, com Vittorio Gassman, Adolfo Cell, Stefania Sandrelli, Beba Loncar, Luigi Proletti, Paolo Villaggio. Um herói quixotesco protagonizado por Gassman, num ambiente medieval, cruza-se com um rei que se exprime em rimas, uma bela feiticeira e um cruzado alemão, num enredo que os amadores dos Monty Python apreciarão.

   No Ondajazz, às 22h30, o espectáculo Swing Audi trará o conjunto de Xico Santos (contrabaixo) e seus músicos na execução de um jazz arraçado, revisitando clássicos de Django Reinhardt.

   Na Galeria ZDB, às 22h, em Franco, Singh e Lobo o músico Norberto Lobo cruza-se com Niraj Singh, mestre de percussão indiana em trânsito por Lisboa e à tambura, flauta e guitarra eléctrica de Norberto e às tablas de Niraj, junta-se a bateria de Marco Franco – um dos mais vibrantes músicos nacionais.

   Na Casa da Achada, às 18h30, exibir-se-á o filme El Mar, adaptação de Agusti Villaronga da obra de Blai Bonet, seguindo-se uma conversa com a escritora Antònia Vicens.

   Na FNAC Chiado, às 18h30, a fadista/declamadora  Cristina Nóbrega  apresenta  Retratos,  o seu mais recente trabalho de originais. Repete essa apresentação a 29/4 na FNAC Colombo às 19h. 

 

 

   Na Quinta  28/4  :  No Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, às 21h, a Orquestra Gulbenkian sob a direcção do maestro Ludovic Morlot e com a participação dos cantores Lilli Paasikivi meio-soprano, Mário Alves tenor e João Fernandes baixo interpretará de Jean-Philippe Rameau  Suite Dardanus, de Maurice Ravel  Shéhérazade e de Igor Stravinsky  Pulcinella. Repete Sexta 29/4 às 19h.

   No Centro Cultural Olga Cadaval (Sintra), a Orquestra de Câmara “Ciudad de Cáceres” (de criação recente mas bom nível interpretativo) apresenta um programa musical onde se inclui de João de Sousa Carvalho Abertura L´Amore Industrioso, de Andrés Gaos Impresión Nocturna, de Georg Philipp Telemann Suite Burlesca D. Quijote , de Joaquín Turina La oración del Torero, de Joly Braga Santos Concerto para Orquestra de Cordas e de Luigi Boccherini  Fandango.

   No Teatro da Trindade, às 18h30, abrindo as sessões  4/5UINTAS o Coro Sinfónico Lisboa Cantat tocará numa primeira parte - Música Regional Portuguesa (arranjos de Fernando Lopes Graça) e numa segunda  Coros de “O Messias” de Haendel e de “As Estações” de Haydn.

   Também em primeira exibição na sua sala, a Cinemateca projecta às 19h, para encerrar o contributo à Festa do Cinema Italiano, I Mostri (1963) de Dino Risi com Ugo Tognazzi, Vittorio Gassman, Lando Buzzanca, onde os mitos dos anos 60 são satirizados com muito sarcasmo em vinte saborosos sketches.

   No campus da Universidade Nova de Lisboa, às 15h, exibir-se-á o filme Bearn, adaptação de Jaime Chávarri da obra de Llorenç Villalonga, seguido de uma conversa com a escritora Jaume Pomar.

   Os Artistas Unidos apresentam no Teatro Meridional (às 21h30), após estreia no I.F.P., a peça Um Homem Falido  do autor francês David Lescot (tradução de Marie-Amélie Robilliard e Joana Frazão) , com Rúben Gomes, Sylvie Rocha e Américo Silva e encenação de António Simão (com apoio de Jorge Silva Melo).tores Rúben Gomes, Sylvie Rocha e Américo Silva

    Na Casa Conveniente (ao Cais de Sodré), das 20 às 24h, estreia a peça Anúncio de Morte 2 : Sete Espelhos no Quarto de Dormir, encenada por Monica Calle e interpretada por Tiago Vieira, a partir dum texto original de Heiner Müller "Descrição de um Quadro".

   No Teatro Estúdio-Mário Viegas, às 22h, a Companhia Teatral do Chiado apresenta Nu Limite, um espectáculo de stand-up comedy por Ricardo Vilão.

   Para assinalar o Dia Mundial da Dança, a Companhia Nacional de Bailado estreia  Uma coisa em forma de assim (título descaradamente roubado a Alexandre O’Neil !),

 

 obra co-criada por alguns dos mais importantes coreógrafos portugueses como Clara Andermatt, Francisco Camacho, Benvindo Fonseca, Rui Lopes Graça, Rui Horta, Paulo Ribeiro, Olga Roriz, Madalena Victorino e Vasco Wellenkamp. A Bernardo Sassetti coube não só a composição como a interpretação musical.  Repete a 29 e 30/4.
   No Onda Jazz, às 22h30, ouvir-se-á  No Project  de João Paulo Esteves da Silva (piano), Nelson Cascais (contrabaixo) e João Lencastre), um trio que (nas suas palavras) “… luta pelo direito de não ter, precisamente, projecto, por deixar a música surgir no momento de tocar e ainda pela liberdade de não se ficar escravo desta liberdade e poder improvisar também a partir de composições, originais ou não, de Ornette Coleman, Keith Jarrett ou outros, ou não”.

   Na Galeria ZDB, às 22h, a Sei Miguel Unit Core apresenta a “Not Over / Sessão de Releitura” #3,  uma revisitação das suas peças em arquivo, de 1979 aos dias de hoje. “Músico avassalador, exímio na gestão do silêncio, em noções de tempo e espaço, Sei Miguel projecta  as direcções que definem o futuro do Jazz” (diz o programa.

   No Bar a Barraca (a Santos), às 22h, They are heading West #3 , três cantores/compositores (João Correia, Francisca Cortesão, Mariana Ricardo) e um baterista (Sérgio Nascimento) tocam com Tiago de Sousa.

   No Teatro A Barraca, às 22h, haverá um Recital Poético com os poetas das Baleares Antònia Vincens, Jaume Pomar, Ponç Pons, Bartomeu Ribas, Sebastiá Bennassar e Laia Martínez. 

   No âmbito da exposição A Voz das Vítimas, na Sala Multimédia da ex-Cadeia do Aljube (onde todas as Quintas feiras são organizados debates sobre temas desenvolvidos na exposição), decorre, às 17h, a palestra PVDE/PIDE/DGS”  por Irene Pimentel.

   Na Cordoaria Nacional abre a exposição SIM , cerca de 70 obras relativa aos últimos dez anos da actividade de pintura e desenho de Sofia Areal onde, segundo palavras da comissária Emília Ferreira, 

 

                 cabe também tudo o que encontramos na sua obra: o sol e a noite, os cheios e os vazios, os ritmos das formas e das cores, os jogos lumínicos, os turbilhões, as flores, as borboletas, os alvos, o jogo entre a geometria dos suportes e a organicidade das linhas, das manchas de cor, do seu gesto inteiro. A sua capacidade de resiliência e de recriação. E de oferenda”.

 

   Na Sexta  29/4  :  No Dia Mundial da Dança, a Culturgest apresenta no seu Grande Auditório, às 21h30, o espectáculo de dança Icosahedron de Tânia Carvalho/Tânia Oak Tree, com numerosos intérpretes desde Abhilash Ningappa a Teresa Silva e música de Diogo Alvim. Repete a  30/4.

   Também no âmbito da comemoração do Dia Mundial da Dança, no Centro Cultural Olga Cadaval (Auditório Jorge Sampaio) às 22h, é apresentado em estreia nacional o espectáculo Sou do Fado  pela Companhia de Dança Contemporânea de Sintra (direcção artística de Lucília Bahleixo).  Diz o programa que “… com voz de Daniela Giblott e arranjos de Eurico Machado, Sou do Fado vai ser entoado pela guitarra de fado, viola, baixo e percussão, bailarinas de pés descalços e vestidos longos…”.

   O Quinteto de Sopros do grupo de Jovens Solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa toca no El Corte Inglés, às 19h, de Gunther Schuller  Suite para Quinteto de Sopros, deEndre Szervanszki  Quinteto de Sopros n.º 1, de Gabriel Pierné  Pastoral, deAlexander Zemlinsky  Humoresca (Rondó), de Eurico Carrapatoso  Cinco Elegias e deAstor Piazzolla  Libertango.

   No Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, às 21h, a Orquestra Metropolitana de Lisboa com a direcção musical deLior Shambadal  e a participação de Gilad Karni (viola) interpretará de Wolfgang Amadeus Mozart - Música de bailado da ópera Idomeneo, KV 367 (1.º e 2.º andamentos), de Benjamin Britten - Lachrymae: reflexões sobre uma canção de John Dowland, Op. 48ª, de J. Nepomuk Hummel - Fantasia em Sol menor, para viola e orquestra e de Felix Mendelssohn - Sinfonia n.º 3, Op. 56, Escocesa. Repete a 30/4 na Sala Elíptica do Convento de Mafra, às 22h.

   Na Cinemateca conclui-se às 21h30 o ciclo (“de protesto pelos cortes financeiros”) A Cor do Dinheiro com o filme L’Argent (1983) de Robert Bresson com Christian Patey, Vincent Risterucci e Caroline Lang, curiosamente sem estreia comercial em Portugal mas que a Cinemateca exibiu no ano da sua estreia mundial. Diz esta ainda, com ironia, “ninguém foi mais elucidativo (nem mais corajoso) sobre este tema do que Robert Bresson, no seu último filme … filme com que o programa termina,  filme que tínhamos que ter, nem que fosse preciso mover mundos e, hum, fundos.

 

                            

(ver o trailer após o excerto do filme)

   Na Comuna-Teatro de Pesquisa, às 21h30, estreia  Simplesmente Complicado de Thomas Bernhardt (em co-produção Cendrev/Teatro Municipal da Guarda)  com encenação de Américo Rodrigues, música de César Prata e interpretação de Rui Nuno. Enredo: “…um velho actor está em pé de guerra com o seu passado.. . Até Shakespeare e Schopenhauer se tornaram seus adversários. A sua única ligação ao mundo exterior é uma menina de nove anos, que lhe traz leite uma vez por semana... Além dele – ela é a única pessoa a poder usar a coroa de Shakespeare, que ele outrora levara consigo como recordação de um espectáculo”. Repete a  30/4.

   No Onda Jazz, às 22h30, a orquestra  Reunion Big Jazz Band  experimenta agora uma incursão pelos arranjos e originais de alguns dos seus membros, como Dan Hewson, pianista, arranjador e compositor de reconhecido talento, Claus Nymark,  num celebrado regresso como trombonista e arranjador, e Johannes Krieger,  trompetista e prolífico arranjador/compositor, que assegura também a direcção da Orquestra.

   Na Galeria ZDB, às 23h, Tim Hecker apresenta ‘Ravedeath, 1972’.

   Na FNAC Chiado,  Cuca Roseta canta às 22h temas do seu último disco.

   No Centro de Arte Moderna da FCG, às 17h, ocorre mais um Encontro ao Fim da Tarde sobre a exposição Nada para fazer nem sítio para onde ir de Vítor Pomar. (acesso livre)

 

 

   No Sábado  30/4  :  No Grande Auditório da FCG, às 18h, há nova transmissão em directo da Metropolitan Opera de Nova Iorque onde é exibida a ópera Il Trovatore de Giuseppe Verdi sob a direcção do maestro James Levine e a encenação de David McVicar, com Sondra Radvanovsky (soprano lírico), Dolora Zajick (mezzo-soprano), Marcelo Álvarez (tenor lírico), Dmitri Hvorostovsky (barítono) e Stefan Kocá (baixo), entre outros cantores.

 

                           

 

   No Teatro Nacional de São Carlos, às 21h, a Orquestra Sinfónica Portuguesa (dir. Michail Jurowski ) com o pianista Miguel Borges Coelho tocará de Carl Maria von Weber  Der Freischutz – Abertura, de Ludwig van Beethoven  Concerto nº1 para piano e orquestra, em Dó Maior, op.15 e de PiotrilitichTchaikovski  Sinfonia nº4 em Fá menor, op.36.

   No Museu do Oriente, às 17h, elementos dos Jovens Solistas da  Metropolitana e dos Agrupamentos da Academia Superior de Orquestra constituindo o Quarteto de Cordas
 (Eliana Magalhães violino, Ana Rita Damil violino, Ana Rita Cardona viola e Catarina Gonçalves violoncelo) e o Quarteto de Trombones (Reinaldo Guerreiro trombone , Victor Ferreira trombone, Pedro Santos trombone e Paulo Alves trombone) interpretarão de Wolfgang Amadeus Mozart - Quarteto de Cordas n.º 22 em Si bemol maior, KV 589, Prussiano n.º 2, de Benjamim Britten - Três Divertimentos, de Eugène Bozza - Três peças e de Brian Lynn - Four for Four.
   Na Igreja de São Roque, ocorre às 16h um concerto do Ciclo de Órgão em São Roque promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa onde o organista António Duarte tocará obras de Johann Jacob Frobiger, Heinrich Scheidemann e Johann Sebastian Bach.

   Na Igreja Madre Deus, às 18h, o Coro Romeno Theophania (dirigido pelo maestro Ciprian Para) celebra um Florilégio Musical de Matriz Bizantina por ocasião do Dia da Europa 2011. Organizado pelo Instituto Cultural Romeno, o concerto abordará criações dos compositores romenos dos séculos 19-21, inspiradas primordialmente nas tradições musicais autóctones, tirando as suas raízes na espiritualidade bizantina. Serão interpretadas obras de: George Dima, Nicolae Lungu, Gheorghe Cucu, Gavriil Musicescu, Sabin Drăgoi, Paul Constantinescu, Pe. Gheorghe Șoima, Ion Popescu-Pasarea, Augustin Bena, Alexandru Podoleanu. Repete a 1/5, às 21h, na Basílica da Estrela.

   No Teatro da Trindade (Sala Principal, às 16h) termina a peça Havia um menino que era Pessoa, uma adaptação de Cucha Carvalheiro e José Figueiredo Martins com encenação de Lucinda Loureiro e interpretação de José Figueiredo Martins. Espectáculo para toda a família construido a partir dos poemas que o poeta escreveu para brincar com os seus sobrinhos.

   No Grande Auditório do CCB, às 21h, os Clã apresentam Disco Voador “um trabalho inspirado no universo dos supernovos … integralmente composto por canções originais, lúdicas e irreverentes”.

   No Onda Jazz, às 22h30, o concerto  Avalanche reune Victor Zamora (piano), João Moreira (trompete), Nelson Cascais (contrabaixo) e Bruno Pedroso (bateria).

   Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 16h30, tem início o Festival de Clarinetes. (entrada livre)

   Nas Noites ao Piano do Teatro Tivoli, às 21h30, Rita Guerra revisita alguns dos grandes sucessos da sua carreira, num espectáculo intimista e inédito.

   Termina neste dia no Auditório Novo Espaço , em Santo Amaro de Oeiras (exibia-se Quintas, Sextas e Sábados, às 21h30), a reposição pelo Teatro Independente de Oeiras de Sexo ? Sim, Obrigada de Dario Fo  e Franca Rame “… um espectáculo exuberante, inspirado no cabaret e no teatro musical”.

   No Miradouro de São Pedro de Alcântara, às 21h, ouvir-se-á Cançons Republicanes, conjunto de canções de protesto com o músico e cantor Biel Majoral e o músico Germans Martorell.     

   O Festival dos Cravos de Abril exibe no Palácio Valadares ao Largo do Carmo, das 14h30 às 17h30, dois filmes ilustrativos da repressão salazarista. Um de Susana de Sousa Dias, Natureza Morta “12 minutos de imagens de arquivo e umas quantas fotografias resultando … num trabalho profundo e perturbador, sobre a guerra colonial e o regime que … a sustentou, semeando o país e as ex-colónias de corpos e espíritos mutilados, de cadáveres, viúvas e órfãos”. O outro de Diana Andringa, Tarrafal, memórias do campo da morte lenta , documentário feito das memórias dos antigos presos, filmados (em 2009, num encontro dos sobreviventes) nesse espaço confinado em que viveram durante anos, “fechados como se fôssemos cabras, com um fosso à volta, arame farpado e um muro, com os nosso irmãos, armados, a guardar-nos.” Excelentes documentos a não perder !

                      

                         

                    

   No Domingo  1/5  :  No Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém, às 21h, Adriana apresenta, com arranjos seus de piano e flauta, o seu segundo álbum O que tinha de ser onde mistura jazz com pop e ainda Latin World (seg. o programa).

   No Café Teatro Santiago Alquimista (a Alfama), às 21h, a banda de neo-rock progressivo os Pendragon apresenta o espectáculo baseado no seu álbum Passion, antecedido pelo britânico de ascendência grega Andy Sears também do universo do rock progressivo.

   Encerra neste dia, no Museu da Fundação Arpad Szenes/Vieira da Silva a exposição Retratos de Mulheres que, a partir do contributo de diferentes colecções, oferece três olhares sobre o  feminino, associando Man Ray, um artista americano já clássico, a dois pintores portugueses ainda activos, Julião Sarmento e Jorge Martins. Do primeiro mostram-se “The Fifty Faces of Juliet”, imagens criadas com a presença de sua mulher (1941-1955) Juliet Browner. De Sarmento surgem “62 Fotografias de 31 Mulheres, realizadas ao longo de 42 anos” e de Martins um conjunto de nus femininos de 64 a 73 intitulado “Eros Cromático”. A não perder estes três modos distintos de ver o relacionamento do masculino com o feminino com o seu componente de desejo, de sexo e de erotismo.

 

 

A vós a escolha, caros leitores e a homenagem nesta semana cronologicamente tão particular !

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

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Domingo, 17 de Abril de 2011

Agenda Cultural de 18 a 24 de Abril 2011 por Rui Oliveira



 

 

   Na Segunda  18/4  :  Numa semana quase exaurida de eventos musicais, certamente pelo esgotamento dos intérpretes e agrupamentos nacionais nos recém-concluídos Dias da Música, prestemos então atenção a outras artes, em particular às várias exposições prestes a encerrar.

   Neste fim-de-semana, a 23/4, termina a mostra Primitivos Portugueses (1450-1550). O Século de Nuno Gonçalves brindada com considerável afluência de público. Veja-a, se ainda não o fez, por muitas razões entre as quais as do crítico José luis Porfírio para quem ela (a exposição) vê-se “com um prazer triplo…(que) vem dos olhos, do entendimento e do encadeamento das situações expositivas e plásticas e, mais ainda, de uma ironia subtil que atravessa todo o trabalho, começando pelo seu título e subtítulo.” Suprema ironia, como explica, no “subtítulo O Século de Nuno Gonçalves, pintor rapidamente ignorado pelas gerações que se lhe seguiram. No entanto, o século de Nuno Gonçalves está presente na mostra: da sua ‘invenção’ em 1910 à presente exposição, 100 anos depois. Este, sim, foi o (seu) verdadeiro século …!”

                                                                                

                                                                                                                                                                                                     

   No Grande Auditório da Fundação Gulbenkian, às 20h, a Amsterdam Baroque Orchestra & Choir dirigidos por Ton Koopman apresentam a peça (característica da época) Paixão Segundo São João, BWV 245, com a participação dos solistas Teresa Walin soprano, Maarten Engeltjes contratenor, Tilman Litchdi tenor e Klaus Mertens baixo. É de esperar deste também organista e cravista emérito uma leitura luminosa desta obra-chave do barroco, ele que “continua a achar que não há nada melhor do que a utilização de instrumentos (originais)…aos quais J.S.Bach dedicou quase toda a sua obra”.



 

     

 

   No teatro A BARRACA termina a sua 1ª semana a peça  As Peúgas de Einstein  de Helder Costa, onde se “expõem as teorias científicas do grande génio da Física de uma forma lúdica e acessível, ao mesmo tempo que (se) traça um quadro de todo o século XX através da sua biografia social e humana”.

 Com encenação e guião musical do autor, tem no elenco Sérgio Moras, Rita Fernandes, Ruben Garcia e Vânia Naia. Persiste até 10 de Julho, de Quinta às 21h30 a Domingo às 16h.

   Ainda no teatro A Barraca, às 21h30, os Encontros Imaginários  (texto e encenação de Helder Costa) prosseguem no confronto de ideias através de personagens marcantes da História da Humanidade, neste caso La Passionaria (Vânia Naia), Freud (João d’Ávila) e Darwin (Sérgio Moras).

   A Cinemateca volta a associar-se ao"8 ¹/₂ Festa do Cinema Italiano" para um programa inteiramente dedicado à “comédia à italiana” com a exibição de  Divórcio à Italiana (Divorzio all’Italiana) de Pietro Germi (1961) com Marcello Mastroiannni, Daniela Rocca e Stefania Sandrelli,  às 19h.

   Ocorre neste dia o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios instituído em 1982 pelo ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios) e cujas comemorações decorrem este ano sob o signo da “Água: Cultura e Património”. Salientam-se algumas iniciativas que se estimula acompanhar, como :

  −  O Museu da Cidade, em colaboração com a Unidade de Projecto de Alfama  promove a realização de um percurso pedestre pela área das nascentes de Alfama, cujas referências históricas mais antigas remontam à época islâmica (às 10h30 e 15h).

  −  O Museu das Comunicações convida para um copo de água na Madragoa. Um percurso com ponto de partida no museu, que leva a conhecer as velhas ruas desse bairro histórico e os principais pontos de interesse relacionados com o precioso líquido, como o Lavadouro, o Convento das Bernardas ou o Chafariz da Esperança (às 15h). 

   No Institut Français du Portugal (IFP), às 19h, exibe-se a 3ª parte do filme “Aimé Césaire, Une Voix pour l’Histoire” do realizador martinicano Euzhan Palcy (1994) intitulada La Force de regarder Demain (legendado em português e de entrada livre), ”uma reflexão sobre os desaires pós-colonização, as derivas da Negritude, os falhanços do terceiro-mundismo, etc.”

 

 

 

   Na Terça  19/4 :  Único filme em competição na 8 ¹/ Festa do Cinema Italiano 4ª Edição projectado em repetição às 19h, Una Vita Tranquilla de Claudio Cupellini (2010) foi considerado pela imprensa italiana o melhor filme noir do ano e terá mais uma boa interpretação de Toni Servillo. 

 Em resumo : A vida tranquila de Rosario Russo, há doze anos a viver  na Alemanha, toma um rumo imprevisível e dramático quando ao seu  restaurante  chegam dois rapazes italianos, Edoardo, filho de um poderoso camorrista, e Diego, que Rosario reconhece como um dos mais cruéis camorristas do casertano

   Na associação (referida atrás) a esta Festa, a Cinemateca exibe às 21h30  A Ultrapassagem  (Il Surpasso) de Dino Risi (1962) com Vittorio Gassman, Jean-Louis Trintignant e Catherine Spaak.

   No Palácio Foz (Sala dos Espelhos), às 18h30, com o apoio do Instituto Italiano de Cultura, há um espectáculo de «BelcantoItaliano : dai Salotti ai Teatri d’Opera» onde o Duo Gabriella Morigi (soprano) e Pia Zanca (pianoforte) prestarão homenagem a Nino Rota. (entrada livre)

   Na Casa da América Latina, às 18h, pela celebração do Bicentenário da Venezuela, é exibido o filme Taita Boves (hasta dónde llega tu venganza?) de Luis Alberto Lamata (2010), que mostra a realidade durante as lutas pela independência venezuelana no século XIX.

    Às 17h 30m na Biblioteca-Museu República e Resistência (no Espaço Grandela) e dentro do ciclo de conferências "Lenine e a Democracia", tem lugar o debate  Democracia Hoje e no Futuro  entre José Pereirinha (prof. ISEG) e José Casanova (dir. Avante).

   No Museu Colecção Berardo continuam expostos os trabalhos concorrentes ao BES Photo 2011, prémio de arte contemporânea  que visa promover artistas de países de língua oficial portuguesa e onde foram seleccionados os portugueses Manuela Marques e Carlos Lobo, o brasileiro Mauro Restiffe, o angolano Kiluanji Kia Henda e o moçambicano Mário Macilau. O troféu foi este ano atribuído a Manuela Marques (Tondela, 1959) que afirma “[Este trabalho é] uma tentativa de dar conta, em alguns pontos visuais, de uma cidade, de uma megalópole, neste caso São Paulo. A cada estadia, coloca-se a mesma questão: o que fotografar? O que transmitir pela imagem e sob que forma? Assim, esta estadia permitiu-me continuar uma obra que se afasta dos parametros do serial, tão conhecidos em fotografia, e realizar uma mudança tanto ao nível da apropriação do real como das novas propostas de configuração…”

   Na Appleton Square, a mesma Manuela Marques apresenta dois outros espaços expositivos : uma instalação video interactiva reagindo aos movimentos dos visitantes propondo um ambiente visual e sonoro que retoma o tema musical Grândola Vila Morena  de José Afonso  e um conjunto de fotografias recentes.   

 

       

               

 

  

   Na Quarta  20/4  :   No Foyer do Teatro Nacional de São Carlos, às 18h, o concerto Música Francesa II compreende a interpretação por Ricardo Lopes no oboé, Paulo Guerreiro na trompa e António Rosado ao piano, da Elegia para trompa e piano, op.168 e da Sonata para oboé e piano,op.185 de Francis Poulenc, do Romance para trompa em Fá e piano, op.36 de Camille Saint-Saëns e do Trio para oboé, trompa em Fá e piano, op.188 de Carl Reinecke.(entrada livre)

   No palco da Sala Principal do Maria Matos TM, às 22h, Grouper, aliás Liz Harris apresenta (pela primeira vez na Europa)  Sleep, “uma peça transdisciplinar que nos tenta colocar em contacto com a gestão da memória e que nos confronta com os instantes que precedem o desligar da consciência, imediatamente antes do estado de vigília ceder a um estado de adormecimento”. Esta “one-woman-act” norte-americana (em residência na ZDB) manipula, em três locais distintos do espaço performativo, magistrais loops de voz, de piano e de field recordings, enquanto três ecrãs projectam vídeos também da sua autoria, com o público no centro da concepção cénica.

 

   Merece visionamento o recém-estreado filme de Sérgio Tréfaut  A Cidade dos Mortos (Grande Prémio na DOCUMENTA Madrid 2010) que diz ter querido transmitir “uma forma muito natural de viver a morte”. Este “pouco mais de uma hora de viagem pelo quotidiano daqueles que se instalaram de armas e bagagens nos cemitérios cairotas” (mas fruto de cinco anos de filmagens clandestinas na necrópole de El Arafa – os túmulos habitados continuam a envergonhar os governantes egípcios…) vem acompanhado da curta-metragem  Waiting for Paradise, centrada numa cerimónia de casamento que decorre dentro do cenário do cemitério e do significado que a ocasião tem para a cultura islâmica onde se diz haver duas formas de um homem chegar ao paraíso: "uma morte justa e um casamento perfeito".  

   No Teatro Tivoli, às 21h30, ouvir-se-á o Requiem de Mozart, bem como a sua Sinfonia nº 40 pela Orquestra Sinfónica Estatal Ucraniana e pelo Coro da Sociedade Filarmónica Nacional da Bielorrússia.
   Na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa, as palestras (das 18-20h) do ciclo das "100 Lições" comemorativo do centenário da UL. serão de Ana Bacalhau, vocalista do agrupamento musical Os Deolinda que versará o tema “A voz, instrumento da palavra” e ainda de J.P.Simões, cantor e compositor .

 

 

 

   Na Quinta  21/4  :   No São Luiz Teatro Municipal estreia às 23h30, no Jardim de Inverno, a peça Agamémnon /Vim do Supermercado e dei porrada ao meu filho da autoria de Rodrigo Garcia (Prémio Europeu de Teatro 2008), sobre um texto que fora Prémio UBU 2004 (Itália). Encenada por John Romão, tem como actor Gonçalo Waddington (mais três crianças) do “Colectivo 84/Penetrarte”.

   Na sessão de encerramento do 8 ¹/₂ Festa do Cinema Italiano 4ª Edição é projectado  A Solidão dos Números Primos (La solitudine dei numeri  primi) de Saverio Costanzo (2010) com a presença do realizador, filme baseado na obra homónima de Paolo Giordano. Interpretado por Alba Rohrwacher (premiada como melhor actriz no Festival de Veneza), Alice Della Rocca, Luca Marinelli, Mattia Balossino, tem a seguinte sinopse :  Alice e Mattia são como números primos: divisíveis apenas por um e por eles mesmos. Desde crianças, lidam com traumas que os tornam indivíduos singulares, isolados da sociedade. Alice quase perdeu a perna em um acidente de esqui  e Mattia negligenciou a irmã gêmea deficiente, recebendo em seguida a notícia de seu desaparecimento. Ao se encontrarem na adolescência,  reconhecem-se na dor um do outro  e, apesar de levarem vidas paralelas, os seus destinos sempre se cruzam. É grande a curiosidade por esta estreia promissora do cine transalpino.

                   

                           

     

   O ciclo de apoio à 4ª edição da F.C.I., nesta semana encerra na Cinemateca  (na Sala Dr. Félix Ribeiro) às 19h, com Io la Conoscevo Bene (1965)  de Antonio Pietrangeli com Stefania Sandrelli, Jean-Claude Brialy, Nino Manfredi, Ugo Tognazzi.

   No Palácio Foz (Sala dos Espelhos), às 18h30, numa iniciativa de O Som do Mundo da Fala Portuguesa, há um Festival de violino e piano dedicado a Zeca Afonso.(entrada livre)

   No Ondajazz, às 22h30, toca o Quarteto de Alexandre Diniz ao piano, com António Pinto (guitarra), Carlos Miguel (bateria) e Massimo Cavalli (contrabaixo).

   No Auditório Acácio Barreiros do Centro Cultural Olga Cadaval em Sintra, às 21h30, o Quarteto de Cordas de Sintra, composto por Nélson Nogueira (violino), Ana Patrícia Tomé (violino), Teresa Fleming (viola) e Abel Gomes (violoncelo) tocará o Requiem de Wolfgang Amadeus Mozart (na transcrição de Peter Lichtenthal só publicada em 2006 e assim estreada entre nós).

   Na Biblioteca-Museu República e Resistência (à Cidade Universitária), às 18h30 e dentro do ciclo de conferências "Descartes e as suas Razões", Maria Luísa Ribeiro Ferreira (prof. FLUL) dissertará sobre Descartes, um filósofo mal amado ? (2ª parte).

 

 

 

   Na Sexta  22/4  :  Em 25 de Abril próximo (e daí chamar-se aqui a atenção) encerra a notável exposição Mappamundi  (com curadoria de Guillaume Monsaingeon) no Museu Colecção Berardo em Belém. Segundo o catálogo “reúne artistas que, nos últimos 40 anos, trabalharam o mapa e interrogaram a representação cartográfica para melhor nos tocarem ou nos provocarem. Mapas para serem lidos ou para serem vistos ? Espelho tranquilo ou distorção do mundo  ? … Longe de exprimirem certezas, estes mapas desenham as nossas dúvidas, os nossos combates e os nossos sonhos…” Está organizada em 4 núcleos : Descodificar (o artista que decompõe o mundo). Corporizar (o mapa como forma de corpo). Contestar (o mapa cartográfico como uma arma) e Sonhar (os mapas entendidos como um jogo poético).

 

 

 

    No Ondajazz, às 22h30, toca o Cine qua non, conjunto de Paula Sousa (piano), João Paulo Esteves (acordeão), Afonso Pais (guitarra) e Mário Franco (contrabaixo).

 

 

 

 

   No Sábado  23/4  :  No Grande Auditório da FCG, às 18h, há nova transmissão em directo da Metropolitan Opera de Nova Iorque onde é exibida a ópera Capriccio de Richard Strauss, dirigida pelo maestro Andrew Davis, com um elenco onde se destaca Renée Fleming (recém intérprete de outra versão em Viena), além de Sarah Conolly, Joseph Kaiser, Russell Braun, Morten Frank Larsen e Peter Rose.

 

     

   Encerra neste Domingo próximo 24/4 uma boa exposição Snohetta Arquitectura / paisagem/interiores que mostra a vida e o trabalho no gabinete de Kjetil Thorsen, norueguês considerado um dos melhores arquitectos mundiais, autor da Biblioteca de Alexandria, do Memorial do 11 de Setembro no Ground Zero em Nova Iorque, da Ópera Nacional de Oslo, entre muitos projectos. Simultaneamente espectacular sob o ponto de vista da dimensão, mas intimista na capacidade de inovar (como os cubos de betão segundo as necessidades do cliente) e até humanista no cuidado com o pormenor, com a envolvente, tendo a arquitectura paisagista como disciplina maior. A ver no Museu da Electricidade.
   Às 22h30 no Ondajazz exibe-se o conjunto Couleur Café composto por Luanda Cozetti (voz), Norton Daiello (baixo), Thierry Riou (piano), Guto Lucena (contrabaixo) e Milton Batera (bateria) que improvisam à volta de temas de Serge Gainsbourg. 

 

                            

   Na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, às 18h, a Orquestra Metropolitana de Lisboa  Júnior (direcção musical Luís Cunha, Pedro Neves, Rui Carreira) realiza o concerto de encerramento do seu Workshop de Páscoa 2011 tocando de Antonin Dvorák a Sinfonia Do Novo Mundo.

 

 

 

   No Domingo  24/4  :  Neste calmo dia, sugere-se a visita à recém-inaugurada 7ª edição do World Press Cartoon no Museu de Arte Moderna de Sintra, cujos prémios foram divulgados esta semana. Assim (diz o site do Museu) o artista australiano David Rowe conquistou o Grand Prix da sétima edição do World Press Cartoon com o cartoon «Wikileaks and Uncle Sam» (ver abaixo), publicado em Dezembro de 2010 no jornal australiano «The Sun-Herald». Alcançando o primeiro lugar na categoria de Cartoon Editorial, o polaco Pawel Kuczynski conquistou o segundo lugar com o cartoon «Made in China» e Alecus, um cartoonista mexicano que trabalha em El Salvador, ficou na terceira posição com o desenho «Chilean Miners». Na categoria de Caricatura o português João Vaz de Carvalho com um retrato de D. João I, rei de Portugal  publicado na revista «Notícias Magazine» foi considerado  o melhor de 2010. No segundo e terceiro lugares desta categoria ficaram, respectivamente, o mexicano Angel Boligán Corbo, com uma caricatura de Julian Assange publicada no jornal «El Universal», e o português Santiagu, com uma Madre Teresa de Calcutá desenhada para o semanário «Repórter do Marão».

   A exposição permanece até 30 de Junho, com entrada livre.

 

 

  

   Cabe-vos a escolha, caros leitores, numa oferta que tende a reduzir-se ... Veremos.

publicado por ruideoliveira às 10:01
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Domingo, 10 de Abril de 2011

Agenda cultural de 11 a 17 de Abril de 2011 por Rui Oliveira

 



    Na Segunda 11/4 :  Na ausência de acontecimentos musicais, plásticos ou literários de vulto particulares desta data, sugiro ver o recém-estreado filme (com muito boa aceitação crítica) Road to Nowhere - Sem Destino de Monte Hellman, realizador americano − de O Furacão (1965) e Duelo no Deserto (1968) − que não filmava desde o seu Stanley's Girlfriend (2006) o qual interrompera o silêncio desde Iguana (1989). Com excelentes interpretações de Shannyn Sossamon (Laurel) e Tygh Runyan (Mitchell), trata-se (segundo a ficha) "de um realizador que encontra o argumento perfeito para o seu filme na história verídica sobre o suicídio de dois amantes envolvidos num escândalo de fraude ... mas com o passar do tempo a linha entre a ficção e a realidade começa a desvanecer-se dando lugar a tragédia".

   A II Be Balears - Semana Cultural das Ilhas Baleares, após os concertos da semana anterior, realiza no Anf.III da FLUL (Universidade de Lisboa) de 11 a 13/4 um colóquio sobre Catalunha "Act25 - Catalunya, Catalunha" com conferências sobre cultura catalã e um workshop de tradução literária.

   A cantora da Nova Zelândia Flip Grater apresenta na FNAC Chiado (às 18h30) o seu novo CD While I'm Awake I'm at War, a ser editado em Portugal.

   Na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa, as palestras (das 18-20h) do ciclo das "100 Lições" comemorativo do centenário da UL. serão de Manuel Clemente, actual bispo do Porto e Pémio Pessoa 2009 e Luís Salgado Matos, doutorado em sociologia política pela UL.

 

 

   Na Terça  12/4 :  Como contraste com o "peso-pesado" Monte Hellman referido ontem, assinale-se como digna de observação a primeira longa metragem de João Nicolau A Espada e a Rosa, bem acolhida no Festival de Veneza 2010 (secção Orizzonti). Diz a sinopse : "Manuel despede-se das rotinas da sua vida lisboeta e embarca numa caravela portuguesa do séc. XV governada pelas leis da pirataria. Uma traição a bordo desencadeia uma série de acontecimentos terríveis que o protagonista atravessa sem beliscar os seus princípios morais".

   No Institut Français de Portugal, o debate no Café Philo (às 21h) é sobre "A revolução", animado por Jean-Yves Mercury e Dominique Mortiaux.

   No Coliseu dos Recreios, às 21h30, apresenta-se a cantora brasileira Simone num espectáculo intitulado Simone em Boa Companhia onde, após cinco anos, regressa com um show baseado no seu último CD Na Veia.

   O guitarrista norte-americano Marc Ribot sobe ao palco do Cinema São Jorge, às 21h, para apresentar o álbum Silent Movies (2010) deste colaborador habitual de Tom Waits, Elvis Costello, Caetano Veloso ou Norah Jones.

   José Eduardo Moniz, jornalista e actual vice-presidente da Ongoing e João Carlos Gomes-Pedro, professor jubilado de Pediatria serão os palestrantes no ciclo das "100 Lições" comemorativo do centenário da UL, na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa, às 18h.

 

 

   Na Quarta 13/4 :   No Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian (às 19h) o Arcanto Quartet (composto por Antje Weithaas violino, Daniel Sepec violino, Tabea Zimmermann viola e Jean-Guihen Queyras violoncelo)

 oferece-nos um programa de três gerações musicais :

o Quarteto para Cordas nº6,Sz 114  de Béla Bartók, os Six Moments Musicaux, op.44 de György Kurtág e o Quarteto para Cordas nº7, op.59 nº1  de Ludwig van Beethoven.

    Na Culturgest (Sala 2, às 18h30) decorre a instalação/performance  A Venus de Pistoletto #4, "elaborada essencialmente com o recurso a objectos do quotidiano e a tecnologia lo-fi e baseada nos conceitos da Arte Povera, numa particular homenagem ao artista plástico Michelangelo Pistoletto. Para além dos instrumentos habituais de Emídio Buchinho e Carlos Santos– respectivamente a guitarra eo computador –, o recurso a utensílios motorizados ou electrónicos, assim como a objects trouvés (materais “pobres”, nomeadamente folhas e galhos de árvore, papel, etc.) são os seus componentes essenciais.... O espectador é convidado a mergulhar neste envolvimento sonoro" (segundo o programa).

   No Teatro Nacional de São Carlos (no Foyer, às 18h) inicia-se a série de Foyer Aberto (entrada livre) sobre Música Francesa (I) onde Francisco Ribeiro (em clarinete) e Ana Tomasik (ao piano) tocarão de Francis Poulanc  Sonata para clarinete e piano, op.184, de Camille Saint-Saëns  Sonata para clarinete e piano, em Mi bemol Maior, op.167, de Gabriel Pierné  Canzonetta para clarinete e piano, op.19 e de Claude Debussy  1ª Rapsódia para clarinete e piano, em Si bemol, L.116.  

   No Institut Français de Portugal, o "Concerto Antena 2" tem a participação do violoncelista Olivier Marron que executará um programa de que constam a Suite em ré menor, BWV 1008 de J.S. Bach, as Trois strophes sur le nom de Sacher de H. Dutilleux e a Sonata em si menor, Op.8 de Z. Kodály.

 

Teaser Global Anatomy from Teatro Maria Matos on Vimeo.

 

   No Maria Matos TM (Sala Principal, às 21h30) estreia Ivanov Truta de Anton Tchekov. Sob a direcção artística de Tónan Quito (membro da Companhia Truta), tem interpretação de António Fonseca, Carla Maciel, João Pedro Vaz, Joaquim Horta, Paula Diogo, Pedro Lacerda, Raul Oliveira, Rúben Tiago, Rita Durão, Sílvia Filipe e a participação de Carla Galvão na criação. Diz a proposta "... mais do que um drama psicológico ou do que uma reconstrução sociológica de uma época de fin de siècle, o Ivanov da Truta é um exercício de puro teatro, que liberta o texto de Tchekov de camadas de pó e mostra Ivanov pelo que é: um diamante em bruto". Permanece até Domingo, 17/4, às 18h.

 

 

    A Festa de Abertura de 8 ¹/₂Festa do Cinema Italiano - Edição 2011 realiza-se no Largo das Portas do Sol às 21h, após um encontro às 19h entre Ludovico Einaudi e Bernardo Sassetti sobre Compor para Cinema, no Conservatório Nacional (Salão Nobre). Ver programação pormenorizada

   No Ondajazz, às 22h30, Marta Plantier (voz), com Kau (bateria), Mick Trovoada (percussão), Gogui (baixo) e Lúcio Vieira (piano e teclas) interpreta temas de sua autoria nunca até agora gravados.

   Na ZDB (Zé dos Bois), às 22h, toca a banda NoMeansNo, liderada desde 1979, pelos irmãos Wright (Rob, no baixo e John, na bateria), que foi (diz o programa) "... das poucas bandas a injectar groove e sofisticação no corpo do punk americano".

   No Teatro Tivoli, às 21h30, num tributo à guitarra espanhola (aqui tocada por Rolando Saad) ouvir-se-á o Concierto de Aranjuez de Joaquin Rodrigo, uma fusão criativa de influências de canção popular e orquestração imaginativa, a Fantasia para um Gentilhombre de Rodrigo com a viva Sonatina de Frederico Moreno Torroba e a lírica  Romanza de Salvador Bacarisse a completar o programa.

   No Cinema São Jorge, às 21h30, os Dazkarieh estão de regresso com Ruído do Silêncio, o seu quinto trabalho estúdio, que explora a sua sonoridade consolidada em volta da música de raíz tradicional portuguesa através de instrumentos antigos.

    Às 17h 30m na Biblioteca-Museu República e Resistência (no Espaço Grandela) e dentro do ciclo de conferências "Lenine e a Democracia", tem lugar o debate A Democracia liberta-se entre Filipe Diniz (arquitecto), Levy Baptista (jurista) e Domingos Mealha (jornalista).

   Na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa, as palestras (das 18-20h) do ciclo das "100 Lições" comemorativo do centenário da UL. serão de Fernando Brito, artista plástico e de Teresa Pizarro Beleza, professora de Direito Penal.

  

 Michel Corboz

 

   Na Quinta 14/4 :   Na Fundação Calouste Gulbenkian (no Grande Auditório, às 21h), o Coro e a Orquestra Gulbenkian dirigidos por Michel Corboz , com a participação da soprano Ana Quintans e da meio-soprano Isabelle Henriquez, interpretarão de Maurice Duruflé  Requiem, op.9 e de Francis Poulenc  Stabat Mater. Repete Sexta 15/4 às 19h.

   No cinema Monumental, às 21h30, tem lugar a Sessão de Abertura da "8 ¹/₂ Festa do Cinema Italiano" com a exibição de

 La Prima Cosa Bella de Paolo Virzi (2010). "Vencedor de três David de Donatello em 2010, nomeadamente melhor argumento, melhor actriz principal e melhor actor principal, entre vários outros prestigiosos prémios...o filme é uma lição de vida e de confiança no prazer de viver que uma mãe ensina aos próprios filhos" (diz o programa).

   Na Sala Principal do São Luiz Teatro Municipal, às 21h, estreia A Lua de Maria Sem, peça escrita por João Monge (por ocasião da candidatura do Fado a Património Cultural Imaterial da Humanidade) e encenada por Maria João Luís, sobre música de Alfredo Marceneiro, com interpretação de Manuela Azevedo e Maria João Luís. Permanece até Domingo, 17/4, às 17h30.

   Na Sala Garrett do Teatro Nacional Dona Maria II, às 21h30, estreia As Três Irmãs de Anton Tchekov,

 "uma metáfora do sonho destruído pelo tempo que passa, drama imbricado da decadência de uma classe dominante cuja fixação infantil na felicidade dos “tempos de antanho” esconde mal a ausência de horizonte e a perda de sentido". Diz ainda o programa "... nestes tempos de crise, quando a nostalgia daquele momento em que “éramos felizes e não sabíamos”, repetindo a formulação de Pessoa, paira como uma ameaça, importa saber onde fica a nossa Moscovo, importa compreender porque é que o sonho não se torna motor de futuro". Terceira encenação de Nuno Cardoso que assim encerra a trilogia tchekoviana, tem interpretação de Daniel Pinto, Isabel Abreu, João Grosso, José Neves, Luís Araújo, Manuel Coelho, Maria Amélia Matta e Maria do Céu Ribeiro, entre outros.

   No Teatro da Trindade (Sala Principal, às 21h30), estreia A Mãe de Bertold Brecht.

 

 Esta produção da Companhia de Teatro de Almada, encenada por Joaquim Benite e com direcção musical de Fernando Fontes (canções traduzidas por Ivette K.Centeno e Teresa Balté), tem, entre outros intérpretes, André Albuquerque, Luzia Paramés, Miguel Martins e Teresa Gafeira. "... de dona de casa timorata e apaziguadora, Pelagea Vlassova (a Mãe) transformar-se-á em revolucionária activa, porta-estandarte de uma utopia nova, capaz até de identificar a ignorância, o medo e o desânimo como os principais filtros entorpecedores de que se servem os totalitarismos".

   A Companhia Teatral do Chiado estreia às 21h no Teatro-estúdio Mário Viegas Maria, Cavakov e tudo o mais! Uma comédia polítika com final feliz" de "a partir de Anton Tchekov", encenada por Juvenal Garcês e interpretada por Duarte Grilo, Fábio Sousa e João Carracedo.

   No Ondajazz, às 22h30, o andorenho Vasco Hernándes (guitarra) toca com Vanessa Lledó Giménez (voz e Cajón), além de outros músicos.

   Na Casa da América Latina, às 19h, o sarau Cantautores da América Latina fará uma viagem musical pelas paisagens Andinas de Vitor Jara, passando pela região das Pampas de Virgilio Carmona, pelas ruas de Havana de Silvio Rodriguez a uma subida ao Corcovado do Rio de Janeiro de Chico Buarque, sendo seus  guias João Madeira (voz e guitarra), Nuno Reis (trompete), João Nogueira (contrabaixo) e David Menezes (percussão).

   No Institut Français de Portugal,  Bar das Ciências (19h-21h) versará sobre "Investigação de ambientes extremos em mar profundo" com Luís Menezes do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (Universidade de Aveiro).

   Na Biblioteca-Museu República e Resistência (à Cidade Universitária), às 18h30 e dentro do ciclo de conferências Descartes e as suas Razões, Maria Luísa Ribeiro Ferreira (prof. FLUL) dissertará sobre "Descartes, um filósofo mal amado ?".

   É inaugurada na antiga Cadeia do Aljube às 18h a Exposição  A Voz das Vítimas organizada pelo Movimento Cívico Não Apaguem a Memória!,  pelo Instituto de História Contemporânea da FCSH da UNL  e pela Fundação Mário Soares, em estreita colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa, e  pretende constituir uma afirmação de cidadania na preservação da nossa memória histórica. Permanacerá aberta ao público (excepto às Segundas) das 10 às 18h até 5 de Outubro deste ano.

   No Lux Frágil, às 23h, tem lugar mais uma Hard Ass Session, organizada pela Enchufada,  com o sul-africano Spoek Mathambo  com o seu grupo de músicos (com a sonoridade do kwaito dos bairros degradados predominantemente negros), e ainda Seiji, J-Wow e Diamond Bass.

   Pedro Cabrita Reis, pintor e escultor e José Blanco, investigador da obra de Fernando Pessoa, serão os palestrantes no ciclo das "100 Lições" comemorativo do centenário da UL, na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa, às 18h.

  

 

 

   Na Sexta 15/4 :  Começam no CCB os Dias da Música em Belém dedicados, este ano, ao tema "Da Europa ao novo mundo, 1883-1945". Ver programação completa . Entre a morte de Richar Wagner e o fim da Segunda Guerra Mundial, passaram o sinfonismo mahleriano, as rupturas do impressionismo e do atonalismo, novas expressões como os blues e o jazz, o êxodo de compositores e intérpretes para a América em virtude da ascenção do nacional-socialismo.

   No Grande Auditório da Culturgest (às 21h30), a Compañia Rafaela Carrasco apresenta "Vamos al tiroteo, versiones de un tiempo pasado", uma encenação em dança do disco Canciones populares (1931) seleccionadas por Frederico Garcia Lorca e acompanhando ao piano a mítica cantora, bailaora e coreógrafa Argentinita.

 

 

 

 

 

   No Centro de Arte Moderna (CAM/FCG) é inaugurada a exposição "Linha de Montagem" de Miguel Palma , um dos artistas mais produtivos da sua geração e que tem vindo a afirmar-se progressivamente no contexto internacional. O título da exposição remete para uma das características principais da sua obra, a criação de esculturas e objectos que se situam num território entre o mecânico e o artístico, entre o mundo da engenharia e da arquitectura e o mundo da arte, e entre o natural e o artificial.

  Também no CAM e comissariada por Isabel Carlos é inaugurada "9 Nove/Nine", a primeira exposição em Portugal de Koo Jeong A (Seoul), onde a artista criará de raiz uma série de esculturas-gabinetes onde em cada um desses habitáculos o visitante terá oportunidade de se isolar e experienciar um universo que tem tanto de subtil como de onírico, mas que é sempre uma experiência de percepção inusitada.

   O Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, prossegue o ciclo de cinema "Imagens e Palavras de Alves Redol", com o filme Vidas sem Rumo, pelas 19h00. Realizado em 1956 por Manuel Guimarães, com diálogos de Alves Redol, o filme mostra ao grande público mendigos, estivadores e contrabandistas, vidas que se cruzam e enredam no cais de Lisboa.

   No Centro Cultural Olga Cadaval (Sintra), às 22h, o compositor e pianista Ludovico Eunaudi apresenta o seu recente disco "The Royal Albert Hall Concert".

   No OndaJazz, às 22h30, a formação Cinco com Carlos Barreto (contrabaixo), João Moreira (trompete), José Salgueiro (bateria), Paulo C. (voz) e Victor Zamora (piano) propõe,"... à volta de um ritmo implacável, uma música baseada na generosidade, na energia ... uma música que casa com o jazz, da forma mais natural possível com ritmos soprando melodias para cima de uma música cheia de força e de vida".

   No ciclo de palestras "Ciência em Português" (CIÊNCIA na UL) na Sala de Conferências da Reitoria da UL (às 18h), a oradora será Lídia Gonçalves do iMed e da FFUL, comentada por António José Almeida, do Instituto do Medicamento (iMed/UL), que falará sobre "Contribuição da Nanomedicina no desenvolvimento de Novas Vacinas".

 

 

No Sábado 16/4 :   Na Fundação Calouste Gulbenkian (no Grande Auditório, às 21h) prossegue a celebração dos aniversários de Gustav Mahler (1860-1911) com a Gustav Mahler Jugendorchester dirigida por Philippe Jordan e o barítono Thomas Hampson que tocarão  Lieder do período de Des Knaben Wunderhorn (A Trompa Maravilhosa) e a Sinfonia nº1, em Ré maior, Titã.

   Prosseguem no CCB Os Dias da Música podendo os ouvintes escolher Itinerários desde 1) Do novo mundo - privilegia música das Américas ; 2) Da Europa - domina música de tradição europeia ; 3) Espírito livre - sobretudo géneros não eruditos, como ragtime, blues, jazz,tango, gamelão ; 4) Diversidade - dá a ideia geral do festival ; 5) Mal-amados - música de compositores com vidas conturbadas emocional, social, politica ou profissionalmente ; 6) Modernistas - compositores de música "revolucionária" para o período em que viveram.

   No Museu do Oriente, às 21h30, decorrerá o espectáculo Solo  de Pinho Vargas, onde este conhecido compositor de música contemporânea portuguesa revisitará o repertório dos seus CDs de jazz Solo I e Solo II.  Repete Domingo 17/4 às 18h.

   No Ondajazz, às 22h30, tocam os L.A. New Mainstream, formados no início de 2011. Lars Arens, trombonista/compositor/arranjador que lecciona na Escola Superior de Música (ESML), junta neste grupo algumas das grandes revelações da geração nova de músicos de jazz portugueses:  Zé Maria  saxofone, André Santos  guitarra, Daniel Bernardes piano, António Quintino contrabaixo e Joel Silva - bateria.

   A fadista Ana Moura e a Frankfurt Radio BigBand, uma das mais prestigiadas orquestras de jazz europeu, realizam um espectáculo no Coliseu dos Recreios, às 21h30, onde se ouvirão excertos do seu CD recente Leva-me aos Fados, com participação de José Mário Branco, Gaiteiros de Lisboa, Amélia Muge, Manuela Freitas e Tozé Brito.

   No Santiago Alquimista, às 22h30, The Godspeed Society realiza um concerto (que a publicidade pretende "intimista"), tendo por base a sua produção Killing Tale. Trata-se de um colectivo que junta ex-membros dos Sarcastic com Baby, uma das vozes que acompanha os Moonspell, a acordeonista Ana Sofia Campeã entre outros.

 

 

   No Domingo 17/4 :  Na Fundação Calouste Gulbenkian (no Grande Auditório, às 21h), a Gustav Mahler Jugendorchester dirigida por Philippe Jordan, agora com o tenor Burkhard Fritz e o barítono Thomas Hampson, interpretará de Gustav Mahler o Adagio da Sinfonia nº 10 / Canção da Terra.

   Às 21h, no Grande Auditório do CCB tem lugar o Concerto de encerramento dos Dias da Música  pela Orquestra Sinfónica Metropolitana e o Coro Sinfónico Lisboa Cantat, sob a direcção musical de Cesário Costa que, com os cantores João Rodrigues tenor, João Merino barítono, Luís Rodrigues barítono, Eduarda Melo soprano, Isabel Alcobia soprano e Ana Maria Pinto soprano, interpretarão de Richard Strauss  Don Juan, Op. 20 e de George Gershwin  Porgy and Bess (versão reduzida). Os numerosos concertos anteriores, dos quais diversos da Orquestra Sinfónica Metropolitana, constam da programação acima referida. 

   Na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 18h, o concerto de encerramento do festival Criasons é com o Duo Contracello composto por Miguel Rocha no violoncelo e Adriano Gaspar no contrabaixo, que interpretarão em estreia mundial três obras inéditas dos compositores António Victorino d´Almeida Toccata Dupla (2010), César Viana  L'eau qui Dort (2010) e Paulo Jorge Ferreira Duplum (2007) e ainda Burlesca (1991/2) de Alexandre Delgado e Divertimento Concertante de Sérgio Azevedo.

   O Centro de Arte Moderna (CAM/FCG) reúne, pela primeira vez, na exposição Nothing to do nowhere to go a quase integralidade da obra fílmica e videográfica do artista Vítor Pomar (Lisboa, 1949), realizada entre 1974 e 2010, propondo um conjunto de mais de uma dezena de filmes e vídeos e organiza no programa "Domingos com Arte" uma visita aberta ao público.

   Encerra a Bienal de Antiguidades de Lisboa, na Cordoaria Nacional, que integra pela primeira vez um expositor internacional e irá apresentar quadros de Picasso, Miró e Barceló, entre outros, da responsabilidade da Mayoral Galeria d’Art, de Barcelona.

   No Museu Nacional de História Natural (na Sala Bocage dos Museus da Politécnica) encerra neste dia às 18h a exposição  Linces, Lobos e Águias-reais: o passado, o presente e o futuro da conservação em Portugal que toma como ponto de partida três espécies ameaçadas conhecidas do público português - o Lince-ibérico, o Lobo-ibérico e a Águia-real - apresentando a sua ecologia e relacionando-a com os principais factores que as ameaçam de extinção, bem como as medidas implementadas para a sua conservação.   

 

          

 

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publicado por ruideoliveira às 10:00
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